Enteroparasitoses Flashcards

1
Q

Morbidades por parasitoses intestinais

A
  • anemia
  • diminuição no crescimento
  • déficit cognitivo
  • irritabilidade
  • aumento da suscetibilidade a outras infecções
  • agravamento e ou desnutrição
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2
Q

ASCARIDÍASE - epidemio

A

causada pelo Ascaris
lumbricoides (geoparasita)

é a helmintose de maior prevalência no mundo (30% da população mundial)

Vivem no intestino delgado dos humanos por cerca de 2 anos

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3
Q

ASCARIDÍASE - Ciclo de vida

A

ovos contendo larva L3 contaminam água e alimentos à ingestão à passagem do ovo pelo estômago e liberação da larva L3 no intestino delgado à larvar penetram na parede intestinal e através da circulação porta atingem o pulmão à se transformam em L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, transformando-se em L5 à migram para faringe, onde são deglutidas à atingem duodeno, onde tornam-se adultas e as fêmeas após a cópula depositam seus ovos à eliminação de fezes e contaminação do ambiente à evolução dos ovos férteis até L3.

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4
Q

ASCARIDÍASE - quadro clínico

A

é bastante variado, dependendo do estado de infecção (forma larvária ou adulta), da carga parasitária e do estado nutricional do paciente.

Os sintomas predominantes são gastrointestinais: cólicas periumbilicais ou epigástricas, protrusão abdominal com ou sem diarreia, meterorismo, náuseas e vômitos

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5
Q

ASCARIDÍASE - sd de loeffler

A
  • febre
  • eosinofilia/pneumonia eosinofílica
  • infiltrado parenquimatoso grosseiro e esparso ao raio x do tórax
  • achado de larvas no aspirado gástrico ou ovos nas fezes após quadro pulmonar
  • o tratamento é de suporte, uma vez que a cura espontânea ocorre em 1 a 2 semanas; pode adm corticoide sistêmico em casos mais graves.
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6
Q

ASCARIDÍASE - complicações

A
  • oclusão ou semi-oclusão intestinal: principalmente em desnutridos.
    sintomas: cólicas, distensão abdominal, anorexia, vomitos biliosos e diarreia.

kids podem eliminar os vermes pela boca, narin ou anus antes ou durante o quadro)

Palpa-se uma massa cilíndrica na região periumbilical ou próximo aos flancos. Se for total, os ruídos hidroaéreos desaparecem e pode ocorrer isquemia de alça, necrose, perfuração ou volvo do intestino.

Tratamento: hospitalização, jejum, sonda nasogástrica para descompressão e medicação, hidratação por via parenteral, óleo mineral via SNG, albendazol ou mebendazol, avaliação cirúrgica, raio-x ortostático, ultrassom, dosagem dos íons séricos e gasometria arterial. A piperacilina está em desuso devido a sua toxicidade.

  • apendicite
  • pancreatite hemorrágica
  • colestase e colangite
  • abscesso hepático
  • asfixia.
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7
Q

ASCARIDÍASE - tto

A
  • albendazol 400 mg DU
  • mebendazol 100 mg 2x ao dia por 3 dias
  • pamoato de pirantel: 10 mg/kg/dia 1x ao dia por 3 dias
  • ivermectina 200 mg/kg DU
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8
Q

ANCILOSTOMÍASE - epidemio

A

causada pelo Ancylostoma duodenale e Necator americanus (mais comum), também geo-helmintos.
Ocorre em 20 a 25% da população.

No Brasil a prevalência é varável, sendo mais comum em áreas de zona rural, acometendo adolescentes e adultos.

Tem também o bicho geográfico (Ancylostoma braziliensis ou caninum).

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9
Q

ANCILOSTOMÍASE - ciclo da vida

A

larvas invadem a corrente sanguínea através da pele ou da boca > migram através da corrente sanguínea até o pulmão > secreções pulmonares contendo larvas são expelidas pela tosse e elas são deglutidas > larvas invadem o intestino, tornando-se adultas (cabeça possui estrutura que se fixa ao intestino) > ovos produzidos pelas fêmeas deixam o intestino pelas fezes à eclodem no solo, transformando-se em larvas.

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10
Q

ANCILOSTOMÍASE - quadro clínico

A

dermatite larvária, com presença de prurido, eritema, edema e erupção papulo-vesicular.

A pneumonia larvária é descrita, mas menos intensa que no caso do áscaris.

Na fase aguda do parasitismo pode ocorrer epigastralgia, náuseas, vômitos, bulimia, flatulência e diarreia. Na fase
crônica, pode ter anemia ferropriva, anorexia, fraqueza, cefaleia, sopro cardíaco, palpitações, hipoproteinemia e edema por enteropatia perdedora de proteínas.
O verme adulto fazcom que haja perda sanguínea diária (0,01 a 0,04 ml).

O diagnóstico é feito através do exame direto de fezes frescas

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11
Q

ANCILOSTOMÍASE - tto

A
  • mebendazol
  • pamoato de pirantel
  • albendazol
  • tiabendazol
  • ivermectina é ineficaz
  • repetir após 14 a 21 dias.
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12
Q

ESTRONGILOIDÍASE - epidemio

A

causada pelo Strongyloides stercoralis, um geo-helminto de incidência elevada em regiões de clima tropical ou com saneamento básico precário. Em países desenvolvidos, atinge principalmente agricultores e trabalhadores rurais, enquanto em países em desenvolvimento, é mais comum entre as crianças.

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13
Q

ESTRONGILOIDÍASE - ciclo de vida

A

larvas filiformes em solo contaminado penetram na pele > transportadas até o pulmão, onde penetram no espaço alveolar > transportadas até faringe, onde sofrem deglutição > intestino à se transformam em adultas > vivem na luz intestinal e produzem ovos por partenogênese > larvas rabdiformes > podem ser liberadas no ambiente ou causar autoinfecção.

Na autoinfecção, a larva se transforma em filiforme infectante e penetra na mucosa intestinal ou pele da região perianal.

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14
Q

ESTRONGILOIDÍASE - quadro clínico

A

pode ocorrer de forma assintomática, oligossintomática ou grave.

A primeira fase é cutânea, ou seja, dermatite larvária, que pode ocorrer nos pés, mãos, nádegas ou região anogenital.

A segunda fase é o ciclo pulmonar, no qual tem-se tosse seca, broncoespasmo, dispneia e pneumonite larvária (menos frequente que na ascaridíase).

A terceira fase é a de parasitismo intestinal, com anorexia, náusea, vômitos, distensão abdominal, dor em cólica ou queimação, diarreia secretória ou esteatorreia e desnutrição proteico-calórica.

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15
Q

ESTRONGILOIDÍASE - transmissão

A
  • heteroinfecção: primoinfecção, a larva penetra na pele ou mucosa.
  • autoinfecção externa ou exógena: maus hábitos de higiene, restos de fezes na região anal, larvas rabditoides se transformam em larvas filarioides e penetram pela pele da região anal.
  • autoinfecção interna ou endógena: pessoas com constipação, infestação maciça, imunodeprimidas > larvas penetram no intestino delgado ou grosso e tingem a circulação.
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16
Q

ESTRONGILOIDÍASE - forma grave ou disseminada

A
  • alta mortalidade (90%)
  • vermes infectam todo o intestino e autoinfecção interna ocorre de forma intensa
  • larvas filarioides migram para fígado, pulmões e inúmeras vísceras e glândulas
  • ocorre bacteremia, pois carregam consigo enterobactérias, causando sepse ou meningite por coliformes.
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17
Q

ESTRONGILOIDÍASE - tto

A
  • tiabendazol 50 mg/kg/dia DU ou 2x ao dia por 2 dias
  • ivermectina 200 mg/kg para maiores de 15 kg
  • cambendazol para menores de 10 anos, 5 mg/kg DU
  • albendazol 400 mg 2x ao dia por 3 dias
  • repetir o tratamento com 7, 14 e 21 dias.
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18
Q

TENÍASE - epidemio

A

causada pela Taenia solium (porco) ou saginata.

Tem maior prevalência entre adultos e jovens, em regiões rurais.

A cisticercose é causada pelo ovo da tênia do porco.

O homem é o hospedeiro definitivo e principal fonte de infecção desse parasita, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio.

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19
Q

TENÍASE - ciclo de vida

A

teníase é adquirida quando o homem ingere carne mau cozida contendo o cisticerco (larva), que evolui para forma adulta no intestino delgado > verme adulto e fixa e começa a expelir ovos e proglótides > excretadas nas fezes e contaminam água, alimento e solo. Ao ingerir ovos viáveis, eles chegam ao estômago > embrião atravessa a mucosa gástrica > corrente sanguínea > pode alcançar vários tecidos onde irá desenvolver o cisticerco.

20
Q

TENÍASE - quadro clínico

A

fadiga, irritação, cefaleia, tontura, bulimia, anorexia, náuseas, dor abdominal, perda de peso, diarreia/constipação, urticaria e eosinofilia.

Raramente pode ocorrer
semi-oclusão intestinal, apendicite, colangite ou pancreatite

21
Q

TENÍASE - neurocisticercose

A

forma mais grave, com quadros de convulsão, hipertensão intracraniana, cefaleia, meningite cicticercórtica e distúrbios psíquicos.

Principal causa de epilepsia em áreas endêmicas.

22
Q

TENÍASE - dx e tto

A

Diagnóstico:

  • tamização
  • achado de proglote nas fezes
  • pesquisa de coproantígenos
  • para cisticercose: sorologia, tomografias, raio-x e exames de sangue.

Tratamento:

  • praziquantel 5-10 mg/kg DU
  • niclosamida 50 mg/kg DU
  • mebendazol 200-300 mg/kg 2x ao dia por 3 dias
  • albendazol 10-15 mg/kg por 8 dias + corticoide IV para neurocisticercose.
23
Q

HIMENOLEPÍASE - epidemio

A

causada pela Hymenolepis nana, parasita habitual do homem (fixa no íleo), sem hospedeiro intermediário ou eventualmente pelo Hymenolepis diminuta, parasita habitual do rato. Normalmente, a infecção e assintomática e em desnutridos e imunodeprimidos pode ocorrer a infecção maciça.

24
Q

HIMENOLEPÍASE - quadro clínico

A

cólicas abdominais, náuseas, vômitos, anorexia, diarreia, agitação, insônia, convulsões e fenômenos alérgicos (urticaria, rinite, edema angioneurótico – de Quincke e eosinofilia de 15%).

25
Q

HIMENOLEPÍASE - dx e tto

A

O diagnóstico é feito pelo achado de ovos no exame parasitológico de fezes

tratamento feito com praziquantel ou niclosamida, devendo ser repetido 20 a 30 dias após (autoinfecção).

26
Q

TRICURÍASE - epidemio

A

causada pelo Trichocephalus trichiurus ou Trichuris trichiura.

27
Q

TRICURÍASE - ciclo de vida

A

o homem se infecta através do consumo de água e alimentos contaminados, os ovos se transformam em larva no intestino delgado e migram para intestino grosso (ceco), onde se transformam em vermes adultos > a fêmea põe ovos que são liberados com as fezes e tornam-se infectantes após 15 dias.

28
Q

TRICURÍASE - quadro clínico

A

assintomática ou acompanhada de sintomas leves: distensão abdominal, disenteria crônica, anemia ferropriva e desnutrição proteico-energética. Em crianças desnutridas que vivem em comunidades aglomeradas e sem saneamento básico, pode instaurar a trichuríase maciça, comprometendo o intestino grosso, do ceco ao reto. Prolapso retal pode ocorrer em 60% dos casos.

29
Q

TRICURÍASE - tto

A

Tratamento:

  • mebendazol
  • albendazol usado isoladamente é pouco eficaz, por isso deve ser associado a ivermectina
  • tiabendazol
  • deve ser repetido após 14 dias.
30
Q

ENTEROBIOSE - epidemio

A

causada pelo Enterobius vermiculares ou Oxiurus vermiculares. É a helmintase de maior prevalência em países desenvolvidos. O homem é o único hospedeiro e sua transmissão ocorre pessoa a pessoa ou por fômites. É possível transmissão indireta, através da inalação de ovos presentes na poeira e utensílios domésticos. Pode ocorrer autoinfecção.

31
Q

ENTEROBIOSE - ciclo da vida

A

Localiza-se principalmente no ceco e no reto > a fêmea fecundada migra para região anal onde faz a postura, sua presença nessa região gera prurido.

32
Q

ENTEROBIOSE - quadro clínico

A

O sintoma mais frequente é o prurido anal noturno. Em meninas, pode ocorrer migração dos vermes para a genitália, levando a vulvovaginite secundária, com corrimento amarelado e fétido.

São descritas cólicas abdominais, náuseas e tenesmo.

O diagnóstico laboratorial é feito pelo exame de fezes e de fita gomada.

33
Q

ENTEROBIOSE - tto

A
  • mebendazol
  • pamoato de pirvínio
  • albendazol, devendo ser repetido 15 dias após
  • é importante tratar toda a família, escovar as unhas pela manhã e todas as vezes que for ao banheiro, lavar e passar roupas de cama e íntimas no primeiro dia de tratamento.
34
Q

GIARDÍASE - epidemio e ciclo de vida

A

inclui parasitos flagelados do intestino delgado, apresentando duas formas evolutivas: trofozoíto e cisto.

Ciclo de vida: ingestão de água e alimentos contaminados com cisto > inicia desencistamento no estômago pelo conteúdo ácido > termina no intestino delgado > encista no ceco para ser eliminado nas fezes.

35
Q

GIARDÍASE - quadro clínico

A

é variado, sendo a maioria dos casos assintomáticos. Pode cursar com diarreia aguda e autolimitada ou diarreia persistente, com evidência de má absorção e perda de peso. As crianças podem eliminar cistos nas fezes por um período de até 6 meses e estes vivem até 2 meses em água.

Nos quadros agudos em crianças, tem-se principalmente: diarreia com esteatorreia, dor abdominal, náuseas, vômitos, irritabilidade, insônia, perda de apetite (com ou sem emagrecimento) e flatulência. Já os quadros crônicos são associados com deficiências de ferro, zinco, vitaminas (A, E, B12 e ácido fólico), má absorção de gorduras e lactose, desnutrição e emagrecimento.

36
Q

GIARDÍASE - dx e tto

A

Diagnóstico:
- pesquisa de cistos em fezes formadas (Faust)
- pesquisa de trofozoítas em fezes liquidas à exame direto a fresco ou corado pelo lugol, hematoxilina férrica ou MIF
- biopsia duodenal e entero test no caso de diarreia crônica.
Tratamento:
- secnidazol 30 mg/kg DU
- metronidazol 35 mg/kg/dia por 5 dias
- tinidazol 50 mg/kg DU
- albendazol 400 mg/dia por 5 dias.

37
Q

BALANTIDÍASE -

A

causado pelo Balantidium coli, um parasita natural do porco. A incidência humana é baixa e na maioria das vezes assintomática. A transmissão ocorre vi fecal-oral e o verme se localiza mais frequentemente no intestino grosso (ceco). Se manifesta como quadro de disenteria semelhante ao da amebíase. Diagnóstico é feito com exame de fezes; o tratamento pode ser feito com metronidazol, mas a cura espontânea é comum.

38
Q

CRIPTOSPORIDIOSE

A

é causado pelo Criptosporidium sp, o qual causa diarreias fatais em pacientes HIV (diarreia grave, prolongada, recidivante e pode cursar com síndrome de má absorção, perda de peso e óbito). A transmissão é através de alimentos e água contaminada por oocistos. Se localizam no intestino delgado e invadem os enterócitos, onde se multiplicam, causando atrofia vilositária e intenso infiltrado inflamatório na mucosa. Em lactentes e pré escolares pode se apresentar como diarreia persistente. O diagnóstico é feito através do exame de fezes ou método Zielh-Neelsen modificado (oocistos) e o tratamento é eficaz com azitromicina, nitazoxanida 14 dias ou paromomicina.

39
Q

ISOSPORÍASE

A

causada pela Isospora belli, a transmissão é através de água e alimentos contaminados. O parasita se localiza no intestino delgado, onde invade enterócitos e se multiplica, causando lesão nas vilosidade e inflamação. Na maioria das vezes, é assintomática ou provoca diarreia autolimitada. Nos imunodeprimidos o quadro mais grave é arrastado, cursando com síndrome de má absorção, adenite mesentérica, invasão do baço e fígado e colecistite acalculosa. O diagnóstico é feito no exame de fezes pelo método de Zielh-Neelsen modificado ou através da análise de matéria coletado pela biópsia de intestino delgado. O tratamento é feito com sulfametoxazol-trimetoprim por 10 dias, seguido de mais 20 dias com dose única profilática com a metade da dose (pode usar também roxitromicina, metronidazol ou pirimetamina associada a sulfadiazina).

40
Q

AMEBÍASE - epidemio

A

a Entamoeba histolytical causa as formas invasivas de amebíase, predominando nas regiões tropicais. Superada apenas pela malária em número de mortes por protozoários

41
Q

AMEBÍASE - ciclo de vida

A

ingestão do cisto por água ou alimento contaminado > degradação do cisto no intestino > trofozoíto migra pra intestino grosso, multiplicam e invadem a mucosa > na corrente, atacam outros órgãos.

São encistados no intestino e liberados nas fezes para da início a outro ciclo.

42
Q

AMEBÍASE INTESTINAL - formas

A

1 Forma assintomática: maioria das infecções humanas, sendo detectada pelo encontro de cistos no exame de fezes.

2 Colite não disentérica (invasiva): cólicas abdominais, anorexia, perda de peso, períodos de diarreia (raramente com muco ou sangue) intercalados com períodos de acalmia; febre ocasional em 40% dos casos.

3 Colite disentérica: ocasionalmente, os indivíduos desenvolvem colite amebiana com diarreia profusa (+10 evacuações mucossanguinolentas), febre, leucocitose, dor abdominal frequentes com sinais peritoneais e extenso comprometimento do cólon (úlceras). Pode ocorrer colite necrosante, na qual tem-se formação de úlceras profundas, isquemia, hemorragia, megacólon tóxico, colite fulminante e perfuração.

4 Ameboma: é a formação de um granuloma na mucosa do ceco ascendente ou sigmoide, com edema e estreitamento do lúmen. As manifestações alternam períodos de diarreia e de constipação.

43
Q

AMEBÍASE INTESTINAL - dx e tto

A

Diagnóstico:

  • fezes formadas
  • fezes líquidas – exame direto
  • métodos imunológicos.

Tratamento para forma intestinal:

  • metronidazol 30 a 50 mg/kg/dia 3x ao dia por 7 a 10 dias
  • tinidazol 50 mg/kg/dia 1x ao dia por 2 a 5 dias
  • secnidazol 30 mg/kg DU
  • nitazoxamida 7,5 mg/kg 12/12h por 3 dias
44
Q

AMEBÍASE EXTRAINTESTINAL - abscesso hepático amebiano

A

é a forma invasiva que causa maior número de mortes, sendo 10x mais comum em homens e rara em crianças. Os trofozoítos migram através da veia mesentérica superior e chegam no fígado, onde provocam inflamação, degeneração celular e necrose (normalmente no lobo direito). Causa febre alta, dor intensa em hipocôndrio direito com irradiação típica de cólica biliar e sinal de Torres Homem +, hepatomegalia dolorosa a palpação geralmente não ictérica.

O exame parasitológico de fezes normalmente é negativo para cistos e trofozoítos.

A ruptura pode causar invasão do trato respiratório, sendo que os pacientes desenvolvem tosse constante e dor no tórax. Pode também romper para pericárdio, mas é muito raro e grave, sintomas são dor no peito que irradia no pericárdio, dispneia e taquicardia

45
Q

AMEBÍASE EXTRAINTESTINAL - abscesso a distância por disseminação hematogênica do trofozoíto

A

pode levar a formação do abscesso no pulmão, pele, pericárdio, aparelho geniturinário e cérebro.

O diagnóstico de amebíase extra intestinal pode ser feito com:

  • retrossigmoidoscopia e colonoscopia com biopsia
  • US, TC ou RM abdominal
  • RX de tórax (elevação da cúpula diafragmática direita).

Tratamento:

  • metronidazol IV + associação com antibióticos para gram – e anaeróbios
  • paramomicina.