Perturbações da consciência Flashcards
18/09
Consciência
Definição
- ->Estar atento/conhecer:
- Próprio
- Ambiente
Estados de vigília
classificação
-Vigil/desperto
Normal/Sereno
Alterado
-Sono
Normal/sereno
Alterado: Insónia, hipersónia, letargia
Consciência
Condições
-Sistema Reticular Ativador-SRA
É um aglomerado de neuróticos localizados nos segmentos superiores do tronco cerebral e no tálamo medial, e mantém o córtex cerebral em estado de consciência desperta (vigília).
-Componente ascendente e descendente
SRA
parte posterior do tronco cerebral
Pertubações da consciência
Classificação
- Estado: estupor, coma
- Conteúdo: funções cognitivas
Estupor
- Estímulos
verbais: não desperta, reage (+ com agitação)
dolorosos: não desperta/desperta ligeiramente/transitoriamente, reage (com localização, com afastamento)
Coma
- Estímulos
verbais: não desperta ou não reage
dolorosos: não desperta ou reage (descorticarão ou descerebração)
Coma
Principais causas
- Lesões que destroem regiões extensas dos 2 hemisférios cerebrais
- Lesões que destroem o SRA (tronco cerebral) ou suas projeções ascendentes (subcorticais)
- Supressão da função tálamo-cortical por drogas, toxinas, ou transtornos metabólicos como hipoglicémia, anoxia (sem O2), azotemia (elevação sanguínea de azoto) ou insuficiência hepática
Abordagem clínica
COMA = EMERGÊNCIA MÉDICA
O exame físico tem os seguintes objetivos:
1. Identificar situações que careçam de intervenção
terapêutica imediata
2. Determinar a gravidade da alteração da consciência
3. Determinar o nível/local do SNC que se encontra em
disfunção no momento da observação
4. Identificar a causa geral do coma (etiologia)
“ABC” neurológico:
A- vias aéreas livres (airway)
B- ventilação (breathing)
C- circulação (circulation)
D- glicemia, drogas (diabetes, sinais de punção venosa)
E- epilepsia
F- febre
G- pontuação na Escala de Coma de Glasgow
H- herniação (sinais neurológicos de herniação)
Abordagem clínica
Depois de estabelecido o ABC: Parâmetros a avaliar: 1. Nível de consciência 2. Padrão respiratório 3. Tamanho e resposta pupilar à luz 4. Motricidade ocular espontânea ou reflexa 5. Resposta motora esquelética
sim
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
ESCALA DE GLASGOW
ESCALA DE JOUVET
• A avaliação do nível de consciência deve englobar uma descrição do
estado de alerta do doente, em resposta a estímulos verbais e dolorosos.
• O objetivo é determinar o grau de alteração (nível) de consciência, e ter
um parâmetro clínico para monitorizar a evolução (e prognóstico).
• Deve ser feita de forma seriada e seguindo critérios semelhantes entre
os examinadores para efeito comparativo.
ABORDAGEM CLÍNICA
Padrão Respiratório
- Cheyne-Stokes
- Hiperventilação neurogénica central
- Apneica
- Salvas (“cluster”)
- Atáxica
Validade interna é diferente da externa da escala (?)
-
Padrão respiratório
permite avaliação do coma
-corresponde a determinada zona do cérebro (mesencéfalo…)
PADRÃO RESPIRATÓRIO
Cheyne-Stokes
-Consiste na oscilação lenta entre a hiperventilação e hipoventilação, intercalados por períodos de apneia
-Indica
lesão hemisférica bilateral OU
supressão metabólica e é comum no coma superficial
Hiperventilação neurogénica central
- Caracterizada por um quadro de hiperventilação rápida e sustentada, em geral com frequência respiratória entre 40-70 por minuto
- Observada em pacientes com lesões do tegumento pôntico
centro respiratório—tronco cerebral
Apneica
• Respiração profunda com pausa de 2 a 3 segundos no final da inspiração.
• Pode ser observado em lesões na região dorso-medial da metade inferior da
ponte.
Salvas (“cluster”)
- Movimentos respiratórios de amplitude e frequência irregulares, intercalados por pausas respiratórias
- Pode ser observada em lesões na porção inferior da ponte e superior do bulbo
Atáxica
-padrão irregular da frequência, ritmo e amplitude respiratória
- ocorre geralmente em lesões do bulbo
- a associação desse padrão respiratório e paralisia do VI nervo craniano pode indicar compressão do tronco cerebral por lesões expansivas da fossa posterior
ver imagem guardada com quadro resumo em documentos da pasta de neuro do pc
-
TAMANHO PUPILAR E REACTIVIDADE À LUZ
lesão da via simpática- miose
lesão da via parassimpática-midríase
MOTRICIDADE OCULAR
No doente em coma devemos avaliar três aspetos em relação à motricidade ocular:
Olhar primário em repouso (presença de desvios)
Movimentos oculares espontâneos
Movimentos oculares reflexos
MOTRICIDADE OCULAR
Olhar primário em repouso (presença de desvios)
Desvio conjugado do olhar lateral Lesões desde o córtex até a formação reticular parapontica contralateral
Desvio desconjugado do olhar lateral
Lesões do nervo abducente,
óculomotor ou oftalmoplegia
internuclear
Desvio dos olhos para
baixo
Lesões do tronco cerebral,
como a compressão do teto do mesencéfalo