Dor Flashcards
Definição de dor
Dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável, ou semlhante àquela associada, a uma lesão potencial ou real
A dor sempre é subjetiva
Dor: quinto sinal vital
- Requer busca ativa
- Acrescentar rastreio de dor nas consultas
- Descrever intensidade baseada em escala
- Localização
- Fatores que melhoram e pioram
- REAVALIAR!
Tipos de dor
1) Física
2) Social
3) Psicológica
4) Espiritual
Não é raro uma pessoa sentir mais de uma dessas dores. Se todas estão associadas, a situação é de DOR TOTAL
Dor na pessoa idosa
1) Maior tolerância aos estímulos dolorosos de menor intensidade
2) Menor tolerância à dor que ultrapassa o limiar da dor
3) Quadros obstrutivos com distensão de vísceras podem ser mais tardiamente relatados
4) Maior incidência de isquemia silenciosa
Dor aguda
Período curto
Tendência à remissão
Dor crônica
1) Duração indeterminada
2) Inflamação persistente
3) Perda tecidual
Dor nociceptiva
Pode ser visceral ou somática
Dor nociplástica
1) Fibromialgia
2) Cefaleias
3) SII
Dor neuropática
Envolve alterações na estrutura dos nervos
Dor mista
Dor neuropática + dor nociceptiva
Avaliação da dor
1) Anamnese da dor
2) Histórico da dor
3) Efeitos da dor na funcionalidade
4) Exame físico
5) Esclarecer fisiopatologia e etiologia
6) Reavaliar sempre
EEMMA
Evolução
Explicação da causa
Manejo terapêutico
Monitorização do tratamento
Atenção a detalhes
Ferramentas unidimensionais na avaliação da dor
1) Escala visual analógica
2) Escala visual de intensidade da dor
3) Escala de dor de FACES
4) Escala de intensidade numérica da dor (0-10)
Ferramentas multidimensionais na avaliação da dor
1) Inventário breve da dor
2) Questionário de dor de McGill
Diagnóstico de dor neuropática - DN4
DN4: questionário de dor neuropática
Escore > ou = 4: dor neuropática
Escore <4: dor nociceptiva
Tratamento não farmacológico da dor
1) Auto gerenciamento da dor
2) Psicoterapia
3) Acupuntura
3) Musicoterapia
4) Arteterapia
5) Terapia Ocupacional
6) Yoga
7) Tai Chi
8) Exercícios físicos
9) Massagem
10) Meditação
11) Atividades sociais e de lazer
12) Reabilitação fisoterapêutica
13) Hidroterapia
14) Abordagens de neuromodulação
15) Biofeedback
Dor leve (escala analgésica da OMS)
1º degrau
- Analgésicos não-opioides
- Drogas adjuvantes
Dor moderada (escada analgésica da OMS)
2º degrau
- Opioides fracos: codeína, tramadol, propoxifeno
- Drogas adjuvantes
(iniciar o opioide fraco em doses menores; ex: codeína 7,5 mg)
Dor severa (escada analgésica da OMS)
3º degrau
- Opioides fortes: morfina, oxicodona, metadona, fentanil
- Drogas adjuvantes
4 º degrau (escada analgésica da OMS)
opioides por outras vias: EV, subcutânea, espinal, intratecal e técnicas analgésicas e neurocirúrgicas
5º degrau (escada analgésica da OMS)
Sedação analgésica
- Quetamina
- Clorpromazina
- Lidocaína
Críticas à escada analgésica da OMS
1) Não leva em consideração fenótipo da dor, apenas a intensidade. Se neuropática, adjuvantes podem ser a primeira escolha
2) Nem sempre deixar intervenções por último. Podem estar nos primeiros dregaus a depender do caso
3) É válido o uso de opioides fortes desde o 2º degrau
- Dor moderada: opioide forte em dose baixa
- Dor forte: opioide forte em dose forte
Analgésicos não opioides
1) Paracetamol
2) Dipirona
3) AINES (anti-inflamatórios não esteroidais)
Doses de paracetamol
500-1000 mg VO a cada 4-6h
Dose máxima: 100 mg/Kg/dia
(passar dessa dose pode MATAR a pessoa por hepatite fulminante)
Doses de dipirona
500-2000 mg VO 6/6h ou 1-2 g IV 6/6h
Doses de cetoprofeno
- 50-75 mg a cada 6-8h ou 100 mg IV/IM 12/12h
- Dose máxima: 300 mg/dia
Doses de ibuprofeno
- 200-400 mg VO a cada 6-8h
- Dose máxima: 2400mg/dia
Doses de cetorolaco
10 mg VO/sublingual 6/6h ou 15-30 mg IV ou IM
Doses de celecoxib
200 mg VO 12/12h
Dose máxima: 400 mg/dia VO
Dipirona
1) Efeitos anlagésico e antitérmico superiores ao anti-inflamatório
2) Reduz tolerância ao opioide sem aumentar os efeitos colaterais
3) Efeito colateral mais temido é a agranulocitose —> RARO
Paracetamol
1) Efeito analgésico, antipirético e anti-inflamatório
2) Disponível no Brasil em formulações para uso oral e retal
3) Principal efeito adverso: HEPATOTOXICIDADE —> doses >4g/dia
4) Disponível isolado ou em associação com opioides
AINES
1) Ação analgésica por inibição da COX 1 e COX 2 (não-seletivos) ou apenas da COX 2 (seletivos) —>inibe a síntese de prostaglandinas
2) Excelente eficácia terapêutica —>dor oncológica incidental, dores osteomusculares, pós operatória, febre tumoral (naproxeno, ibuprofeno)
Efeitos colaterais de AINES
1) Não seletivos: hemorragia gastrointestinal, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, doença renal crônica
2) Seletivos (COX 2): aumento do risco de AVC e hemorragia gastrointestinal