CARDIOMIOPATIAS Flashcards

1
Q

O que é miocardite e qual é a sua fisiopatologia?

A

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções virais, autoimunidade ou toxinas, que resulta em destruição celular e disfunção cardíaca.

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2
Q

Quais são as possibilidades de tratamento para a miocardite, incluindo o uso de imunossupressores?

A

O tratamento da miocardite inclui suporte clínico, terapia anti-inflamatória e, em alguns casos, imunossupressão (como corticoides) para miocardites autoimunes ou mediadas por resposta inflamatória excessiva.

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3
Q

O que caracteriza a cardiomiopatia hipertrófica e como ela pode ser diferenciada da estenose aórtica?

A

: A cardiomiopatia hipertrófica é caracterizada pela hipertrofia do ventrículo esquerdo e é a principal causa de morte súbita em jovens. O sopro sistólico aumenta com a manobra de Valsalva, enquanto na estenose aórtica o sopro diminui com essa manobra.

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4
Q

Quais são os principais achados no ECG e no ecocardiograma das cardiomiopatias restritivas?

A

No ecocardiograma há hipertrofia ventricular, enquanto no ECG ocorre baixa voltagem, sugerindo uma dissociação entre os achados dos exames.

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5
Q

Quais são os achados típicos no ECG da cardiomiopatia chagásica?

A

O ECG frequentemente mostra bloqueio do ramo direito (BRD) e bloqueio divisional ântero-superior (BDAS).

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6
Q

O que é a cardiomiopatia de Takotsubo e como se apresenta clinicamente?

A

A cardiomiopatia de Takotsubo, também chamada de “síndrome do coração partido”, apresenta-se com sintomas semelhantes ao infarto agudo do miocárdio, porém com coronárias normais no cateterismo e disfunção apical temporária no ventrículo esquerdo.

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7
Q

O que ocorre na fase subaguda da miocardite?

A

Na fase subaguda (4º ao 14º dia), há ativação do sistema imune com infiltração de células natural killer e macrófagos, além da produção de citocinas (IL-1, IL-2, IFN-γ), resultando em uma resposta inflamatória exacerbada.

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8
Q

Qual é a fisiopatologia da fase aguda da miocardite?

A

Na fase aguda (1º ao 3º dia), há viremia e necrose dos miócitos por ação citotóxica direta do vírus, levando a lesão celular.

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8
Q

Quais são as indicações para tratamento antiparasitário na cardiomiopatia chagásica?

A

O tratamento antiparasitário é indicado em fases iniciais da doença de Chagas, especialmente em pacientes jovens e com infecção aguda, para reduzir a progressão da doença.

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9
Q

Quais são as principais causas infecciosas e não infecciosas da miocardite?

A

As causas infecciosas incluem vírus (como adenovírus, enterovírus, herpes), parasitas, bactérias, fungos e protozoários (como Trypanosoma cruzi). As causas não infecciosas incluem doenças autoimunes (AR, LES), toxinas (antraciclinas, cocaína) e hipersensibilidade a medicamentos (ciclofosfamida, fenitoína).

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10
Q

Quais são os achados típicos na fase crônica da miocardite?

A

Na fase crônica (mais de 2 semanas), ocorre deposição de colágeno no interstício miocárdico, levando a fibrose, dilatação ventricular, disfunção cardíaca e insuficiência cardíaca.

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11
Q

Qual é o padrão-ouro para o diagnóstico de miocardite e suas indicações?

A

A biópsia endomiocárdica (BEM) é o padrão-ouro, indicada em casos de insuficiência cardíaca de início recente, sem etiologia definida, com rápida piora hemodinâmica ou associada a arritmias ventriculares e bloqueios atrioventriculares avançados.

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12
Q

: Como é feita a escolha da terapia na miocardite com base nos achados da biópsia endomiocárdica?

A

Se houver inflamação sem persistência viral, é indicada a terapia imunossupressora (corticoide e azatioprina). Se houver inflamação com presença viral, o tratamento envolve terapia antiviral (interferon beta e imunoglobulina intravenosa).

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13
Q

: Quais são os principais exames complementares utilizados no diagnóstico da miocardite?

A

Os exames incluem ECG, ecocardiograma, ressonância nuclear magnética cardíaca (RMC), marcadores inflamatórios (PCR, VHS), troponina e, ocasionalmente, cintilografia com gálio.

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14
Q

: O que é a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) e qual sua causa genética?

A

: A CMH é uma doença genética autossômica dominante causada por mutações nos genes do sarcômero, levando à hipertrofia do miocárdio, desarranjo dos miócitos e fibrose intersticial.

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15
Q

Quais são os principais achados clínicos na Cardiomiopatia Hipertrófica?

A

Os sintomas incluem dispneia, angina, arritmias (fibrilação atrial e ventriculares) e síncope inexplicada. A morte súbita pode ser a primeira manifestação, especialmente em jovens e atletas.

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16
Q

Como a manobra de Valsalva ajuda no diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica?

A

A manobra de Valsalva diminui a pré-carga, aproximando as paredes ventriculares e aumentando a obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE), o que intensifica o sopro sistólico ejetivo.

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17
Q

Quais exames são indicados para o diagnóstico de CMH?

A

O ecocardiograma é o principal exame, detectando hipertrofia ventricular e obstrução da VSVE. A ressonância magnética cardíaca (RMC) é útil para avaliar a morfologia e a extensão da fibrose, enquanto o ECG revela alterações em 90% dos casos.

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18
Q

Qual é o tratamento medicamentoso indicado para pacientes com CMH sintomática?

A

: O tratamento inclui betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio (verapamil, diltiazem) e disopiramida para reduzir a obstrução e melhorar o enchimento diastólico. Diuréticos devem ser usados com cautela, e digoxina deve ser evitada.

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19
Q

: Quando está indicada a miectomia septal ou ablação septal alcoólica no tratamento da CMH?

A

Esses procedimentos são indicados para pacientes com obstrução significativa na VSVE que não respondem ao tratamento farmacológico, visando reduzir a obstrução e os sintomas.

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20
Q

: Quais fatores aumentam o risco de morte súbita na CMH e indicam o uso de CDI?

A

Fatores de risco incluem espessura septal > 30 mm, histórico familiar de morte súbita, síncope inexplicada, TV não sustentada, queda de pressão no teste ergométrico e fibrose extensa na RMC. Pacientes com esses fatores podem ser candidatos ao CDI.

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21
Q

Como deve ser o rastreamento dos familiares de pacientes com CMH?

A

Familiares de primeiro grau devem ser rastreados com ECG e ecocardiograma periodicamente. O teste genético pode ser indicado se houver mutação conhecida na família.

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22
Q

O que caracteriza a Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito (CAVD

A

A CAVD é uma doença genética caracterizada pela substituição de miócitos por tecido fibrogorduroso no ventrículo direito, associada a arritmias ventriculares, insuficiência cardíaca e morte súbita.

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23
Q

: Quais são os sintomas mais comuns da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?

A

Os sintomas incluem tonturas, palpitações, síncope e, em alguns casos, morte súbita como primeira manifestação. Cerca de 40% dos pacientes podem ser assintomáticos.

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24
Q

Quais são os principais achados no ECG da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?

A

O ECG pode mostrar inversão de onda T nas derivações precordiais direitas (V1, V2, V3) e a presença de uma onda épsilon, que é uma pequena deflexão positiva no final do QRS.

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25
Q

Como é feito o diagnóstico da Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito?

A

O diagnóstico é baseado em critérios que incluem a história clínica, antecedentes familiares e exames de imagem, como ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca (RMC), que mostram dilatação e disfunção segmentar do VD, e possivelmente aneurismas.

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26
Q

: Qual é o tratamento recomendado para pacientes com CAVD?

A

O tratamento inclui o uso de betabloqueadores para reduzir o risco de arritmias ventriculares. Pacientes com síncope inexplicada, arritmias ventriculares complexas ou parada cardíaca podem ser candidatos à implantação de um cardiodesfibrilador implantável (CDI).

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27
Q

Quando o rastreamento de familiares é indicado em casos de CAVD?

A

O rastreamento de familiares de primeiro grau é indicado e pode incluir consulta clínica, ECG, ecocardiograma, ressonância magnética e testes genéticos, dependendo do grau de parentesco e da presença de mutações conhecidas.

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28
Q

Quais são os principais achados de imagem na CAVD?

A

Exames de imagem, como o ecocardiograma e a RMC, podem mostrar dilatação e disfunção do ventrículo direito, com alterações segmentares e aneurismas. O envolvimento do ventrículo esquerdo também pode ocorrer com mais frequência do que se pensava.

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29
Q

O que caracteriza a Cardiomiopatia de Takotsubo e como ela se diferencia da Doença Arterial Coronária (DAC)?

A

: A Cardiomiopatia de Takotsubo é uma disfunção segmentar transitória do ventrículo esquerdo, sem obstrução das artérias coronárias. É desencadeada por estresse físico ou emocional, ao contrário da DAC, que é causada por obstrução coronariana

30
Q

Qual população é mais afetada pela Cardiomiopatia de Takotsubo e qual é o principal fator desencadeante?

A

: A cardiomiopatia de Takotsubo é mais comum em mulheres pós-menopausa e geralmente é desencadeada por estresse emocional ou físico intenso.

31
Q

Como é a apresentação clínica da Cardiomiopatia de Takotsubo?

A

A apresentação é semelhante à de uma síndrome coronariana aguda, com dor torácica, dispneia, elevação de troponina e alterações isquêmicas no ECG, como supradesnivelamento de ST.

32
Q

Como é feito o diagnóstico de Cardiomiopatia de Takotsubo?

A

O diagnóstico é feito após o cateterismo cardíaco descartar doença arterial coronariana (DAC) obstrutiva, junto com a presença de disfunção segmentar na ventriculografia, que mostra dilatação dos segmentos médios e apicais do ventrículo esquerdo, com hipercinesia dos segmentos basais.

33
Q

Qual é a origem do nome “Takotsubo” na Cardiomiopatia de Takotsubo?

A

O nome “Takotsubo” refere-se a uma armadilha japonesa para polvos, cujo formato se assemelha à aparência do ventrículo esquerdo na ventriculografia, com balonamento apical.

34
Q

Qual é o tratamento para a Cardiomiopatia de Takotsubo?

A

: Não existe um tratamento específico para a cardiomiopatia de Takotsubo. O tratamento é de suporte, semelhante ao manejo da insuficiência cardíaca, com reversão da disfunção ventricular geralmente em 1 a 4 semanas.

35
Q

Qual é o prognóstico a longo prazo para pacientes com Cardiomiopatia de Takotsubo?

A

O prognóstico é geralmente bom, com recuperação completa da função ventricular em poucas semanas.

36
Q

: O que caracteriza a Cardiomiopatia Não Compactada?

A

A Cardiomiopatia Não Compactada é caracterizada por uma falha na compactação do tecido endocárdico durante o desenvolvimento intrauterino, resultando em uma parede ventricular com trabeculação aumentada e recessos profundos.

37
Q

Qual é a fisiopatologia da Cardiomiopatia Não Compactada?

A

: A falha na compactação do miocárdio durante a organogênese leva à formação de uma camada endomiocárdica esponjosa, com trabeculações profundas e recessos, principalmente no ventrículo esquerdo.

38
Q

Quais são os sintomas comuns da Cardiomiopatia Não Compactada?

A

Os sintomas mais comuns incluem sinais de insuficiência cardíaca, como congestão e arritmias, além de uma possível maior incidência de eventos tromboembólicos.

39
Q

: Como é feito o diagnóstico da Cardiomiopatia Não Compactada?

A

: O diagnóstico é realizado por exames de imagem, como ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca (RMC), que mostram a hipertrabeculação do ventrículo esquerdo e a diferença entre o miocárdio compactado e não compactado

40
Q

Existe um tratamento específico para Cardiomiopatia Não Compactada?

A

: Não existe um tratamento específico para a Cardiomiopatia Não Compactada. O manejo segue os princípios do tratamento para insuficiência cardíaca, com algumas controvérsias quanto ao uso de anticoagulação devido ao risco tromboembólico.

41
Q

Qual é a controvérsia relacionada à anticoagulação em pacientes com Cardiomiopatia Não Compactada?

A

Há estudos que relatam um maior risco de eventos tromboembólicos em pacientes com Cardiomiopatia Não Compactada, o que leva alguns centros a adotar anticoagulação plena. No entanto, essa conduta ainda não é padronizada.

42
Q

Como o diagnóstico de Cardiomiopatia Não Compactada pode ser desafiador?

A

O diagnóstico pode ser difícil devido à ampla variação fenotípica, com alguns pacientes apresentando sintomas de insuficiência cardíaca e disfunção ventricular, enquanto outros são assintomáticos com função preservada, mesmo com trabeculações proeminentes.

43
Q

: O que é a Cardiomiopatia Periparto e qual é seu critério diagnóstico?

A

A Cardiomiopatia Periparto é uma condição que ocorre entre o final da gestação e os primeiros 5 meses após o parto, com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) inferior a 45% e sem outras causas identificadas.

44
Q

: Quais são os principais fatores de risco para a Cardiomiopatia Periparto?

A

Os principais fatores de risco incluem multiparidade, afrodescendência, tabagismo, diabetes, pré-eclâmpsia e idade superior a 30 anos.

45
Q

Como se acredita que a prolactina esteja envolvida na Cardiomiopatia Periparto?

A

Fragmentos da prolactina podem desempenhar um papel central na fisiopatologia da Cardiomiopatia Periparto, possivelmente contribuindo para inflamação e miocardite.

46
Q

: Existe um tratamento específico para Cardiomiopatia Periparto?

A

Não há tratamento específico. Opções experimentais incluem o uso de bromocriptina (inibe a produção de prolactina), imunossupressores e imunoglobulina intravenosa. O manejo segue os princípios da insuficiência cardíaca.

47
Q

O que é a Cardiomiopatia Chagásica e qual o seu agente causador?

A

A Cardiomiopatia Chagásica é uma forma crônica de miocardiopatia dilatada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, caracterizada por inflamação miocárdica crônica, insuficiência cardíaca e distúrbios de condução.

48
Q

Quais são as principais formas de transmissão da Doença de Chagas?

A

A transmissão ocorre principalmente pela picada do inseto vetor (barbeiro), mas também pode acontecer via transfusão sanguínea, transmissão vertical, ingestão de alimentos contaminados (açaí e caldo de cana) e acidentes de laboratório.

49
Q

: Quais são os sinais clássicos da fase aguda da Doença de Chagas?

A

Os sinais clássicos incluem o Sinal de Romaña (conjuntivite aguda e edema palpebral unilateral) e o Chagoma de inoculação (lesão cutânea nodular com adenopatia satélite).

50
Q

Como a Cardiomiopatia Chagásica se manifesta na fase crônica da doença?

A

A fase crônica da Cardiomiopatia Chagásica pode evoluir com insuficiência cardíaca, taquiarritmias, bradiarritmias e destruição progressiva do tecido miocárdico, resultando em miocardiopatia dilatada.

51
Q

Quais são os sintomas mais comuns na Cardiomiopatia Chagásica Crônica?

A

O quadro clínico mais frequente é de insuficiência cardíaca, com disfunção biventricular, sinais de congestão direita, manifestações embólicas, e dor torácica devido ao acometimento da microcirculação. Existe também a forma arritmogênica, com síncope, tontura e palpitações.

52
Q

Quais são os achados típicos no ECG de pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?

A

: O ECG frequentemente mostra bloqueio de ramo direito (BRD) associado ao bloqueio divisional anterossuperior (BDAS), além de bloqueios atrioventriculares, extrassístoles e taquiarritmias ventriculares e supraventriculares, como fibrilação atrial.

53
Q

Quais são os principais achados no ecocardiograma de pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?

A

O ecocardiograma revela alterações de contratilidade segmentar nas paredes inferior, inferolateral e apical do VE, com formação de aneurisma de ponta, disfunção biventricular e dilatação das câmaras.

54
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial da Cardiomiopatia Chagásica nas fases aguda e crônica?

A

Na fase aguda, o diagnóstico é feito por exame parasitológico e pesquisa de IgM. Na fase crônica, o diagnóstico é sorológico, sendo necessário resultado positivo em dois testes diferentes, como ELISA e imunofluorescência.

55
Q

Quais são os principais fatores prognósticos negativos na Cardiomiopatia Chagásica Crônica, segundo o Escore de Rassi?

A

Os principais fatores de pior prognóstico incluem FEVE reduzida, cardiomegalia no raio-X, taquicardia ventricular (TV) não sustentada no Holter, classe funcional NYHA III ou IV, baixa voltagem no ECG e ser do sexo masculino.

56
Q

Qual é o tratamento antiparasitário indicado para pacientes com Doença de Chagas?

A

O tratamento antiparasitário com benzonidazol ou nifurtimox está indicado apenas na fase aguda, em contaminações acidentais, e na reativação da doença em pacientes transplantados. O benzonidazol não mostrou eficácia superior ao placebo na fase crônica.

57
Q

O que caracteriza a Cardiomiopatia Restritiva e como ela se diferencia de outras miocardiopatias?

A

A Cardiomiopatia Restritiva é caracterizada por ventrículos não dilatados com paredes rígidas e complacência diminuída, prejudicando o enchimento ventricular. Ao contrário das miocardiopatias dilatada e hipertrófica, a função sistólica geralmente é normal.

57
Q

: Quando dispositivos implantáveis, como marcapassos ou cardiodesfibriladores, são indicados em pacientes com Cardiomiopatia Chagásica?

A

Dispositivos implantáveis, como marcapasso ou cardiodesfibrilador, são frequentemente necessários devido à alta ocorrência de arritmias, bloqueios cardíacos e ao risco de morte súbita.

58
Q

: Quais são as principais etiologias da Cardiomiopatia Restritiva?

A

As principais etiologias incluem doenças infiltrativas e de depósito, como amiloidose, sarcoidose, hemocromatose, e doenças metabólicas como Doença de Fabry e Gaucher.

59
Q

Quais são os achados típicos ao exame físico de um paciente com Cardiomiopatia Restritiva?

A

O exame físico pode revelar B4, sopros de insuficiência mitral e tricúspide, além do sinal de Kussmaul (aumento da turgência jugular durante a inspiração).

60
Q

Como o ECG e o ecocardiograma ajudam no diagnóstico de Cardiomiopatia Restritiva?

A

O ECG frequentemente apresenta baixa voltagem, enquanto o ecocardiograma pode mostrar hipertrofia concêntrica, dilatação biatrial e disfunção diastólica. A radiografia de tórax geralmente revela átrios dilatados com ventrículos normais.

61
Q

Qual é o principal diagnóstico diferencial da Cardiomiopatia Restritiva?

A

: O principal diagnóstico diferencial é com pericardite constritiva, que pode apresentar achados clínicos e hemodinâmicos semelhantes.

62
Q

Como a amiloidose cardíaca contribui para a Cardiomiopatia Restritiva e qual seu tratamento?

A

A amiloidose cardíaca, principalmente a do tipo transtirretina (ATTR) e de cadeias leves (AL), causa depósito de fibrilas amiloides no miocárdio, levando à disfunção diastólica. O tratamento pode incluir tafamidis para ATTR e quimioterapia para amiloidose AL.

63
Q

Qual é o papel da RMC no diagnóstico de amiloidose cardíaca?

A

A ressonância magnética cardíaca (RMC) é fundamental no diagnóstico de amiloidose, com o achado característico de realce tardio transmural, indicando a presença de fibrose.

64
Q

Quais outras doenças podem causar Cardiomiopatia Restritiva?

A

: Outras etiologias incluem endomiocardiofibrose (cardiomiopatia eosinofílica), sarcoidose, e Doença de Fabry, que causam disfunção ventricular por mecanismos inflamatórios, de depósito ou metabólicos.

65
Q

Qual é o tratamento geral para Cardiomiopatia Restritiva?

A

O tratamento inclui controle de sintomas com diuréticos e controle da frequência cardíaca. Anticoagulação pode ser necessária devido ao risco de fibrilação atrial e trombos intracavitários. Casos refratários podem ser candidatos a transplante cardíaco.

66
Q

Qual é a principal diferença no exame físico entre pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva?

A

Na pericardite constritiva, há sinal de Kussmaul e knock pericárdico. Na cardiomiopatia restritiva, observam-se sopros de insuficiência mitral/tricúspide, B3 e ictus cordis impulsivo.

67
Q

Como o ECG diferencia pericardite constritiva de cardiomiopatia restritiva?

A

Ambos podem apresentar baixa voltagem, mas na cardiomiopatia restritiva, isso é típico nas doenças de depósito, e arritmias são mais comuns.

68
Q

O que a radiografia de tórax mostra em pericardite constritiva em comparação com a cardiomiopatia restritiva?

A

Na pericardite constritiva, pode haver calcificação pericárdica (“casca de ovo”), enquanto na cardiomiopatia restritiva o raio-X geralmente é normal.

69
Q

Quais são os achados típicos no ecocardiograma em pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva?

A

: Na pericardite constritiva, o ecocardiograma mostra espessamento do pericárdio, bounce septal e variações no fluxo valvar durante a respiração. Na cardiomiopatia restritiva, há dilatação dos átrios e espessamento da parede ventricular.

70
Q

Quais são os achados no cateterismo para pericardite constritiva versus cardiomiopatia restritiva?

A

Na pericardite constritiva, observa-se o sinal da raiz quadrada e a pressão diastólica final do ventrículo direito (PDFVD) é igual à do ventrículo esquerdo (PDFVE). Na cardiomiopatia restritiva, a PDFVE é maior que a PDFVD, e a PDFVD é elevada (> 55 mmHg).

71
Q

: O que a tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RNM) revela em pericardite constritiva em comparação com a cardiomiopatia restritiva?

A

Na pericardite constritiva, a TC/RNM mostra espessamento ou calcificação do pericárdio, enquanto na cardiomiopatia restritiva o pericárdio é normal