CARDIOMIOPATIAS Flashcards
O que é miocardite e qual é a sua fisiopatologia?
A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções virais, autoimunidade ou toxinas, que resulta em destruição celular e disfunção cardíaca.
Quais são as possibilidades de tratamento para a miocardite, incluindo o uso de imunossupressores?
O tratamento da miocardite inclui suporte clínico, terapia anti-inflamatória e, em alguns casos, imunossupressão (como corticoides) para miocardites autoimunes ou mediadas por resposta inflamatória excessiva.
O que caracteriza a cardiomiopatia hipertrófica e como ela pode ser diferenciada da estenose aórtica?
: A cardiomiopatia hipertrófica é caracterizada pela hipertrofia do ventrículo esquerdo e é a principal causa de morte súbita em jovens. O sopro sistólico aumenta com a manobra de Valsalva, enquanto na estenose aórtica o sopro diminui com essa manobra.
Quais são os principais achados no ECG e no ecocardiograma das cardiomiopatias restritivas?
No ecocardiograma há hipertrofia ventricular, enquanto no ECG ocorre baixa voltagem, sugerindo uma dissociação entre os achados dos exames.
Quais são os achados típicos no ECG da cardiomiopatia chagásica?
O ECG frequentemente mostra bloqueio do ramo direito (BRD) e bloqueio divisional ântero-superior (BDAS).
O que é a cardiomiopatia de Takotsubo e como se apresenta clinicamente?
A cardiomiopatia de Takotsubo, também chamada de “síndrome do coração partido”, apresenta-se com sintomas semelhantes ao infarto agudo do miocárdio, porém com coronárias normais no cateterismo e disfunção apical temporária no ventrículo esquerdo.
O que ocorre na fase subaguda da miocardite?
Na fase subaguda (4º ao 14º dia), há ativação do sistema imune com infiltração de células natural killer e macrófagos, além da produção de citocinas (IL-1, IL-2, IFN-γ), resultando em uma resposta inflamatória exacerbada.
Qual é a fisiopatologia da fase aguda da miocardite?
Na fase aguda (1º ao 3º dia), há viremia e necrose dos miócitos por ação citotóxica direta do vírus, levando a lesão celular.
Quais são as indicações para tratamento antiparasitário na cardiomiopatia chagásica?
O tratamento antiparasitário é indicado em fases iniciais da doença de Chagas, especialmente em pacientes jovens e com infecção aguda, para reduzir a progressão da doença.
Quais são as principais causas infecciosas e não infecciosas da miocardite?
As causas infecciosas incluem vírus (como adenovírus, enterovírus, herpes), parasitas, bactérias, fungos e protozoários (como Trypanosoma cruzi). As causas não infecciosas incluem doenças autoimunes (AR, LES), toxinas (antraciclinas, cocaína) e hipersensibilidade a medicamentos (ciclofosfamida, fenitoína).
Quais são os achados típicos na fase crônica da miocardite?
Na fase crônica (mais de 2 semanas), ocorre deposição de colágeno no interstício miocárdico, levando a fibrose, dilatação ventricular, disfunção cardíaca e insuficiência cardíaca.
Qual é o padrão-ouro para o diagnóstico de miocardite e suas indicações?
A biópsia endomiocárdica (BEM) é o padrão-ouro, indicada em casos de insuficiência cardíaca de início recente, sem etiologia definida, com rápida piora hemodinâmica ou associada a arritmias ventriculares e bloqueios atrioventriculares avançados.
: Como é feita a escolha da terapia na miocardite com base nos achados da biópsia endomiocárdica?
Se houver inflamação sem persistência viral, é indicada a terapia imunossupressora (corticoide e azatioprina). Se houver inflamação com presença viral, o tratamento envolve terapia antiviral (interferon beta e imunoglobulina intravenosa).
: Quais são os principais exames complementares utilizados no diagnóstico da miocardite?
Os exames incluem ECG, ecocardiograma, ressonância nuclear magnética cardíaca (RMC), marcadores inflamatórios (PCR, VHS), troponina e, ocasionalmente, cintilografia com gálio.
: O que é a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) e qual sua causa genética?
: A CMH é uma doença genética autossômica dominante causada por mutações nos genes do sarcômero, levando à hipertrofia do miocárdio, desarranjo dos miócitos e fibrose intersticial.
Quais são os principais achados clínicos na Cardiomiopatia Hipertrófica?
Os sintomas incluem dispneia, angina, arritmias (fibrilação atrial e ventriculares) e síncope inexplicada. A morte súbita pode ser a primeira manifestação, especialmente em jovens e atletas.
Como a manobra de Valsalva ajuda no diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica?
A manobra de Valsalva diminui a pré-carga, aproximando as paredes ventriculares e aumentando a obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE), o que intensifica o sopro sistólico ejetivo.
Quais exames são indicados para o diagnóstico de CMH?
O ecocardiograma é o principal exame, detectando hipertrofia ventricular e obstrução da VSVE. A ressonância magnética cardíaca (RMC) é útil para avaliar a morfologia e a extensão da fibrose, enquanto o ECG revela alterações em 90% dos casos.
Qual é o tratamento medicamentoso indicado para pacientes com CMH sintomática?
: O tratamento inclui betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio (verapamil, diltiazem) e disopiramida para reduzir a obstrução e melhorar o enchimento diastólico. Diuréticos devem ser usados com cautela, e digoxina deve ser evitada.
: Quando está indicada a miectomia septal ou ablação septal alcoólica no tratamento da CMH?
Esses procedimentos são indicados para pacientes com obstrução significativa na VSVE que não respondem ao tratamento farmacológico, visando reduzir a obstrução e os sintomas.
: Quais fatores aumentam o risco de morte súbita na CMH e indicam o uso de CDI?
Fatores de risco incluem espessura septal > 30 mm, histórico familiar de morte súbita, síncope inexplicada, TV não sustentada, queda de pressão no teste ergométrico e fibrose extensa na RMC. Pacientes com esses fatores podem ser candidatos ao CDI.
Como deve ser o rastreamento dos familiares de pacientes com CMH?
Familiares de primeiro grau devem ser rastreados com ECG e ecocardiograma periodicamente. O teste genético pode ser indicado se houver mutação conhecida na família.
O que caracteriza a Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito (CAVD
A CAVD é uma doença genética caracterizada pela substituição de miócitos por tecido fibrogorduroso no ventrículo direito, associada a arritmias ventriculares, insuficiência cardíaca e morte súbita.
: Quais são os sintomas mais comuns da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?
Os sintomas incluem tonturas, palpitações, síncope e, em alguns casos, morte súbita como primeira manifestação. Cerca de 40% dos pacientes podem ser assintomáticos.
Quais são os principais achados no ECG da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?
O ECG pode mostrar inversão de onda T nas derivações precordiais direitas (V1, V2, V3) e a presença de uma onda épsilon, que é uma pequena deflexão positiva no final do QRS.
Como é feito o diagnóstico da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?
O diagnóstico é baseado em critérios que incluem a história clínica, antecedentes familiares e exames de imagem, como ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca (RMC), que mostram dilatação e disfunção segmentar do VD, e possivelmente aneurismas.
: Qual é o tratamento recomendado para pacientes com CAVD?
O tratamento inclui o uso de betabloqueadores para reduzir o risco de arritmias ventriculares. Pacientes com síncope inexplicada, arritmias ventriculares complexas ou parada cardíaca podem ser candidatos à implantação de um cardiodesfibrilador implantável (CDI).
Quando o rastreamento de familiares é indicado em casos de CAVD?
O rastreamento de familiares de primeiro grau é indicado e pode incluir consulta clínica, ECG, ecocardiograma, ressonância magnética e testes genéticos, dependendo do grau de parentesco e da presença de mutações conhecidas.
Quais são os principais achados de imagem na CAVD?
Exames de imagem, como o ecocardiograma e a RMC, podem mostrar dilatação e disfunção do ventrículo direito, com alterações segmentares e aneurismas. O envolvimento do ventrículo esquerdo também pode ocorrer com mais frequência do que se pensava.
O que caracteriza a Cardiomiopatia de Takotsubo e como ela se diferencia da Doença Arterial Coronária (DAC)?
: A Cardiomiopatia de Takotsubo é uma disfunção segmentar transitória do ventrículo esquerdo, sem obstrução das artérias coronárias. É desencadeada por estresse físico ou emocional, ao contrário da DAC, que é causada por obstrução coronariana
Qual população é mais afetada pela Cardiomiopatia de Takotsubo e qual é o principal fator desencadeante?
: A cardiomiopatia de Takotsubo é mais comum em mulheres pós-menopausa e geralmente é desencadeada por estresse emocional ou físico intenso.
Como é a apresentação clínica da Cardiomiopatia de Takotsubo?
A apresentação é semelhante à de uma síndrome coronariana aguda, com dor torácica, dispneia, elevação de troponina e alterações isquêmicas no ECG, como supradesnivelamento de ST.
Como é feito o diagnóstico de Cardiomiopatia de Takotsubo?
O diagnóstico é feito após o cateterismo cardíaco descartar doença arterial coronariana (DAC) obstrutiva, junto com a presença de disfunção segmentar na ventriculografia, que mostra dilatação dos segmentos médios e apicais do ventrículo esquerdo, com hipercinesia dos segmentos basais.
Qual é a origem do nome “Takotsubo” na Cardiomiopatia de Takotsubo?
O nome “Takotsubo” refere-se a uma armadilha japonesa para polvos, cujo formato se assemelha à aparência do ventrículo esquerdo na ventriculografia, com balonamento apical.
Qual é o tratamento para a Cardiomiopatia de Takotsubo?
: Não existe um tratamento específico para a cardiomiopatia de Takotsubo. O tratamento é de suporte, semelhante ao manejo da insuficiência cardíaca, com reversão da disfunção ventricular geralmente em 1 a 4 semanas.
Qual é o prognóstico a longo prazo para pacientes com Cardiomiopatia de Takotsubo?
O prognóstico é geralmente bom, com recuperação completa da função ventricular em poucas semanas.
: O que caracteriza a Cardiomiopatia Não Compactada?
A Cardiomiopatia Não Compactada é caracterizada por uma falha na compactação do tecido endocárdico durante o desenvolvimento intrauterino, resultando em uma parede ventricular com trabeculação aumentada e recessos profundos.
Qual é a fisiopatologia da Cardiomiopatia Não Compactada?
: A falha na compactação do miocárdio durante a organogênese leva à formação de uma camada endomiocárdica esponjosa, com trabeculações profundas e recessos, principalmente no ventrículo esquerdo.
Quais são os sintomas comuns da Cardiomiopatia Não Compactada?
Os sintomas mais comuns incluem sinais de insuficiência cardíaca, como congestão e arritmias, além de uma possível maior incidência de eventos tromboembólicos.
: Como é feito o diagnóstico da Cardiomiopatia Não Compactada?
: O diagnóstico é realizado por exames de imagem, como ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca (RMC), que mostram a hipertrabeculação do ventrículo esquerdo e a diferença entre o miocárdio compactado e não compactado
Existe um tratamento específico para Cardiomiopatia Não Compactada?
: Não existe um tratamento específico para a Cardiomiopatia Não Compactada. O manejo segue os princípios do tratamento para insuficiência cardíaca, com algumas controvérsias quanto ao uso de anticoagulação devido ao risco tromboembólico.
Qual é a controvérsia relacionada à anticoagulação em pacientes com Cardiomiopatia Não Compactada?
Há estudos que relatam um maior risco de eventos tromboembólicos em pacientes com Cardiomiopatia Não Compactada, o que leva alguns centros a adotar anticoagulação plena. No entanto, essa conduta ainda não é padronizada.
Como o diagnóstico de Cardiomiopatia Não Compactada pode ser desafiador?
O diagnóstico pode ser difícil devido à ampla variação fenotípica, com alguns pacientes apresentando sintomas de insuficiência cardíaca e disfunção ventricular, enquanto outros são assintomáticos com função preservada, mesmo com trabeculações proeminentes.
: O que é a Cardiomiopatia Periparto e qual é seu critério diagnóstico?
A Cardiomiopatia Periparto é uma condição que ocorre entre o final da gestação e os primeiros 5 meses após o parto, com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) inferior a 45% e sem outras causas identificadas.
: Quais são os principais fatores de risco para a Cardiomiopatia Periparto?
Os principais fatores de risco incluem multiparidade, afrodescendência, tabagismo, diabetes, pré-eclâmpsia e idade superior a 30 anos.
Como se acredita que a prolactina esteja envolvida na Cardiomiopatia Periparto?
Fragmentos da prolactina podem desempenhar um papel central na fisiopatologia da Cardiomiopatia Periparto, possivelmente contribuindo para inflamação e miocardite.
: Existe um tratamento específico para Cardiomiopatia Periparto?
Não há tratamento específico. Opções experimentais incluem o uso de bromocriptina (inibe a produção de prolactina), imunossupressores e imunoglobulina intravenosa. O manejo segue os princípios da insuficiência cardíaca.
O que é a Cardiomiopatia Chagásica e qual o seu agente causador?
A Cardiomiopatia Chagásica é uma forma crônica de miocardiopatia dilatada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, caracterizada por inflamação miocárdica crônica, insuficiência cardíaca e distúrbios de condução.
Quais são as principais formas de transmissão da Doença de Chagas?
A transmissão ocorre principalmente pela picada do inseto vetor (barbeiro), mas também pode acontecer via transfusão sanguínea, transmissão vertical, ingestão de alimentos contaminados (açaí e caldo de cana) e acidentes de laboratório.
: Quais são os sinais clássicos da fase aguda da Doença de Chagas?
Os sinais clássicos incluem o Sinal de Romaña (conjuntivite aguda e edema palpebral unilateral) e o Chagoma de inoculação (lesão cutânea nodular com adenopatia satélite).
Como a Cardiomiopatia Chagásica se manifesta na fase crônica da doença?
A fase crônica da Cardiomiopatia Chagásica pode evoluir com insuficiência cardíaca, taquiarritmias, bradiarritmias e destruição progressiva do tecido miocárdico, resultando em miocardiopatia dilatada.
Quais são os sintomas mais comuns na Cardiomiopatia Chagásica Crônica?
O quadro clínico mais frequente é de insuficiência cardíaca, com disfunção biventricular, sinais de congestão direita, manifestações embólicas, e dor torácica devido ao acometimento da microcirculação. Existe também a forma arritmogênica, com síncope, tontura e palpitações.
Quais são os achados típicos no ECG de pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?
: O ECG frequentemente mostra bloqueio de ramo direito (BRD) associado ao bloqueio divisional anterossuperior (BDAS), além de bloqueios atrioventriculares, extrassístoles e taquiarritmias ventriculares e supraventriculares, como fibrilação atrial.
Quais são os principais achados no ecocardiograma de pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?
O ecocardiograma revela alterações de contratilidade segmentar nas paredes inferior, inferolateral e apical do VE, com formação de aneurisma de ponta, disfunção biventricular e dilatação das câmaras.
Como é feito o diagnóstico laboratorial da Cardiomiopatia Chagásica nas fases aguda e crônica?
Na fase aguda, o diagnóstico é feito por exame parasitológico e pesquisa de IgM. Na fase crônica, o diagnóstico é sorológico, sendo necessário resultado positivo em dois testes diferentes, como ELISA e imunofluorescência.
Quais são os principais fatores prognósticos negativos na Cardiomiopatia Chagásica Crônica, segundo o Escore de Rassi?
Os principais fatores de pior prognóstico incluem FEVE reduzida, cardiomegalia no raio-X, taquicardia ventricular (TV) não sustentada no Holter, classe funcional NYHA III ou IV, baixa voltagem no ECG e ser do sexo masculino.
Qual é o tratamento antiparasitário indicado para pacientes com Doença de Chagas?
O tratamento antiparasitário com benzonidazol ou nifurtimox está indicado apenas na fase aguda, em contaminações acidentais, e na reativação da doença em pacientes transplantados. O benzonidazol não mostrou eficácia superior ao placebo na fase crônica.
O que caracteriza a Cardiomiopatia Restritiva e como ela se diferencia de outras miocardiopatias?
A Cardiomiopatia Restritiva é caracterizada por ventrículos não dilatados com paredes rígidas e complacência diminuída, prejudicando o enchimento ventricular. Ao contrário das miocardiopatias dilatada e hipertrófica, a função sistólica geralmente é normal.
: Quando dispositivos implantáveis, como marcapassos ou cardiodesfibriladores, são indicados em pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?
Dispositivos implantáveis, como marcapasso ou cardiodesfibrilador, são frequentemente necessários devido à alta ocorrência de arritmias, bloqueios cardíacos e ao risco de morte súbita.
: Quais são as principais etiologias da Cardiomiopatia Restritiva?
As principais etiologias incluem doenças infiltrativas e de depósito, como amiloidose, sarcoidose, hemocromatose, e doenças metabólicas como Doença de Fabry e Gaucher.
Quais são os achados típicos ao exame físico de um paciente com Cardiomiopatia Restritiva?
O exame físico pode revelar B4, sopros de insuficiência mitral e tricúspide, além do sinal de Kussmaul (aumento da turgência jugular durante a inspiração).
Como o ECG e o ecocardiograma ajudam no diagnóstico de Cardiomiopatia Restritiva?
O ECG frequentemente apresenta baixa voltagem, enquanto o ecocardiograma pode mostrar hipertrofia concêntrica, dilatação biatrial e disfunção diastólica. A radiografia de tórax geralmente revela átrios dilatados com ventrículos normais.
Qual é o principal diagnóstico diferencial da Cardiomiopatia Restritiva?
: O principal diagnóstico diferencial é com pericardite constritiva, que pode apresentar achados clínicos e hemodinâmicos semelhantes.
Como a amiloidose cardíaca contribui para a Cardiomiopatia Restritiva e qual seu tratamento?
A amiloidose cardíaca, principalmente a do tipo transtirretina (ATTR) e de cadeias leves (AL), causa depósito de fibrilas amiloides no miocárdio, levando à disfunção diastólica. O tratamento pode incluir tafamidis para ATTR e quimioterapia para amiloidose AL.
Qual é o papel da RMC no diagnóstico de amiloidose cardíaca?
A ressonância magnética cardíaca (RMC) é fundamental no diagnóstico de amiloidose, com o achado característico de realce tardio transmural, indicando a presença de fibrose.
Quais outras doenças podem causar Cardiomiopatia Restritiva?
: Outras etiologias incluem endomiocardiofibrose (cardiomiopatia eosinofílica), sarcoidose, e Doença de Fabry, que causam disfunção ventricular por mecanismos inflamatórios, de depósito ou metabólicos.
Qual é o tratamento geral para Cardiomiopatia Restritiva?
O tratamento inclui controle de sintomas com diuréticos e controle da frequência cardíaca. Anticoagulação pode ser necessária devido ao risco de fibrilação atrial e trombos intracavitários. Casos refratários podem ser candidatos a transplante cardíaco.
Qual é a principal diferença no exame físico entre pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva?
Na pericardite constritiva, há sinal de Kussmaul e knock pericárdico. Na cardiomiopatia restritiva, observam-se sopros de insuficiência mitral/tricúspide, B3 e ictus cordis impulsivo.
Como o ECG diferencia pericardite constritiva de cardiomiopatia restritiva?
Ambos podem apresentar baixa voltagem, mas na cardiomiopatia restritiva, isso é típico nas doenças de depósito, e arritmias são mais comuns.
O que a radiografia de tórax mostra em pericardite constritiva em comparação com a cardiomiopatia restritiva?
Na pericardite constritiva, pode haver calcificação pericárdica (“casca de ovo”), enquanto na cardiomiopatia restritiva o raio-X geralmente é normal.
Quais são os achados típicos no ecocardiograma em pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva?
: Na pericardite constritiva, o ecocardiograma mostra espessamento do pericárdio, bounce septal e variações no fluxo valvar durante a respiração. Na cardiomiopatia restritiva, há dilatação dos átrios e espessamento da parede ventricular.
Quais são os achados no cateterismo para pericardite constritiva versus cardiomiopatia restritiva?
Na pericardite constritiva, observa-se o sinal da raiz quadrada e a pressão diastólica final do ventrículo direito (PDFVD) é igual à do ventrículo esquerdo (PDFVE). Na cardiomiopatia restritiva, a PDFVE é maior que a PDFVD, e a PDFVD é elevada (> 55 mmHg).
: O que a tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RNM) revela em pericardite constritiva em comparação com a cardiomiopatia restritiva?
Na pericardite constritiva, a TC/RNM mostra espessamento ou calcificação do pericárdio, enquanto na cardiomiopatia restritiva o pericárdio é normal