IC Flashcards

1
Q

Quais são os Critérios de Framingham utilizados no diagnóstico de insuficiência cardíaca?
5

A

Os Critérios de Framingham incluem sintomas de dispneia, ortopneia, estertores pulmonares, aumento do tamanho do coração à radiografia de tórax e ritmo de galope, entre outros.

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2
Q

Como são classificados os pacientes com insuficiência cardíaca de acordo com a NYHA?

A

A classificação da NYHA divide os pacientes em quatro classes funcionais, variando de I a IV, de acordo com a gravidade dos sintomas e a limitação para atividade física.

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3
Q

Quais são os estágios da ACC/AHA utilizados na progressão da doença da insuficiência cardíaca?

A

Os estágios da ACC/AHA classificam a insuficiência cardíaca em A, B, C e D, considerando o risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca e a presença ou ausência de sintomas.

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4
Q

Como determinar a etiologia da insuficiência cardíaca?

A

A etiologia da insuficiência cardíaca pode ser determinada por diversos fatores, incluindo história clínica, exames laboratoriais, imagens cardíacas e testes específicos para condições como doença isquêmica, hipertensão arterial e cardiomiopatia de diferentes etiologias.

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5
Q

Quais drogas são conhecidas por reduzir a mortalidade na insuficiência cardíaca?
4

A

Drogas como inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA), betabloqueadores e antagonistas dos receptores da aldosterona são conhecidos por reduzir a mortalidade na insuficiência cardíaca.

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6
Q

Quais drogas são utilizadas principalmente para reduzir os sintomas na insuficiência cardíaca?

A

Diuréticos, nitratos e agentes inotrópicos são frequentemente utilizados para alívio dos sintomas na insuficiência cardíaca, embora não tenham impacto significativo na mortalidade.

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7
Q

Quais são as indicações, contraindicações e efeitos colaterais mais comuns das drogas usadas no tratamento da insuficiência cardíaca?
3

A

: As indicações, contraindicações e efeitos colaterais variam para cada classe de medicamento, sendo importante considerar fatores como função renal, níveis de potássio, pressão arterial e intolerâncias individuais.

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8
Q

Como é classificado o perfil clínico-hemodinâmico na insuficiência cardíaca descompensada?

A

: O perfil clínico-hemodinâmico na insuficiência cardíaca descompensada pode ser classificado como úmido-quente, úmido-frio, seco-quente ou seco-frio, com base na presença de congestão e perfusão tecidual.

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9
Q

Qual é o manejo recomendado para cada perfil clínico-hemodinâmico na insuficiência cardíaca descompensada?

A

O manejo inclui estratégias como diuréticos, vasodilatadores, inotrópicos positivos, oxigenoterapia e tratamento específico da causa subjacente da descompensação, como infarto agudo do miocárdio, arritmias ou descompensação de doença valvar.

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10
Q

Pergunta: Como é definida a Insuficiência Cardíaca (IC)?

A

A IC é uma síndrome clínica caracterizada pela incapacidade do coração de fornecer Débito Cardíaco (DC) suficiente para atender à demanda metabólica dos tecidos ou pela capacidade de fazê-lo à custa de elevação das pressões de enchimento.

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11
Q

Como é feito o diagnóstico de IC?

A

: O diagnóstico de IC é baseado em um conjunto de sinais e sintomas, associado a exames complementares sugestivos da patologia, não havendo nenhum exame isoladamente definidor do diagnóstico.

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12
Q

Qual é a prevalência da IC e como ela varia com a idade?

A

: Estima-se que mais de 23 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de IC, sendo que a prevalência aumenta com a idade, podendo chegar a 10% em maiores de 70 anos.

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13
Q

Qual é a sobrevida estimada de pacientes com IC?

A

Estima-se que a sobrevida de pacientes com IC seja de 50% em 5 anos e de 10% em 10 anos.

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14
Q

Quais são as principais etiologias da IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr) e preservada (ICFEp)?

A

: A ICFEr é mais comum em homens com antecedente de isquemia coronária, enquanto a ICFEp é mais comum em mulheres idosas com comorbidades como Fibrilação Atrial (FA), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e sobrepeso.

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15
Q

Qual é o prognóstico das diferentes etiologias da IC?

A

O prognóstico da ICFEr é pior que o da ICFEp, enquanto a IC com fração intermediária (ICFElr) tem características e prognóstico que ficam entre os dois grandes grupos.

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16
Q

Qual é a principal etiologia de insuficiência cardíaca no Brasil?

A

A principal etiologia de insuficiência cardíaca no Brasil é a cardiopatia isquêmica crônica.

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17
Q

O que é mandatório ao investigar um paciente com quadro clínico compatível com insuficiência cardíaca no Brasil?

A

É mandatório investigar etiologias isquêmicas ou hipertensivas como causas subjacentes, e em certas regiões do país, como Bahia e norte do Paraná, deve-se incluir a miocardiopatia chagásica como uma das causas a serem investigadas.

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18
Q

como a pré -carga influencia no DC

A

podemos nos basear em Frank-Starling
onde ele avalia o comprimento dos sarcômero e por consequência avalia a tensão desenvolvida, onde uma elevação ou diminuição dos sarcômeros proporcionam uma perca da eficiência cardíaca

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19
Q

Qual é a função dos ventrículos cardíacos?

A

O Ventrículo Direito (VD) impulsiona o sangue para a circulação pulmonar, enquanto o Ventrículo Esquerdo (VE) é responsável pela ejeção sanguínea para a circulação sistêmica.

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20
Q

Quais são as três variáveis que influenciam o desempenho ventricular?

A

As variáveis são pré-carga, pós-carga e contratilidade miocárdica

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21
Q

O que é pré-carga e o que ela reflete?

A

A pré-carga reflete o retorno venoso e o volume diastólico final, sendo determinada pelo volume de sangue que retorna ao coração durante a diástole.

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22
Q

O que é pós-carga e o que determina?

A

A pós-carga corresponde à força que se opõe à contração cardíaca, determinada pela resistência vascular periférica, complacência da aorta e resistência da valva aórtica.

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23
Q

O que é contratilidade miocárdica?

A

Contratilidade miocárdica é a capacidade do miocárdio de se contrair durante a sístole cardíaca, determinando a força de ejeção do sangue.

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24
Q

O que estabelece a Lei de Frank-Starling?

A

A Lei de Frank-Starling estabelece a relação entre o volume diastólico final e o desempenho cardíaco, indicando que um aumento no volume diastólico final leva a um aumento na contratilidade cardíaca.

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25
Q

Como funciona o mecanismo celular da Lei de Frank-Starling?

A

O aumento do volume diastólico final leva ao aumento do comprimento do sarcômero, gerando sobreposição entre os filamentos de actina e miosina, resultando em aumento da força de contração miocárdica.

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26
Q

Quais são os principais sistemas neuro-hormonais envolvidos na resposta à IC?

A

O sistema nervoso simpático, o sistema renina-angiotensina-aldosterona e o hormônio antidiurético estão entre os principais sistemas afetados na IC.

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27
Q

O que ocorre quando há uma sobrecarga volumétrica excedente?

A

: Uma sobrecarga volumétrica excedente leva à perda da capacidade contrátil compensatória do coração, iniciando o quadro clínico de insuficiência cardíaca.

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28
Q

Qual é a função inicial da modulação neuro-hormonal na IC?

A

Inicialmente, toda a modulação neuro-hormonal promove uma resposta compensatória para tentar compensar a disfunção cardíaca.

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29
Q

O que acontece com os sistemas neuro-hormonais com o tempo na IC?

A

Com o tempo, a ativação crônica desses sistemas neuro-hormonais torna-se deletéria aos miócitos, perpetuando a apoptose celular e contribuindo para a disfunção sistólica e diastólica.

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30
Q

Como as alterações hormonais contribuem para a disfunção cardíaca na IC?

A

As alterações hormonais contribuem para a disfunção sistólica e diastólica do coração, afetando a contratilidade cardíaca e a capacidade de relaxamento ventricular.

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31
Q

O que é pré-carga e qual é sua relação com o volume sistólico?

A

: A pré-carga é o estiramento das fibras miocárdicas do Ventrículo Esquerdo (VE) no final da diástole, relacionado diretamente com o retorno venoso e o volume diastólico final (VDF).

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32
Q

O que é contratilidade miocárdica e como afeta o volume sistólico?

A

A contratilidade miocárdica é a força gerada pelo miocárdio para uma dada pré-carga e influencia diretamente o volume sistólico.

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33
Q

O que é pós-carga e como ela afeta o volume sistólico?

A

A pós-carga é a resistência durante a ejeção, determinada pelo volume ventricular, espessura da parede e resistência vascular sistêmica, afetando o volume sistólico.

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34
Q

O que acontece quando há prejuízo em um dos determinantes do volume sistólico?

A

Prejuízos nos determinantes, como isquemia miocárdica ou hipertensão arterial sistêmica (HAS), levam à ativação de uma cascata neuro-hormonal de compensação, envolvendo o sistema nervoso simpático, Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) e Hormônio Antidiurético (ADH).

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35
Q

Como a resposta compensatória afeta o sistema cardiovascular a médio e longo prazo?

A

A resposta compensatória pode levar ao aumento da resistência vascular periférica (pós-carga), hipervolemia e fibrose e remodelamento cardíaco, resultando em disfunção sistólica e/ou diastólica.

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36
Q

Quais são os sinais e sintomas típicos da insuficiência cardíaca?
7

A

Os sinais típicos incluem terceira bulha cardíaca (B3 - ritmo de galope), refluxo hepatojugular, pressão venosa jugular aumentada e ictus cordis desviado para esquerda. Os sintomas típicos englobam ortopneia, dispneia paroxística noturna, falta de ar/dispneia, intolerância ao exercício, fadiga/cansaço.

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37
Q

Qual é o significado prognóstico da presença de B3 na insuficiência cardíaca?

A

A presença de B3 está associada a um maior risco de progressão para insuficiência cardíaca sintomática em pacientes com disfunção ventricular esquerda assintomática, além de aumentar o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca.

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38
Q

quais são os sinais e sintomas cardiais presentes na IC

A
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39
Q

Quais são os sintomas cordiais das IC

A

Dispneia: podendo imediatamente ao se deitar ou ao longo de algumas horas e os edemas que normalmente chegam aos membros superiores

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40
Q

quais são os sintomas típicos nas IC
5

A
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41
Q

quais são os sinais típicos das IC

A
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42
Q

oq podemos encontrar no exame físico nos pacientes com IC

A
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43
Q

quais são as manobras que podemos realizar nos pacientes com IC

A

podemos realizar a manobra q avalia o refluxo hepato julgular e da turgência jugular

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44
Q

qual é a respiração que iremos encontrar nos casos de IC

A
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45
Q

Como é descrita a Respiração de Cheyne-Stokes?

A

A Respiração de Cheyne-Stokes é caracterizada por movimentos cíclicos de apneia seguida por aumento progressivo na frequência respiratória e no volume corrente, seguidos por nova redução gradual e apneia. Este padrão respiratório está relacionado ao baixo fluxo sanguíneo na insuficiência cardíaca e à demora no tempo de circulação sanguínea dos pulmões para o cérebro.

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46
Q

oq podemos encontrar nos ECG nos casos de IC ao examinar o sistema respiratório

A
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47
Q

oq iremos encontrar no RX nos casos de IC
3

A

podemos encontrar

48
Q

Quais exames laboratoriais gerais são indicados para avaliação de comorbidades e prognóstico na insuficiência cardíaca?
5

A

: Hemograma, perfil lipídico, função tireoidiana, hepática e renal.

49
Q

Quais condições são marcadores de pior prognóstico na insuficiência cardíaca?
4

A

Anemia, hiponatremia, insuficiência renal e hepática.

50
Q

Qual a importância do BNP e NT-proBNP na insuficiência cardíaca?

A

O BNP e NT-proBNP são biomarcadores valiosos para diagnóstico e prognóstico, liberados na presença de distensão da parede do miocárdio ventricular, indicando vasodilatação e natriurese. Valores elevados aumentam a probabilidade de IC.

51
Q

Como os valores de BNP/NT-proBNP estão relacionados ao prognóstico em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca?

A

Quanto menores os valores do BNP/NT-proBNP, melhor o prognóstico.

52
Q

Quais situações podem elevar os níveis dos peptídeos natriuréticos como o BNP e NT-proBNP?
6

A

Idade avançada, doença renal crônica, síndrome coronariana aguda (SCA), tromboembolismo pulmonar (TEP) e miocardite.

53
Q

Qual condição pode reduzir os níveis dos peptídeos natriuréticos como o BNP e NT-proBNP?

A

Obesidade.

54
Q

Quais são os exames laboratoriais gerais indicados para avaliação de comorbidades e prognóstico na insuficiência cardíaca?

A

Hemograma, perfil lipídico, função tireoidiana, hepática e renal.

55
Q

Quais condições são marcadores de pior prognóstico na insuficiência cardíaca?

A

: Anemia, hiponatremia, e insuficiência renal e hepática.

56
Q

Para o diagnóstico e prognóstico da insuficiência cardíaca, quais biomarcadores são de grande valia?

A

BNP (peptídeo natriurético tipo B) e NT-proBNP (fração N-terminal do BNP).

57
Q

Quais são os pontos de corte dos biomarcadores BNP e NT-proBNP para diagnóstico de insuficiência cardíaca em pacientes na emergência?

A

BNP: <100 (IC improvável), 100-400 (IC possível), >400 (IC muito provável); NT-proBNP varia com a idade.

58
Q

Qual é o valor preditivo de um eletrocardiograma (ECG) normal no diagnóstico de insuficiência cardíaca?

A

Alto valor preditivo negativo para excluir a insuficiência cardíaca.

59
Q

Quais achados são comuns em uma radiografia de tórax de um paciente com insuficiência cardíaca?

A

Cardiomegalia (índice cardiotorácico > 0,5) e sinais de congestão pulmonar.

60
Q

Quais são os achados mais importantes no ecocardiograma para diagnóstico e classificação da insuficiência cardíaca?
6

A

Quantificação da FEVE, tamanhos das câmaras cardíacas, avaliação das valvas, pericárdio, função diastólica, e alterações segmentares da contração.

61
Q

Como o ultrassom pulmonar é útil na avaliação da congestão pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca?
2

A

Mais sensível e específico que o exame físico e a radiografia de tórax, identificando mais de três linhas B por campo avaliado e a presença de derrame pleural.

62
Q

Qual é esse exame e quando é indicado

A

POCUS pulmonar onde iremos investigar se há congestão pulmonar

63
Q

Oq é

A

Uma USG normal, onde iremos localizar linhas A

64
Q

Oq é

A

Uma USG alterada, indicando congestão
Linhas b

65
Q

Quais são os critérios maiores de Framingham para o diagnóstico de insuficiência cardíaca?
9

A

Os critérios maiores incluem Dispneia Paroxística Noturna, Turgência Jugular Patológica, Crepitações Pulmonares, Cardiomegalia (raio X de tórax), Edema Agudo de Pulmão, Terceira Bulha (galope), Aumento da Pressão Venosa Central (>16 cm H2O), Refluxo Hepatojugular, e Perda de Peso > 4,5 kg em 5 dias em resposta ao tratamento.

66
Q

Critérios Menores de Framingham para Diagnóstico de Insuficiência Cardíaca
6

A

: Os critérios menores incluem Edema Bilateral de Tornozelos, Tosse Noturna, Dispneia aos Esforços, Hepatomegalia, Derrame Pleural, e Diminuição da Capacidade Funcional em 1/3 da Máxima Registrada Previamante.

67
Q

Qual a combinação de critérios de Framingham necessária para o diagnóstico de insuficiência cardíaca?

A

Para o diagnóstico de insuficiência cardíaca é necessário 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores que não possam ser atribuídos a outra patologia.

68
Q

Quais são as características essenciais da Definição Universal da Insuficiência Cardíaca?

A

A Insuficiência Cardíaca é uma síndrome caracterizada por sinais e sintomas causados por anormalidade cardíaca estrutural e/ou funcional, corroborado por níveis elevados de peptídeos natriuréticos (BNP e NT-proBNP) ou evidência objetiva de congestão cardiogênica pulmonar e/ou sistêmica.

69
Q

Quais sinais e sintomas são associados à Insuficiência Cardíaca na Definição Universal?

A

Incluem Fração de Ejeção < 50%, Dilatação de Câmaras Cardíacas, Sinais Ecocardiográficos de Disfunção Diastólica, Hipertrofia Ventricular Moderada a Grave, e Insuficiência ou Estenose Valvar Moderada a Grave.

70
Q

Quais exames complementares são utilizados para auxiliar no diagnóstico da insuficiência cardíaca?
4

A

Os exames incluem Raio-X, Eletrocardiograma, Ecocardiograma, e avaliação dos níveis de peptídeos natriuréticos (BNP e NT-proBNP).

71
Q

Qual é o mnemônico para lembrar os critérios maiores de Framingham na insuficiência cardíaca e o que cada letra representa?

A

O mnemônico é ABDCEF:

A – Aumento da jugular: turgência jugular e refluxo hepatojugular.
B – B3 (Terceira bulha).
C – Cardiomegalia.
D – Dispneia Paroxística Noturna (DPN) e ortopneia.
E – Edema Agudo de Pulmão (EAP)/Estertores pulmonares.
F – Furosemida: redução do peso (4,5 kg em 5 dias) com diurético.

72
Q

quais são as possíveis causas/etiologias das IC
4

A
73
Q

como a IC pode ser classificada ( em relação ao lado acometido ) e como ela vai apresentar os sinais e sintomas

A

pode ser uma IC do lado esquerdo ou do lado direito

74
Q

como podemos classificar (em relação ao DC)
os pacientes com IC

A

baixo ou alto DC

75
Q

como a AHA/ACC classifica os pacientes com IC

A

em 4 estágios, sendo eles ABCD

76
Q

como a classifica de NYHA pode classificar os pacientes com IC

A

em 4 tipos de 1 a 4

77
Q

como iremos classificar os pacientes com IC baseando-se na FEVE ]
4

A
78
Q

Quais são as principais medidas não farmacológicas recomendadas para o tratamento da insuficiência cardíaca?
6

A

As medidas não farmacológicas incluem restrição de sódio (evitar consumo excessivo > 7 g de sal por dia), restrição hídrica para pacientes descompensados e hipervolêmicos (1000 a 1500 mL, dependendo da gravidade), cessação do tabagismo, redução ou cessação do consumo de álcool, reabilitação cardiovascular através de exercícios aeróbicos e resistivos, e vacinação contra influenza, pneumococo, e COVID-19.

79
Q

Qual é a orientação sobre a ingestão diária de sódio para pacientes com insuficiência cardíaca crônica?

A

É recomendado evitar o consumo excessivo de sódio (> 7 g de sal por dia) em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, considerando que dietas muito restritivas podem levar à redução no consumo de calorias e à desnutrição.

80
Q

Qual é a recomendação para restrição hídrica em pacientes com insuficiência cardíaca crônica?

A

Para pacientes descompensados e hipervolêmicos, recomenda-se uma restrição hídrica de 1000 a 1500 mL, dependendo da gravidade do caso.

81
Q

Qual é a recomendação para pacientes com insuficiência cardíaca em relação ao tabagismo e ao consumo de álcool?

A

Todos os pacientes devem ser aconselhados a parar de fumar e a reduzir ou cessar o consumo de álcool, especialmente aqueles com cardiomiopatia dilatada de etiologia alcoólica.

82
Q

Qual é o impacto da reabilitação cardiovascular em pacientes com insuficiência cardíaca?

A

A reabilitação cardiovascular, envolvendo exercícios aeróbicos e resistivos, melhora a qualidade de vida e reduz internações em pacientes com insuficiência cardíaca.

83
Q

Quais vacinas são indicadas para pacientes com insuficiência cardíaca?

A

Está indicada a vacinação contra influenza (anual), pneumococo, e COVID-19 para pacientes com insuficiência cardíaca.

84
Q

Qual é a terapia quádrupla padrão para pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida (ICFER) e FEVE < 40%?

A

A terapia quádrupla padrão inclui IECA ou BRA ou inibidores da neprilisina e antagonistas dos receptores de angiotensina II (INRA), betabloqueador, antagonista de mineralocorticoide, e inibidores do cotransportador de sódio e glicose dos néfrons (iSGLT2).

85
Q

Qual é o papel do sacubitril/valsartana no tratamento da ICFER e como deve ser administrado?

A

O sacubitril/valsartana, parte de uma nova classe de medicação (INRA), mostrou benefícios de mortalidade em comparação ao IECA e pode substituir o IECA ou BRA em pacientes sintomáticos já em uso de terapia tripla para reduzir morbidade e mortalidade. O IECA deve ser suspenso pelo menos 36 horas antes de iniciar o sacubitril/valsartana devido ao risco de angioedema.

86
Q

Quando os IECA OU BRA são indicados no tratamento da ICFER e quais são as precauções?

A

IECA OU BRA são indicados em todos os pacientes com ICFER e FEVE < 40%, tanto sintomáticos (estágio C) quanto assintomáticos (estágio B). Devem ser evitados em pacientes com RFG < 30 mL/min ou potássio > 5,5 mmol/L devido ao risco de piora da função renal e hipercalemia.

87
Q

Quais são as recomendações para o uso de betabloqueadores em pacientes com ICFER e cite 3 exemplos comeciais ?

A

Betabloqueadores são fármacos de primeira linha, indicados para pacientes com ICFER, tanto sintomáticos quanto assintomáticos. As medicações com benefício comprovado incluem carvedilol, bisoprolol e succinato de metoprolol, iniciadas com doses baixas e ajustadas progressivamente.

88
Q

Como os antagonistas dos receptores mineralocorticoides (ARM) são utilizados no tratamento da ICFER?

A

ARM, como a espironolactona, são indicados em pacientes com ICFER sintomáticos (estágio C e classe funcional II a IV) para redução de mortalidade e internações, associados ao tratamento padrão. Estão contraindicados em caso de insuficiência renal (RFG < 30 mL/min) e hipercalemia (potássio > 6.0 mmol/L).

89
Q

Qual é o benefício dos inibidores do cotransportador de sódio e glicose dos néfrons (iSGLT2) na ICFER?

Cite 2 medicamentos

3 contra indicações

A

: Os iSGLT2, inicialmente usados para tratamento da DM tipo II, demonstraram benefício de morbimortalidade na ICFER mesmo em pacientes não diabéticos e são incorporados como tratamento padrão para estes pacientes.

90
Q

Quais são as indicações e contraindicações para o uso de inibidores do SGLT2 em pacientes com ICFER?

A

Os iSGLT2 são indicados para pacientes sintomáticos (Classe Funcional II a IV) com terapia otimizada (IECA/BRA + betabloqueador + ARM) na ICFER. Contraindicações incluem diabetes mellitus tipo I, hipotensão, desidratação e ritmo de filtração glomerular < 30 mL/min.

91
Q

: Quais são os efeitos colaterais mais comuns dos inibidores do SGLT2?

A

Os efeitos colaterais mais comuns dos iSGLT2 incluem cetoacidose diabética e infecções urinárias, incluindo infecções fúngicas.

92
Q

: Por que os inibidores do SGLT2 são recomendados para pacientes com ICFER, mesmo que não sejam diabéticos?

A

Os iSGLT2 são recomendados para pacientes com ICFER sintomáticos em terapia otimizada, mesmo em não diabéticos, devido aos benefícios de morbimortalidade demonstrados em estudos clínicos, que sugerem uma ação benéfica desses medicamentos além do controle glicêmico

93
Q

Quando a associação de nitrato e hidralazina é indicada no tratamento da ICFER?

A

A associação de nitrato e hidralazina é indicada para pacientes com ICFER sintomática em classe funcional II-IV (NYHA) que tenham contraindicação ao IECA ou BRA (por insuficiência renal e/ou hipercalemia) e para pacientes afrodescendentes que estejam em terapia otimizada para melhora sintomática.

94
Q

Qual é a indicação e mecanismo de ação da ivabradina no tratamento da ICFER?

A

A ivabradina é indicada para ICFER sintomática, em pacientes com terapêutica otimizada e maior dose de betabloqueador tolerada, em ritmo sinusal e com frequência cardíaca ≥ 70 bpm. Seu mecanismo de ação envolve a inibição seletiva da corrente If no nó sinoatrial, reduzindo a frequência cardíaca. É contraindicada em pacientes com fibrilação atrial e bradiarritmias.

95
Q

Qual é a indicação dos digitálicos no tratamento da ICFER e quais são os cuidados?

A

Os digitálicos são indicados para disfunção do ventrículo esquerdo sintomática, apesar da terapêutica otimizada, para reduzir sintomas e hospitalizações. Cuidados especiais devem ser tomados com pacientes idosos e com insuficiência renal devido ao risco de intoxicação. Não estão associados ao aumento de sobrevida.

96
Q

Qual é a função dos diuréticos de alça e tiazídicos no tratamento da ICFER?

A

Diuréticos de alça, como a furosemida, são utilizados para controle de sintomas de congestão na ICFER, sem benefício demonstrado na mortalidade. Devem ser usados na menor dose e pelo menor tempo possível devido aos efeitos colaterais. A associação com diuréticos tiazídicos pode ajudar no controle dos sintomas em pacientes que necessitam de doses elevadas de furosemida.

97
Q

COMO É O TRATAMENTO DAS ICFER
resumidamente

A
98
Q

Qual é a abordagem terapêutica principal para pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp)?

A

Na ICFEp, o foco principal do tratamento é o controle das comorbidades como hipertensão arterial sistêmica (HAS), fibrilação atrial (FA) e diabetes mellitus (DM), já que não existem medicações que tenham demonstrado reduzir a mortalidade especificamente para essa condição.

99
Q

Existem medicações que demonstraram benefício na ICFEp?

A

Alguns estudos com espironolactona e bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) demonstraram redução nas internações hospitalares para pacientes com ICFEp, indicando um benefício potencial na gestão da condição.

100
Q

Qual é o benefício dos inibidores do SGLT2 em pacientes com ICFEp?

A

Para pacientes diabéticos tipo II com história ou risco de eventos cardiovasculares, o uso de inibidores do SGLT2 demonstrou redução nas hospitalizações por insuficiência cardíaca e na mortalidade, oferecendo uma opção terapêutica promissora também para a ICFEp.

101
Q

Quando é indicado o uso de Cardiodesfibrilador Implantável (CDI) em pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC)?

A

O CDI está indicado para prevenção secundária em pacientes sobreviventes de parada cardiorrespiratória por Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sustentada sem causa reversível, e para prevenção primária em pacientes sintomáticos (Classe Funcional II a IV) com Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE) < 35% em terapia medicamentosa otimizada e com boa expectativa de vida.

102
Q

Quais são as indicações para a Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC) em pacientes com IC?

A

A TRC é indicada para pacientes com IC sintomática (Classe Funcional II a IV), FEVE < 35%, em ritmo sinusal com Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) e QRS > 150 ms, a despeito de terapias medicamentosas otimizadas, para melhorar a dissincronia na contração dos ventrículos e o débito cardíaco.

103
Q

: Como é abordada a Insuficiência Mitral Secundária em pacientes com ICFEr?

A

Em pacientes com ICFEr em terapia otimizada (incluindo medicamentos, TRC, e revascularização quando indicada), o tratamento percutâneo da Insuficiência Mitral grave com dispositivo edge-to-edge (MitraClip®) pode beneficiar os pacientes com sintomas refratários ao tratamento convencional, após avaliação de equipe multidisciplinar.

104
Q

: Quando são indicados os Dispositivos de Assistência Ventricular em pacientes com IC?

A

: Estão indicados para pacientes com IC em estágio D, refratários ao tratamento clínico, para aumentar o débito cardíaco. Existem dispositivos de curta duração para uso hospitalar em IC descompensada, como balão intra-aórtico de contrapulsação e ECMO, e dispositivos de longa duração para uso ambulatorial em espera de transplante, embora seu uso no Brasil seja limitado pelo custo.

105
Q

: Qual é a prioridade no tratamento da ICFEr conforme as recomendações atuais?

A

: A prioridade no tratamento da ICFEr é o uso de drogas modificadoras de sobrevida. Uma vez estabelecida a terapêutica tripla padrão e o paciente se mantém sintomático, novas terapias, como medicações cronotrópicas negativas para controle de frequência cardíaca ou terapia de ressincronização para bloqueios de ramo, devem ser consideradas caso a caso.

106
Q

Qual é o impacto dos inibidores do SGLT2 em pacientes com IC?

A

Estudos recentes demonstraram que os inibidores do SGLT2, como a dapaglifozina, têm bons resultados em pacientes com IC, independentemente da presença de diabetes, incluindo redução de mortalidade. Por isso, a FDA incluiu esta classe de medicação como recomendada para pacientes com IC com fração de ejeção reduzida, sendo considerada essencial no tratamento.

107
Q

Para quais pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC) o transplante cardíaco é reservado?

A

O transplante cardíaco é reservado para pacientes com IC em estágio D que estão em choque cardiogênico e necessitam de suporte com medicações inotrópicas, como dobutamina, desde que não apresentem contraindicações, como outras doenças crônicas graves e hipertensão pulmonar grave.

108
Q

Quais são os perfis clínico-hemodinâmicos na insuficiência cardíaca descompensada e suas características principais?

A

Existem quatro perfis clínico-hemodinâmicos na IC descompensada:

Perfil A (Quente e Seco): Sem sinais de congestão nem de baixo débito.
Perfil B (Quente e Úmido): Congestão presente, mas sem sinais de baixo débito.
Perfil C (Frio e Úmido): Congestão e sinais de baixo débito presentes.
Perfil L (Frio e Seco): Sinais de baixo débito sem congestão.

109
Q

Como é o tratamento para pacientes com IC descompensada no Perfil B (Quente e Úmido)?

A

O tratamento envolve o uso de diuréticos de alça endovenosos, monitoramento da função renal e eletrólitos, e vasodilatadores para redução da resistência vascular periférica. Em casos de congestão importante, pode-se beneficiar de ventilação com pressão positiva.

110
Q

Como é o tratamento para pacientes com IC descompensada no Perfil C (Frio e Úmido)?

A

O tratamento inclui diuréticos endovenosos e medicações com efeito inotrópico positivo, como dobutamina, especialmente em pacientes hipotensos. Betabloqueadores devem ser usados com cautela, reduzindo a dose pela metade ou suspendendo em casos de choque cardiogênico.

111
Q

Qual é a abordagem para pacientes com IC descompensada no Perfil L (Frio e Seco)?

A

Inicialmente, deve-se realizar prova volêmica com cristaloides e reavaliações frequentes para determinar a resposta. Dependendo da reação ao volume, o paciente pode necessitar de ajuste na dose do diurético, introdução de vasodilatadores ou inotrópicos.

112
Q

Como identificar perfis clínico-hemodinâmicos em pacientes com IC descompensada na emergência?

A

A identificação se baseia em sinais, sintomas, e achados laboratoriais, incluindo confusão mental, náuseas, vômitos, oligúria, tempo de enchimento capilar prolongado, extremidades frias, pele pegajosa, hiperlactatemia, saturação venosa central baixa e piora da função renal.

113
Q

Quais são as causas comuns de descompensação na insuficiência cardíaca?

A

As causas comuns incluem má aderência ao tratamento farmacológico, dieta inadequada, síndrome coronariana aguda, tromboembolismo pulmonar, infecções, uso de álcool e drogas ilícitas, taquicardias, bradicardias, emergência hipertensiva, complicações mecânicas do infarto agudo do miocárdio (IAM) como ruptura de cordoalha mitral, comunicação interventricular (CIV), ruptura da parede livre do ventrículo esquerdo (VE), anemia, e o uso de medicações como anti-inflamatórios não hormonais (AINH).

114
Q

: Qual é a importância da identificação precoce de sinais de alerta na IC descompensada?

A

A identificação precoce de sinais de alerta, como aumento do peso, edema, dispneia em repouso ou durante atividades leves, e fadiga, permite intervenções imediatas para prevenir a progressão para estágios mais graves de descompensação, reduzindo a necessidade de internações hospitalares e melhorando o prognóstico.

115
Q

Quais são as estratégias adicionais de manejo para pacientes com IC descompensada?

A

: Estratégias adicionais incluem ajuste das doses de diuréticos para controlar a congestão, otimização da terapia farmacológica para abordar a causa subjacente da descompensação, avaliação para dispositivos de assistência ventricular ou transplante cardíaco em casos refratários, e educação do paciente sobre a aderência ao tratamento e modificação do estilo de vida para prevenir futuras descompensações.

116
Q

Como o monitoramento e o ajuste da terapia são realizados em pacientes com IC descompensada?

A

O monitoramento envolve avaliação regular dos sinais vitais, peso, função renal, níveis de eletrólitos, e estado de congestão. Ajustes na terapia podem incluir a modificação das doses de diuréticos, introdução ou ajuste de medicações para melhorar a função cardíaca, e o manejo de comorbidades. A colaboração interdisciplinar é essencial para abordar os diversos aspectos da descompensação.

117
Q
A