Modulo V-LABORATÓRIO Flashcards
EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO
microscópio
Aparelho que se utiliza para a visualização de amostras. O
seu funcionamento baseia-se num conjunto de lentes de ampliação, que permite
visualizar elementos que à vista desarmada não são visíveis , tais como bactérias,
ácaros, cristais urinários.
Utiliza-se quase para qualquer tipo de análise: hematologia, análise de urina, citologia entre outros
O laboratório é um lugar onde se procede à análise das amostras colhidas, de modo a obter ou complementar um diagnóstico.
EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO
centrífuga.
- É utilizada para centrifugar as amostras líquidas, de modo a separar a fração líquida da fração sólida; esta última forma um sedimento no fundo do tubo que contém a amostra.
- No seu interior existem orifícios onde se colocam os tubos, contendo a amostra.
- Esses tubos são movimentados em círculo a grande velocidade, para que a força centrífuga faça com que os elementos sólidos, mais pesados, se depositem no fundo do tubo.
- Existe um tipo de centrífuga específica para tubos de micro-hematócrito. Mediante a visualização destes tubos, em comparação com uma escala pré-definida, conseguimos saber qual é o hematócrito (percentagem de glóbulos vermelhos) do animal.
Para pesquisar cristais na urina, procede à centrifugação da amostra.
Assim, os cristais vão sedimentar no fundo do tubo, e ao visualizar
apenas umas gotas deste sedimento, ao microscópio,
podemos verificar a presença ou a ausência de cristais urinários.
*EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO
refratómetro
- muito simples, mas muito útil.
- Em veterinária, utiliza-se para determinar a concentração de proteínas totais no soro e a densidade urinária. Coloca-se uma gota de soro ou urina no prisma, baixa-se a tampa transparente e observa-se pela ocular.
- Através da ocular pode observar uma escala para a densidade urinária e outra para a concentração de proteínas totais, conseguindo assim determinar o valor pretendido.
Colorações
função
- Por vezes, é necessário fazer colorações das amostras antes de as vermos ao microscópio. Isto facilita a visualização e diferenciação de alguns elementos, principalmente elementos celulares.
Colorações
coloração Diff-Quick
- ** rápido e muito
utilizado nas clínicas veterinárias** - A coloração Diff-Quick é uma coloração comercial que se baseia na utilização de três soluções e numa técnica que demora apenas 15 segundos.
- Primeiro deve secar a amostra colocada na lâmina (e.g. esfregaço de sangue) ao ar,
- Seguidamente deve passar a amostra pela solução I (fixador – metanol, de cor transparente) durante 30 segundos.
- Depois deve passar a amostra pela solução
II (cor de rosa) durante 30 segundos. - E por fim, pela solução III (cor azul), novamente
durante 30 segundos. - Deve remover o excesso de coloração passando a
lâmina por água e deixando secar ao ar. - Assim, obtém uma lâmina com a amostra corada e pode observá-la ao microscópio ótico.
Tiras de análise de urina
- A análise de urina mede a concentração de determinados elementos, através de uma tira de análise.
- Esta tira deve ser submersa na urina a analisar e os
indicadores presentes na tira mudam de cor, segundo a concentração de cada elemento. - No frasco das tiras de análise de urina existe uma escala de cores que estabelece a relação entre a cor observada na tira e a concentração do elemento correspondente.
Testes de diagnóstico rápido.
- São muito úteis para diagnosticar uma determinada patologia durante a consulta.
- Os testes de diagnóstico rápido mais utilizados na clínica são direcionados para as seguintes doenças: leishmaniose,
dirofilariose, parvovirose e FIV/FeLV.
Glucómetro
o que mede e indicação
- É outro aparelho que pode encontrar frequentemente no laboratório da clínica veterinária.
- Este aparelho mede a concentração de glucose no
sangue. - É importante fazer esta medição logo após a colheita de sangue, pois as células do sangue alimentam-se de glucose, e se fizermos a medição deste
parâmetro muito tempo depois da colheita da amostra de sangue, o nível de glucose pode estar falsamente diminuído.
Cultura de micro-organismos
- é necessário um recipiente (normalmente uma placa de Petri) e um meio de cultura que permita o crescimento
de micro-organismos patogénicos para depois se poderem identificar. - Também se podem fazer antibiogramas com discos impregnados com diferentes antibióticos para determinar a qual dos antibióticos o micro-organismo é mais sensível.
- Para facilitar o crescimento destas bactérias, é necessário dispor de uma estufa que mantenha o ambiente a 37ºC.
Os elementos de vidro (lâminas, lamelas, tubos, provetas, frascos, buretas,
são materiais muito importantes no laboratório.
Reagentes mais utilizados conservação das amostras de sangue
- são os que se usam nas análises coprológicas
(análises às fezes), que têm como objetivo que os ovos de alguns parasitas flutuem e possam ser mais facilmente visualizados, como o cloreto de zinco. - Para a conservação das amostras de sangue existem tubos com diferentes reagentes:
EDTA, heparina, citrato, entre outros. - O tubo é selecionado consoante a
análise que se quer fazer. - Por exemplo, para fazer um hemograma coloca-se a
amostra de sangue num tudo com EDTA, e para fazer análises bioquímicas (ureia, creatinina, AST, ALT, eletrólitos) a amostra deve ser colocada num tubo seco ou com heparin
Elementos básicos que não podem faltar num laboratório
- são um frigorífico, para conservar as amostras, e um temporizador, para medir os tempos.
- O que não pode faltar são os materiais de proteção. Sempre que se trabalha num laboratório devem usar-se luvas. No caso de se trabalhar com um composto volátil tóxico, é necessário colocar-se uma máscara e óculos de proteção.
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DAS AMOSTRAS
BIOLÓGICAS
colheita, idntificação, conservação e envio
- Geralmente, as amostras são colhidas pelo veterinário com a ajuda de um enfermeiro,
e como auxiliar estará encarregue de as identificar, conservar e enviar para o laboratório.
RELATÓRIO DE IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS
- Quando obtém uma amostra, deve identificá-la imediatamente para que não se confunda com outras, de modo a não existirem erros.
- Cada tubo, esfregaço, placa, etc. deve ter uma etiqueta com os dados do cliente (nome e apelido) e do paciente (nome, espécie e idade).
- Uma vez identificada a amostra, pode preencher o relatório.
- Como já vimos na unidade 1, cada laboratório realiza uma folha de pedido de análise, onde se introduzem
os dados necessários e o tipo de análise que se pretende. - Complete todos os campos e guarde este relatório com a amostra, pois devem seguir juntos para o laboratório.
CONSERVAÇÃO E ENVIO DAS AMOSTRAS
- As amostras devem ser mantidas hermeticamente fechadas para que não sejam contaminadas, nem tenham fugas.
- Regra geral, as amostras conservam-se no frigorífico.
- Relativamente ao sangue, temos de saber que existem vários tipos de amostras.
- O sangue total é o que se obtém após a colheita. Para isso, deve ser introduzido em frascos com anticoagulante EDTA ou heparina, sendo misturado cuidadosamente
sem agitar.
Obtenção de soro e do plasma
- O sangue é colocado num tubo seco (tubo sem reagente
ou com um gel de separação). - Deve esperar-se entre 30 minutos e 2 horas para que se forme o coágulo, e depois, na centrífuga, acaba de se separar o soro das células.
- O plasma é o que se obtém após a centrifugação de um tubo de sangue com anticoagulante; é muito semelhante ao soro, mas contém fatores de coagulação (fibrinogénio).
- Para ambas as amostras (soro e plasma), é aconselhável retirar com uma pipeta o líquido transparente obtido após a centrifugação e depositá-lo noutro tubo
limpo, para que não se volte a misturar o conteúdo e para uma conservação melhor. - Consoante o conteúdo do tubo (plasma, soro ou sangue total), este tem a tampa de uma cor específica, para ajudar na identificação. Consoante a análise a
realizar, precisa-se de uma ou outra amostra. Normalmente, os tubos têm uma: - tampa vermelha para soro;
- tampa verde para plasma,;
- tampa roxa para sangue
inteiro.