Crise Febril Flashcards
Crise Epiléptica
Ocorrência de sinais e sintomas transitórios, decorrente de atividade neuronal anormal excessiva no cérebro.
É um evento
Crise Reflexa
Crise na qual se demonstra, de forma objetiva e consciente, o desencadeamento por estímulo específico ou por atividade do paciente.
Epilepsia
Crises epilépticas recorrentes (duas ou mais, com um intervalo maior que 24h), não provocadas por qualquer causa imediata;
Distúrbio caracterizado pela predisposição persistente do cérebro para gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais dessa condição.
Definição de CF
Não é considerado epilepsia
Evento proprio da infância
Crise convulsiva acompanhada por febre;
maior ou igual 37,8ºC;
Crianças de 6 meses aos 6 anos;
Sem evidência de infecção ou inflamação do SNC.
Epidemiologia
Um dos problemas neurológicos mais comuns da infância;
Ocorre em 2-5% das crianças menores de 5 anos de idade;
Normalmente entre 6 meses aos 6 anos (pico 18 meses);
Associado ao quadro de infecção viral.
Etiologia: genética e história familiar
Fisiopatologia
- Imaturidade do cérebro
- Falta de mielina
- Diferença da permeabilidade celular e atividade elétrica do cérebro
- Vulnerabilidade genética
A rapidez na variação da temperatura tem maior risco que o valor isolado de variação lenta.
Quadro Clínico - Crise Simples
75%
São generalizadas, de curta duração e únicas em um evento febril;
Quadro Clínico - Crise Complexa
25%
Menos frequentes, focais, prolongadas e se repetem em 24 horas de um mesmo evento febril.
Historia Natural da Doença
Convulsões tônico-clônicas generalizadas;
Curta duração (até 5 min), únicas, manifestações pós-ictal discretas;
Aproximadamente 75% das crises convulsivas febris são do tipo simples;
Benigna.
Diagnóstico
Clínico;
Exame físico cuidadoso:
- *Localização da infecção;
- *Sinais meníngeos ( >18 meses)
Hemograma, EAS, eletrólitos, glicemia;
Punção lombar:
- *<18 meses;
- *Incapaz de excluir meningite/encefalite.
Exames Complementares
EEG;
TCC/RNM;
Não devem ser realizados rotineiramente;
Casos de crise complexa;
Déficit neurológico pré-existente.
Prognóstico
Favorável;
Não deixam sequelas;
Não levam ao óbito.
Complicações
Recorrência de crises febris;
Epilepsia.
Recorrência
Risco de 30%;
1/3 dos paciente terão a segunda crise febril;
9% terão três episódios;
Desenvolvem a primeira crise nos primeiros meses de vida;
História Familiar;
Crises repetidas no mesmo episódio febril;
Febre baixa desencadeando crise febril.
Risco de desenvolver epilepsia
Risco de epilepsia futura varia de 1,5-4,6%;
Crise febril complexa;
Atraso nos marcos de desenvolvimento neuropsicomotor;
Alteração no exame neurológico;
História familiar positiva de epilepsia.
1 fator de risco 2%;
2 fatores de risco 17%;
3 fatores de risco 50%.
Diagnóstico Diferencial - Epilepsia de lobo temporal (ELT)
- *Inicia com crises febris na infância;
* *Crises febris prolongadas ou focais;
Diagnóstico Diferencial - Síndrome de Dravet
- *Crises prolongadas clônicas unilaterais, desencadeadas por febre;
- *Entre 1 a 4 anos crises afebris e mioclônicas;
- *Mutação do SCN1A.
Diagnóstico Diferencial - Crise febril plus
- *Síndrome epiléptica familiar;
- *Herança autossômica dominante;
- *Penetrância incompleta (pula uma geração);
- *Persistência de crises febris em crianças maiores de 6 anos.
Tratamento
Prevenção de recorrência
Orientação familiar;
Alertar a benignidade do quadro;
Profilaxia se um ou mais fatores de risco pra recorrência;
Profilaxia intermitente;
- *Benzodiazepínicos;
- *No período da infecção.
TTO de emergência
Estabilização cervical;
Avaliação das vias aéreas, ventilação e circulação;
Posicionamento do paciente – prevenção contra broncoaspiração;
TTO da Crise
Até 3 doses, com intervalo de 5 minutos entre elas
IV Dose: 0,2 - 0,3 mg/Kg/dose Máx: 10 mg Início da ação: 1-3 min. Duração: 5-15 min Vel infusão: < 2 mg/min Efetivo em 80% dos casos Via retal Dose: 0,5 mg/Kg/dose Ação em 2-3 min
1ª escolha – Diazepam
2ª escolha – Midazolam
(0,05 a 0,2mg/kg/dose) IV/Retal
Diazepam não funcionou e agr?
Fenitoína
Dose de ataque: 20mg/kg. Pode dar outra dose 20 min depois (até 2 doses adicionais de 5mg/kg)
Diluir em água destilada ou SF 0,9% Dose máxima 1 g Início da ação: 10-30 min Duração: 12-24 horas Vel infusão: < 1mg/Kg/min; <50 mg/min Dose de manutenção: 5-7 mg/Kg/dia (iniciar 12 horas após dose de ataque) Não fazer IM Não diluir em SG (precipita)
Persistente da crise
UTI
Intubação + ventilação mecânica
Avaliação do neurologista
EEG