MBC - Obstetrícia Flashcards
Primeiro exame a ser realizado em caso de sangramento na gestação.
Exame especular
Tipos de abortamento com colo aberto e como diferencia-los.
Incompleto:
- útero menor que IG, restos no útero, endométrio >15mm
Inevitável:
- útero compatível com IG (com embrião vivo ou morto)
Infectado:
- febre, odor fétido, leucocitose
Conduta nos diferentes tipos de abortamento com colo aberto.
Incompleto: esvaziamento
Inevitável: esvaziamento
Infectado: esvaziamento + antibiótico
Tipos de abortamento com colo fechado e como diferencia-los.
Completo:
- útero vazio e menor que esperado para IG
Retido:
- útero compatível com IG (ou pouco menor) com embrião morto na USG
Ameaça:
- útero compatível com IG com embrião morto na USG
Conduta nos diferentes tipos de abortamento com colo fechado.
Completo: orientações
Retido: esvaziamento
Ameaça: repouso e antiespasmódico (para dor, antiespasmódico não evita evolução para aborto inevitável)
Como diferenciar incompetência istmo-cervical de abortamento inevitável? Ambos têm útero compatível para IG, feto vivo e colo aberto.
Na incompetência istmo-cervical não tem cólica, é uma dilatação indolor do colo.
Como escolher a técnica de esvaziamento?
A partir da idade gestacional: < igual a 12s: AMIU ou curetagem > 12s: - sem feto: curetagem - com feto: misoprostol e curetagem se necessário.
Abortamentos legais: quais são, até que IG pode ser feito, o que é necessário para realizar.
Anencefalia: qualquer IG desde que diagnóstico inequívoco, é necessária assinatura de dois médicos no laudo.
Risco de vida: qualquer IG, é necessária assinatura de dois médicos no laudo sendo um deles especialista na área.
Estupro/aborto sentimental: até 20s, não precisa perícia, juiz, nem BO, basta relato da paciente e assinatura dos documentos (>18a a paciente assina, 16-18a paciente assina assistida pelos responsáveis, <16a responsáveis representam a paciente).
Causa mais comum de abortamento esporádico. Investigar?
Aneuploidia, das aneuploidias, a mais frequente é a trissomia do 16. NÃO investiga abortamento esporádico.
Definição de abortamento habitual e principais doenças associadas.
3 ou mais episódios de abortamento.
- incompetência istmo-cervical
- síndrome do anticorpo antifosfolipide
- insuficiência do corpo lúteo
Insuficiência istmo-cervical:
- ddx de abortamento precoce ou tardio?
- clínica:
- conduta:
- ddx de abortamento tardio
- clínica: aborto tardio, colo curto, dilatação indolor, feto vivo e morfologicamente normal, com tendência a perdas cada vez mais precoces
- conduta: cerclagem com 12-16s, técnica mais utilizada é Mc Donald com fio inabsorvivel
Técnica mais utilizada na cerclagem.
Mc Donald
Síndrome do anticorpo antifosfolipide:
- ddx de abortamento precoce ou tardio?
- clínica:
- conduta:
- pode ocorrer em qualquer IG
- clínica: colo normal, feto morto, tromboses, LES, anticorpo +
- conduta: heparina + AAS até o final do puerpério
Diagnóstico da sindrome do anticorpo antifosfolipide.
01 critério clínico + 01 critério laboratorial:
Critérios clínicos:
- trombose arterial ou venosa sem vasculite
- complicações na gestação: morte de feto morfologicamente normal <10s; prematuro morfologicamente normal <34s como consequência de pre-eclampsia, eclampsia ou insuficiência placentária; 3 ou mais abortos inexplicados, espontâneos, consecutivos, com feto morfologicamente normal <10s
Critérios laboratoriais:
- anticardiolipina
- anticoagulante lúpico
- anti B2 glicoproteína
Insuficiência de corpo lúteo:
- ddx de abortamento precoce ou tardio?
- clínica:
- conduta:
- ddx de abortamento precoce
- clínica: aborto precoce, colo normal, queda de progesterona
- conduta: progesterona no 1 trimestre (utrogestan)
Diagnóstico de gravidez ectopica.
Atraso menstrual com dor + beta HCG > 1500 + USG mostrando utero vazio
Localização mais comum da gravidez ectopica.
AMPOLA da trompa
Critérios para tratamento expectante de gravidez ectopica.
Integra + beta HCG declinante e <1000
Critérios para tratamento com metotrexate na gravidez ectopica.
Integra +
- beta HCG < 5000
- massa < 3,5 a 4cm
- sem BCF
Acompanhamento da paciente em tratamento com metotrexate na gravidez ectopica.
Dosar beta HCG no 4 e 7 dia após DU do metotrexate:
- queda > 15%: manter seguimento semanal
- queda < 15%: avaliar se critérios necessários ao tratamento se mantém, caso se mantenham, pode-se tentar até mais 3x.
Quando fazer tratamento cirúrgico conservador (salpingistomia).
Ectopica integra com manutenção do desejo de gestar.
Quando fazer tratamento cirúrgico radical (salpingectomia) na gestação ectopica.
Ectopica rota
- instabilidade hemodinamica: laparotomia
- estabilidade hemodinâmica: laparoscopia
Fatores de risco para gravidez ectopica (8).
- > 35a
- raça negra
- tabagismo
- cirurgia abdominal
- ectopica previa
- endometriose
- DIP
- DIU: reduz a chance de gravidez em geral, mas se gravidez ocorrer, maior chance de ser ectopica
Mola benigna que mais maligniza.
Mola completa
Doença trofoblástica maligna mais comum.
Mola invasora
Tipos de mola hidatiforme, como se formam, cariótipo, presença/ausência de tecido fetal, risco de malignização.
Mola completa: espermatozoide fecunda óvulo vazio e duplica ou dois espermatozoides fecundam óvulo vazio, 46XX ou 46XY (genes exclusivamente paternos), ausência de tecido fetal, 20% maligniza
Mola incompleta: dois espermatozoides fecundam óvulo normal, 69XXY ou 69XYY ou 69XXX, com tecido fetal, 5% maligniza
Achado no USG sugestivo de mola.
“Flocos de neve” ou “cacho de uva”
Tratamento da mola.
Esvaziamento a vácuo + histopatologico.
- histerectomia SEM ANEXECTOMIA se: >40a e prole definida
Acompanhamento pós tratamento da mola.
Beta HCG:
- semanal até 3 beta HCG negativos (PARA USPSP: quinzenal)
- mensal até completar 6 meses
Parâmetros que sugerem malignização durante acompanhamento do tratamento da mola.
- aumento beta HCG em 3 dosagens (ou duas semanas consecutivas)
- 4 dosagens em platô +- 10% (ou 5 semanas consecutivas)
- 6m e beta HCG ainda positivo
- metástase (sítio mais comum é pulmão, depois vagina)
Locais mais comuns de metastase da doença trofoblastica gestacional.
- 1: pulmão
- 2: vagina
Tratamento da mola maligna.
Quimioterapia (mais comum: metotrexate)