Neurologia Flashcards

1
Q

Paciente com AVCI frontal direito há dois anos. O que esperar de:

Força
Tônus
Lateralidade
Reflexos profundos
Sensibilidade

A

a. Força : hemiparesia contralateral (córtex motor primário do giro pré-central do lobo frontal, contralateral pela decussação das pirâmides)
b. Tônus: aumentado (sinal do canivete).
c. Lateralidade: contralateral (decussação das pirâmides)?
d. Reflexos profundos: aumentados pela lesão do 1º neurônio motor (síndrome piramidal de liberação).
e. Sensibilidade: não alterada.

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2
Q

Paciente com lesão de III nervo à esquerda. Como estará o exame dos movimentos oculares em repouso e em atividade.

A
  • Em repouso: ptose e midríase no olho esquerdo, pode ter desvio do olhar lateralmente.
  • Em atividade: não consegue movimentar o globo ocular esquerdo para cima, para baixo e medialmente.
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3
Q

Paciente com processo expansivo em hemisfério cerebelar direito. Quais os achados no exame neurológico?

A

Síndrome cerebelar, com alterações na marcha (marcha atáxica tendendo a cair para o lado direito), fala (fala escandida), nistagma com a fase rápida apontando para o lado da lesão (ou seja, lado direito), dismetria no teste índex-nariz e índez-índex, falha no teste de Stewart and Holmes (rebote), disdiadococinesia no teste de diadococinesia.

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4
Q

Paciente com trauma medular com lesão completa em T10. Quais os achados no exame neurológico com relação a:

Força
Tônus
Lateralidade
Reflexos profundos
Sensibilidade

A

a. Força: paraplegia que começa na região da cicatriz umbilical até os pés.
b. Tônus: diminuido.
c. Lateralidade: bilateral.
d. Reflexos profundos: hiporreflexia abaixo da lesão.
e. Sensibilidade: parestesia.

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5
Q

Quais os achados no exame neurológico de um paciente com Síndrome de Guillain Barre em relação a :

Força
Tônus
Lateralidade
Reflexos profundos
Sensiblidade

A

a. Força: reduzida, progredindo de membros inferiores para membros superiores.
b. Tônus: hipotonia, progredindo de membros inferiores para membros superiores.
c. Lateralidade : bilateral/simétrica.
d. Reflexos profundos: reduzido, progredindo de membros inferiores para membros
superiores.
e. Sensibilidade: parestesia ou hipostesia, progredindo de membros inferiores para membros superiores.

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6
Q

O que é síndrome de Guillain Barre?

A

Polineuropatia inflamatória aguda, geralmente rapidamente progressiva, mas autolimitada, caracterizada por fraqueza muscular e perda sensorial distal leve. Acredita-se que a causa seja autoimune.

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7
Q

Características do tremor de pacientes com Síndrome de Parkinson

A

Tremor de repouso, inicialmente unilateral e posteriormente bilateral.

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8
Q

Quais as marchas patológicas mais comuns e suas doenças associadas?

A

Parética: diminuição da força.

Ceifante: lesão piramidal.

Escarvante (pé caído): lesão do nervo fibular.

Talonante: alteração na via proprioceptiva consciente (síndrome de tabes dorsalis).

Festinante: Síndrome de Parkinson.

Atáxica: cerebelo ou suas vias.

Apráxica: lesão de córtex cerebral.

Antálgica: dores.

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9
Q

Qual a diferença da paralisia facial central da periférica?

A

Na paralisia central, ou seja, com o acomentimento de parte do córtex cerebral ou das vias que descem até o núcleo do nervo facial, como por meio de um AVC, o acometimento é de apenas o andar inferior, e indica lesão contralateral, pois o córtex inerva a parte inferior contralateralmente, e a parte superior é inervada pelos dois hemisférios cerebrais.

Na paralisia periférica, ou seja, por lesão de nervo facial após sair do tronco encefálico, o acomentimento é dos 2 andares, ipsilateral ao nervo afetado, já que este inerva o lado do rosto correspondente ao seu lado.

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10
Q

O que esperar do exame neurológico em um paciente com comprometimento do funículo posterior da medula?

A

Sinal de Romberg positivo, indicando perda da propriocepção, perda da sensação vibratória avaliada com diapasão abaixo do nível da lesão, estereognosia e grafestesia abaixo do nível da lesão.

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11
Q

Quais os níveis de graduação de força motora?

A
  • 0 – Plégica
  • Grau I – esboço de movimentos
  • Grau II – movimentos sem gravidade
  • Grau III – vence a gravidade
  • Grau IV – permite locomoção independente
  • Grau V - normal
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12
Q

Quais as graduações de reflexos profundos?

A

0: ausente.

1+: hipoativo, presente mas diminuído.

2+: normal.

3+: hiperativo: aumentado.

4+: muito hiperativo/clônus: extremamente exagerado.

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13
Q

Paciente com lesão na região de Broca. Qual o achado neurológico mais característico?

A

Uma lesão nessa área pode resultar em afasia de Broca, uma condição em que a pessoa tem dificuldade em falar e formar frases completas, mas geralmente consegue compreender a linguagem falada e escrita. Isso ocorre pois a região de Broca é responsável pela produção da fala (movimentos musculares) e formação de linguagem (estruturação do discurso). O discurso pode ser lento e articulado com esforço, muitas vezes com omissão de palavras pequenas (como preposições e conjunções).

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14
Q

Citar os reflexos superficiais mais comumente examinados

A

Reflexo Cutâneo Abdominal:

  • Estimulação da pele do abdômen provoca contração dos músculos abdominais.

Reflexo Cremastérico:

  • Estimulação da parte interna da coxa provoca a elevação do testículo no mesmo lado.

Reflexo Plantar:

  • Estimulação da planta do pé provoca flexão dos dedos dos pés. Resposta anormal (extensão dos dedos) é chamada de sinal de Babinski.

Reflexo Nasopalpebral:

  • Estimulação da pele ao redor dos olhos provoca o fechamento das pálpebras.
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15
Q

Quais as alterações no exame neurológico no paciente com lesão de VI nervo à esquerda?

A

VI: abducente.

Paciente não consegue abduzir o globo ocular esquerdo.

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16
Q

Como examinamos o VII par craniano?

A

Pedindo para o paciente sorrir e levantar os supercílios, de forma a analizarmos a simetria das pregas formadas com a expressão.

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17
Q

Quais as alterações encontradas no exame neurológico de um paciente com lesão de V nervo à direita?

A

Perda de sensibilidade a direita, redução da força da mastigação à direita (pode ter desvio da mandíbula para esquerda pela hipotonia dos músculos da mastigação à direita), e ausência do reflexo corneano a direita.

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18
Q

Paciente com midríase à direita. Quais as principais estruturas neurológicas podem estar envolvidas?

A

Nervo oculomotor, vias parassimpáticas?

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19
Q

Quais os achados neurológicos de um paciente com polineuropatia diabética em relação a:

Força
Tônus
Lateralidade
Reflexos profundos
Sensibilidade

A

a. Força: levemente diminuído, principalmente em fases mais avançadas da doença.
b. Tônus: levemente diminuído, principalmente em fases mais avançadas da doença.
c. Lateralidade: bilateral (doença sistêmica).
d. Reflexos profundos: diminuídos ou ausentes, pois afeta os nervos sensitivos, que fazem parte do arco reflexo.
e. Sensibilidade: síndrome sensitiva em bota e luva, por acometer nervos periféricos.

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20
Q

Topografar a região provável acometida de um paciente com paresia de III nervo à direita e hemiparesia à esquerda.

A

Tal caso trata-se de uma síndrome alterna, em que há alteração no nervo craniano ipsilateral a lesão e alteração motora contralateral a lesão. Como o III nervo sai do tronco cerebral, provavelmente a região acometida é no tronco cerebral, à direita, afentando também as vias motoras que passam neste local após a decussação das pirâmides.

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21
Q

Quais são os testes para avaliar paciente com suspeita de meningite?

A

Sinais de compressão radicular e/ou irritação meníngea

*Sinal de Lasègue: paciente deitado de costas, o examinador eleva lentamente a perna estendida do paciente. O sinal é positivo se houver dor ao longo do trajeto do nervo ciático ao atingir cerca de 30 a 70 graus de elevação.

*Sinal de Kernig: paciente deitado de costas, o examinador flexiona a coxa sobre o quadril e tenta estender a perna sobre o joelho. O sinal é positivo se houver resistência à extensão da perna e dor na coluna lombar ou coxa.

*Sinal de Brudzinsky: paciente deitado de costas, o examinador eleva a cabeça do paciente, flexionando o pescoço. O sinal é positivo se houver flexão involuntária das pernas e joelhos em resposta à flexão do pescoço.

*Rigidez de nuca –“meningismo”: examinador tenta passivamente flexionar o pescoço do paciente deitado. A rigidez de nuca é indicada por resistência à flexão e é um sinal de irritação meníngea.

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22
Q

Qual a definição de demência?

A

Perda de autonomia.

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23
Q

Qual a diferença entre demência e comprometimento cognitivo leve?

A

O comprometimento cognitivo leve é caracterizado por queixas de memória sem afetar as atividades de vida diária e ausência de outros déficits cognitivos.
Já na demência, a perda cognitiva é suficientemente importante a ponte de provocar uma perda de autonomia do indivíduo.

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24
Q

Cite quatro tipos de demência.

A

Doença de alzheimer
Doença de Corpúsculo de Lewy
Demência Vascular
Demência Fronto-Temporal

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25
Q

Quais os sinais/sintomas da Doença de Parkinson.

A

Tremor de repouso
Bradicinesia
Rigidez em roda denteada
Instabilidade postural
Marcha Parkinsoniana
Micrografia

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26
Q

Qual demência está relacionada com Parkinsonismo, distúrbio comportamental do sono REM e alucinação?

A

Doença dos corpúsculos de Lewy.

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27
Q

Qual a região do encéfalo e qual o principal neurotransmissor estão envolvidos na Doença de Parkinson?

A

Substância nigra do mesencéfalo; dopamina.

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28
Q

Quais os fatores de risco estão mais implicados no desenvolvimento da Doença de Alzheimer?

A

Idade, baixo nível educacional, trauma prévio de cabeça, síndrome de Down, hipertensão, genótipo ApoE4.

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29
Q

O que devemos levar em consideração na aplicação do Mini Exame do Estado Mental?

A

Nível educacional/escolaridade formal.

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30
Q

Cite os diagnósticos diferenciais de quadros de demência?

A

Depressão, hipotireoidismo, deficiência de B12, neurosífilis, hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural, iatrogenia (medicamentos).

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31
Q

Quais as principais bactérias causadoras de meningite no adulto?

A

Pneumococo e meningococo

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32
Q

Qual o agente infeccioso que mais comumente é encontrado em encefalite aguda em adultos?

A

Herpes simplex

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33
Q

Qual o agente infeccioso é prevalente em meningites no recém-nascido e no idoso?

A

Haemophilos influenzae, bacilos gram negativos e estreptococos.

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34
Q

Quando pedir um exame de imagem antes de uma punção de líquido cefalorraquidiano?

A

Lesão com efeito de massa, imunossupressão, doença prévia do SNC, convulsão, papiledema, alteração do nível de consciência, déficit neurológico focal.

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35
Q

Quais os sinais e sintomas de um paciente com meningite?

A

Cefaléia, rigidez de nuca, alteração de consciência, febre.

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36
Q

Qual agente infeccioso provável de um paciente com meningite e líquido cefalorraquidiano abaixo:

Pressão de abertura – 31 cmH2O
a. Células – 700/mm3
b. Diferencial – predomínio polimorfonuclear
c. Proteína – 110 mg/dl
d. Glicose – reduzida
e. GRAM – diplococo Gram positivos

A

Pneumococo (Streptococo pneumoneae).

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37
Q

Qual agente infeccioso provável de um paciente com meningite e líquido cefalorraquidiano abaixo:

Pressão de abertura – 15 cmH2O
a. Células - 220/mm3
b. Diferencial – predomínio linfomonocitário
c. Proteína – 40 mg/dl
d. Glicose – 2/3 da glicemia
e. GRAM – sem presença de microrganismos

A

Meningite viral

38
Q

Qual agente infeccioso provável de um paciente com meningite e líquido cefalorraquidiano abaixo:

Pressão de abertura – 46 cmH2O
a. Células - 312/mm3
b. Diferencial – predomínio linfomonocitário
c. Proteína – 220 mg/dl
d. Glicose – zero
e. GRAM – sem presença de microrganismos
f. ADA – aumentado

A

Micobacterium tuberculosis

39
Q

Quais as infecções mais comuns no Sistema Nervoso Central em pacientes com AIDS?

A

Neurotuberculose, toxoplasmose, neurocriptococose.

40
Q

Qual a profilaxia após contato com pacientes com meningite meningocócica?

A

Rifampicina (ou ceftriaxona ou ciprofloxacino).

41
Q

Como deve ser o isolamento de pacientes com meningite meningocócica?

A

Isolamento respiratório e precaução por gotículas por 24h (máscara cirúrgica).

42
Q

Citar quatro níveis de consciência

A

Vigil, sonolência, torpor, coma.

43
Q

Quais as possíveis estruturas neurológicas envolvidas em pacientes no coma?

A

sistema de ativação reticular ascendente ou córtex.

44
Q

Paciente com escala de Glasgow de 7. Qual medida é fundamental na segurança do paciente na chegada à sala de emergência?

A

Intubação

45
Q

Descreva como é estruturada a escala de coma de Glasgow?

A

A resposta de abertura ocular é pontuada de 1 a 4, sendo:
1- sem abertura ocular
2- em resposta a dor
3- em resposta ao chamado
4- espontânea
A resposta verbal é pontuada de 1 a 5, sendo:
1- sem resposta
2- sons incompreensíveis
3- palavras inapropriadas
4- confuso
5- orientado
A resposta motora é pontuada de 1 a 6, sendo:
1- sem resposta motora
2- extensão anormal
3- flexão anormal
4- flete em resposta a dor
5- localiza a dor
6- obedece comandos

46
Q

Cite 6 causas de coma com localização no exame neurológico.

A

Diagnósticos diferencias para déficit focal:
AVCi de hemisfério
AVCi de tronco cerebral
Abscesso cerebral
Hematomas subdurais e extradurais
Tumor
AVCh de ponte e cerebelo;

47
Q

Cite 6 causas de coma sem localização no exame neurológico.

A

Diagnósticos diferenciais para ausência de déficits focais:
intoxicação exógena;
distúrbios metabólicos;
infecções sistêmicas;
Colapso circulatório (choque);
Status epilepticus;
Concussão

48
Q

Cite 2 diagnósticos diferenciais de coma

A

Estado vegetativo persistente e estado mínimo de consciência

49
Q

Quais os exames complementares na avaliação de morte encefálica.

A

EEG, teste de apneia e angiografia cerebral.

50
Q

Quais os testes clínicos na avaliação de morte encefálica.

A

Testes clínicos: reflexos fotomotores (exame pupilar), reflexo córneo-palpebral, oculocefálico, vestíbulo-calórico, reflexo da tosse e teste de apneia.

51
Q

Cite 6 sinais de alarme para pacientes com cefaleia secundária?

A

S: sintomas sistêmicos
I: idade avançada
N: nova cefaleia
A: antecedentes de CA ou HIV
I: irritação meníngea, déficit, papiledema
S: súbita

52
Q

Descreva os critérios diagnósticos de enxaqueca?

A

Pelo menos 5 crises preenchendo os critérios:
- unilateral, pulsátil
- foto e fonofobia
- nauseas e/ou vômitos
- duração de 4-72h
- moderada a forte
- piora com atividade física

53
Q

Descreva os critérios diagnósticos de cefaleia tensional?

A

Ao menos 10 episódios de cefaleia preenchendo os critérios:
- duração 30min-7dias
- ao menos 2:
- bilateral
- em pressão ou aperto
- fraca ou moderada
- não agravada por atividade física ou rotineira

54
Q

Descreva os critérios diagnósticos de cefaleia em salvas?

A

Unilateral ou temporal ou retro-orbitária, pico em 5-10 minutos e persiste por 45 min a 2 horas, lacrimejamento, hiperemia conjuntival, congestão nasal, Horner (miose, ptose e anidrose).

55
Q

Descreva a fisiopatologia da enxaqueca.

A

Inflamação neurogênica do sistema trigeminovascular e hiperperceptividade cortical aos estímulos ambientais gera foto e fonofobia. Por fim,a queda nos níveis de progesterona no ciclo menstrual pode levar ao baixo limiar cortical.

56
Q

Cite 3 diagnósticos diferenciais da aura visual da enxaqueca.

A

AVC, AIT e distúrbios retinianos.

57
Q

O que caracteriza o uso excessivo de analgésico em pacientes com cefaleia crônica?

A

Mais de 15 dias por mês em paciente com cefaleia pré-existente mais uso de analgésicos simples por mais de 15 dias no mês por 3 meses ou analgésicos combinados, opioides ou ergotamínicos por mais de 10 dias no mês por 3 meses.

58
Q

Como tratar uma crise aguda de cefaleia em salvas no Pronto Socorro?

A

Oxigênio em máscara a 100% 8-12L/min, paciente semifletido.
Sumatriptano subcutâneo ou nasal
Verapamil 80mg, 3x ao dia, para profilaxia

59
Q

Cite 4 medicamentos usados na prevenção da enxaqueca.

A

Betabloqueadores, antidepressivos, anticonvulsivantes e antagonistas de CGRP (calcitonina).

60
Q

Quando indicamos coleta de líquido cefalorraquidiano em pacientes com cefaleia no Pronto Socorro?

A

Diante de suspeita de meningite (rigidez de nuca, alteração de consciência, febre), hemorragia subaracnóidea (cefaleia súbita, rigidez de nuca, nauseas e vômitos, confusão mental, perda de consciência e coma), hipertensão intracraniana idiopática.

61
Q

Qual a definição de esclerose múltipla?

A

A esclerose múltipla é um distúrbio desmielinizante em que há áreas de desmielinização no cérebro e medula espinhal, com etiologia desconhecida. Seus sintomas cursam com crises em tempos diferentes e locais diferentes, ou seja, há disseminação no espaço e no tempo. Os sintomas envolvem perda de força, alterações de sensibilidade, sinal de Lhermite e sintomas esfincterianos.

62
Q

Qual a definição de neuromielite óptica?

A

Neuromielite óptica é um distúrbio desmielinizante que afeta predominantemente os olhos e a medula espinhal. O alvo do sistema imunitário é a aquaporina 4 ou a glicoproteína mielina-oligodendrócito (MOG).

63
Q

Quais os achados possíveis na ressonância de encéfalo na esclerose múltipla?

A

Lesões de substância branca, que podem ser periventriculares, infratentorial, justacortical, na fossa posterior e na medula espinhal.

64
Q

Explique disseminação no tempo e espaço em pacientes com esclerose múltipla?

A

A disseminação no espaço se refere a lesões diferentes em topografias diferentes, presentes na EM. Já a disseminação no tempo se refere a lesões novas através do tempo, sem relação com lesões anteriores.

65
Q

O que são bandas oligoclonais?

A

Bandas oligoclonais são faixas de proteínas (imunoglobulinas) detectadas no líquor que indicam inflamação no sistema nervoso central. Elas são produzidas localmente em resposta a doenças como a esclerose múltipla e podem ser identificadas por eletroforese. Quando presentes apenas no líquor e não no sangue, sugerem inflamação no SNC.

66
Q

Cite dois anticorpos pesquisados para diagnóstico de pacientes com suspeita de neuromielite óptica?

A

Anti-AQP4 e anti-MOG.

67
Q

Qual a droga de escolha para um surto de esclerose múltipla?

A

Metilprednisolona EV.

68
Q

Qual a conduta no Pronto Socorro ao avaliar um paciente com neurite óptica?

A

Metilprednisolona 3-10g
Plasmaferese
Leucaférese
Imunoglobulina

69
Q

Qual o diagnóstico mais provável, dentre as doenças da mielina, num paciente com um quadro agudo medular, sem história de trauma, com lesão extensa em região (mais de 3 corpos vertebrais)?

A

Neuromielite óptica

70
Q

Paciente com vômitos incoercíveis. Fator citar área do encéfalo acometida e possíveis causas.

A

Área postrema, causa neuromielite óptica

71
Q
  1. Qual o tipo de AVC mais prevalente?
A

AVC isquêmico

72
Q
  1. Como diferenciar uma AVCI de um AVCH?
A

Pela TC de crânio não contrastada.
No AVC hemorrágico, é possível identificar hematomas, sinais como “spot sign” e “leakage sign”.
No AVC isquêmico, é possível identificar áreas de isquemia. Se este exame for normal, tratar como isquêmico.

73
Q
  1. Cite 5 fatores de risco para AVC?
A

Hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, sedentarismo, acúmulo de gordura abdominal, alimentação rica em gorduras e carboidratos, alto índice de gorduras no sangue, diabetes, consumo excessivo de álcool, estresse e depressão, doenças cardíacas.

74
Q
  1. O que suspeitar de um paciente com cefaleia súbita e paresia de III nervo à direita.
A

Por ser cefaleia súbita, suspeitar de causa vascular. A paresia de III nervo à direita leva à suspeita de AVC/HSA em território de III nervo direito (artéria comunicante posterior).

75
Q
  1. Qual a janela de tempo máximo para realização de medicação trombolítica em um paciente com AVCI agudo?
A

Até 4 horas e meia, porém essa janela pode ser aumentada a depender da realização de RM com difusão.

76
Q
  1. Citar 4 etiologias do AVCI, segundo classificação de TOAST.
A

Cardioembólica
Aterotrombótica de pequenas artérias e de grandes e médias artérias
Criptogênico (indeterminado)

77
Q
  1. Citar 5 exames que devem ser realizados na investigação da etiologia do AVCI.
A

MAPA, hemograma, colesterol, triglicérides e frações, glicemia de jejum, eletrocardiograma, ecocardiograma, US de carótidas.

78
Q
  1. Cite 3 complicações da hemorragia subaracnoide.
A

Vasoespasmo, isquemia cerebral tardia e ressangramento.

79
Q
  1. Qual a causa mais comum de AVC embólico?
A

Fibrilação atrial

80
Q
  1. Cite 3 doenças infecto parasitárias relacionadas com AVC.
A

Neurocisticercose, neurossífilis e neurotuberculose.

81
Q
  1. Defina epilepsia.
A

É uma doença crônica com crises epilépticas não provocadas recorrentes, perda e plasticidade neuronal. Há hiperexcitação cortical, que pode gerar amplo quadro clínico. O critério diagnóstico é duas ou mais crises não provocadas com intervalo superior a 24h com exames normais ou uma crise com exames alterados (lesão estrutural ou alteração no EEG).

82
Q
  1. Qual a prevalência da epilepsia na população geral?
A

1% da população em países desenvolvidos e 2% em desenvolvimento.

83
Q
  1. Defina estado de mal epilético.
A

Ocorrência por pelo menos 5 minutos de atividades convulsivas ou EEG contínuo, ou atividade convulsiva recorrente sem recuperação.

84
Q
  1. Cite 3 causas de epilepsia focal.
A

MAV, neoplasias, malformações congênitas.

85
Q
  1. Cite 3 causas de epilepsia generalizada.
A

Distúrbios metabólicos, sepse, infecção do SNC, drogas.

86
Q
  1. Cite 3 doenças infecto parasitárias relacionadas com epilepsia.
A

Cisticercose, neurotoxoplasmose e doença hidática policística.

87
Q
  1. Como investigar um paciente com epilepsia.
A

Clínica, vídeo EEG e RM para topografar lesões.

88
Q
  1. O que é SUDEP?
A

Sudden Unexpected Death in Epilepsy - morte súbita inesperada na epilepsia.

89
Q
  1. Como diferenciar CNEP de crises em pacientes com epilepsia refratária.
A

CNEP: crise não epilépticas psicogênicas, as crises estão relacionadas a componente emocional, e geralmente não há alteração no EEG como na epilepsia. Portanto, é possível diferenciar por meio de uma história bem feita e vídeo EEG.

90
Q
  1. O que é epilepsia refratária?
A

Epilepsia que não responde ao tratamento padrão (um benzodiazepínico e uma segunda droga antiepiléptica).