Hepatites Virais B e C Flashcards

1
Q

Epidemiologia da hepatite B

A

1) Prevalência: 296 milhões de pessoas
2) Crianças<5 anos: 2 milhões de novos casos por ano
3) Mortalidade: 820.000
4) Cirrose e carcinoma hepatocelular

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2
Q

Hepatite B (fisiopatologia)

A

1) Resposta imune do hospedeiro aos antígenos virais pode causar a lesão hepática
2) A resposta imune celular parece estar envolvida na patogênese da doença

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3
Q

Como se dá a transmissão da hepatite B?

A

1) Solução de continuidade (pele e mucosas)
2) Compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure
3) Lâminas de barbear e depilar, tatuagens, piercings
4) Procedimentos odontológicos ou cirúrgicos (sem biossegurança)
5) Relações sexuais desprotegidas
6 Transmissão vertical

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4
Q

Manifestações clínicas de uma infecção aguda (hepatite B)

A

1) Assintomáticas em sua maioria (>70%)
2) Icterícia, náuseas, vômitos e dor no quadrante superior direito
3) Hepatomegalia com sensibilidade à palpação
4) Febre, calafrios, mal-estar, artralgias e erupção cutânea maculopapular ou urticariforme

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5
Q

Manifestações clínicas da infecção crônica (hepatite B)

A

1) As pessoas, em maioria, são assintomáticas
2) Se com cirrose: eritema palmar, aranhas vasculares, com ou sem sinais de hipertensão portal, incluindo ascite e icterícia
3) Se presença de Asterix (flapping): sugestivo de encefalopatia hepática
4) Complicações: cirrose, carcinoma hepatocelular (CHC) e insuficiência hepática

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6
Q

Paciente HBsAg NÃO reagente, anti-HBC IgM NÃO reagente, anti-HBc total NÃO reagente e anti-HBs NÃO reagente

A

Ausência de contato prévio com o HBV. Susceptível à infecção pelo HBV

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7
Q

Paciente com HBsAg NÃO reagente, anti-HBc IgM NÃO reagente, anti-HBc total reagente e anti-HBs reagente

A

Paciente imune após infecção pelo HBV. Curado do hepatite B

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8
Q

Paciente com HBsAg NÃO reagente, anti-HBc IgM NÃO reagente, anti-HBc total NÃO reagente e anti-HBs reagente

A

Imune após vacinação contra o HBV

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9
Q

Paciente com HBsAg reagente, anti-HBc IgM reagente, anti-HBc total reagente/NÃO reagente e anti-HBs NÃO reagente

A

Infecção recente pelo HBV (menos de 6 meses, infecção aguda)

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10
Q

Paciente com HBsAg reagente, anti-HBc IgM NÃO reagente, anti-HBc total reagente/NÃO reagente e anti-HBs NÃO reagente

A

Infecção crônica pelo HBV

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11
Q

Como determinar fase da infecção crônica (hepatite B)?

A

1) Dosando os HBeAg e o anti-HBe
2) O DNA do HBV é essencial para diagnóstico e definir fase da infecção
3) Embora possa ser indetectável em alguns pacientes

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12
Q

Genotipagem no paciente com hepatite B

A

1) Não é necessária na avaliação inicial
2) Não é recomendada para testes de rotina ou acompanhamento
3) Teste de resistência antiviral: feitos outros tratamentos, viremia persistente, progressão virológica durante o tratamento

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13
Q

Exames de imagem para hepatite B

A

1) Ultrassonografia abdominal basal
2) Tomografia computadorizada trifásica com contraste
3) Ressonância nuclear magnética

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14
Q

Como fazer o estadiamento da hepatite B?

A

1) Biópsia hepática
2) Elastografia transitória (Fibroscan)
3) Biomarcadores de fibrose

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15
Q

Prognóstico da hepatite B

A

1) >95% dos adultos imunocompetentes com infecção aguda farão soroconversão com o surgimento de anti-HBs na ausência de tratamento
2) A transmissão materno infantil (vertical) pode levar a quase 90% de cronicidade
3) Se a criança é infectada entre 1 e 5 anos, a taxa de cronicidade é de 30%
4) Na fase adulta, a taxa de cronicidade é de 2 a 5%

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16
Q

Vacinação para hepatite B

A

1) 0, 1 e 6 meses oferece 95% de proteção na infância
2) Para adultos em hemodiálise, transplantados, quimioterapia: dose de 40 g de Recombivax (0, 1 e 6 meses) ou dose de 40 g de Engerix (0, 1, 2 e 6 meses)
3) Proteção de 60% (nefropatia com diabetes) e 75% (sem diabetes)

17
Q

Tratamento da hepatite B

A

1) Os tratamentos atuais não erradicam totalmente o vírus
2) Melhoram sobrevida e qualidade de vida ao prevenir a progressão da doença
3) Terapia antiviral
4) Transplante de fígado

18
Q

Tratamento da infecção aguda da hepatite B

A

1) Para a maioria: cuidados de suporte (observar e esperar resolver espontaneamente)
2) Se insuficiência hepática aguda ou com curso grave e prolongado (bilirrubina 3 mg/dL), RNI>1.5, encefalopatia ou ascite = iniciar tratamento
1ª linha: entecavir, tenofovir alafenamida e tenofovir desoproxila
-A peginterferona é contra indicada
-Manter tratamento até que a depuração do HBsAg seja confirmada ou indefinidamente se o paciente fizer transplante de fígado

19
Q

Tratamento da infecção crônica por hepatite B (princípios)

A

1) Baseia-se nos níveis de TGP, de DNA do HBV sérico e na gravidade da doença hepática
2) Monitoramento regular é importante para determinar a fase da infecção
3) A principal meta é melhorar a disfunção hepática e evoluir para estado livre de doença
4) Supressão sustentada e durável do DNA do HBV sérico a níveis não detectáveis

20
Q

Medicamentos para infecção crônica por hepatite B

A

1) Alfainterferona 2b
2) Alfapeginterferona
3) Análogos de nucleosídeos (entecavir, lamivudina)
4) Análogos de nucleotídeos (tenofovir desoproxila ou tenofovir alafenamida e o adefovir
Obs 1: Entecavir: mais indicado para pessoas com cirrose, DM ou HAS
Obs 2: O tenofovir alafenamida é mais estável no plasma
Obs 3: Dose mais baixa, menos exposição e menor risco de toxicidade renal e óssea

21
Q

Tratamento na gestante e lactante (hepatite B)

A

1) Considerar terapia antiviral se HBsAg+, e DNA do HBV>200.000 UI/ml
2) Tenofovir desoproxila, entre a 28ª e a 32ª semana de gestação, e descontinuado do nascimento aos 3 meses
3) Lamivudina pode durante o 3º trimestre quando administrada com vacina neonatal e imunoglobulina humana
4) Amamentação NÃO é contra indicada, mas usar medicamento 4 horas antes

22
Q

Tratamento em bebês (hepatite B)

A

1) Para crianças nascidas de mães HBsAg positivo, 1 a 2 meses após concluir a vacinação, dosar HBsAg e anti-HBs
2) HBsAg negativo e anti-HBs>10UI/mL=imunidade adquirida
3) HBsAg negativo e anti-HBs negativo=revacinar
4) HBsAg positivo=falha vacinal, encaminhar ao infectologista/hepatologista
5) Elas devem receber hiper gama imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida

23
Q

Tratamento na criança infectada por hepatite B

A

1) Deverão ser monitoradas semestralmente (TGP, HBsAg e HBeAg)
2) Se definida necessidade de tratamento: HBeAg a partir de 2 anos de idade com níveis elevados de TGP (>1.3x por pelo menos 6 meses) e níveis mensuráveis de DNA do HBV
3) Entecavir para maiores de 2 anos
4) Interferon pegiladata se >3 anos
5) Tenofovir após 12 anos

24
Q

Fisiopatologia da hepatite C

A

1) Após a infecção aguda, até 45% dos pacientes saudáveis podem ter resposta imune mediada por células e anticorpos (55% dos infectados desenvolverão a forma crônica)

25
Q

Clínica da infecção aguda da hepatite C

A

1) A maioria das pessoas são assintomáticas
2) 30% têm fadiga, artralgia ou icterícia + aumento da TGP
3) Insuficiência hepática fulminante é extremamente rara
4) Maioria das pessoas desenvolverão infecção crônica

26
Q

Clínica da infecção crônica por hepatite C

A

1) As pessoas são assintomáticas em sua maioria
2) Cirrose descompensada (icterícia, ascite, sinais de encefalopatia hepática) ou carcinoma hepatocelular
3) Ocasionalmente, manifestações extra-hepáticas (por exemplo, vasculite, complicações renais, porfiria cutânea tardia)

27
Q

Como determinar fase da infecção crônica (hepatite C)?

A

Anti-HCV reagente por mais de 6 meses E confirmação diagnóstica com HCV-RNA detectável por mais de 6 meses

28
Q

Genotipagem para hepatite C

A

NÃO é necessária na avaliação inicial. Porém, alguns serviços e protocolos indicam sua necessidade, caso haja necessidade ou se o caso ainda gere dúvidas

29
Q

Tratamento para hepatite C

A

1) O tratamento deve ser inciado em todos as pessoas com infecção aguda por HCV com viremia, sem aguardar resolução espontânea
2) Os mesmos regimes usados para infecção crônica são recomendados para infecção aguda

30
Q

Tratamento da infecção crônica por hepatite C

A

Alfapeginterferona 2 a 180 mcg (principal tratamento)

31
Q

Tratamento na gestante e lactante (hepatite C)

A

1) Os medicamentos são teratogênicos ou não possuem dados que comprovem segurança na gestação
2) São contra indicados durante esse período
3) Caso não esteja em tratamento antiviral, o aleitamento materno pode ser realizado, desde que na ausência de lesões nos mamilos (hepatite C não é transmitida pela amamentação, mas não se pode amamentar enquanto estiver fazendo o tratamento)

32
Q

Tratamento da hepatite C na criança

A

1) A evolução é geralmente benigna e enzimas hepáticas normais ou pouco elevadas
2) A resolução espontânea pode ocorrer de 25% a 40% em lactentes, 6% a 12% em pré-escolares e rara em crianças em idade escolar
3) A maioria das crianças são totalmente assintomáticas
4) A cirrose na infância é rara, ocorrendo em 1% a 2% dos casos
5) Para menores de 12 anos, a decisão de iniciar a terapia deverá ser individualizada e referenciada