Ombro E Clavícula Flashcards
Fractura por queda de bicicleta do 1/3 médio da clavícula:
Explicar desvio dos fragmentos
Há deslocamento dos topos de fratura. O fragmento interno vai ser puxado para cima e para trás pelo esternocleudomastoideu
e o externo vai ser puxado para baixo e para a frente pelo deltoide e pelo grande peitoral.
Fractura por queda de bicicleta do 1/3 médio da clavícula: Tratamento
Conservador - uso do cruzado posterior durante 3 semanas.
Complicação do cruzado posterior: parestesias que aliviam com a elevação dos braços.
Fractura por queda de bicicleta, do 1/3 médio da clavícula: quando é que há indicações para tratamento cirúrgico?
Fraturas expostas
Lesão vasculonervosa
Fraturas do 1/3 distal com rotura dos ligamentos
Fraturas com grande encurtamento ou afastamento
Fractura por queda de bicicleta, do 1/3 médio da clavícula: conplicações
Lesões neurovasculares
pseudoartroses
Fractura por queda de bicicleta, do 1/3 médio da clavícula: Outras lesões que podiam estar presentes, tendo em conta o mecanismo da lesão
Mecanismo indireto→ queda sobre a mão em extensão ou sobre o ombro, portanto podíamos ter tb:
→ Fratura do escafóide
→ Luxação do cotovelo
→ Luxação do ombro
Luxação acrómio-clavicular: conceito
Resulta de queda ou traumatismo direto sobre o ombro em que o acrómio é empurrado para baixo. Freq. no rugby e no futebol (e acidentes de mota.)
Luxação acrómio-clavicular: Classificação
Grau I→ entorse: há distensão da cápsula acromioclavicular, mas os ligamentos mantém-se íntegros.
Grau II→ subluxação: há rutura incompleta da cápsula acromioclavicular com a deslocação ligeira da clavícula para cima, mas os ligamentos mantém-se íntegros.
Grau III→ luxação: há rutura completa dos ligamentos acrómio e coracoclaviculares com grande deslocamento da clavícula para cima. Sinal da Tecla→carregamos na clavícula com o dedo→clavícula vai para baixo, deixamos de carregar e vem para cima.
Luxação acromio-clavícular : como é o RX
Rx é normal no grau I.
No grau II temos ligeira elevação da clavícula
no grau III temos grande elevação da clavícula e aumento do espaço acrómio e coracoclaviculares.
Luxação acromio-clavícular : abordagens de tratamento
I e II: imobilização c/ suspensão braquial (cabresto) 2-3 semanas
III: cirúrgico
que exame fazia se estivesse na dúvida entre um grau 2 ou um grau 3 numa luxação acromio-clavicular:
Rx em stress/ carga (peso de 5kg em ambos os braços). No grau 3 há subida aparente da clavícula.
Que DD colocar em pessoa que cai de mota/ bicicleta e tem dor no ombro?
fratura da clavícula
luxação acrómio-clavicular
Luxação do ombro por Traumatismo indireto - quais são os Fatores anatómicos que favorecem:
→ cavidade glenoide é 3-4x mais pequena que a cabeça do úmero
→ cápsula é pouco resistente
Luxação do ombro: que tipos existem e qual o mais frequente
Luxações anteriores: mais comum a subglenoideia (é a + freq)
luxações posteriores
luxações inferiores (eretas)- em pessoas que ficam suspensas pelo membro.
Qual é o tipo de luxação do ombro se a pessoa cai do andaime?
Luxação inferior (ereta) , pq a pessoa fica suspensa.
Como despistar uma luxação posterior do ombro:
Tentar rotação externa: se for uma luxação posterior não consegue, pq a cabeça do úmero bate na glenoide.
Como se apresenta no SU uma pessoa com luxação no ombro?
Na luxação anterior→ no SU→braço em ligeira abdução, cotovelo fletido e o antebraço em pronação apoiado no outro braço. Acrómio saliente e achatamento da face externa do ombro.
Na luxação do ombro, o que é que é muito importante ter em atenção e como se testa?
/ Quais são outras lesões que podem ocorrer em simultâneo?
Vasculares/nervosas - pode haver lesões:
N. circunflexo (testar antes e depois da redução, pela sensibilidade no V deltoideu, com agulhas)
artéria axilar
plexo braquial
Luxação do ombro: ECD?
Rx.
Nas luxações posteriores é + difícil ver no Rx, pq não há rotação externa do braço pq a cabeça do úmero bate na glenoide.
Quais são as manobras de redução que existem para a luxação do ombro/como tratar?
Redução da luxação é sob anestesia.
Manobras para redução:
→ hipócrates
→ Kocher (a melhor): tração + rotação externa+ adução + rotação interna.
→ Em idosos/pouca massa muscular – stimson: braço pendente c/ uso de pesos
→ Tração/contratração (requer 2 pessoas que fazem força em simultâneo, em sentidos opostos)
Após isso, imobilização por 3 semanas e fazer fisioterapia para tonificação muscular.
Que cuidados a ter depois de tratar luxação do ombro?
Repetir raio-x e voltar a testar sensiblidade, pq a manobra pode causar lesão do nervo circunflexo.
Imobilização de 3 semanas e fazer fisioterapia para tonificação muscular.
Que complicações podem existir após uma luxação do ombro?
síndrome de instabilidade
Síndrome do ombro congelado, se estiver imobilizado demasiado tempo.
Fractura da extremidade proximal do úmero: clínica
Tumefação e equimose
impotência funcional
dor espontânea, na mobilização e palpação
Fractura da extremidade proximal do úmero: tratamento
Cirúrgico (artroplastia) se: 2 ou + fragmentos ; fraturas c/ afastamento > 1cm e /ou ângulo >45 graus
Conservador (fraturas s/ afastamento ou afastamento mínimo) e em que não se verifica o que está encima. → imobilização braquial em velpeau 2-3 semanas.
em doentes idosos com osteoporose, qual é a principal complicação de uma fractura da extremidade proximal do úmero?
É a necrose avascular e é tanto mais frequente quanto maior nº de fragmentos. Isto pq a fratura pode lesar os vasos que nutrem a cabeça umeral.
Caso clínico: Homem 80A teve queda da própria altura. Traumatismo indireto do ombro. O que suspeitar?
Fratura próximal do úmero.
Doente com antecedente de luxação do ombro… agora tem luxado de forma recidivante.
O que pensa que é?
Instabilidade do ombro.
Como define Instabilidade do ombro?
Quais é que conhece e qual a mais frequente?
Surge após traumatismo, mas pode haver causas não traumáticas (laxidez constitucional) e é uma forma recidivante de luxação. Define-se um estado patológico no qual a excessiva translação leva a dor ou luxação.
Unidirecional (anterior) (+ freq) e multidirecional (posterior).
Na instabilidade unidirecional do ombro, qual a mais frequente?
A instabilidade anterior.
E existem outras para além dessa? Sim, a posterior.
Como é o exame objetivo de uma instabilidade do ombro?
Executar as seguintes manobras:
Load and Shift → promove centragem e báscula da cabeça do umero
Sinal da apreensão → O paciente demonstra apreensão em abdução e rotação externa
Teste de Rowe → é uma tentativa de luxar a cabeça umeral. Uma expressão de desconforto indica positividade do teste.
Quais são as lesões típicas na RM na instabilidade do ombro?
Lesão de Bankart: destacamento da parte anterior do labrum e sua inserção glenoumeral
Lesão de Hill Sach: lesão por compressão na parte superior do úmero, que resulta em afundamento desta porção
Instabilidade do ombro: tratamento?
unidireccional (anterior) – pode passar por fixação com parafuso, por via aberta ou artroscópica ou conservador
multidireccional (posterior): reforço capsular, com sutura em paletó
Qual o sinal mais fidedigno de uma instabilidade do ombro multidirecional?
Sinal do sulco inferior!! Cotovelo fletido a 90º, ombro em rotação neutra. Pressiona-se inferiormente o antebraço.
Caso clinico: Mulher de 44 anos com OMALGIA, limitação da mobilidade e dores noturnas. Dx:
Síndrome do ombro doloroso.
Síndrome do ombro doloroso - O que dá, em que idade e que tratamento?
/CAUSAS DE DOR INFLAMATÓRIA + TRATAMENTO
→ até 35 anos: bursite subacromial; → AINES, gelo e repouso
→ até aos 45 anos: tendinite do supra-espinhoso→1ª crise – AINES + gelo + repouso; se necessário – infiltração com corticoides
→ depois dos 45 anos: rotura da coifa dos rotadores→ simples – sutura; complicadas: transferências musculares ou prótese se necessário – por exposição da cabeça umeral
→ depois dos 55 anos: tendinose (trat = tendinite e no final, cirurgia)
Caso clinico: Doente de 48 anos com dores no ombro e - Diagnóstico mais provável com base na idade:
Sindrome do ombro doloroso, por rotura da coifa dos rotadores (> 45 anos)
Meio diagnóstico de eleição para estudo da Rotura da coifa dos rotadores é a RM. Pq?
→ dá para ver a extensão da rotura; se completa ou não; se longitudinal mais condições de reparação (até 2 cm pode passar sem reparação, mas >2 cm necessita) – ou se é transversal;
→ dá para ver o grau de degenerescência gorda do músculo supraespinhoso associada a impossibilidade de sutura – rotura massiça da coifa dos rotadores.
→ dá para ver a calcificação, tamanho e volume.
Clínica da rotura da coifa dos rotadores?
dor noturna que acorda o doente ou o impede de dormir
Dor que agrava com o movimento, nomeadamente a abdução do ombro.
ECDs para Rotura da coifa dos rotadores?
Rx, ecografia, mas
RMN é melhor na suspeita de rotura da coifa dos rotadores
Caso clinico: Que perguntas fazer a um doente que se queixa de dor noturna, com poucos dias de evolução, que surgiu depois de andar a arrumar coisas na garagem?
É importante saber os movimentos que distinguem articular de periarticular: nomeadamente:
na mulher - facilidade em apertar o sutiã e pentear
no homem - pentear e barbear
Perguntar por episódios anteriores (+ para tendinose).
Numa rotura parcial do tendão da coifa dos rotadores, qual é que é pior, transversal ou longitudinal?
Transversal, porque rasga mais rápido
A longitudinal é facilmente corrigida com uma sutura
Complicações da tendinite calcificada do supraespinhoso:
rotura do músculo supraespinhoso
degenerescência gorda
Doente cheio de dores, não consegue dormir o que fazer?/ tx no SU?
infiltração de Corticoides