Mecanismo do Parto e Assistência Clínica ao Parto Flashcards

1
Q

Fatores de risco para parto prematuro

A

Prematuro anterior, anemia, desnutrição, polidramnia, infecção, drogas, tabagismo

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2
Q

Predição do parto prematura

A

USG (20 e 24 sem) colo curto se < 20 mm
Progesterona → colo curto ou prematuro anterior
Dúvida se internar = dosar fibronectina na secreção vaginal (detectada em mulheres em trabalho de parto)

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3
Q

Conduta no trabalho de parto prematuro: 24-34 semanas

A

• Corticoide: betametasona, 2 doses de 12 mg IM em 24h
• Tocólise: não fazer se sofrimento fetal agudo ou corioamnionite
- β-agonista: evitar em cardiopata e DM
- Indometacina: > 32 semnas (fecha ducto arterioso → hipertensão pulmonar)
- Nifedipina: cardiopata, ↓ PA
- Atosiban (antagonista da ocitocina): é o que menos interfere na função cardiovascular
• Neuroproteção: sulfato de magnésio nos partos < 32 semanas

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4
Q

Conduta no trabalho de parto prematuro: > 34 semanas

A

• Parto + avaliar profilaxia para GBS

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5
Q

Diagnóstico de amniorrexe prematura

A

• Exame especular (padrão-ouro)
• Teste de nitrazina (↑ pH)
• Teste de cristalização (positivo se RPMO) → aumento de estrogênio
• Pesquisa de elementos fetais (células orangiófilas)
• Alfafetiproteína (na secreção vaginal)
• Amnisure (anfamicroglobulina placentária)
USG (avaliar oligodramnua)

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6
Q

Diagnóstico padrão ouro da amniorrexe prematura

A

Exame especular

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7
Q

Conduta na amniorrexe prematura

A

Presença de corioamnionite: febre + 2 (leucositose ou ↑ FC ou ↑ BFC ou dor uterina ou líquido fétido)
• PARTO (preferencialmente via vaginal)

Ausência de corioamnionite:
• IG > 32/34 semanas: PARTO
• IG 24 - 32/34 semanas: corticoide + antibiótico (1 g de azitromicina) → ↑latência e ↓corioamnionite

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8
Q

Situações que indicam indução de parto

A

≥ 42 semanas
Corioamnionite
RPMO > 32/42 semanas

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9
Q

Meios de induzir o parto

A

Ocitocina
• Ideal para BISHOP ≥ 9 (padrão “A”) → Apagada, Amolecido, Anterior, Aberto, Altura > 0

Misoprostol
• Se BISHOP desfavorável
• Cicatriz uterina contraindica o miso

Krause
• Preparo do colo com sonda de Foley (descolamento das membranas)

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10
Q

Quando não usar o misoprostol

A

Presença de cicatriz uterina

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11
Q

Estática do parto: atitude, situação, posição, apresentação e variedade de posição

A
  1. Atitude (partes fetais entre si):
    • Atitude de flexão generalizada (mais comum) → ovoide fetal
  2. Situação (relação do eixo fetal com o eixo uterino):
    • Longitudinal (mais comum)
    • Transversa (pensar em placenta, mioma) → situação transversa mantida é indicação de cesárea
    • Oblíqua (transitória)
  3. Posição (dorso fetal com abdome da mãe):
    • Ideal para saber a posição de ausculta
  4. Apresentação: 1º polo que desce na pelve
    - cefálica (mais comum) x pélvica
    • Flexão ou occipital (mais comum) X deflexão
    - Fletida ou occipital (mais comum): ref. lambda → apresenta o menor diâmetro: subocciptobregmático
    - Defletida de 1º ou bregma: ref. bregma (bregma sem lambda)
    - Defletida de 2º ou fronte (pior prognóstico): ref. glabela
    - Defletida de 3º ou face: ref. mento
5. Variedade de posição (pontos de referenância enre apresentação fetal e pelve)
• OEA
• ODA
• ODT
• OET
• OP
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12
Q

Manobras de Leopold

A
1° tempo: 
• Situação fetal
2º tempo: 
• Posição
3º tempo:
• Apresentação
4º tempo:
• Altura da apresentação/ insinuação
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13
Q

Trajeto do parto: conjugatas

A

• Vera anatômica: borda superior da sínfise pubica ao promontório
- Não tem valor prático (não da para medir)
• Conjugata obstétrica: vai da borda interna da sínfise púbica ao promontório
- não da para medir diretamento
- Regra de Smellie: obstétrica é 1,5 cm menor que a diagonal
• Conjugata diagonal: vai da parte inferior da sínfise púbica até o promontório
• Conjugata exitus

• Estreito superior:
- Conjugata obstétrica
• Estreito médio
- Espinhas isquiáticas (mais de 10 cm)
- Insinuação: plano 9 DeLee
• Estreito inferior:
- Conjugata exitus: maior retropulsão do cóccix
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14
Q

Fases clínicas do parto

A

Dilatação (1º)
Expilsivo (2º)
Secundamento (3º)
4º período

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15
Q

Período de dilatação (1º)

A
  1. Definição; inicia com trabalho de parto
    • Colo do útero> 3/4 cm com dilatação progressiva
    • Contrações: 2/3 por 10 min, rítmicas e regulares
Conduta:
• Dieta: líquidos claros (água, chás)
• Decúbito
- evitar decúbito dorsal
- deambulação livre
• Tricotomia: não é rotina
• Enteróclise: não fazer
• Amniotomia: não é rotina
• Número de toques: a cada 1/2 horas (4h?)
• Ausculta BCF: antes/ durante/ após a contração
- baixo risco: 30/30 min na dilatação
- alto risco: 15/15 min
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16
Q

Período expulsivo (2º)

A

Definição:
• Inicia com a dilatação total

Conduta
• Posição ideal para o parto: desejo da paciente
• Ausculta BCF:
- Baixo risco: 15/15 min
- Alto risco: 5/5 min
• Episiotomia:
- Feto grande, parto fórcioe
- Tipos: mediana (< dor, < sangramento,< lesão muscular, > risco de lesão de reto); médio-lateral (> dor, > sangramento, > lesão muscular, < lesão de reto)
• Manobra de Ritgen modificada: proteção do períneo, através de preensão do mesmo com uma compressa
• Método Hands-off: não toca no períneo

17
Q

Secundamento (3º)

A

Definição:
• Saída da placenta (< 30 min)

Mecanismos:
• Schulze: mais comum, parece um guarda-chuva, sai primeiro a placenta e depois vem o sangue
• Duncan: face cruente, expõe os cotilédones, sai placenta junto com sangue

Manobras auxiliares:
• 10 U ocitocina IM pós expulsão fetal
• Tração controlada do cordão
• Manobra de Fabre (manobra do pescador): avalia se já descolou

18
Q

4º período

A

Definição
• 1h após secundamento

Hemostasia
• Miotamponagem
• Trombotamponagem

19
Q

Partograma: como interpretar

A
  • Dilatação: triângulo
  • Altura da apresentação: círculo

Linhas:
• Linha de alerta e Linha de ação (4 quadrados depois da linha de alerta)
• Avalia as contrações

Atividade uterina:
Contração fraca: X
Contração moderada: pintar metade do retângulo
Contração forte: preencher todo o retângulo

4/5 contrações intensas no perído expulsivo

Taquissistolia: 6 ou mais contrações

20
Q

Partograma anormal

A
  1. Fase ativa prolongada
    • Dilatação , 1cm/h em intervalo de 2h
  2. Parada secundária da dilatação
    • Dilatação mantida em 2h - Desproporção cefalo-pélvica ou falha do motor (pouca contração)
  3. Parada secundária da descida
    • Expulsivo: altura mantida por 1h (partograma)
    • Período expulsivo pode durar 3h
    • Analgesia e primiparas apresentam prolongamento do período expulsivo
  4. Período pélvico prolongado
    • Expulsivo: descida é lenta
  5. Parto precipitado (taquiócito)
    • Parto em avalanche
    • Dilatação, descida e expulsão ≤ 4h (descolamento de placenta, excesso de ocitocina)
    • Alto risco de laceração, atonia uterina, hemorragia