Neuroimagiologia Flashcards
Técnicas utilizadas
Técnicas de avaliação estrutural: permitem observar a estrutura anatómica; são como “fotografias”.
Técnicas de avaliação funcional e metabólica: averiguam a função das estruturas, desde perfusão tecidular, até especificar as áreas do córtex que são usadas com maior ênfase em determinadas funções cerebrais; são como “filmes”.
Radiografia
Distingue o osso e as partes moles
Usada em patologias traumáticas
Pneumoencefalografia
Adiciona-se ar (contraste negativo) ao espaço subaracnoídeo, através de uma punção lombar. Permite visualizar, indirectamente, lesões cerebrais que façam efeito de massa sobre os ventrículos (ex: tumores).
Substituída pela TAC
Mielografia
Injecta-se um contraste positivo radioactivo
Permite analisar as anomalias do interior da coluna vertebral, como uma hérnia discal ou um tumor
Substituída pela RM
TAC
Permite obter cortes tomográficos axiais das estruturas
Utiliza radiação X
Tecidos com diferentes composições, absorvem a radiação X de forma diferente, que se vai traduzir, depois, numa escala de cinzentos
Fala-se em densidades. Utilizam-se os termos hiperdenso, isodendo, hipodenso, em relação aos tecidos
Ar e gordura aparecem pretos (hipodensos)
Fluido – cinzento escuro
Substância branca - cinzento escuro
Substância cinzenta – cinzento claro
Osso aparece branco (hiperdenso)
Sangue - branco (hiperdenso)
Janelamento
A escala de cinzentos tem um intervalo dinâmico muito grande, que deve ser reduzido para a exibição de estruturas de interesse. Para isso, é feito um processo de “janelamento”, que mapeia um intervalo (a “janela”) de valores de pixel para uma escala de cinza de tons crescentes. Por exemplo, as imagens de TC do cérebro são, normalmente, visualizadas com uma janela que se estende de 0 a 80 HU. Valores de pixel de 0 e inferiores são exibidos em preto; valores de 80 e superiores são exibidos em branco; os valores dentro da janela são exibidos como uma intensidade de cinza proporcional à posição dentro da janela. A janela usada para exibição deve corresponder à densidade de raios X do objeto de interesse, a fim de optimizar o detalhe visível
Angiografia TC
permite avaliar a permeabilidade dos vasos sanguíneos e a sua patologia. No início da técnica injecta-se contraste num vaso sanguíneo do paciente e depois faz-se um estudo de imagens desde o pescoço até à zona superior do crânio para observar o fluxo sanguíneo.
Ressonância magnética
Fala-se em intensidade - hipointenso/sinal = preto - hiperintenso/sinal = branco T1 - LCR é preto D2 - LCR é branco
FLAIR / Dark Fluid
É uma sequência T2, muito utilizada, ao qual se apaga o sinal da água pura. Como o líquido cefalorraquidiano tem água pura, fica preto (é um T2 que parece um T1). Permite distinguir melhor as lesões brancas, pois há menos branco nas estruturas normais da imagem obtida.
Usado em casos de esclerose múltipla
STIR ou FAT-SAT
Saturam-se os iões de hidrogénio que estão na gordura, tanto utilizando sequência T1 como T2, e assim, anula-se o sinal da gordura.
Ex: órbita está cheia de gordura e nesta sequência, fica branca tanto em T1 como T2.
SWI
É utilizada para ver tudo que tenha artefactos de susceptibilidade magnética, ou seja, cálcio e produtos de degradação da hemoglobina (desoxihemoglobina). Na prática esta sequência é utilizada para ver as calcificações e as hemorragias.
Ressonância Funcional
Permite ver áreas da activação funcional
Etapas:
Activação neuronal
Aumento do consumo de oxigénio no sítio de actividade
Aumenta o aporte de sangue
Há um desequilíbrio com a oxihemoglobina e desoxihemoglobina traduzido num sinal
Espectroscopia
Através desta técnica consegue-se fazer um espectro cerebral da composição dos metabólitos presentes numa zona do cérebro.
Normal:
Acetil aspartato estará elevado, isto indica que temos neurónios saudáveis
Colina estará mais baixa