Derrame Pleural Flashcards
Quais os principais tipos de derrame pleural?
Hidrotórax (predomínio de transudato), Hemotórax (sangue),
Piotórax (pus), Quilotórax (quilo).
Quais as principais formas de ocorrência dos derrames pleurais?
O derrame pleural pode ser livre, infrapulmonar ou loculado (periférico ou intercisural). O loculado diz respeito ao derrame que permanece no mesmo
lugar independente da posição do paciente (sentado, de pé, deitado). O infrapulmonar ocorre na base pulmonar (entre o diafragma e o lobo inferior). Por fim, o derrame pode ser livre e correr por toda a cavidade pleural.
Quais as principais causas de derrames pleurais por tipo de líquido acumulado?
Exsudatos: neoplasia primária ou metastática, tuberculose pleural, penumonias bacterianas e embolia pulmonar.
Transudatos: ICC, embolia pulmonar, sindrome nefrótica e cirrose hepática.
Quilotórax: rotura traumática de ducto torácico, obstrução ao retorno venoso central (trombose de grandes vasos), doenças do sistema vascular linfático (linfomas, linfangiomatose, linfangioleiomiomatose).
Hemorrágico: traumatismo torácico, neoplasias, embolia pulmonar com ou sem infarto pulmonar, pancreatite, IC e síndrome de Dressler.
Como diagnosticar um derrame pleural?
Clínica: expansão torácica reduzida
(inspeção), FTV reduzido (palpação), com submacicez ou macicez (que pode ser móvel, pois o derrame pode ser livre) (percussão) e egofonia em derrame parapneumônico (ausculta).
Procedimento: toracocentese (alívio ou curativa) e exame do líquido.
Quais critérios são utilizados para a avaliação de um derrame pleural?
Critérios de Light: classificação em transudato e exsudato, além de exsudato complicado (cultura positiva para bactérias, acidez e glicose reduzida) e não complicado.
Como diferenciar uma causa exsudativa de uma transudativa?
Sobre a etiologia, podemos pensar em derrame transudativo se houver uma pleura normal (causas geralmente sistêmicas como síndrome nefrótica, ICC, cirrose). Já se uma pleura anormal for identificada, podemos pensar em DP exsudativo (causas que acarretam processo inflamatório na pleura, como tuberculose, pneumonias, neoplasias). As causas transudativas geralmente
acometem os pulmões bilateralmente, enquanto uma causa exsudativa possui a
tendência de acometer um só pulmão.
Como resolver a dúvida entre DP loculado e livre?
Laurell (RX em decúbito) ou um RX de tórax.
Se for um DP exsudativo, como conduzir?
Realizar a biópsia pleural e novos exames, para buscar a causa.
Quais exame microbiológicos podem ser feitos no DP?
GRAM, cultura, antibiograma, BAAR, cultura de micobactérias, cultura de fungos. Exames citopatológicos também devem ser solicitados.
Qual a complicação mais comum do DP parapneumônico?
Empiema.
Quais são as características da clínica para DPP?
A clínica do DPP apresenta-se com sinais de pneumonia (tosse, dispneia, febre, hiporexia) e dor pleurítica. Infecção em lobo inferior pode apresentar dor
abdominal. Febre ou falta de melhora em 48-72h condiz com antibioticoterapia.
Quais exames de sangue fazer no caso de DPP?
A hemocultura deve ser realizada em todos os pacientes com efusão parapneumônica, pode-se medir, ainda, o VHS, PCR e procalcitonina. Além disso, há a necessidade de medir a albumina e LDH sérico. Na análise do líquido pleural, deve ser realizada uma análise macroscópica desse líquido (sanguinolento, seroso, purulento ou citrino), análise do pH (menor do que 7,2 indica DPP complicado), glicose e leucócitos. A realização de citologia e microbiologia também é obrigatória. O líquido
puncionado deve ser enviado para contagem diferencial de células, tuberculose e neoplasias devem ser excluídas na presença de linfocitose pleural. Deve ser
encaminhado para realização de GRAM, cultura bacteriana, BAAR. Em casos de DPP complicado ou empiema, o líquido pleural deve ser drenado de modo a evitar riscos de infecção local e, até mesmo, sepse. A toracocentese de repetição (abordagem da pleura 3, 4, 5 ou 6 vezes, por exemplo) não é recomendada, ou seja, deve ser evitada para diminuir os riscos
de infecção secundária no local. Antes da toracocentese é importante ter a contagem de plaquetas e coagulograma para pacientes com fator de risco.
Deve-se ter o RX de tórax. O USG também pode ajudar a guiar essa punção.