MARCHA Flashcards
PARÂMETROS BÁSICOS
- Ciclo da marcha
- Passada
- Passo
- Cadência
- Velocidade
- Centro de gravidade
- Ciclo da marcha: Eventos ocorridos entre dois contatos com o solo pelo mesmo membro
- Passada: Distância compreendida entre o impacto do pé e novo impacto do mesmo pé
- Passo: Distância que vai do calcâneo e um pé ao calcâneo do pé oposto , durante a fase de apoio duplo dos pés, geralmente é metade da passada
- Cadência: Número de passos dados em um determinado tempo (passo/minuto)
- Velocidade: Progressão do movimento em uma mesma direção e relação ao tempo (cm/s)
- Ponto no qual considera-se concentrado o peso corporal em um determinado instante. Durante a marcha, o peso do corpo muda continuamente de lugar.
MARCHA NORMAL
- Fase de Apoio
- Fase de balanço
- Fase de Apoio - 60%
- Apoio do calcanhar - 15%
- Aplanamento do pé - 15%
- Médio apoio ou acomodação intermediária - 25%
- Desprendimento do calcanhar
- Desprendimento dos dedos
- O desprendimento do calcanhar e dedos, juntos, formam a fase de Impulso - 5%
- Fase de Balanço - 40%
- Aceleração - balanço inicial
- Oscilação intermediária - balanço médio
- Desaceleração - balanço final
MARCHA NORMAL
FASE DE APOIO
- Contato do calcanhar no solo
- Pé dorsifletido
- Joelho em total extensão
- Quadril 25˚ flexão
- Transmissão do peso corporal para frente, seguindo pela borda externa do pé
- Termina quando o pé se torna plano
- 15% do ciclo da marcha
- Aplanamento do pé - 15%
- Flexão do joelho 15˚
- Flexão do quadril mantém em 25˚
- Acomodação intermediária ou médio apoio
- Equilíbrio sobre o membro inferior de apoio
- Membro contralateral em fase de balanço, gerando força pra frente
- Tornozelo - 0 a 5˚ dorsiflexão
- Joelho e quadril 0˚
- Corpo progride sobre o pé
- Tornozelo chega a 10˚ dorsiflexão e o quadril a 20˚ de extensão
- 25% da marcha
- Impulso - desprendimento do calcanhar + desprendimento dos dedos
- Aceleração correspondente a 5%
- Tornozelo 20˚ flexão plantar
- Joelho pode chegar a 40˚ flexão
Após flexão do joelho, o membro contralateral termina sua fase de balanço tocando o solo, preparando-se para transferência de peso
MARCHA NORMAL
FASE DE BALANÇO OU OSCILAÇÃO
- Aceleração
- Inicia-se após o desprendimento dos dedos e continua com o pé sendo elevado do solo em flexão plantar - 10˚, em um movimento em forma de arco, com flexão do quadril em 15˚ e joelho 60˚, movendo-se para frente no período inicial de aceleração
- Flexão máxima do joelho, evitando que a ponta do pé se arraste no solo
- Corresponde a 10%
- Oscilação intermediária
- O membro em balanço ultrapassa o membro oposto em apoio
- Joelho começa a estender-se, 25˚
- Quadril fica também em flexão de 25˚
- O trajeto do pé é um arco de balanço para a frente
- 80% da fase de balanço
- Desaceleração
- 10%
- Forças da gravidade e da musculatura do membro travam suavemente o movimento de balanço pra frente
- Tornozelo e joelho em 0˚
- Quadril 25˚ flexão
- Calcâneo volta a tocar o solo e a sequencia total do ciclo da marcha termina
MARCHA NORMAL
CENTRO DE GRAVIDADE
- Posição anatômica
- Intersecção do plano frontal com o sagital, a 55% da sua altura a partir do solo = 5 cm adiante da segunda vertebra sacral, dentro da pelve verdadeira
- Marcha normal
- Curva uniforme e regular
- Oscilação de 4,5cm entre altura máxima e mínima
- Ponto mais baixo - choque do calcanhar
- Ponto mais alto - fase de acomodação intermediária
- Lateralmente - 4,37cm
- Combinação dos movimentos nos planos horizontal e vertical = curva sinusoidal dupla
MARCHA NORMAL
POSIÇÃO DOS SEGUIMENTOS E MOVIMENTOS ARTICULARES
- ROTAÇÃO PÉLVICA
- INCLINAÇÃO PÉLVICA
- POSIÇÕES DO JOELHO
- MOVIMENTOS COMBINADOS TNZ E JOELHO
- DESLOCAMENTO LATERAL DA PELVE
- Rotação pélvica
- Plano horizontal - 4 graus para frente no membro de balnço e 4 graus para tras no membro de apoio = 8˚
- Rotação medial no lado da oscilação (balanço) e rotação lateral no lado de apoio
- Diminui gasto de enegia, por não alterar a altura no centro de gravidade
- Inclinação pélvica
- Plano horizontal: inclina-se para baixo no lado oposo ao do apoio do membro - 5˚
- O joelho da extremidade em oscilação deve estar em flexão para que o pé não arraste no chão
- Posições do joelho
- Choque do calcâneo - joelho em extensão completa - 0˚
- 15˚ flexão até que o pé esteja preso ao solo
- Acomodação intermediária e há a extensão completa do joelho por um período curto
- Volta a ser flexionado ao iniciar a elevação do calcanhar
- Movimentos combinados do tornozelo e joelho
- Impacto do calcâneo: tnz dorsifletido e joelho estendido = centro de rotação do tornozelo elevado
- Flexão do joelo
- Aplanamento do pé, inferiorizando o centro de rotação do tornozelo, que é compnesado pela extensão do joelho
- Desprendimento do calcâneo do solo, elevando novamenteo o centro de rotação do tornozelo e fletindo novamente o joelho
- Tornozelo faz flexão dorsal, automaticamente há estensão do joelho, e quando o tnz faz flexão plantar, o joelho flete, mantendo trajetória suave do centro de gravidade
- Deslocamento lateral da pelve
- Na marcha - deslocamento de 2,0 a 2,5 cm lateralmente em plano horizontal, em direção ao membro que sustenta o peso
MARCHA NORMAL
AÇÃO MUSCULAR NA MARCHA
- Contração concêntrica - diminui distância - força motora
- Contração excêntrica - alonga distância - desaceleração
- Contração isométrica - não altera distância - estabilidade
- Apoio Inicial
- TNZ: Neutro - musc. tibial anterior
- Joelho: Extensão completa - Quadríceps
- Quadril: Fletido 25˚ sagital e neutro coronal
- Aplanamento - resposta à carga
- TNZ: Flexão plantar 10˚- musc. tibial anterior desacelera
- Joelho: Flexão 15˚ - Quadriceps estabilizado pelos adutores
- Quadril: Fletido 25˚ - Estabilizado pelos extensores e adutores
- Apoio médio
- TNZ: Dorsifletido 5˚. musc. solear
- Joelho: Estende-se passivamente
- Quadril: Estende-se passivamente - 0-5˚ de adução estabilizado pelo glúteo médio
- Apoio final
- TNZ: Dorsiflexão 10˚ - Gastrocnêmio
- Joelho: Extensão máxima sem ação muscular
- Quadril: 20˚ extensão passiva
- Pré balanço ou impulso
- TNZ: Flexão plantar 20˚ - Gastrocnêmio
- Joelho: Flexão 40˚ passivo
- Quadril: Flexão 20˚ passivo
- Balanço inicial
- TNZ: Flexão 10˚ - tibial anterior
- Joelho: Flexão 6˚ passiva pela flexão do quadril de 0 a 15˚
- Quadril: Flexão 15˚ - musc. ilíaco, reto anterior, sartório e adutores. Diretamente faz flexão do quadril e indiretamente faz flexão do joelho
- Balanço médio
- TNZ: Neutro - tibial anterior
- Joelho: Flexão 25˚ - passivo
- Quadril: Flexão 25˚ - passivo
- Balanço final
- TNZ: Neutro - tibial anterior
- Joelho: Extensão máxima dos quadríceps e isquiotibiais modulam
- Quadril: Flexão 25˚ - isquiotibiais desaceleram
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR (6)
- Glúteo médio
- Glúteo máximo
- Quadríceps femoral
- Gastrocnêmio-soleo - tríceps sural
- Pré tibiais - tibial anterior, extensor longo do hálux e extensor longo dos dedos
- Musculatura posterior da coxa - semitendinoso, semimenbranoso e bíceps femoral
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
GLÚTEO MÉDIO
- Principal abdutor do quadril, eleva a pelve oposta ao membro apoiado
- Se paralisado - pelve do lado oposto ao membro apoiado cairá - Sinal de Tredelemburg
- Na fase de apoio - desvio do tronco em direção ao lado do glúteo médio dibilitado
- Mais evidente na fase de acomodação intermediária
- Marcha de pacientes com sequelas de luxação congênita de quadril
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
GLÚTEO MÁXIMO
- Principal extensor do quadril
- Se paralisia - hiperextensão do tronco para trás na articulação do quadril, quando peso no membro afetado
- Centro de gravidade posterior- movimento compensatório
- Mais evidente na fase de acomodação intermediária
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
QUADRÍCEPS FEMORAL
- Principal extensor do joelho
- Essencial para subir escada e fornecer estabilidade ao joelho
- Deambulação quase normal em solo nivelado
- O paciente pode não conseguir manter a extensão do joelho no início do apoio, tendo que auxiliar a extensão do mesmo com a mão
- Pode gerar instabilidade relativa do joelho e marcha que lembra a atáxica
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
GASTROCNÊMIO-SÓLEO - TRÍCEPS SURAL
- Responsáveis pela propulsão final para a frente no desprendimento dos dedos na fase de apoio
- Se paralisado: marcha em calcâneo ou marcha do pé plano, sem impulso dos pododáctilos e com a tíbia desviando-se posteriormente sobre o talo na porção final da fase de apoio
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
PRÉ TIBIAIS - TIBIAL ANTERIOR, EXTENSOR LONGO DO HÁLUX E EXTENSOR LONGO DOS DEDOS
- Impossibilidade de manter tornozelo dorsifletido devido à força da gravidade
- Tornozelo em flexão plantar - pé caído
- Para não arrastar seus dedos no solo, na fase de oscilação, o paciente roda externamente e eleva para um nível mais alto que o normal o MI, fletindo excessivamente o joelho e o quadril - Marcha esvarvante
- Na fase de apoio, o pé não conseguirá se aplanar de maneira uniforme e controlada, caindo bruscamente no solo após o apoio do calcanhar
MARCHA PATOLÓGICA
DEBILIDADE MUSCULAR
MUSCULATURA POSTERIOR DA COXA - SEMITENDINEO, SEMIMEMBRANÁCEO E BÍCEPS FEMORAL
- Contraem para desacelerar a oscilação, permitindo apoio do calcanhar de forma controlada e suave
- Se hipotonia, apoio do calcanhar se fará de maneira abrupta, o que espessará o coxim do calcanhar e hiperesetenderá o joelho - simulando algumas características da marcha atáxica
MARCHA PATOLÓGICA
DEFORMIDADES ÓSSEAS E ARTICULARES
- DISMETRIA
- COMPRIMENTO REAL
- COMPRIMENTO APARENTE
- DISTÚRBIOS ROTACIONAIS
- Dismetria de MMII até 1,25cm podem ser compensados com a inclinação da pelve e do ombro, manutenção do tornozelo e pé e equino e flexão de joelho e quadril do lado mais comprido
- Comprimento real
- Distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e o maléolo medial
- Galeazzi
- Comprimento aparente
- Se discrepância real, busca-se discrepância aparente
- Distância entre a cicatriz umbilical e os maléolos mediais
- Distúrbios rotacionais
- Método de Staheli
- Decúbito ventral, joelhos a 90 graus
- Estabiliza a bacia, e faz rotação medial e lateral do membro
- Valores normais: 50˚ homens e 40˚ mulheres
- Pcte em decúbito dorsal, MMII estendidos
- Segura os tnz acima dos maléolos
- Rotação medial e lateral das pernas
- Utiliza a patela como guia para avaliar alcance do movimento
- Pcte em decúbito dorsal, pernas pendentes à borda da mesa, joelhos fletidos
- Fixa uma de suas mãos à coxa do pcte para evitar lateralização do femur
- Segura a extremidade distal da perna
- Rotação de todo o membro medial e lateralmente, usando a tíbia e a fíbula como alavancas
- Esses testes podem avaliar rotação medial e lateral acima do normal, como consequência da anteversão ou retroversão do colo femoral
- Anteversão excessiva - rotação medial e limitação da rotação lateral do membro inferior
- Retroversão - lateralização da marcha, com aumento da rotação lateral e limitação da rotação medial
- Método de Staheli