Pensamento e volição Flashcards
**Eu soube da notícia com grande alegria. **
I heard (learnt) the news with great joy (I was overjoyed at the news )
- “Saber” no sentido de “tomar conhecimento” raramente é to know. Porém, “Você já sabe da notícia?” – Do you know the news? Yes, I have heard it from my neighbour (“soube pelo vizinho”). Atente também para I heard of his death on the radio.
- Verti a primeira frase como I was very happy to hear the news, que apareceu-me em pesquisa no google como expressão idiomática. Alternativa possível?*
- Possível. Obrigada por mais uma alternativa.
- He got the news with great joy.*
- Got the news é perfeitamente aceitável. Mas, por outro lado, o verbo get é daqueles verbos usados em tantas situações, que, muitas vezes, a redação fica bem melhor se optarmos por um verbo mais preciso, como é hear the news.
- Alternativa proposta:*
- I came to know about the news with great joy.*
- Se consultarmos o dicionário Michaelis, encontraremos:
- know
- n conhecimento, informação reservada. • vt (ps knew, pp known) 1 saber, conhecer, entender. he knows all the answers / ele tem resposta para tudo. she knows him by sight / ela o conhece de vista. I came to know it by chance / fiquei sabendo por acaso. he knows how to paint / ele sabe pintar.
- Mas repare que o exemplo apresentado pelo dicionário não equivale exatamente à oração proposta e faz uso de uma expressão idiomática by chance (por acaso). Portanto, é preciso cautela ao consultar dicionários bilíngües para verificar se a opção apresentada corresponde ao nosso original.
- [MP]
- O item 1 das frases para verter (Pensamento) pode ser “I received the news with great joy”?*
- A melhor fonte de consulta nesses casos, é um dicionário de collocations. Vejamos o que diz o Oxford Collocations Dictionary for Students of English, 2nd edition
- news noun
- 1 new information
- verb + news
- catch , get , have , hear , learn , receive
- You can catch all the latest ~ on our website.
- Have you heard the latest ~?
- © Oxford University Press, 2009
- Mas, mesmo assim é necessário ver se as opções constantes do dicionário fazem sentido dentro do nosso contexto. Creio que receive the news seja perfeitamente aceitável.
- I’ve heard the news with great joy.*
- A diferença é no uso do simple past e do present perfect. O present perfect dá a entender que a ação é recente, enquanto o simple past enfoca o fato de a ação já ter sido acabada. É uma questão de aspecto verbal.
- O past simple parece ser o mais indicado, já que a pessoa expressou qual teria sido seu sentimento a respeito daquela notícias. Ou seja, a pessoa já vê aquela ação como acabada no passado. Tão acabada que ela consegue definir o que sentiu. O falante não dá a entender que ainda está feliz com a notícia, o que seria trazer a ação até o presente, com uma repercussão.
Em vez de usar “great joy” eu usei “great pleasure”
- Nesse contexto, é aceitável, embora haja nuances de sentido entre os dois termos. Uma dica é consultar o verbete do dicionário Oxford Advanced Learner’s para pleasure que traça a distinção entre alguns termos relacionados.
- Usage note: pleasure delight joy privilege treat honour
- These are all words for things that make you happy or bring you enjoyment.
- pleasure a thing that brings you enjoyment or satisfaction: the pleasures and pains of everyday life ◇ It’s been a pleasure meeting you.
- delight a thing or person that brings you great enjoyment or satisfaction: the delights of living in the country; joy a thing or person that brings you great enjoyment or happiness: the joys and sorrows of childhood pleasure, delight or joy?
- A delight or joy is greater than a pleasure; a person, especially a child, can be a delight or joy, but not a pleasure; joys are often contrasted with sorrows, but delights are not.
- privilege (rather formal) something that you are proud and lucky to have the opportunity to do: It was a great privilege to hear her sing.
- treat (informal) a thing that somebody enjoyed or is likely to enjoy very much: You’ve never been to this area before? Then you’re in for a real treat.
- honour/honor (formal) something that you are very pleased or proud to do because people are showing you great respect: It was a great honour to be invited here today.
- the pleasures/delights/joys of something
- It’s a great pleasure/joy to me that…
- It’s a pleasure/delight/joy/privilege/treat/honour to do something
- It’s a pleasure/delight/joy to see/find…
- a pleasure/delight/joy to behold/watch
- a real pleasure/delight/joy/privilege/treat
- a great pleasure/joy/privilege/honour
- a rare joy/privilege/treat/honour
Posso usar o advérbio “joyfully” ao invés de “with great joy”?
- Ficaria correto, mas um pouco formal.
- Sua pergunta não especificou em que posição pretendia inserir o advérbio. As possibilidades seriam:
- He joyfully heard the news. He heard the news joyfully.
- Em geral, usa-se joyfully em contextos religiosos, ou com o verbo sing.
Ele aprendeu o inglês com uma professora americana.
- He was taught English by an American teacher.
- He was taught English by an American woman-teacher.
- He learnt English from an American teacher.
Esta seria a construção usual. A usar to learn você teria de recorrer à regência from. Porém, to study exigiria formulações do tipo: He studied Constitutional Law under Prof Smith.
Vejamos um exemplo real dessa construção, extraída do livro Three Men on a Bummel, de Jerome K. Jerome, que narra a viagem de três amigos pela Floresta Negra e arredores. Agora, estão em Praga:
To avoid unnecessary danger, however, we did our sightseeing with the aid of a guide. No guide I have ever come across is perfect. This one had two distinct failings. His English was decidedly weak. Indeed, it was not English at all. I do not know what you would call it. It was not altogether his fault; he had learnt English from a Scotch lady. (Chapter 8)
Repare que uma das alternativas utilizam um verbo na voz passiva (was taught) quando o português utiliza um verbo na ativa (aprendeu). É possível – e nem sempre nos lembramos dessa possibilidade ao traduzirmos – trocarmos a voz do verbo de ativa para passiva e vice-versa.
Alguns professores e manuais de redação sugerem que não se use a voz passiva, alegando que é uma estrutura pesada. Mas o que ocorre é que há casos em que o inglês usa a voz passiva, mas o português não usaria. Compare: I was given this ring (frase de uso corrente em inglês) em português seria Eu ganhei esse anel. You will be missed (frase clichê quando alguém sai do emprego nos EUA, por exemplo) = Nós sentiremos a sua falta / Eu sentirei a sua falta.
He learned English from an American teacher.
Nesse caso, a diferença é entre o inglês americano e o inglês britânico. Há alguns verbos que são regulares em inglês americano, mas irregulares em inglês britânico.
Os dicionários costumam assinalar a diferença.
Transcrevo parte do verbete de Practical English Usage, sobre verbos irregulares:
Burn, dream, lean, learn, smell, spell, spill and spoil are all regular in American English. In British English, irregular past tenses and participles with -t are also common.
- • Dive is regular in British English, but can be irregular in American:
- dive - dived/dove (/douv/) - dived
- • Fit and quit are usually irregular in American English.
- • The American past participle of get is either got or gotten (see 233.7).
- • Spit has both spit and spat as past tense and participle in American English.
- • Note the standard AmE pronunciations of ate (felt/) and shone (/ [oon/).
- Alternativa:*
- He learned English with an American teacher.*
Essa alternativa dá a impressão de que tanto ele como a professora americana aprenderam inglês juntos (na mesma sala). A preposição que indica que a professora é que ensinou é from.
Eu o conheci na universidade e, desde então, nós somos amigos.
I first met him at college and we have been friends ever since.
- “Conhecer” na acepção de “travar conhecimento com” é to meet ou, menos freqüentemente, to become acquainted with, to make someone’s acquaintance. Quando um falante de inglês se despede de alguém depois de apresentado, ele diz: Glad to meet you (ou delighted to meet you). À apresentação terá trocado com o outro essa expressão deliciosamente boba que é How do you do? Em encontros posteriores o que se diz à despedida é Glad to see you, i.e., “Prazer em vê-lo(a).”
Repare nos seguintes pontos:
- I first met him (… ) we have been friends ever since.
Meet pode ser traduzido como conhecer ou encontrar, que não são sinônimos em português. Portanto, “I met him at university” pode ter dois significados distintos: o de que você “encontrou-o na universidade”, ou o de que você o “conheceu” lá. Mas, na oração original o “desde então” nos diz que a relação é de longa data. Então, como você vê, o que retirará a ambiguidade da frase inicial em inglês (entre “encontro” e “conhecimento de longa data”) será a tradução de “desde então” como “ever since”, o uso do present perfect e o “first” reforçando a idéia de encontro inicial.
O present perfect é obrigatório aqui por se tratar de ação iniciada no passado (at university) e que continua até o presente.
Ever since reforça a idéia de continuidade, tempo distante. Since then não necessariamente significa longa data, portanto, não é a melhor opção aqui. Cf. o verbete:
ever since ( … ) continuously since the time mentioned: He’s had a car ever since he was 18. [*] I was bitten by a dog once and I’ve been afraid of them ever since. (Oxford Advanced Learner’s Dictionary)
Vejamos alguns exemplos de uso de first met e de ever since, todas retiradas do primeiro capítulo de King Solomon’s Mines, de H. Rider Haggard:
- “Well, it is eighteen months or so ago since first I met Sir Henry Curtis and Captain Good. It was in this way.”
- “I have done a good many things in my life, which seems a long one to me, owing to my having begun work so young, perhaps. At an age when other boys are at school I was earning my living as a trader in the old Colony. I have been trading, hunting, fighting, or mining ever since.”
- “Ever since that confounded lion got hold of me I have been liable to it [pain and trouble in my left leg], and its being rather bad just now makes me limp more than ever.”
- “His name was Jose da Silvestra, and he lived three hundred years ago. His slave, who waited for him on this side of the mountains, found him dead, and brought the writing home to Delagoa. It has been in the family ever since, but none have cared to read it, till at last I did.”
- Usei apenas o MET exatamente por causa da continuação da frase que já me dá o contexto. A nota diz - “first” reforçando a idéia de encontro inicial - o first apenas reforça. Seria então realmente necessário, visto que neste caso temos o contexo?*
- Em língua, muitas vezes a questão não é absoluta: é certo, é errado, é realmente necessário. A questão é usage, ou seja, como os falantes se expressam. Então, o contexto, de fato, muitas vezes basta para precisar que foi a primeira vez, mas o first em geral é usado pelos falantes no contexto para precisar bem a ideia. Repare que meet pode ser traduzido como encontrar, mas first meet é conhecer.
- Se usarmos o google para verificar a ocorrência, encontramos coisas engraçadas:
Uma peça de teatro:
How We First Met - real stories, real funny
HOW WE FIRST MET is an uplifting, one-of-a-kind theatrical experience that has been making Valentine’s Day memorable for audiences in cities as diverse as San Francisco, New York, Tokyo and Melbourne since 2001. In each performance of HOW WE FIRST MET, comedian and emcee Jill Bourque interviews three couples live on stage about their first encounter while a team of brilliant performers transforms pivotal moments from each real-life romantic rendezvous into improvised sketches and songs.
http: //www.howwefirstmet.com/
* Uma música (que desconheço totalmente)*
When We First Met – Hello Goodbye
When we first met
Your hair was long and brown
You hadn’t yet cut it all off
And now it’s long once again, oh
Oh, it’s long once again
http://letras.terra.com.br/hellogoodbye/1531006/traducao.html
E para não acharmos que a expressão só se aplica a casais, temos a pergunta sobre o filme “De volta para o futuro”:
- How Did Marty and Doc Brown First Meet?*
http: //www.movieline.com/2011/08/how-did-marty-and-doc-brown-first-meet.php
… at college / at university…
Repare na expressão é at college / at school / at university / at work, deixando implícito que foi durante o tempo de universidade, etc. Não se usaria o artigo quando fica subentendido que a pessoa estava lá com aquela finalidade: estudar, trabalhar, etc.
Desejo trazer ao seu conhecimento um fato muito importante.
I wish to bring to your notice ( knowledge ) a very important fact.
“Chamar a sua atenção para” seria draw your attention upon ( this fact ).
Proposta alternativa:
I would like to …
Proposta: I want to let you know about a very important fact.
Repare que o original em português é uma oração bastante formal. E repare como a solução do prof. Daniel segue a mesma formalidade. Portanto, não é que essa solução esteja totalmente errada, ela não está adequada do ponto de vista do registro (linguagem formal).
Tentei manter o tom formal, imaginando o contexto de um emissário anunciando seu objetivo na recepção do gabinete de alguma autoridade: I wish to acquaint him with a most relevant fact. Não tenho certeza se o “acquaint with” é adequado aqui…
Correto, inclusive o nível de formalidade. Além disso, você fez muito bem em imaginar um contexto.
4 - I wish to bring to bring to your attention.
Correta expressão, mas attention não é o mesmo que notice ou knowledge, que pressupõe que a pessoa não tenha conhecimento do fato. Repare que o original é: trazer ao seu conhecimento e não chamar sua atenção para… Veja a nota: “Chamar a sua atenção para” seria draw your attention upon ( this fact ).
**Fred entende pouco de música, mas sabe muito sobre teatro. **
Fred is not much of an expert on music, but he knows a great deal about the theatre.
Mais forte seria: He knows all about the theatre. Estar por dentro” = to be in the know.
Algumas propostas alternativas:
- Fred knows little about music, but a lot about theatre. (Fred sabe pouco sobre música, mas muito sobre teatro)
- Fred may know little about music, but his mastery of the theatre is impressive. (Fred pode saber pouco sobre música, mas seu dominio do teatro é impressionante)
- Fred knows next to nothing about music, but he knows heaps about the theatre (Fred não sabe quase nada sobre música, mas sobre teatro, ele sabe de monte.)
Fred entende pouco de música, mas sabe muito sobre teatro
É preciso cuidado com o sentido do verbo entender nesta oração. Examinando parte do verbete do dicionário, vemos que não é a primeira acepção apresentada, mas a segunda. A regência do verbo pode nos ajudar a perceber (= entender) isso, já que na oração original temos Fred entende pouco de música…
- Perceber, usando inteligência, memória, intuição etc., captar o significado de (texto, o que foi dito, situação, problema, processo etc.) [td. : Nada foi dito, mas só de olhar as fisionomias ela entendeu que tudo fora resolvido.: Não sabia inglês, e não entendeu o que o turista lhe perguntara.]
- Ter conhecimento, experiência, sapiência em relação a; CONHECER; SABER [td. : Você entende código Morse?] [tr. + de : Pode confiar nele, ele entende de eletrônica.] (Caldas Aulete online)
Com isso, podemos descartar a proposta:
- Fred doesn’t understand much about music…
“Knowledge” não é o mesmo que “understanding”. “Knowledge” sugere estudo e informação, enquanto “understanding” sugere intuição e apreensão inconsciente (“it is possible to know much and to understand next to nothing”).
Numa formulação clássica oriental, understanding = knowledge + experience (level of being). Muito do que a gente aprende nos livros ou na escola (= “knowledge”) só vai fazer sentido muito depois quando tivermos passado por certas experiências (=“experience”) e por conta disso nos tornado pessoas diferentes (=“a different level of being”).
A frase em português “entende pouco” têm a conotação de alguém que não “estudou” o assunto, em outras palavras “Fred is not an expert” como colocado na solução do curso (ou seja, “entender pouco” não remete à “understanding”, mas à “knowledge”).
Proposta:
Fred doesn’t know much about music, but a lot about theatre.
Little or not much?
Little está correto, mas há também a tendência a usar a frase na negativa justamente para chamar atenção para a idéia negativa.
Um exemplo bastante vívido, que ilustra muito bem o uso de (not) know much, é uma música dos anos 1960 do grupo inglês Herman’s Hermits:
“Don’t know much about history
Don’t know much biology
Don’t know much about science books
Don’t know much about the French I took
But I do know that I love you
And I know that if you loved me too
What a wonderful world this would be
Don’t know much about geography
Don’t know much trigonometry
Don’t know much about algebra
Don’t know what a slide rule is for
But I know that one and one is two
And if this one could be with you
What a wonderful world this would be”
Observe que know sera traduzido como entender de ou saber de, exceto nas orações:
- “But I do know that I love you / And I know that if you loved me too”, e “Don’t know what a slide rule is for” em que o verbo saber é mais adequado. (Eu não sei para que serve uma régua de cálculo)
- Fred is not too much into music, but he knows a lot about the theater.*
A expressão idiomática “be into something” significa “gostar de” e não “entender de”, “conhecer”.
be into something
- (informal) to be interested in something in an active way*
- He’s into surfing in a big way.*
(OALD)
Você sabe falar o alemão?
Can you speak German?
“Saber” + infinitivo equivale a can. Exemplos: Can you swim? Can you count in Russian? Porém, Can you jump this height? = “Você é capaz de saltar a esta altura?” E, naturalmente, Can you wait? = “Você pode esperar?”
Alternativa:
Do you speak German?
Lembre-se, este é um exercício sobre maneiras de expressar “pensamento, vontade e carência” e Can you speak German? Equivale a Você sabe falar alemão, enquanto Do you speak German equivale a Você fala alemão?
Alternativa:
Do you know how to speak German?
Essa alternativa está correta e é perfeitamente aceitável, mas a do curso pode ser considerada melhor, por uma questão de economia de linguagem (alguns diriam que essa alternativa é um exemplo de “hipertradução”, isto é usar mais palavras do que o necessário para expressar a mesma coisa).
Uma segunda razão é uso (“usage”). Muitas vezes frases gramaticalmente corretas simplesmente não são usadas ou são usadas com uma freqüência menor. Por exemplo, não há nada errado em dizer “agradecida”, “Agradecido” em vez de “obrigada” ou “obrigado”, mas “obrigada” e “obrigado” ocorrem com uma freqüência muito maior.
**Acho que sei fazer isto (saber prático, afirmativa). **
I think I can handle (manage) this.
Assim se exprime a idéia de um saber prático nas frases afirmativas. Manage desacompanhado de can quer dizer “conseguir”. How did you manage to get in? (“Como é que você conseguiu entrar?”) Já na negativa a construção é com to seem, que de resto significa “parecer”. “Eu não consigo abrir esta gaveta” = I don’t seem to open this drawer.
Proposta:
I think I can do this (it).
I think I can do this (it). Sua frase traz implícita sua disponibilidade de tempo etc., não sua capacidade ou habilidade pessoal. Quando a possibilidade se relaciona, por exemplo, com o horário proposto para um encontro ou visita, a expressão é: I think I can make it. [DBB]
Proposta: I think I know how to do it.
Como a oração está sem contexto, fica um pouco difícil saber exatamente o que a pessoa quer dizer com sei fazer.
O Prof. Daniel colocou entre parênteses “saber prático” para auxiliar o entendimento e em uma nota explica que o uso de can nesta oração indicaria disponibilidade de tempo.
Mas via de regra, saber fazer no sentido de habilidade em inglês equivale a can = ability.
Como seria em inglês?
Você faz tricô? = Do you knit?
Você sabe fazer tricô? = Can you knit?
Mas repare que Do you know how to knit? Equivale a Can expressando ability, mas talvez seja menos usado.
Voltando à oração:
É possível interpretá-la como conhecimento, habilidade, que seria melhor expresso com can, I can do it, ou como I know how to do it.
Da forma como o Professor Daniel Brilhante interpretou, é capacidade.
Handle e manage tem ainda conotação de superar dificuldade, algo difícil de ser feita, conforme o Prof. Daniel também explica na nota.
Novamente com o exemplo do tricô.
Alguém mostra a você um modelo na revista e você diz:
Acho que sei fazer isto.
(Saber no sentido de ter conhecimento suficiente de tricô para poder fazer o modelo.)
I think I know how to do it. = I think I can do it. (a tendência seria usar o can = ability)
Mas, também é possível chamar atenção para a capacidade de executar.
Alguém pede a você ajuda com o trabalho de tricô que está difícil. Você também acha complicado, mas afirma:
I think I can handle (manage) this.
Acho que consigo/sou capaz de fazer esse modelo. (não é bem essa a tradução proposta, mas usei para que você entenda melhor a diferença).
Então antes de decidir que expressão usar (can, know how to, can manage , can handle) temos – mais uma vez – que entender a situação e decidir que expressão melhor corresponde à situação.
[MP]
I think [that I can do it].
Usei “that”. Soa estranho, mas achei que neste caso não poderia faltar…
Está correto, mas é opcional, já que a oração iniciada por that é objeto e não sujeito.
**Eu não sei consertar isto (idem, negativa). **
I don’t know how to mend (fix, repair) this.
Proposta: I can’t fix it.
Você até poderia usar o can, mas o que você estaria transmitindo seria a idéia de “incapacidade”, quando a frase original transmite a idéia de “ignorância”. Veja só. A lâmpada da sua sala queimou. Mas já são 11 horas da noite e as lojas estão fechadas e você não tem uma lâmpada sobressalente. Você “sabe” como efetuar o conserto, mas você não “pode”. Neste caso você diria: “I can’t fix it” (ou seja, você até sabe e quer consertar, mas você não pode).
Por outro lado o seu computador pifou, e você não entende nada de computadores. Neste caso você diria “Eu não sei consertar isto” (I don´t know how to fix this”). O problema não é mais capacidade, mas ignorância. Tanto assim é que se o técnico te orientar por telefone, você provavelmente conseguirá consertar o computador.
Por outro lado ainda, o técnico está te orientando por telefone, mas mesmo assim você não consegue consertar o computador. Então isto seria o que você diria a ele: “I don’t seem to fix it”. Neste caso você tem a capacidade (de seguir instruções), você têm o conhecimento (do técnico), mas mesmo assim não funciona. É o famoso mistério!
Então antes de decidir que expressão usar (can, don´t know, don´t seem) temos – mais uma vez – que entender a situação e decidir que expressão melhor corresponde à situação.
I think I know how to make this. - pensei que a observação sobre “saber pratico” referia-se aos verbos “ make, do” )
Existe uma diferença entre make e do:
Make em geral é usado no sentido de manufaturar, confeccionar, ou em expressões fixas. Do é usado no sentido de executar uma ação, ou em expressões fixas. Na falta de contexto, o mais adequado aqui seria do. As expressões em que se usa make ou do devem ser guardadas como tais (isto é, não há regras que indiquem quando usar uma ou outra).
Transcrevo parte de explicação de Practical English Usage de Michael Swan:
do (3): general-purpose verb; do and make
The general-purpose verb do has several uses, and can sometimes be confused with make.
1 do for indefinite activities
We use do when we do not say exactly what activity we are talking about – for example with words like thing, something, nothing, anything, what.
Then he did a very strange thing. (NOT Then he made a very strange thing.)
Do something!
I like doing nothing. (NOT … l1utking nothing)
What shall we do?
2 do for work
We use do when we talk about work and jobs.
I’m not going to do any work today. Could you do the shopping for me?
It’s time to do the accounts. I wouldn’t like to do your job.
I did (= studied) French and German at school.
Has Ben done his homework?
Could you do the ironing first, and then do the windows if you’ve got time?
3 do .. .ing
We use do in the informal structure do … ing, to talk about activities that take a certain time, or are repeated (for example jobs and hobbies). There is usually a determiner (e.g. the, my, some, much) before the -ing form.
During the holidays I’m going to do some walking and a lot of reading.
Let your fingers do the walking. (advertisement for telephone shopping)
Note that the verb after do cannot have an object in this structure.
I’m going to watch some Tv. (NOT I’m going to do some 1tJtttchingTI)
But do can be used with a compound noun that includes verb + object.
I want to do some bird-watching this weekend.
It’s time I did some letter-writing.
4 make for constructing, creating etc
We often use make to talk about constructing, building, creating etc.
I’ve just made a cake. Let’s make a plan.
My father and I once made a boat.
S do instead of make
We sometimes use do in place of make, to sound casual about a creative activity - as if we are not claiming to produce any very special results.
What shall we eat?~ Well, I could do an omelette.
6 common fixed expressions
do good, harm, business, one’s best, a favour, sport, exercise, one’s hair,one’s teeth, one’s duty, 50 mph
make a journey, an offer, arrangements, a suggestion, a decision, an attempt,an effort, an excuse, an exception, a mistake, a noise, a phone call, money, a profit, a fortune, love, peace, war, a bed, a fire, progress
Note that we say make a bed, but we often talk about doing the bed(s) as part of housework. Compare:
He’s old enough to make his own bed now.
I’ll start on the vegetables as soon as I’ve done the beds.
We use take, not make, in take a photo, and have, not make, in have an (interesting) experience.
Proposta: I don’t think I can fix it.
A sua solução traduz melhor:
Eu acho que não consigo consertar isto.
Já que desloca o eixo de raciocínio:
I don’t think = Acho que não + I can fix it = consigo consertar, sei consertar.
Cf. a solução do curso:
I don’t know = não sei + how to fix it = como consertar isto.
Cf. a expressão: know how to do something = saber fazer, daí a ideia de “know-how”, que fica até sem tradução em português.
Este é o melhor remédio que eu conheço.
This is the best medicine I know of.
Of enfatiza a idéia de que eu conheço outros; mas não são incomuns construções do tipo I know of a man who = “Sei de um homem que…”
Alternativas:
This is the best medication…
This is the best medicament…
This is the best remedy…
Você pode usar “medicine”, “medication”, “medicament” ou “remedy”, já que esta frase não nos dá nenhum contexto. Com mais contexto uma destas opções talvez fosse mais indicada. As nuances de significado são as seguintes:
Medicine – a substance, especially a liquid, taken through the mouth, used in curing illness. (portanto, injeções e supositórios não são “medicine”)
Medication (US) – a drug or medicine for preventing or curing illness.
Medicament – A substance used in or on the body to cure illness
Remedy – a treatment, medicine, etc. that cures a disease or relieves pain. (Este é o termo mais amplo, já que inclui não apenas pílulas, injeções, etc. como também sessões de quimioterapia, fisioterapia, etc.)
Proposta: This is the best medicine I know about
Não há diferença entre know about e know of.
This is the best medicine that I know.
Fica melhor com o of já que a preposição completa o sentido, indicando que o verbo know está sendo usado com o sentido de conhecer, saber sobre.
Proposta:
This is the best medicine I’m aware (of)
Aware tem uma conotação um pouco diferente de know. Aware tem idéia de realize, dar-se conta, perceber, saber dos riscos e implicações. Não é sinônimo de know of.
Proposta:
This is the best remedy to my knowledge/as far as I know.
O significado das suas soluções é diferente, querendo dizer ao que eu saiba.
This is the best medicine I’ve known.
O uso do present perfect não parece adequado aqui pelos seguintes motivos:
Pela própria estrutura do inglês, já que o presente na primeira parte da oração pediria present simple na segunda parte.
Pela ideia implícita no present perfect de passado, que traduziria melhor: que eu já conheci (ouvi falar).
Pela falta da preposição: know of.
**Saiba (fique sabendo) que ele não tem nada a ver com isso. **
You may take it from me that he has nothing to do with this matter.
O inglês não gosta muito de reticências…usa dash – Também possível aqui a expressão rest assured that –
take it from me or you can take it from me or you may take it from me
- (idiomatic) believe me, rest assured*
- Take it from me, if you can’t learn how to communicate with each other, your marriage will never work.
Propostas alternativas:
Rest assured that he has nothing to do with this matter.
I assure you that he has nothing to do with this matter.
“I want you to know he has nothing about this” - correto?
Nothing about está errado. Corrigindo: nothing to do with this / with this matter. (solução do curso).
I want you to know é possível, mas soa como uma ordem.
* Frase 10: For your information, he has nothing to do with this. Aparentemente “For your information” é bastante informal, será que posso usar aqui?
Tentando verificar as abonações de dicionários para se ter um parâmetro de uso, parece que a questão não é propriamente o registro (formalidade ou informalidade), mas o fato de a expressão poder ser usada de duas formas distintas: uma neutra (vide abaixo as definições assinaladas em rosa) e outra que pressupõe uma intenção ou reação do falante, qual seja, corrigir e refutar uma opinião do interlocutor (vide abaixo as definições assinaladas em amarelo).
Observe que o dicionário Macmillan só apresenta essa acepção, o que nos faz pensar sobre a necessidade de consultar vários dicionários ou de verificar se a definição apresentada no texto é satisfatória.
Então, na verdade, se o contexto (e nós aqui na oração do curso não temos contexto algum) nos permitir inferir essa reação por parte do falante, sua solução é perfeitamente válida.
Repare que essa interpretação pode inclusive estar na contramão da solução apresentada pelo curso: Rest assured that.
Idioms
for information only
written on documents that are sent to somebody who needs to know the information in them but does not need to deal with them
for your information
1 (abbr. FYI) = for information only
2 (informal) used to tell somebody that they are wrong about something For your information, I don’t even have a car.
(OALD)
for your information
spoken
used for telling someone angrily that they are wrong about something
For your information, this is my sister, not my girlfriend!
(Macmillan)
for your information (FYI)
Definition
Denotation of an item considered to be of importance and directed to a specific person or group. Often used for informal and brief messages or memos with a specific and intended audience. For example, a document regarding an important change in pay scales may be sent to employees with the title “FYI: Critical pay information”.
Read more: http://www.businessdictionary.com/definition/for-your-information-FYI.html#ixzz26GjDUtg1
Be aware that he has nothing to do with this.
Aware neste contexto indicaria que a pessoa está tentando alertar o interlocutor de algum perigo, risco ou possível implicação. Na falta de contexto, não podemos descartar como errado, mas não é uma tradução neutra, só podendo ser usada se o contexto justificasse.
Nós não sabíamos se ele tinha parentes. Se soubéssemos…
We did not know if he had relatives. Had we known –
If I knew, na maioria dos contextos, corresponderia a “Se por um lado eu sabia”…
No mais a noção de “se eu soubesse” trazendo implícito, “antes” é desses casos em que o inglês decalca o francês. If I knew, ocorre, porém, no sentido proposto quando o past perfect já apareceu no mesmo período.
Propostas alternativas:
We had no idea whether he had any relatives. If we had known…
A diferença entre If we had known e Had we known é que na segunda opção dá-se a omissão da conjunção e uma inversão, com o verbo auxiliar iniciando a oração, e o conseqüente deslocamento do sujeito para antes do verbo principal. Essa mudança na estrutura confere formalidade. Portanto, essa opção é mais encontrada em textos escritos ou em discursos orais mais formais.
We were not sure if he had relatives. If we were sure…
Repare que se você tivesse continuado a sua segunda oração, ficaria: If we were sure e essa opção de condicional estaria errada, já que essa segunda oração refere-se a uma condição irreal, por justamente referir-se ao tempo passado. E o passado não se pode modificar, daí ser irreal. Condições irreais no passado pedem past perfect.
Compare as seguintes orações:
Não sabíamos se ele tinha parentes… (tempo passado - Proposta do curso):
We were not sure if he had relatives.
Não sabemos se ele tem parentes… (tempo presente). Em inglês seria:
If we were sure refere-se a uma condição no presente (verbo no passado, condição irreal no presente).
Completando a frase:
If we were sure that he had relatives, we would call them.
Atenção: para entender bem essa oração, é bom revisar as conditionals em inglês. Muito resumidamente:
Zero conditional: always true
If/ when/ whenever I see him, I greet him.
(se eu o vejo / toda vez que eu o vejo, eu o cumprimento)
First conditional: present time > possibility in the future
If I see him, I will greet him.
(Se/ Quando eu o vir, eu o cumprimentarei)
Second conditional: present time > unreal / unlikely / contrary to reality
If I saw him, I would greet him.
(Se eu o visse, eu o cumprimentaria). O mais provável é que eu não o veja
Third conditional: past time > impossible
If I had seen him, I would have greeted him.
(Se eu tivesse o visto, eu o teria cumprimentado) Eu não o vi, portanto, não o cumprimentei, a ação aconteceu no passado e, portanto, não acontecerá de novo.
Voltando à nossa oração:
Nós não sabíamos que ele tinha parentes. Essa ação aconteceu no passado e não pode ser modificada.
We didn’t know if he had family. We wish we could know…
Essa parte não está correta estruturalmente. Corrigindo: We wish we knew.
Mas, mesmo assim, apresenta outro significado: Gostaríamos de saber… Oxalá soubéssemos. A ideia é futuro e não passado, que seria: We wish he had known.
Por fim, family não é o mesmo que parentes (relatives) e haveria necessidade do artigo: a family.
Eu bem que gostaria de saber se …
I wonder whether –
Alternativas:
I wish I knew if…
I would like to know if…
If only I knew if …
Proposta:
I wish I had known if / whether…
Essa opção remete ao passado, enquanto a opção do curso remete a presente/futuro.
I wish, I could know if…
A virgula não pode ser usada. I could know é redundante. Ficaria melhor apenas I wish I knew.
I really would like to know -
Na verdade, a expressão estava apresentada como alternativa, a única diferença sendo a sua ênfase “really”. Corrigindo a posição: I would really like to know if…
A quanto eu saiba (ou: ao que eu saiba)…
As far as I know – To the best of my knowledge –
Proposta:
As far as I’m concerned…
A expressão “as far as I am concerned” não corresponde a “ a quanto eu saiba”, mas a “no que me diz respeito…”, ou seja, bem diferente em significado.
As long as I know…
Não forma expressão válida em inglês. No caso de expressões fixas, as palavras não podem ser trocadas por outras.
Repare que um dos objetivos do exercício é justamente ensinar fórmulas fixas na língua inglesa e na língua portuguesa que sejam equivalentes em termos semânticos.
Resta saber se… (modulação)
It remains to be seen if –
Possível também no fim na frase if the present Minister of Finance has a formula against inflation remains to be seen—
Poderia ser: The question is whether…?
Usar o whether vai depender do restante da oração (que nós não temos). Lembre-se de que whether pressupõe uma alternativa (whether or not), mesmo que implícita, ao contrário do if que indica uma hipótese.
Portanto, se completarmos a oração poderemos ou não usar o whether.
Veja o seguinte exemplo retirado do dicionário:
it remains to be seen
it is still unclear It remains to be seen whether the heating system is really fixed or will have to be replaced.
http: //idioms.thefreedictionary.com/it+remains+to+be+seen
* Proposta: What’s left to know*
Na verdade, o que temos aqui, não é uma oração completa, mas apenas uma parte de uma oração, que forma uma expressão idiomática em português.
Poderíamos completar, por exemplo, da seguinte forma:
Resta saber se ele vai.
Resta saber se ele concorda.
Resta saber se ele teve alguma participação no crime.
Não é que a sua solução traduza outra ideia, ela faz uso de outra estrutura sintática.
O que resta saber…
Dando a entender que é o sujeito da oração e que seria necessário um verbo para termos uma oração completa.
O que resta saber é…
Então, os exemplos acima ficariam da seguinte forma:
O que resta saber é se ele vai.
O que resta saber é se ele concorda.
O que resta saber é se ele teve alguma participação no crime.
Da mesma forma, em inglês teríamos outra estrutura sintática. Primeiro, partindo da solução do curso:
What remains to be seen is…
Atente que em inglês, nesta estrutura, não poderíamos completar com agora com if; teria de ser necessariamente whether:
Repare, ainda, que o melhor verbo continuaria sendo “remain” e não “left” e “see” ao invés de “know” pois são os verbos usados na expressão idiomática equivalente em inglês. Vide verbete acima.
“Querer é poder”. “Quem sabe, faz; quem não sabe, ensina”. **
Where there is a will, there is a way. Who can does, who cannot teaches.
…and those who cannot teach teach how to teach
Quanto à segunda oração, usamos o mesmo ditado em português para ironicamente dizer que aquele que não sabe fazer gosta de ensinar o outro a fazer.
*Those who can’t do, teach - vi esta frase desta forma no episodio 18 da serie CASTLE, temporada 04 - e pensei que tambem possui o mesmo sentido. *
Trata-se de uma máxima, atribuída ao dramaturgo irlandês George Bernard Shaw. Possível.
Fiz uma tradução literal, mas não percebo que esteja completamente errado: “Wishing is power”. “The ones who know it, do it; the ones who don´t, teach it”.
Infelizmente, não é possível fazer tradução literal de ditados, refrões e expressões idiomáticas de uma língua para outra. É caso típico de equivalência pura, ou seja, ou temos um equivalente para o ditado, ou teremos que recorrer a outro meio (paráfrase, adaptação, omissão, dependendo do contexto.
Knowledge is power.
Knowledge is power significa Conhecimento é poder. Não traduz o original em português.