Micoses Pulmonares Flashcards
Quais os critérios diagnósticos para paracoccidiodomicose?
História clínica= Muito importante em relação a ocupação e epidemiologia (a incidência predomina em adultos de 30-50 anos e homens que realizam atividades agrícolas);
Exames de imagem;
Exames micológicos: Direto;
Cultura; Inoculação;
Histopatológico;
Imunológico.
Quais as características clínicas da paracoccidiodomicose?
Semelhança com a tuberculose com queixas de tosse frequente, dispneia, febre, dor torácica,
hemoptise e rouquidão. Além disso, podem ocorrer lesões mucosas (mais frequentes) e
cutâneas (menos frequentes), sendo muitas vezes consideradas “lesões de inoculação”, por onde esse fungo penetrou na circulação. Essas lesões são comumente descritas como estomatite moriforme de Aguiar-Pupo, lesão típica cuja biópsia evidencia o agente infeccioso ao meio de
processo inflamatório com predomínio de linfócitos e granuloma não-caseoso. Outros sintomas incluem aumento indolor de linfonodos cervicais, supraclaviculares, ou axilares; hepatomegalia ou esplenomegalia (podendo ser acompanhada de dor abdominal). Esses acometimentos de múltiplos órgãos internos é conhecida como forma disseminada.
Como se apresenta o pulmão de pacientes com paracoccidiodomicose?
No pulmão desses indivíduos, vai ter doença bilateral (porém assimétrica) de terço médio, com áreas retráteis, fibroatelectásicas, redução volumétrica, redução do espaçamento intercostal, infiltrado retículo-nodular, que poupa as
bases pulmonares.
Quais os achados na TC para paracoccidiodomicose?
● Espessamento dos septos interlobulares;
● Opacidade em vidro fosco (DD com COVID);
● Nódulos pulmonares;
● Enfisema paracicatricial;
● Espessamento de paredes brônquicas;
● Espessamento da pleura;
● Cavidades;
Sinal do halo invertido: também descrito na COVID, representa uma área cinzenta em vidro fosco, coberta por uma área
hiperdensa(mais branca).
Qual o diagnóstico imunológico da paracoccidiodomicose?
Dosagem de anticorpo por imunodifusão dupla, sendo fácil e prático(apesar de não ser tão barato), como uma especificidade maior que 98% e uma
especificidade também extremamente alta. O professor também enfatizou como nenhum teste imunológico é superior ao isolamento do fungo e sua
identificação física ou pela histologia.
Qual a definição de histoplasmose?
A Histoplasmose é outra doença fúngica bastante comum, também conhecida como “Doença das cavernas” ou “Doença de Darling” ou “Histoplasmose Capsulata” ou “Reticuloendoteliose” que gera processo inflamatório intenso a
nível de sistema reticuloendotelial (vasos linfáticos+fígado+baço), o que é observado pela hepatoesplenomegalia que pode ocorrer em seus casos.
Como é feito o diagnóstico de histoplasmose?
Manifestações clínica e história epidemiológica= Acometimento pulmonar agudo(podendo evoluir para uma histoplasmose crônica) e relação com história de viagens a cavernas(excretas de morcego podem possuir a presença do fungo, podendo aerossolizar ou ser manipuladas por indivíduos- pensar em geólogos, arqueólogos e limpeza de telhados) e
regiões endêmicas Obs: A histoplasmose disseminada também pode acontecer, geralmente em indivíduos imunossuprimidos.
● Exames de imagem;
● Exame micológico: direto (escarro, urina, biópsia, etc..) e cultura (colônias brancas ou colônias bege, dependendo do ágar);
● Histopatologia: processo
inflamatório (riqueza linfocitária),
áreas hemorrágicas, granulomas ou até a presença do fungo.
● Imunodifusão: detecção de antígenos e anticorpos. Técnica simples e específica, que identifica bandas H e M, cuja presença é maior na histoplasmose crônica do que na aguda. Os anticorpos surgem após 4-6 semanas ao inóculo;
● Sondas genéticas: professor não comentou sobre mas estava no slide.
Quais as formas clínicas de criptococose?
Pulmonar primária: tosse, astenia, emagrecimento e febre;
Disseminada: ocorre principalmente em pacientes
imunossuprimidos. Meningite (criptocócica) subaguda ou crônica,
podendo também haver comprometimento ocular, pulmonar, ósseo e da pele.
Criptococoma –> parece com uma cavitação pulmonar***
Quais as formas clínicas da aspergilose?
Aspergilose invasiva, aspergilose crônica fibrosante (lembra tuberculose), aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA, em pacientes com asma = exacerbações) e aspergiloma (“bola fúngica”, colonização de cavidades pré-existentes no pulmão).
Qual o tratamento para micoses pulmonares?
● Na paracoccidioidomicose, em suas formas pulmonar, mucos
oral ou laríngea, o tratamento segue com Itraconazol 200mg/d(6
a 18 meses) OU Sulfametoxazol+Trimetoprima (combinação do
Bactrim) - (12 a 24 meses);
● Na paracoccidioidomicose em sua forma disseminada ou em
casos graves, o tratamento segue com Anfotericina B via EV OU
Itraconazol 400mg/d (mais do que 18 meses);
Obs: Professor mencionou o uso de Voriconazol em casos de falta de Anfotericina B.
● Na histoplasmose, em suas formas aguda, grave ou prolongada, o tratamento segue com Itraconazol 400mg/d (6 a 12 meses);
● Na histoplasmose, em suas formas crônica e disseminada não
grave, o tratamento segue com Itraconazol 400mg/d (12 a 24
meses);
● Na histoplasmose, em sua forma disseminada grave, o tratamento segue com Anfotericina B ou Itraconazol (por pelo menos 24 meses);
● Na aspergilose, em casos de aspergiloma ou aspergilose
pulmonar necrotizante crônica/fibrosante, o tratamento segue com Itraconazol 400mg/d (Mais do que 12 meses);
● Na aspergilose, em caso de acometimento broncopulmonar
alérgico, o tratamento segue com Itraconazol 200mg/d (4 meses);
● Na aspergilose invasiva, o tratamento segue com anfotericina B OU Voriconazol 4mg/kg (12/12h). Pode necessitar considerar remoção cirúrgica de bolas fúngicas;
● Na criptococose, em sua forma pleuropulmonar localizada e em
imunocompetentes, o tratamento segue com Fluconazol 200-400mg/d (3 a 12 meses);
● Na criptococose, em suas formas disseminada, meningite ou em
imunossuprimidos, seu tratamento segue com Anfotericina B como medicação inicial OU Fluconazol.