Otorrino E Oftalmo Na APS Flashcards
Olho vermelho
1) Vermelhidão da superfície branca do olho decorrente da dilatação dos vasos sanguíneos que se encontram sobre a esclera
2) A depender da causa e do manejo do problema, pode haver risco de comprometimento permanente da visão
3) O diagnóstico diferencial, o tratamento adequado e encaminhamento aos serviços de oftalmologia são partes essenciais da preservação da acuidade visual
Conjuntivites
1) Sensação de corpo estranho, hiperemia conjuntival, edema conjuntival, edema palpebral, fotofobia, lacrimejamento, prurido e embaçamento visual
2) O tempo de evolução da conjuntivite bacteriana é em torno de 3 a 5 dias
3) O tempo de evolução da viral pode chegar a 15 dias, sendo que a conjuntiva pode permanecer vermelha por mais tempo se houver hemorragia subconjuntival
Etiologia bacteriana (conjuntivites)
Mais comuns: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae
Outros: Pseudomonas aeruginosa, Moraxella lacunata, Streptococcus viridans, Proteus mirabilis, Neisseria gonorrheae, Clamydia trachomatis (quadros crônicos)
Etiologia viral (conjuntivites)
Adenovirus (65 a 90% dos casos): risco de transmissão de 10-50%; incubação entre 5 e 12 dias. Transmissão de 10 a 14 dias
Quadros clínicos:
1) Febre alta, faringite e conjuntivite bilateral, com aumento de linfonodos periauriculares
2) Lacrimejamento intenso, hiperemia, edema de conjuntiva e aumento dos linfonodos periauriculares
Etiologia alérgica (conjuntivites)
1) Resposta inflamatória a alérgenos temporários (ex: pólen) ou persistentes (poeira, ácaro)
2) Quadro clínico: prurido, hiperemia, lacrimejamento, desconforto/dor ocular
3) Histórico de outros quadros alérgicos
Doença ocular seca
1) Perda da homeostase do filme lacrimal
2) Hiperemia leve a moderada, embaçamento visual, sensação de olho seco ou “grudando”, dor ocular em pontada de pequena intensidade, dor ao acordar de madrugada, dificuldade em abrir as pálpebras, ardência ocular, lacrimejamento
3) Conduta: uso de lubrificantes oculares tópicos
Blefarites
1) Inflamações crônicas das bordas palpebrais
2) Ardência ocular, fotofobia moderada, com períodos de remissão e piora, irritação e prurido das margens palpebrais. Sintomas piores pela manhã
3) Aplicação de compressas mornas por alguns minutos sobre as pálpebras e a higienização 1 a 2 vezes ao dia, com auxílio de hastes flexíveis embebidas em xampu neutro infantil diluído em água potável
Calázio x terçol
1) Calázio: nódulo inflamatório de crescimento lento, indolor, já glândula lacrimal da pálpebra, entre 30 e 50 anos, que também têm blefarite
Tratamento: compressas quentes, corticoide e, se necessário, procedimento cirúrgico
2) Terçol (hordéolo): obstrução de pequenas glândulas da pálpebra, com coleção de pus. Tem dor e desconforto
Tratamento: compressas quentes, corticoide e, se necessário, antibióticos pomadas (tobradex, nepodex)
Ceratites
1) Inflamações da córnea
2) Dor aguda acompanhada de lacrimejamento e blefaroespasmo
3) Melhora após instilação de colírio anestésico
4) Pode haver queda da acuidade visual
5) Se a ceratite for causada por radiação ultravioleta, proceder à oclusão ocular com pomada oftálmica que contenha acetato de retinol, aminoácidos, metionina e cloranfenicol
6) Se de etologia bacteriana, viral, fúngica ou por queimadura, devem ser referenciadas ao oftalmologista com urgência
Uveítes ou iridociclites
1) Inflamações da íris e do corpo ciliar que se manifestam por exsudação proteica
2) Surgem de traumas contusos
3) Podem estar associadas a doenças sistêmicas, como espondilite anquilosante e doença de Behçet
4) Dor que piora à palpação, originada pelo espasmo do músculo ciliar
5) Conduta: Midriacil (tropicamida) colírio 1 gota, para alívio da dor, e referenciar com urgência ao oftalmologista
Episclerite
1) Doença benigna, autolimitada, com inflamação do tecido episcleral superficial
2) Pode estar associada a doenças do tecido conectivo
3) Hiperemia conjuntival localizada, sem secreção. Dor de pequena intensidade, que melhora espontaneamente
4) Não tem maiores consequências para o olho
5) Conduta: compressas frias e lubrificantes oculares
Esclerite
1) Inflamação grave da esclera, associada, com frequência, a doenças sistêmicas, como artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico
2) Quadro gradual de dor ocular severa, com características de irradiação para face ipsilateral
3) Conduta: investigar causas sistêmicas para guiar o tratamento
Pterígio
1) Lesão triangular, subeptelial, que pode cobrir a córnea
2) Sensação de corpo estranho, inflamação intermitente, dificuldade no uso de lentes de contato e, se ultrapassar a córnea em mais de 4 mm, pode induzir astigmatismo
3) Se atingir o eixo visual, pode cursar com diminuição da acuidade visual
4) Uso de lubrificantes oculares, para alívio da sensação de corpo estranho e esteroides ou anti-inflamatórios não esteroides tópicos se houver inflamação
5) Usar óculos de sol
6) Tratamento cirúrgico é indicado em lesões maiores de 4 mm
Pinguécula
1) Comum, inócua, em geral bilateral e assintomática
2) Depósito branco-amarelado na conjuntiva bulbar adjacente ao limbo nasal ou temporal
3) Uso de lubrificantes oculares
4) Corticosteróide tópico com inflamação
5) Oftalmologista se suspeita de pingueculite
Ptose
1) Pálpebras superiores com posição anormalmente baixa
2) Pode ser congênita ou adquirida
3) Miogênica (distrofia muscular progressiva, miastenia grave)
4) Aponeurótica (ptose senil, doença de Graves, uso prolongado de lentes de contato)
5) Neurogênica (lesão do nervo oculomotor, oftalmoplegia pós-traumática, esclerose múltipla)
6) Mecânica (devido ao efeito de massa causado por uma neoplasia ou ao efeito restritivo de uma cicatriz)