Princípios Penais Flashcards
Explique o princípio da legalidade penal.
De acordo com o princípio da legalidade penal, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” (art.5, XXXIX, CF).
É possível a edição de Medidas Provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal?
EM REGRA: não (Art. 62, £1, I, b, CF);
EXCEÇÃO: é possível a edição de medidas provisórias sobre matéria penal, desde que não sejam incriminadoras.
É possível veicular matéria penal por lei delegada?
NÃO!! Isso porque o art. 68, £1, II, CF proíbe a edição de leis delegadas para tratar sobre direitos individuais!!
É possível aplicar a analogia em matéria penal?
Se a analogia for:
- CONTRA O RÉU: não será possível aplicar;
- A FAVOR DO RÉU: será possível aplicar.
O que significa o princípio da fragmentariedade no Direito Penal?
Significa que o Direito Penal não deve tutelar todos os bens jurídicos, mas somente os mais relevantes para a sociedade.
O que é o princípio da subsidiariedade no Direito Penal?
O princípio da subsidiariedade dispõe que o Direito Penal deve atuar de forma subsidiária (Direito Penal de “ultima ratio”), isto é, somente quando insuficientes as outras formas de controle social.
O que é o princípio da ofensividade no Direito Penal?
O princípio da ofensividade dispõe que não há crime sem ofensa a bem jurídico (nullem crimen sine injuria). Apenas as condutas que causem lesão a bem jurídico podem se sujeitar ao Direito Penal.
A criação de crimes de perigo abstrato viola o princípio da ofensividade?
NÃO!!
A criação de crimes de perigo abstrato não representa, por si só, comportamento inconstitucional por parte do legislador penal. A tipificação de condutas que geram perigo em abstrato, muitas vezes, acaba sendo a melhor alternativa ou medida mais eficaz para a proteção de bens jurídico-penais supraindividuais ou de caráter coletivo, como, por exemplo, o meio ambiente.
Apenas a atividade legislativa que transborde os limites da proporcionalidade, poderá ser tachada de inconstitucional.
O que é o princípio da insignificância no Direito Penal?
O princípio da insignificância ou bagatela é aquele que trata de ações tipificadas como crime, mas cujo efeito concreto é completamente irrelevante e não causa qualquer lesão à sociedade, ao ordenamento jurídico ou à própria vítima. Ex: furto de uma galinha para saciar a fome (crime famélico).
O princípio da insignificância afasta a TIPICIDADE MATERIAL da conduta, logo, não há crime.
O que é o princípio da bagatela imprópria?
A bagatela imprópria consiste na constatação da desnecessidade da pena.
Na bagatela imprópria, há um relevante desvalor da ação, assim como do resultado. O fato praticado é, por isso, em princípio, penalmente punível. Instaura-se o processo contra o agente, mas tendo em vista todas as circunstâncias do fato, assim como o seu autor, pode ser que a pena se torne desnecessária. Ex: crime de violência doméstica quando há reconciliação do casal.
Em regra, a jurisprudência afasta a bagatela imprópria, reconhecendo que, se o fato é formal e materialmente típico (não se aplicando a bagatela própria), há crime.
Quais são os vetores (requisitos objetivos) na aferição do relevo material da tipicidade penal?
- MÍNIMA OFENSIVIDADE da conduta do agente;
- NENHUMA PERICULOSIDADE social da ação;
- REDUZIDÍSSIMO GRAU DE REPROVABILIDADE do comportamento;
- INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO jurídica provocada.
É possível a aplicação do princípio da insignificância se o réu for reincidente?
HÁ 2 POSIÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA:
1) A habitualidade delitiva revela reprovabilidade suficiente a afastar a aplicação do princípio da insignificância;
2) A reincidência, a reiteração criminosa e a habitualidade delitiva não são, por si sós e isoladamente, suficientes para afastar a aplicação do princípio da insignificância.
Quais são os vetores (requisitos objetivos) na aferição do relevo material da tipicidade penal?
- MÍNIMA OFENSIVIDADE da conduta do agente;
- NENHUMA PERICULOSIDADE social da ação;
- REDUZIDÍSSIMO GRAU DE REPROVABILIDADE do comportamento;
- INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO jurídica provocada.
É possível a aplicação do princípio da insignificância se o réu for reincidente?
HÁ 2 POSIÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA:
1) A habitualidade delitiva revela reprovabilidade suficiente a afastar a aplicação do princípio da insignificância;
2) A reincidência, a reiteração criminosa e a habitualidade delitiva não são, por si sós e isoladamente, suficientes para afastar a aplicação do princípio da insignificância.
Aplica-se o princípio da insignificância para o crime de posse de drogas para consumo pessoal?
NÃO!! Os tribunais superiores entendem que não se aplica o princípio da insignificância aos delitos relacionados a entorpecentes, mesmo que se trate de porte de quantidade ínfima de droga!!
ATENÇÃO!! O STF entende que a conduta de portar droga para consumo pessoal é crime, mas não enseja pena (despenalização)!!