PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Flashcards
O que é Parada Cardiorrespiratória (PCR) e por que é considerada uma situação emergencial na medicina?
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é o evento final antes da morte, caracterizado pela cessação da atividade cardíaca efetiva, resultando na interrupção imediata da circulação sanguínea e da respiração. É considerada uma situação emergencial devido à necessidade urgente de intervenções para reverter o quadro e evitar o óbito, onde a rapidez e a eficácia dessas intervenções são cruciais para o prognóstico do paciente.
Quais são os principais ritmos cardíacos associados à PCR em ambientes extra-hospitalares e quais são as suas causas mais comuns?
Em ambientes extra-hospitalares, a maioria das PCRs é decorrente de ritmos de Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), geralmente associados a arritmias resultantes de quadros isquêmicos agudos, indicando um evento súbito relacionado a problemas cardíacos graves.
Comparativamente, quais são os ritmos cardíacos mais comuns em PCRs ocorridas em ambiente hospitalar e o que eles refletem?
Em ambiente hospitalar, os ritmos mais comuns associados à PCR são a Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e a assistolia, refletindo uma deterioração clínica progressiva do paciente, o que indica um processo gradual de agravamento da condição de saúde que culmina na parada cardiorrespiratória.
Quais fatores estão relacionados com uma maior sobrevida hospitalar após uma PCR?
Fatores relacionados com uma maior sobrevida hospitalar após uma PCR incluem o local onde acontece o evento, o dia da semana (com piores prognósticos aos finais de semana), eventos que ocorrem no período diurno, eventos presenciados, idade menor de 65 anos, presença de função normal do ventrículo esquerdo (VE) antes do evento e a duração do evento.
Qual é o principal objetivo da reanimação cardiorrespiratória?
O principal objetivo da reanimação cardiorrespiratória é fornecer um débito mínimo de oxigênio para o coração e o cérebro enquanto se identifica e trata a causa da parada cardiorrespiratória. Isso é vital para minimizar sequelas e aumentar as chances de retorno à circulação espontânea.
O que o Suporte Básico de Vida (SBV) visa atender nos minutos iniciais de um evento de PCR?
O Suporte Básico de Vida (SBV) aborda a sequência primária de ações nos minutos iniciais de atendimento, visando a manutenção ou recuperação da oxigenação e da perfusão cerebral para assegurar a viabilidade neurológica, que é um fator crucial no prognóstico da vítima de PCR.
Por que a realização imediata de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) é importante em uma vítima de PCR?
A realização imediata de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), mesmo que sejam apenas compressões torácicas (especialmente indicadas para leigos), é fundamental pois contribui significativamente para o aumento das taxas de sobrevivência após uma PCR.
Quais são os passos iniciais a serem seguidos ao se deparar com uma situação de PCR, segundo o texto?
Os passos iniciais incluem:
Avaliar a segurança do local, certificando-se de que é seguro tanto para o socorrista quanto para a vítima. Se necessário, tornar o local seguro ou mover a vítima para um lugar seguro.
Checar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros, ao mesmo tempo em que se avalia a ventilação
observando a movimentação do tórax.
Se a vítima responder, perguntar se precisa de ajuda.
Se a vítima não responder, mas estiver respirando, ficar ao seu lado e aguardar para ver sua evolução, chamando ajuda se necessário.
Se a vítima não estiver respirando ou estiver apenas com gasping (respiração agônica), chamar ajuda imediatamente
Qual é o principal objetivo da reanimação cardiorrespiratória?
O principal objetivo da reanimação cardiorrespiratória é fornecer um débito de oxigênio mínimo essencial para o coração e o cérebro enquanto se identifica e trata a causa da parada cardiorrespiratória, com o intuito de minimizar sequelas e aumentar as chances de retorno à circulação espontânea.
O que o Suporte Básico de Vida (SBV) aborda e por que é importante nos minutos iniciais de atendimento?
O Suporte Básico de Vida (SBV), ou Basic Life Support (BLS), aborda uma sequência primária de ações focadas na manutenção ou recuperação da oxigenação e da perfusão cerebral nos minutos iniciais de atendimento. É crucial para garantir a viabilidade neurológica, um dos principais fatores de prognóstico da vítima de PCR, aumentando assim as chances de sobrevivência sem sequelas significativas.
Quais são os passos iniciais ao abordar uma vítima de PCR em ambiente extra-hospitalar?
Em ambiente extra-hospitalar, os passos iniciais incluem avaliar a segurança do local, checar a responsividade da vítima e chamar ajuda. Se estiver sozinho, deve-se ligar para o número local de emergência e buscar um Desfibrilador Externo Automático (DEA) se disponível. Se acompanhado, instruir outra pessoa a fazer essas ações enquanto se continua o atendimento à vítima.
Como deve ser realizada a avaliação de pulso e respiração por profissionais de saúde durante o atendimento de uma PCR?
Profissionais de saúde devem avaliar o pulso carotídeo por 5 até, no máximo, 10 segundos, simultaneamente à avaliação da respiração, observando a movimentação do tórax. Esta avaliação rápida ajuda a determinar a necessidade de iniciar compressões torácicas, caso não haja pulso nem respiração adequada.
Qual é a sequência do SBV (CAB) e como ela deve ser aplicada por socorristas leigos e treinados?
A sequência CAB do SBV refere-se a Circulação (massagem cardíaca), Abertura de vias aéreas, e Respiração (ventilação). Socorristas leigos e sem treinamento devem realizar apenas as compressões torácicas (hands-only), enquanto socorristas treinados devem seguir a sequência CAB completa, realizando 30 compressões para cada 2 ventilações, até a chegada do DEA ou profissionais do serviço de emergência.1
Por que em casos de PCR por hipóxia a sequência inicial de RCP é diferente e qual sequência deve ser adotada?
Nos casos de PCR causados por hipóxia, como afogamento, trauma, overdose de opioides, e em todas as crianças, a sequência inicial de RCP deve ser ABC (Airway, Breathing, Circulation) ao invés de CAB. Isso envolve iniciar com 2 ventilações de resgate seguidas por compressões torácicas, completando um ciclo de 2 minutos antes de chamar ajuda se estiver sozinho. Essa abordagem é adotada porque nesses casos a causa primária da PCR é a falta de oxigênio, tornando as ventilações iniciais mais críticas.
Quais são as técnicas básicas para a desobstrução e abertura das vias aéreas durante a RCP?
Para desobstruir e abrir as vias aéreas durante a RCP, as técnicas básicas incluem a remoção de próteses e corpos estranhos, além da realização da manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (head tilt, chin lift). Essas ações visam garantir que o ar possa fluir livremente até os pulmões.
Como deve ser feita a abertura da via aérea em pacientes com suspeita de lesão cervical?
Em pacientes com suspeita de lesão cervical, a cabeça deve ser estabilizada, e a abertura da via aérea deve ser realizada com a tração da mandíbula (jaw thrust), evitando movimentos que possam agravar lesões na coluna cervical.
Quais dispositivos acessórios podem ser utilizados para auxiliar na manutenção das vias aéreas e quais são suas contraindicações?
Dispositivos acessórios para via aérea incluem a cânula orofaríngea (Guedel®), contraindicada se houver presença do reflexo de vômito, e a cânula nasofaríngea, contraindicada em casos de suspeita de fratura na base do crânio. Esses dispositivos ajudam a manter as vias aéreas abertas e podem ser essenciais para garantir a ventilação adequada do paciente.
Como devem ser realizadas as ventilações no contexto do BLS e qual a frequência correta dessas ventilações durante a RCP sem via aérea avançada?
No BLS, devem ser realizadas duas ventilações boca a boca ou boca-nariz, idealmente com anteparos como máscara facial, a cada 30 compressões torácicas. Cada ventilação deve ter um tempo inspiratório de 1 segundo, suficiente para provocar a elevação do tórax, garantindo uma ventilação efetiva.
Qual é o protocolo de ventilação para pacientes em parada respiratória (sem respiração, mas com pulso) e como deve ser monitorado o pulso desses pacientes?
Para pacientes em parada respiratória, devem ser administradas ventilações de resgate a cada 6 segundos (10 por minuto), e o pulso deve ser verificado a cada 2 minutos. Caso o pulso desapareça, deve-se iniciar a RCP imediatamente, seguindo o protocolo adequado para a situação.
Como deve ser feito o manejo de pacientes suspeitos de intoxicação por opioides durante o atendimento?
Em casos de suspeita de intoxicação por opioides, deve-se administrar naloxona (antagonista do opioide), se disponível, como parte do esforço para reverter os efeitos da overdose e melhorar a respiração do paciente.
Quais são as diferenças nas recomendações de ventilação para pacientes com e sem via aérea avançada durante a RCP?
Para pacientes sem via aérea avançada, a relação de compressões para ventilações é de 30 para 2. Já para pacientes com via aérea avançada, recomenda-se realizar compressões torácicas contínuas, com uma ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto), sem a necessidade de interromper as compressões para a ventilação.
Qual é a frequência recomendada de ventilação para um paciente em parada respiratória e como isso difere do tratamento padrão da PCR?
Para um paciente em parada respiratória, a recomendação é realizar uma ventilação a cada 6 segundos, totalizando 10 ventilações por minuto. Isso difere do tratamento padrão da PCR sem via aérea avançada, onde a relação é de 30 compressões para 2 ventilações. A diferença reflete a necessidade de fornecer oxigênio suficiente para pacientes que ainda possuem pulso mas não estão respirando.
Como a abordagem de ventilação muda na presença de uma via aérea avançada durante a PCR?
Na presença de uma via aérea avançada durante a PCR, a abordagem de ventilação muda para 1 ventilação a cada 6 segundos (ou 10 ventilações por minuto), enquanto se aplicam compressões torácicas contínuas, sem interromper para as ventilações, como se faz na PCR sem via aérea avançada.
Por que é importante diferenciar as técnicas de ventilação entre situações de parada respiratória e PCR com ou sem via aérea avançada?
Diferenciar as técnicas de ventilação é crucial porque reflete a necessidade de otimizar o suporte de oxigênio com base na condição específica do paciente. Em parada respiratória, o foco é na substituição da função respiratória ausente. Na PCR, a prioridade inclui a circulação através de compressões torácicas, com ventilações adequadas à presença ou ausência de uma via aérea avançada, visando maximizar a eficácia da oxigenação e perfusão.
Por que a desfibrilação precoce é considerada o tratamento de escolha para vítimas em FV e TV sem pulso?
A desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para vítimas em FV e TV sem pulso porque pode restaurar um ritmo cardíaco viável rapidamente. Esses arritmias são suscetíveis à correção por choque elétrico, que, se administrado rapidamente, aumenta significativamente as chances de sobrevivência ao reestabelecer o ritmo cardíaco normal.
Quais são as etapas a serem seguidas assim que o DEA estiver disponível e há mais de um socorrista presente?
Quando o DEA está disponível e há mais de um socorrista, um deve continuar realizando RCP, principalmente as compressões torácicas, enquanto o outro prepara e manuseia o DEA. Isso garante a mínima interrupção nas compressões, essencial para manter a circulação sanguínea até que o choque possa ser administrado.
Como deve ser retomada a RCP imediatamente após a desfibrilação?
A RCP deve ser retomada pelas compressões torácicas imediatamente após a administração do choque pelo DEA. Essa prática ajuda a maximizar a eficácia do choque, mantendo a circulação sanguínea e aumentando as chances de recuperação do ritmo cardíaco normal.
Quais são as posições recomendadas para a colocação das pás do DEA e como elas devem ser ajustadas em pacientes especiais, como aqueles com marca-passo?
As pás do DEA podem ser colocadas em duas posições principais: anterolateral (paraesternal direita e no ápice do coração) ou anteroposterior (ictus cordis e na região dorsal, abaixo da escápula esquerda). Em pacientes com marca-passo, recomenda-se posicionar as pás a pelo menos 8 cm de distância do gerador para evitar interferências.
Quais procedimentos devem ser tomados antes da desfibrilação em relação ao preparo da pele da vítima?
Antes da desfibrilação, deve-se remover o excesso de pelos da região onde as pás serão posicionadas e secar completamente o tórax da vítima. Essas medidas ajudam a garantir uma condução elétrica eficaz e reduzem o risco de faíscas ou queimaduras.
Qual é o protocolo para o cuidado pós-desfibrilação, especialmente se a vítima não apresentar suspeita de trauma, já estiver respirando normalmente e tiver pulso?
Se a vítima estiver respirando normalmente e tiver pulso após a desfibrilação, sem suspeita de trauma, o socorrista deve colocá-la em posição de recuperação (decúbito lateral) para garantir uma via aérea desobstruída e evitar aspiração. O DEA não deve ser desligado, e as pás devem permanecer posicionadas e conectadas até a chegada do serviço médico de emergência
O que é gasping e por que não é considerado uma respiração adequada?
Gasping, ou respiração agônica, é um tipo de respiração anormal e reflexa que pode ocorrer em uma situação de hipóxia grave, onde o corpo tenta desesperadamente obter oxigênio. Não é considerada uma respiração adequada porque não é eficaz na troca de gases, sendo um sinal de que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.
Quais são as características observáveis do gasping?
O gasping pode ser caracterizado por inspirações muito rápidas, com a boca frequentemente aberta e movimentos visíveis da mandíbula, cabeça e pescoço. Pode variar em intensidade, sendo por vezes vigoroso ou rápido, e pode produzir sons semelhantes a suspiros, roncos ou gemidos.
Por que o gasping é considerado um sinal de Parada Cardiorrespiratória (PCR)?
O gasping é considerado um sinal de PCR porque indica uma falha na respiração efetiva e, portanto, uma oxigenação inadequada do cérebro e de outros órgãos vitais. Esse tipo de respiração ocorre em resposta à redução crítica de oxigênio disponível, sinalizando que o coração pode ter parado de bater ou está batendo de maneira ineficaz para manter a circulação.
Como socorristas devem responder ao identificar gasping em uma vítima?
Ao identificar gasping em uma vítima, os socorristas devem iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP), incluindo compressões torácicas e, se treinados, ventilações de resgate. É crucial agir rapidamente, pois o gasping é um sinal de que a vítima está em uma condição crítica e necessita de intervenção imediata para melhorar suas chances de sobrevivência.
Quais são os quatro tipos de ritmos cardíacos associados à parada cardiorrespiratória e suas características principais?
Fibrilação Ventricular (FV): Caracterizada por ondulações irregulares com frequência elevada, sem a formação discernível de complexos QRS, indicando uma desorganização elétrica do ventrículo.
Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP): Apresenta complexos QRS organizados, alargados, com frequência elevada, mas sem a geração eficaz de pulso palpável.
Assistolia: É um ritmo isoelétrico, indicando a ausência de atividade elétrica cardíaca significativa e, consequentemente, a ausência de contração e circulação.
Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): Mostra um ritmo cardíaco organizado em monitor, porém sem a geração de pulso palpável, indicando a desassociação entre a atividade elétrica e a mecânica do coração.
Por que a fibrilação ventricular é considerada crítica na parada cardiorrespiratória extra-hospitalar e qual deve ser a abordagem inicial?
A fibrilação ventricular é considerada crítica na parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH) devido à sua alta incidência e por ser potencialmente reversível com intervenções rápidas e apropriadas. A abordagem inicial deve incluir a ressuscitação cardiorrespiratória (RCP) e desfibrilação precoce para tentar reverter o ritmo, pois, se não tratada prontamente, pode degenerar para assistolia devido à injúria generalizada ao miocárdio.
Como as PCRs são idealmente conduzidas no ambiente hospitalar e por que é importante?
As PCRs que ocorrem no ambiente hospitalar devem ser idealmente conduzidas com suporte avançado de vida, conforme indicado pelo fluxograma de atendimento. Isso é importante porque o suporte avançado de vida (Advanced Life Support - ALS) oferece uma abordagem mais detalhada e específica, incluindo o reconhecimento e tratamento de ritmos cardíacos potencialmente fatais, administração de medicações, acesso vascular e manejo avançado das vias aéreas, aumentando assim as chances de sobrevivência e recuperação do paciente.
Por que a Intubação Orotraqueal (IOT) é considerada o método ideal de manejo das vias aéreas durante a RCP?
A Intubação Orotraqueal (IOT) é considerada o método ideal de manejo das vias aéreas durante a RCP porque oferece uma via aérea segura e protegida, permitindo a ventilação adequada do paciente. Além disso, previne a aspiração de secreções ou conteúdo gástrico, garantindo que o oxigênio possa ser entregue eficientemente aos pulmões durante a ressuscitação.
Quais são as considerações importantes sobre o momento de realizar a IOT durante a RCP?
Não há um consenso na literatura sobre o melhor momento para realizar a IOT durante a RCP. A insistência em obter uma via aérea avançada rapidamente pode levar a um aumento no intervalo sem massagem cardíaca, o que pode ser prejudicial ao paciente. Portanto, a IOT deve ser feita com cautela, minimizando as interrupções nas compressões torácicas.
Quais alternativas podem ser consideradas em casos de dificuldade de intubação durante a RCP?
Em casos de dificuldade de intubação durante a RCP, dispositivos supraglóticos, como a máscara laríngea, podem ser necessários. Esses dispositivos oferecem uma alternativa eficaz para manejar as vias aéreas, permitindo a ventilação do paciente sem a necessidade de intubação direta.
Como deve ser realizada a IOT para minimizar a interrupção nas compressões torácicas?
A IOT deve ser realizada com interrupção mínima nas compressões torácicas, idealmente não excedendo 10 segundos. Essa interrupção deve ocorrer apenas para permitir a visualização das cordas vocais e a inserção correta do tubo, buscando manter a perfusão sanguínea cerebral e coronariana o mais ininterrupta possível.
Quais são os métodos recomendados para a checagem do posicionamento da cânula traqueal após a IOT?
A checagem clínica do posicionamento da cânula traqueal inclui a visualização da expansão torácica e a ausculta em 5 pontos específicos (epigástrio, bases e ápices pulmonares) para confirmar a entrada de ar nos pulmões. Após a avaliação clínica, o ideal é confirmar o posicionamento do tubo com capnografia em forma de onda contínua quantitativa, que fornece uma confirmação visual e numérica da adequada ventilação.
Por que a Intubação Orotraqueal (IOT) é considerada o método ideal de manejo das vias aéreas durante a RCP?
A Intubação Orotraqueal (IOT) é considerada o método ideal de manejo das vias aéreas durante a RCP porque garante uma via aérea segura e protegida, permitindo uma ventilação eficaz e a prevenção da aspiração de conteúdo gástrico. No entanto, a execução da IOT deve ser feita com cuidado para minimizar interrupções nas compressões torácicas, que são vitais para a manutenção do fluxo sanguíneo.
Como dispositivos supraglóticos podem ser utilizados durante a RCP e qual é o papel da IOT em relação a esses dispositivos?
Dispositivos supraglóticos, como a máscara laríngea, podem ser uma alternativa valiosa se houver dificuldade de intubação ou como um meio temporário de estabelecer uma via aérea eficaz. A IOT permanece o objetivo ideal devido à sua eficácia na proteção da via aérea, mas dispositivos supraglóticos oferecem uma opção viável quando a intubação orotraqueal não pode ser realizada rapidamente ou com sucesso.
Qual é a importância da checagem clínica e da capnografia após a intubação durante a RCP?
A checagem clínica do posicionamento da cânula traqueal, incluindo a visualização da expansão torácica e a ausculta em 5 pontos, é crucial para confirmar que a ventilação está sendo efetivamente entregue aos pulmões. A capnografia em forma de onda contínua quantitativa é importante para confirmar ainda mais o correto posicionamento do tubo e monitorar a eficácia da ventilação, refletindo as trocas gasosas e a perfusão pulmonar.
Por que a hiperventilação deve ser evitada em pacientes sob RCP?
A hiperventilação deve ser evitada porque pode aumentar a pressão intratorácica, reduzindo o retorno venoso ao coração e, consequentemente, diminuindo ainda mais o débito cardíaco. Em um cenário de RCP, onde o débito cardíaco já está significativamente reduzido, é crucial manter uma ventilação adequada sem exceder as necessidades do paciente.
Qual é a frequência e o volume de ventilação recomendados para pacientes com via aérea avançada durante a RCP?
Com uma via aérea avançada estabelecida, recomenda-se administrar uma ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto), mantendo um tempo inspiratório de 1 segundo para cada ventilação que deve gerar elevação torácica bilateral. Essa abordagem equilibra a necessidade de oxigenação com o risco de comprometimento adicional do retorno venoso e do débito cardíaco.