Obstetrícia - Pré-natal Flashcards

1
Q

Sinais de possibilidade/presunção de gravidez

A
  • náuseas, polaciúria, mastalgia, atraso menstrual
  • Tubérculo de Montgomery
  • Sinal de Hunter
  • Rede venosa de Haller
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2
Q

Sinais de probabilidade de gravidez

A
  • sinal de Nobile-Budin
  • sinal de Piskacek
  • sinal de Hegar
  • sinal de Kluge
  • sinal de Jacquemier
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3
Q

Sinais de certeza de gravidez

A
  • sinal de Puzos (com 14 semanas)
  • sentir movimento/partes fetais (com 18-20 semanas, pelo médico)
  • ausculta de BCF
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4
Q

Qual relação entre ausculta do BCF, altura uterina e idade gestacional?

A

Sonar: a partir de 10-12 semanas (AU na sínfise púbica)
Pinard: a partir de 18-20 semanas (AU na cicatriz umbilical)

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5
Q

Valor do B-HCG que confirma gestação

A

> 1000

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6
Q

Como ocorre o aumento do B-HCG?

A

Dobra a cada 48h

- se isso não ocorrer: pensar em aborto ou ectópica

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7
Q

Quando começa a secreção de B-HCH? Quando ocorre o pico?

A

Inicia 6 a 12 dias após a fecundação

Pico ocorre entre 8 e 12 semanas

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8
Q

Qual período é mais confiável para datar IG pela USG?

Qual parâmetro avaliado?

A

USG TV entre 6 e 12 semanas

Comprimento cabeça - nádega (CCN)

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9
Q

O que encontramos na USG TV com 4, 5, 6 e 7 semanas de IG?

A
  • 4 semanas: saco gestacional
  • 5 semanas: vesícula vitelínica
  • 6 semanas: embrião
  • 8 semanas: BCF
  • se esses marcos não estiverem presentes, repetir USG em 2 semanas
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10
Q

Quais alterações urinárias ocorrem na gravidez?

A
  • aumenta TFG em 50% (diminui ureia e creatinina séricas)
  • glicosúria fisiológica
  • tolera proteinúria até 300mg
  • compressão de ureter direito
  • mais ITU (por estase urinária, compressão ureteral, imunidade diminuída)
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11
Q

Qual alteração na resposta imunológica ocorre na gravidez?

A

Aumenta resposta Th2

Diminuir resposta Th1

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12
Q

O que ocorre com a capacidade residual funcional na gravidez?

A

Diminui

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13
Q

Alterações respiratórias na gravidez

A
  • hiperventilação: alcalose respiratória compensada
  • aumenta volume-minuto
  • aumenta circunferência torácica e EIC
  • diminui capacidade residual funcional
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14
Q

Por que ocorre anemia na gravidez?

A

Ocorre Anemia dilucional

  • aumenta 50% de volume plasmático
  • só aumenta 20% de hemácias
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15
Q

Alterações hematológicas na gravidez

A
  • anemia dilucional fisiológica
  • leucocitose sem desvio
  • aumento de plaqueta e fibrina
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16
Q

Alterações endócrinas na gravidez

A
  • hipoglicemia de jejum
  • hiperglicemia pós-prandial (resistência insulínica)
  • aumenta colesterol, triglicérides e corpos cetônicos
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17
Q

Como a PA altera na gestação?

A

Ocorre redução da RVP e aumento do DC

- no 2º trimestre, a RVP diminui muito e o DC não consegue aumentar mais: menor PA

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18
Q

Alterações cardíacas da gestação

A
  • sopro sistólico fisiológico

- desdobramento da 1ª bulha

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19
Q

Alterações gastrintestinais na gravidez

A
  • refluxo (relaxa EEI)
  • lentifica esvaziamento gástrico (risco de broncoaspiração)
  • aumenta risco de cálculo biliar
  • constipação (peristalse lenta)
  • reduz secreção ácida
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20
Q

Qual a urgência cirúrgica mais comum na gestante?

A

Apendicectomia

- cirurgia ideal no 2º trimestre; pode fazer por vídeo

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21
Q

Quais as causas de edema na gestação?

A
  • redução do retorno venoso (por compressão da veia cava)
  • redução da pressão oncótica
  • hiperaldo secundário
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22
Q

Quantas consultas deve ter um pré-natal?

A

Segundo MS

  • 1 no 1º trimestre
  • 2 no 2º trimestre
  • 3 no 3º trimestre

Ideal

  • mensal até 28 semanas
  • quinzenal de 28 a 36 semanas
  • semanal a partir de 36 semanas
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23
Q

Como deve ser feita a suplementação na gravidez?

A

FERRO

  • desde a 20° semana até 3 meses pós-parto (se não amamentar)/até enquanto amamentar
  • 40 a 60 mg de ferro elementar

ÁCIDO FÓLICO

  • desde 3 meses antes de engravidar até 3º trimestre
  • 0,4 mg
24
Q

Quando fazer ferro terapêutico na gestação?

A

Quando Hb entre 8 e 11

- 120 a 240 mg de ferro elementar

25
Q

Quando fazer doses maiores de ácido fólico na gestação?

A

Se mãe tiver fator de risco (4 - 5mg)

  • filho anterior com defeito do tubo neural
  • epilepsia
  • obeso

Se mãe tiver anemia megaloblástica: manter ácido fólico até final da gestação

26
Q

Quais exames devem ser feitos na gestante (MS)

A
Tipagem sanguínea e Rh (coombs indireto se Rh -)
EAS e urocultura
Sexuais (HbsAg, VDRL, HIV)
Toxoplasmose 
Anemia (eletroforese Hb) e Açúcar
REPETIR
- EAS e urocultura
- Sexuais
- Anemia e Açúcar
27
Q

Conduta em rastreio de Toxoplasmose IgG- e IgM-?

A

Repetir exames a cada 3 meses e orientar (paciente sem imunidade)

28
Q

Conduta em rastreio de Toxoplasmose IgG+ e IgM-?

A

Livre de doença e imune

29
Q

Conduta em rastreio de Toxoplasmose IgG- e IgM+?

A

Infecção aguda ou falso-positivo

  • conduta ideal: tratar
  • alternativa (em IgM pouco reator): repetir sorologia em 2 semanas ou solicitar IgA
  • se IgA positivo: tratar
  • se IgG virar +: tratar
30
Q

Conduta em rastreio de Toxoplasmose IgG+ e IgM+?

A

Infecção aguda ou crônica

  • se IG < 16 semanas: teste de avidez
  • IG > 16 semanas: tratar toxoplasmose materna
31
Q

Como interpretar o teste de avidez da toxoplasmose?

A

Avidez alta (>60%): infecção prévia à gestação

Avidez baixa (<30%): infecção aguda-tratar

32
Q

Tratamento de infecção aguda por toxoplasmose na gestação

A

Se IG < 30 semanas
- Espiramicina (1g, 8/8h) + amniocentese

Se IG > 30 semanas ou infecção fetal
- Pirimetamina + Sulfadiazina + ácido folínico —> alternado a cada 3 semanas —> Espiramicina

33
Q

Qual medicamento usado no tratamento da toxoplasmose não pode ser usado no final da gravidez?

A

Sulfadiazina

  • risco de Kernicterus
  • fica usando apenas Espiramicina
34
Q

Quando fazer rastreio de GBS?

Existe alguma exceção?

A

Em TODAS as gestantes, com swab vaginal e anal entre 35 e 37 semanas

  • exceto se
  • colonização por GBS na gestação
  • filho anterior infectado por GBS
35
Q

Quando fazer a profilaxia contra GBS?

A
  • colonização por GBS na gestação
  • filho anterior infectado por GBS
  • pesquisa de swab positiva
  • sem pesquisa de swab mas com fator de risco
  • trabalho de parto com < 37 semanas
  • RPMO por > 18h
  • febre (> 38°) intra-parto
36
Q

Como é feita a profilaxia para GBS intra-parto?

A

Penicilina cristalina 5.000.000UI (ataque) -> 2.500.000UI (manutenção)
- alternativa: ampicilina 2g (ataque) -> 1g (manutenção)

  • de 4/4h até clampear cordão
37
Q

Quando não precisa fazer a profilaxia para GBS intra-parto?

A
  • cesariana eletiva (sem TP, com bolsa íntegra) mesmo se swab*
  • swab negativo há menos de 5 semanas do parto
  • sem rastreio e sem fator de risco
38
Q

Vacinas permitidas na gestação

A
  • dT e dTpa (fazer em TODA gestação a partir de 20 semanas até 45 dias do puerpério)
  • hepatite B (recebe de Anti-HbS negativo)
  • influenza
  • meningococo e raiva (avaliar risco)
  • hepatite A
39
Q

Quais vacinas não podem ser usadas na gestação?

A

Vacina de vírus vivo ou atenuado

* se receber, esperar 30 dias para engravidar

40
Q

Quais são os testes bioquímicos de rastreio para anomalias congênitas?

A
  • teste duplo (11 - 13 semanas e 6 dias): PAPP-A e hCG
  • testes triplo e quádruplo (15 - 18 semanas): AFP + estriol + hCG (+ inibina no quádruplo)
  • NIPT (a partir de 10 semanas): avalia fragmento de DNA fetal no sangue da mãe
41
Q

Quais são os testes biofísicos de rastreio para anomalias congênitas?

A
  • translucência nucal
  • ducto venoso
  • osso nasal
  • todos são realizados entre 11 e 13 semanas e 6 dias (USG morfologia de 1° trimestre)
42
Q

O indica alteração na avaliação da translucência nucal?

A

Faixa de líquido atrás do pescoço >= 2,5mm

43
Q

O indica alteração na avaliação do ducto venoso?

A

Onda A negativa (significa que a pressão no AD está alta)

44
Q

O indica alteração na avaliação do osso nasal?

A

Ausência do osso nasal ou formação tardia

45
Q

Como é o teste bioquímico duplo que faz suspeitar de S. Down?

A

PAPP-A baixo

hCG alto

46
Q

Quando realizar exames diagnósticos para anomalias congênitas?

A
  • rastreio positivo (bioquímico ou biofísico)
  • idade materna > 35 anos
  • filho anterior ou pais com anomalia
  • consanguinidade
  • perda fetal de repetição
47
Q

Quais são os exames diagnósticos para anomalias congênitas?

A

Biópsia de vilo corial
Amniocentese
Cordocentese

48
Q

Biópsia de vilo corial

  • quando realizar
  • riscos
  • utiliza qual material
A
  • 10 a 13 semanas
  • risco intermediário de perda fetal; risco de mosaicismo
  • utiliza material da placenta (via abdominal ou cervical)
49
Q

Amniocentese

  • quando realizar
  • riscos
  • utiliza qual material
A
  • a partir de 14/16 semanas
  • menor risco de perda fetal (é o mais fácil e seguro); risco de redução de membros se feito antes do período
  • utiliza líquido amniótico (colhe por USG)
50
Q

Cordocentese

  • quando realizar
  • riscos
  • utiliza qual material
A
  • a partir de 18 semanas
  • maior risco de perda fetal
  • utiliza sangue da veia umbilical (guiado por USG)
51
Q

Cálculo da DPP pela DUM (Regra de Naelege)

A

Dia + 7

Mês + 9 (ou -3)

52
Q

O que marca o início da gravidez?

A

Nidação

53
Q

Qual ATB não pode ser usado na gestação?

A

Quinolonas

54
Q

Quais situações devem ser tratadas como gravidez de risco?

A
  • gemelar
  • endocrinopatia
  • uso de drogas
  • alteração genética
  • gravidez na adolescência é baixo risco
55
Q

Ganho de peso na gestação

A

Baixo peso: 12.5 a 18kg
Peso adequado: 11.5 a 16kg
Sobrepeso: 7 a 11.5kg
Obesidade: 5 a 9kg