Fisiologia da sensibilidade somática Flashcards
Tipos de sensibilidade álgica
Nociceptiva - dor
Pruriceptiva - prurido/ comichão
Dermátomos
Áreas do corpo inervados por um nervo espinhal
Correspondem a territórios de 31 pares de gânglios
espinhais e par de gânglios trigeminais
Tipos de fibras
Fibras Aα- maiores e mais mielinizadas
Fibras Aβ- intermédias
Fibras Aδ- menor tamanho e pouco mielinizadas
Fibras C- não têm qualquer tipo de mielinização
Especializações sensitivas na pele
As diferentes especializações na pele ajudam o sistema nervosa sensorial a detectar diferentes tipos de estímulo Células de Merkel Terminações de Rufini Corpúsculos de Meissner Corpúsculos de Pacini Terminações livres
Células de Merkel
Sensibilidade epicrítica
Detecta texturas
Corpúsculos de Meissner
Podem-se encontrar em zonas mais superficiais da derme, importantes na detecção de vibração de baixa frequência
Terminações de Rufini
Especializações da parte terminal das dendrites dos neurónios sensitivos
Detectam a pressão
Corpúsculos de Pacini
Detecção da vibração de alta frequência
Terminações livres
Associadas a sensação térmica, química e a nocicepção (dor) que por sua vez mecânica, térmica ou química.
Adaptação lenta
Quando se faz um estímulo, elas persistem no disparo
Células de Merkel
Terminações de Rufini
Adaptação rápida
Fibras são muito eficazes em detetar o início e o fim de um estímulo mas não disparam durante o estímulo e é por isso que são responsáveis pela deteção de vibrações (é mais importante detetar a alteração do que o estímulo de forma continuada).
Corpúsculo de Pacini
Corpúsculos de Meissner
Estímulos mecânicos dolorosos
São detectados por fibras Aδ e C, que são fibras mais lentas e são nuas, ou seja, não estão associadas a especializações da pele e têm um limiar elevado
Diferenças entre a pele glabra (sem pilosidade) e a pele com pilosidade
A pele glabra tem fibras rápidas, sobretudo fibras Aβ, que são mais especializados no conjunto
de fibras mecano-recetoras (ou mecano-sensitivas).
Na pele com pilosidade, também há fibras Aβ, mas depois temos fibras mais lentas, como as
fibras Aδ e fibras C, que também estão associadas a outro tipo de sensibilidade (não é só
sensibilidade mecano-recetora, sendo fibras que também detetam alterações térmicas).
Diferentes tipos de neurónios nociceptivos
Mecanosensitivos
Termosensitivos
Quimio-sensitivos
Nota: todos têm terminações livres
Fibras multimodais
As fibras termo-sensitivas e quimio-sensitivas
Apresentam potencial para detectar dor associada a estímulos físicos e não só mecânicos.
Exemplo: As mesmas fibras que detectam que a água está quente são as mesmas fibras que nos dão a
sensação dolorosa quando a água está demasiado quente, pelo que também são capazes de detectar nocicepção quando nós vamos para níveis muito extremos da sensibilidade que elas estão a detectar.
Neurónios nociceptivos
Neurónios com fibras Aδ, que são activados pelo calor, estímulos mecânicos nocivos ou ambos, e que determinam uma dor bem localizada e de início rápido - conceito da 1ªdor
Piezo 1
Proteína mecano-transdutora
Transforma as forças físicas em sinais eléctricos
É um canal iónico de catiões inespecíficos
Piezo 2
Está presente ao nível das células de Merckel e das próprias terminações nervosas dos neurónios mecano-sensitivos
É relevante para a manutenção do sinal eléctrico durante o estímulo inteiro
Proteínas TRP
TRIP-V 1- sensível ao calor
TRIP-M 8- sensível ao frio
Capsaicina
Componente da malagueta
Activa o TRP-V 1: sensação de calor
Menta
Activa o TRP-M 8: sensação de frio
Neurónio polinodal
Pode medir mais do que uma sensação:
- Expressando receptores diferentes que são sensíveis a estímulos diferentes
- Havendo um mecanismo de integração central na medula que faz com que seja sentida uma
sensibilidade e não a outra
Prurido
Deve-se à presença de dois receptores TRP-V 1 e MrgprA3
Pode ser inibido por um interneurónio pela acção do neurónio nociceptivo
Modulação da dor
Periférica
Central
Modulação periférica
Na presença de uma situação inflamatória vai ocorrer libertação de substâncias como a bradiquinina e a
prostaglandina que actuam sobre os receptores nociceptivos, levando à activação de segundos mensageiros que os tornam mais “sensíveis”
Passamos a sentir dor e calor associados a este processo inflamatório.
Nota: A atuação dos AINEs sobre as prostaglandinas, bloqueando-as, explica a sensação de alívio de dor
que elas provocam, atuando diretamente nesta via de modulação.
Modulação central
Diminuição da dor
Ao actuar, os opióides hiperpolarizam o neurónio,
diminuindo a sua probabilidade de disparo.
Lower envelope principle
De toda a informação que chega ao cérebro em simultâneo, dos vários tipos diferentes de neurónios, é escolhida a “melhor” para tomar a decisão.
Isto significa que o que estes neurónios estão a medir tem parte activa na tomada de decisão da percepção, isto é, de facto esta informação é utilizada em termos perceptivos.
Teoria da coluna cortical funcional
A segregação da informação das fibras de adaptação rápida está numa região, a das fibras de adaptação lenta está noutra
Limiar de discriminação
O ideal é colocar um estímulo que é detectado 50% das vezes e, desta forma, é possível comparar o que é que aconteceu aos neurónios quando de facto eles detectam o estímulo ou quando não conseguem
detectar o estímulo, permitindo-nos aprender bastante sobretudo quanto à tomada de decisão e,
neste caso, percepção.)
Percepção
Surge de uma interacção cortical das diferentes áreas e não apenas numa área: não há uma área responsável pela percepção.