Modulo IV- ÁREA DE HOSPITALIZAÇÃO Flashcards

1
Q

As causas de hospitalização são:

A

a) Recuperação pós-cirúrgica.
b) Observação (após um acidente, durante um tratamento, evolução de uma patologia).
c) Animais que precisam de suporte vital.
d) Animais que esperam por um procedimento.

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2
Q

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE HOSPITALIZAÇÃO

jaulas

A

a) Jaulas de hospitalização de diferentes tamanhos.
* As jaulas devem ser fáceis de limpar.
Geralmente têm de ter tamanho suficiente para que o animal se possa levantar e dar a volta no seu interior, mas em determinadas situações pode ser necessário limitar o movimento, por exemplo, quando têm uma fratura ou estão a receber fluidoterapia; neste caso, são alojados numa jaula com o tamanho ajustado.
* Deve manter-se o animal o mais cómodo e limpo possível, logo é aconselhável o uso de resguardos absorventes ou grelhas no chão das jaulas, para isolar o animal dos seus excrementos.
Nas jaulas, devem haver ganchos para se colocarem os soros e as folhas de hospitalização, que estão sempre ao lado do paciente. Sempre que necessário, devem ter bebedouros e comedouros. No caso da hospitalização de animais exóticos, é necessário ter jaulas de pássaros e terrários adequados.

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3
Q

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE HOSPITALIZAÇÃO

zona de tratamentos

A

b) Zona de tratamentos.
A sala tem de ter uma zona onde se possam realizar, comodamente, os procedimentos de que os animais necessitam, como a administração de medicamentos, tratamentos de feridas, mudança de sondas, cateteres
ou ligaduras, alimentação

Deve ter uma mesa com um suporte para colocar os soros.
Nesta zona deve haver uma pequena caixa ou armário, onde se armazena o material necessário para a realização de procedimentos clínicos (algodão, ligaduras, compressas, agulhas…).

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4
Q

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE HOSPITALIZAÇÃO

zona de limpeza

A

c) Zona de limpeza.
Os animais que podem andar devem passear três vezes por dia, para que urinem e defequem, mas muitos dos animais hospitalizados não podem passear e a maioria deles sujam-se muitas vezes.
É importante manter estes animais limpos, sendo de extrema importância ter na sala de hospitalização uma banheira para a limpeza das zonas que estes animais sujam. Os animais que chegam à clínica com feridas
podem ser limpos e tosquiados nessa banheira.
É muito útil que a banheira possa dispor de uma grelha para colocar o animal durante o banho, já que muitas vezes o animal não vai conseguir manter-se de pé, e deste modo a água suja cai sem o sujar.
Devem existir toalhas e secador.

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5
Q

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE HOSPITALIZAÇÃO

Tº, som,

A
  • A área de hospitalização deve estar a uma temperatura agradável, aproximadamente 25ºC. Por vezes, os animais precisam de uma temperatura mais elevada por estarem hipotérmicos. * Neste caso, podem tapar-se com mantas, colocar-se
    uma manta térmica ou sacos de água quente, ou até colocá-los numa jaula especial com aquecimento e ventilação.
  • É necessário dispor de luz e ventilação adequadas, e a sala deve estar isolada acusticamente para que os animais hospitalizados estejam tranquilos e para o caso de ladrarem, evitando que tal não cause incómodo a outros clientes.
  • É normal encontrar bombas de infusão na área de hospitalização, para a administração de fluidoterapia e fármacos por via endovenosa. Estas bombas permitem um controlo exato da dose e velocidade de administração.
  • Também podem existir equipamentos básicos de monitorização dos pacientes: estetoscópio, termómetro…
    Em hospitais muito grandes ou em animais em estado muito grave, pode utilizar-se um monitor semelhante ao da anestesia para controlar as funções vitais.
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6
Q

ISOLAMENTO DE ANIMAIS COM DOENÇAS INFECIOSAS

A
  • Os animais hospitalizados estão doentes e com as defesas enfraquecidas, logo estão mais vulneráveis a apanhar doenças infeciosas. Por isso, é muito importante
    que um animal portador de uma doença infeciosa seja hospitalizado longe dos restantes animais.
  • É aconselhável dispor de uma zona de hospitalização de animais infeciosos separada do resto, preferencialmente numa sala à parte com entrada independente.
  • A área de isolamento pode ser mais pequena e com um menor número de jaulas.
  • Se a clínica for pequena e se não for costume receber animais hospitalizados, é provável que não disponha de uma área de hospitalização separada para infeciosos.
    Neste caso, os animais ficam na sala de hospitalização normal. Se for necessário hospitalizar outro animal, este deve ser colocado numa sala à parte, numa jaula ou caixa de transporte, mas nunca na mesma sala.
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7
Q

ISOLAMENTO DE ANIMAIS COM DOENÇAS INFECIOSAS

limpeza

A

Quando se hospitaliza um animal com uma doença infeciosa é muito importante limpar e desinfetar a zona diariamente, e quando o animal tem alta, tem de se
fazer uma limpeza e desinfeção exaustivas e tirar todo o material descartável utilizado, assim como frascos de soro, ampolas, etc. que possam estar contaminados.

Isto é de especial importância se a hospitalização for realizada numa sala não específica.
A limpeza da sala realiza-se sempre com elementos exclusivos para esta sala:panos, esfregonas, etc.

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8
Q

FICHA DE HOSPITALIZAÇÃO

A

A ficha de hospitalização pode ser colocada ao lado da jaula e deve conter, pelo
menos, os seguintes dados:
a) Nome, espécie, raça, idade e sexo do animal.

b) Nome e telefone do dono.

c) Motivo da hospitalização, dia e hora.

d) Procedimentos hospitalares:
1. Hora, via e dose dos medicamentos administrados.
2. Observações com detalhes e hora: vómito, micção, defecação (quantidade, aspeto), convulsões, alimentação (voluntária, por sonda, tipo de comida, quantidade, etc.), entre outras.
3. Resultados do exame físico e exames complementares: temperatura, auscultação, análises laboratoriais, aspeto das mucosas, etc.
4. Procedimento clínico seguinte programado.
5. A pessoa que realiza cada procedimento deve estar identificada.

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9
Q

ANIMAIS HOSPITALIZADOS

REGRAS GERAIS

A

1- Quando um veterinário considera a necessidade de hospitalizar um animal, deve pedir ao auxiliar que elabore um orçamento com os gastos previstos.
2- Se o cliente der o consentimento, o veterinário vai pedir ao auxiliar para preparar a jaula de hospitalização, indicando-lhe as necessidades específicas do paciente.
3- Os dados do paciente, cliente e hospitalização vão ser anotados na folha de hospitalização.
* A primeira coisa a fazer é escolher a jaula, de acordo com o tamanho e a necessidade de movimento/repouso do animal. Também tem de se ter em conta se o
animal tem de ir para a zona de hospitalização normal ou de infeciosos.

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10
Q

ANIMAIS HOSPITALIZADOS

A
  • Se for uma fêmea com cio e existe um macho hospitalizado, ou se for um gato ese já está um cão hospitalizado, devem ser colocados, se possível, em salas
    separadas. Senão, a regra é colocar os animais de modo a que não se vejam.
  • Quando o animal está hipotérmico, tem de ser colocado numa jaula com termorregulação ou colocar mantas, sacos de água quente ou mantas elétricas,
    tendo cuidado para que o animal não as morda.
    A jaula escolhida deve ser preparada para receber o animal. Para isso, tem de se verificar se está limpa e colocar resguardos absorventes.
    Os animais devem ser tratados com cuidado. Estão doentes e é possível que tenham dores, logo deve fazer-se tudo quanto possível para não os incomodar.
    Além disso, o stress pode influenciar negativamente a sua evolução clínica.

Tenha em conta que quanto menos incomodar o animal e mais
cuidadosamente o manipular, menos o vai magoar e provavelmente
evita, deste modo, que ele se arranhe ou morda.

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11
Q

ANIMAIS HOSPITALIZADOS

A
  • Os trabalhos diários para com os animais hospitalizados realizam-se sempre com luvas (um par de luvas novo para cada animal). Os trabalhos diários são:
    1. O passeio e/ou limpeza da jaula e do animal são necessários, pelo menos 3 vezes ao dia e sempre que necessário.
    2. Comprovar o bom funcionamento dos sistemas de soros, bombas de infusão, jaulas termorreguladoras e/ou monitores.
    3. Monitorizar todos os pacientes e anotar, na folha de hospitalização: temperatura, defecações, vómitos, etc., assim como qualquer dado que pareça relevante: lacrimejamento, descarga nasal, reflexos, anorexia, etc.
  • É muito importante vigiar o estado dos animais: por exemplo, se um cão que estava sempre sentado permanece agora deitado e desinteressado, significa que está a piorar.
    Isto deve ser feito no mínimo duas vezes por dia, mas as necessidades de cada paciente são diferentes, podendo ser necessário realizar estas verificações de hora em hora.
    4. Oferecer comida específica e/ou bebida aos animais que podem alimentar- se por si mesmos. Alimentar com uma seringa ou sonda os animais que o necessitam e anotar a quantidade ingerida por cada um.Regra geral, isto realiza-se duas vezes ao dia, exceto nos pacientes com necessidades especiais.
    5. Administrar os tratamentos convenientes, segundo o critério do veterinário.
    6. Mudar ligaduras ou pensos, quando se sujam ou segundo as indicações do veterinário.
  • As visitas dos donos aos seus animais devem ser feitas com marcação prévia, para que não interfiram com as ações da hospitalização.
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12
Q

CUIDADOS ESPECIAIS

A
  • A determinados animais não se podem administrar medicamentos por via oral, ou porque sofrem de vómitos, ou porque a via de administração é outra.
  • Se o animal está a receber fluidoterapia e o medicamento pode ser administrado por via endovenosa, então esta é uma boa maneira de o fazer, pois é uma
    **via mais rápida e por vezes permite até reduzir a dose **de fármaco administrado.
  • Alguns animais necessitam de fazer análises frequentemente: por exemplo, num animal que esteja internado devido a insuficiência renal aguda, tem de se medir a creatinina e a ureia diariamente, ou num animal com suspeita de hemorragia interna, tem de se controlar o hematócrito.
  • Nestes animais que necessitam de tirar amostras frequentes de sangue, pode ser colocado um cateter endovenoso (diferente do cateter de administração de soros), para se poderem realizar extrações sem ter de picar o animal várias vezes.

Um cão com diarreia hemorrágica é natural que tenha de ser limpo
até 8 vezes por dia até que se consiga controlar a diarreia.

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13
Q

Fluidoterapia

A

A fluidoterapia está indicada em:
* animais desidratados,
* hipovolémicos,
* que sofreram uma hemorragia moderada/grave
* que têm um desequilíbrio eletrolítico,
* com hipoproteinemia,
* que não podem ser alimentados por via oral nem com
sonda,
etc.
Perante um animal numa destas situações, tem de se elaborar um plano de fluidoterapia, que terá de ser escrito na ficha de hospitalização: o tipo de soro, a quantidade, a velocidade, a via de administração e os suplementos.

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14
Q

Fluidoterapia

QUANTIDADE

A
  • Para determinar a quantidade de soro a administrar, deve somar-se o volume a repor (nas desidratações), o volume de perdas continuadas (urina, respiração, fezes) e o volume de manutenção.
  • O grau de desidratação de um animal mede-se em percentagem e em relação ao seu peso, e é a quantidade de água que perdeu devido à doença (vómitos, diarreia…).Pode fazer-se um cálculo aproximado, observando a elasticidade da pele, a hidratação das mucosas, a frequência cardíaca, etc. Alguns dados laboratoriais
    também ajudam: aumento do hematócrito, proteínas no soro, aumento da densidade urinária, ionograma
  • Uma desidratação menor que 4% não origina sintomas; a partir desse valor, o animal começa a mostrar sinais, devendo **corrigir-se a desidratação. ** Uma desidratação
    de 10% é uma urgência, e a partir de 15% é incompatível com a vida.
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15
Q

Fluidoterapia

A
  • É importante pesar o animal antes de começar a reidratação e pesá-lo diariamente para verificar se está a recuperar.
  • O volume a administrar na desidratação é:
    % desidratação x peso vivo (Kg) x 1000= ml necessários
    O volume de manutenção permite repor os líquidos perdidos fisiologicamente por transpiração, urina, etc.
  • Para calcular o volume de manutenção foram elaboradas
    muitas fórmulas, mas a mais simples é:
    40 ml/kg/dia
    O volume de perdas continuadas é difícil de calcular, porque não se sabe quanto é que o animal vai vomitar ou defecar, por isso, inicialmente, o volume pode
    estimar-se:
    Assim, um cão de 20 kg com uma percentagem de desidratação de 8 % necessita de:
    (0,08 x 20 x 1000) + 40 x 20 = 2400 ml nas primeiras 24 horas.
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16
Q

VIA

A
  • Habitualmente prefere-se a via endovenosa – é mais rápida, recupera a volémia em animais hipovolémicos, permite a administração de medicamentos, etc.
  • Em animais em estado menos grave, com desidratação leve, pode utilizar-se a via subcutânea.
  • A via oral está restringida a animais em estado não grave e sem vómitos.
  • Se o animal é muito pequeno (exóticos), pode administrar-se fluidoterapia intraóssea.
  • Para a via endovenosa, é habitual escolher a veia cefálica, embora nos animais pequenos se possa colocar um cateter central na jugular.
  • É necessário tosquiar a zona, limpar com álcool e introduzir um cateter na veia
    selecionada
    . Assim que se verifica que está na veia, coloca-se uma tampa e fixa-se com fita adesiva.
    Depois, tira-se a tampa e une-se ao sistema de soro. Este já foi previamente preparado com o frasco de soro selecionado e já tem soro no seu interior, para
    não introduzirmos ar na veia do animal.
    É aconselhável colocar outra tira de adesivo para prender a borracha do sistema de soros ao membro do animal, para diminuir as tensões na via.
17
Q

VELOCIDADE

A
  • Regra geral, o volume calculado é diário, logo tem de se dividir por 24 horas para determinar o volume em ml/hora.
  • Se as perdas hidroeletrolíticas foram muito grandes, como, por exemplo, numa hemorragia, em vómitos muito profusos ou numa desidratação grave, pode fazer-
    se o cálculo para se administrar entre 25 e 50% do volume total calculado nas primeiras 2 a 4 horas.
  • Se o animal estiver em choque, a velocidade deverá ser alta até normalizar o pulso arterial, a pressão arterial e a frequência cardíaca, até um máximo de 90ml/Kg/hora.
  • Se, pelo contrário, for um paciente com patologia cardíaca, a velocidade de administração não deve exceder os 3-5 ml/Kg/hora.
  • Para administrar exatamente a quantidade calculada é necessário ter uma bomba de infusão. Se não se tem uma, pode converter-se os ml/hora em gotas/ minuto.
  • Os sistemas de infusão normais administram 1 ml a cada 20 gotas; os sistemas de infusão pediátricos, 1 ml a cada 60 gotas.
18
Q

TIPO DE FLUÍDO

Cristaloides:

A

Existem basicamente dois tipos de fluídos, os cristaloides e os coloides:
a) Cristaloides: são compostos por água e eletrólitos. A sua composição permite-lhe sair dos vasos e hidratar os tecidos.

  1. Lactato de Ringer: contém cálcio e lactato, sendo um fluido alcalinizante.
    Utiliza-se em animais com vómitos e/ou diarreia, insuficiência renal não oligúrica, hipovolémia e na fluidoterapia de manutenção. Não se deve administrar em animais com hipercalcemia (excesso de cálcio), insuficiência hepática ou alcalose metabólica.
  2. Solução salina fisiológica (NaCl 0,9%): pode utilizar-se em qualquer patologia, mas está especialmente indicada em animais com hipercalemia (excesso de potássio), hipercalcemia, hiponatremia (concentração de sódio baixa), cetoacidose diabética, Doença de Addison, . Não é conveniente administrar nos animais que não devem receber sódio:patologia cardíaca, patologias hepáticas, edemas, hipertensão
  3. Salino Hipertónico 7,5%: esta elevada osmolaridade faz com que parte do líquido extracelular penetre nos vasos, aumentando a volémia. Administra-se em casos de hipovolémia, choque e traumatismos cranioencefálicos.
    Está contraindicado em hemorragias ativas e insuficiências
    cardíacas.
  4. Soro Glucosado: administra-se em casos de hipoglicémia, não serve para corrigir uma hipovolémia.
  5. Glucosalino isotónico: para reidratação geral com hipernatremia (excesso de sódio) e hipoglicémia.
19
Q

TIPO DE FLUÍDO

b) Coloides: e 3 tipos e diferenças

A

b) Coloides: são compostos por moléculas maiores (proteínas e polissacáridos), que devido ao seu **tamanho não saem de dentro dos vasos, atraindo alguma água para o seu interior. **Estão indicados em casos de hipotensão ou hipoproteinémias sem desidratação.
* As principais diferenças entre os vários tipos de fluidos coloides são a potência e o tempo que conseguem manter a volémia.
1. Naturais: albumina, plasma, sangue total.
2. Sintéticos: gelatinas, dextranos, hidroxietil.
3. Fluidos para alimentação parenteral: existem soluções com aminoácidos, vitaminas, glúcidos, etc. que permitem que o animal se mantenha sem se alimentar por via oral.

20
Q

SUPLEMENTOS

A

Adicionam-se aos fluidos para os complementar:
a)** Potássio.
b) Fósforo.
c) Cálcio.
d) Magnésio.
e) Vitaminas.
f) Bicarbonato de sódio**, nos casos de acidoses metabólicas. Não misturar com soros que contêm cálcio.
g) Glucose.
h) Manitol (diurético potente).

21
Q

Alimentação em animais hospitalizados

A
  • Os animais hospitalizados devem ser alimentados consoante as suas necessidades.
  • Não esquecer que os animais que vão fazer uma cirurgia têm de fazer jejum no mínimo de 8 a 12 horas.
  • Nos animais com determinadas patologias deve administrar-se o alimento mais adequado para ajudar a compensá-las (dieta renal, cardíaca, para diabetes…). Nos animais que estão a recuperar de uma cirurgia, assim que eliminarem toda a anestesia
    pode praticar-se uma dieta de convalescença rica em energia e nutrientes.
  • A alimentação de recuperação/convalescença é, frequentemente, uma mousse muito fina, permitindo a sua administração com uma seringa ou sonda a animais
    que não querem comer por si mesmos.
  • Perante a anorexia de um animal sem vómitos (se existem vómitos, a alimentação não deve ser feita pela boca) é frequente forçar-se a alimentação com a
    seringa. Muitos animais
    que se recusam a comer, aceitam a alimentação por esta via.
  • Algumas táticas úteis que ajudam a que alguns animais comam são:
    1- aquecer o alimento

2- administrar comida húmida em vez de seca,

3- dar de comer à mão
* Se não permitem a alimentação com uma seringa ou sofrem de uma determinada patologia, podem ser colocadas sondas nasogástricas.
* Relativamente à água, devem ter sempre água fresca e limpa disponível. Pode ser colocada em taças ou garrafas com tetina. Esta última, evita que se entorne água na jaula, é de limpeza mais fácil, mas tem o inconveniente de os animais
terem de aprender a beber por ela.

22
Q

REABILITAÇÃO

A

A reabilitação ajuda os cães a tratar lesões musculoesqueléticas, nervosas, orgânicas e a melhorar alguns sintomas como a dispneia, a dor ou a obstipação.
Objetivos da reabilitação:
Diminuição da dor e inflamação.
Reeducação da locomoção: proprioceção, coordenação e equilíbrio.
 Recuperação do arco de mobilidade articular.
 Aumento da velocidade de cicatrização.
 Remodelação de tecidos cicatriciais.
 Atraso da atrofia muscular.
 Aumento da força e resistência musculares.
 Redução dos espasmos musculares.
 Aumento da resistência cardiovascular.
 Melhoria da função e a independência das atividades diárias.

23
Q

REABILITAÇÃO

A

Existem dois tipos de técnicas de reabilitação:
a) Passivas: as realizadas pelo veterinário.As passivas compreendem a aplicação de frio ou calor, massagens, eletroestimulação e ultrassons.
b) Ativas: as realizadas pelo cão.
As ativas são cinesioterapia e hidroterapia.
Antes de se escolher uma terapia específica para cada animal, tem de se fazer uma anamnese e um exame clínico completos. Incluindo um exame neurológico e de mobilidade das articulações, no caso das claudicações.

Claudicação - animal que apresenta dor a apoiar um ou mais
membros e por isso claudica – “coxear”.

24
Q

REABILITAÇÃO

A
  • Devem ser estabelecidos objetivos lógicos a curto, médio e longo prazo segundo as alterações que se devem melhorar e as horas que o paciente pode passar em reabilitação.
  • Em traços gerais, o frio utiliza-se para diminuir inflamações, enquanto o calor é útil para aliviar contraturas e aquecer os músculos e articulações antes de um exercício; pode realizar-se com sacos de água quente. Para aquecer os tecidos profundos utilizam-se os ultrassons.
  • A eletroestimulação e a massagem melhoram o tónus muscular, diminuem o edema, melhoram a circulação e aceleram a cicatrização, permitindo uma melhor recuperação nos traumatismos e cirurgias.
  • A cinesioterapia consiste em movimentos que se realizam passivamente ou ativamente sobre articulações; melhora o tónus muscular, a força, a coordenação, o movimento articular, etc. A realização destes movimentos na água chama-se hidroterapia.