Manejo das feridas Flashcards

1
Q

Abscessos

A

Infecção cutânea caracterizada por uma coleção de pus que se localiza entre a derme e os tecidos cutâneos mais profundos

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Q

Manifestações clínicas dos abscessos

A

Nódulos eritematosos, doloroso, endurecidos, flutuantes, frequentemente sobrepostos por uma pústula (ponto de flutuação) e circundados por uma borda eritematosa

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3
Q

Contraindicações relativas para drenagem de abscesso

A

Local do abscesso:
- Perirretal
- Região cervical lateral ou anterior proveniente de cistos congênitos
- Mão
- Adjacentes a nervos vitais ou vasos sanguíneos
- Triângulo central da face
Fatores do paciente:
- Complicações de VAs, dificuldade de manejo ventilatório ou risco de aspiração (atentar para sedação)
- Distúrbios de coagulação devem ter sua condição de base corrigida antes do procedimento)

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4
Q

Contraindicações absolutas para drenagem de abscessos

A

Não há

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5
Q

Complicações da drenagem de abscessos

A
Reexpansão local
Osteomielite
Tenossinovite
Tromboflebite séptica
Fascite necrosante
Fistulização 
Danos a estruturas adjacentes 
Bacteremia
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6
Q

Conduta expectante (abscessos)

A

Permitido para abscessos pequenos com drenagem espontânea

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7
Q

Abscessos melhor manejados em sala operatória

A
  • Abscessos recorrentes e múltiplos interconectados
  • Abscessos grandes (>5cm por palpação/USG)
  • Abscessos mais profundos em locais de difícil anestesia
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8
Q

Principal microrganismo associado aos abscessos cutâneos

A

Staphylococcus aureus

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9
Q

Causas comuns de abscessos estéreis

A

Irritantes injetáveis

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10
Q

Em que locais o abscesso pode ser causado por infecções múltiplas por S. aureus, S. pyogenes e bactérias gram-negativas?

A

Regiões orais, perirretais e vulvovaginais

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11
Q

Indicações de antibioticoterapia (abscessos cutÂneos)

A
Abscesso único > ou = 2cm 
Lesões múltiplas
Celulite extensa
Extremos de idade 
Imunossupressão ou outras comorbidades
Sinais sistêmicos de toxemia (febre > 38°C, hipotensão ou taquicardia sustentada)
Resposta clínica inadequada à drenagem
Presença de dispositivo médico interno 
Alto risco de transmissão de S. aureus 
Alto risco de desfechos adversos com endocardite
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12
Q

Indicações para cultura (abscessos)

A

Antibioticoterapia +
Infecção local grave
Sinais sistêmicos de infecção
História de abscessos múltiplos ou recorrentes
Falha da antibioticoterapia inicial
Extremos de idade
Comorbidades subjacentes
Exposições especiais
Indicação para profilaxia contra endocardite infecciosa
Desconhecimento ou rápida mudança de padrões comunitários em relação à suscetibilidade ao antibiótico contra S. aureus

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13
Q

Feridas limpas

A

Produzidas em ambiente cirúrgico de maneira eletiva, não traumático, não infectado, sem comunicação com tratos GI, respiratório e GU

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14
Q

Potencialmente contaminadas

A

Decorrentes de cirurgias que penetram no trato GI, respiratório ou GU em condições controladas e sem contaminação e feridas ocorridas no ambiente doméstico

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15
Q

Contaminadas

A

Atos cirúrgicos com grave violação das técnicas cirúrgicas. Feridas traumáticas com mais de 6h, ou quando se penetra nos tratos GI, respiratório ou GU com presença de inflamação. Ou fridas que tiveram contato com fezes, terra ou materiais altamente contaminantes

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16
Q

Infectadas

A

Feridas que sofreram invasão de microrganismos patogênicos causando infecção. Apresentam hiperemia, edema, dor com ou sem secreção purulenta, calor e limitação funcional

17
Q

Desbridamento cirúrgico

A

Mais rápido e efetivo
Procedimento cirúrgico
Indicado para grandes áreas de necrose, sinais de infecção ou em feridas crônicas

18
Q

Desbridamento mecânico

A

Força mecânica sobre o tecido
Pode causar dor e prejuízo ao tecido de granulação ou de epitelização
Menos seletivo

19
Q

Desbridamento enzimático

A

Colagenase e papaína

Seletivo, lento e dispendioso

20
Q

Desbridamento biológico

A

Lucilia sericata
Rápido e seletivo
Podem ser usadas no intervalo entre desbridamentos ou em feridas crônicas quando há contraindicação do tipo cirúrgico

21
Q

Desbridamento autolítico

A

Usa enzimas do próprio organismo
Curativos interativos úmidos (hidrogéis, alginatos, hidrocolóides e películas transparentes)
Lento porém mais seletivo
Pode ser usado em qualquer tecido necrótico e quando já contraindicação para outros tipos de desbridamento

22
Q

Indicações de desbridamento

A

Escaras, corpos estranhos e necrose excessiva
Feridas traumáticas
Feridas infectadas
Necessidade de limpeza rápida e seletiva

23
Q

Contraindicações relativas de desbridamentos

A

Lesões que envolvem tecidos nobres

24
Q

Complicações dos desbridamentos

A

Sangramento local
Dor
Sepse secundária à ferida infectada

25
Q

Indicações de antibioticoterapia (desbridamentos)

A

O mais breve possível!
Feridas penetrantes em espaço articular ou associados a fraturas
Feridas grosseiramente contaminadas
Feridas corto-contusas extensas
Quando o desbridamento adequado não é satisfatório ou foi tardio
Lesões sujeitas a infecções por clostrídios
Ferimentos moderadamente contaminados quando associados a fatores locais ou sistêmicos que comprometam a resistência do paciente
Pacientes sujeitos a endocardite
Pacientes com próteses

26
Q

Indicação de profilaxia antitetânica em desbridamentos

A
Feridas...
Associadas a fraturas expostas
Penetrantes profundas
Presença de avulsão
Contendo tecido desvitalizado 
Resultantes de projétil de arma de fogo
Queimaduras
Contendo corpos estanhos 
Complicadas por infecções piogênicas 
Associadas a sepse
Contaminadas
27
Q

Quando devemos fazer profilaxia antitetânica em casos de feridas? (Considerando o cartão vacinal

A

Vacina dT: em pacientes com < 3 doses ou com histórico desconhecido; ou em pacientes que já tomaram 3 ou mais doses, com feridas limpas ou pequenas que tenham tomado última dose há > 10 anos e pacientes que já tomaram 3 ou mais doses, com outras feridas que tenham tomado última dose há > 5 anos

28
Q

Profilaxia antirrábica (feridas)

A

Mordedura por mamíferos possivelmente infectados

29
Q

Causas frequentes de síndrome compartimental

A

Trauma (fraturas e queimaduras)
Curativos muito apertados
Hematoma pós-operatório
Infiltração de fluidos intravenosos

30
Q

Locais que a síndrome compartimental ocorrem com mais freuqência

A
Perna
Antebraço
Mão
Região glútea
Coxa
31
Q

Lesões de alto risco para síndrome compartimental

A

Fratura de tíbia e antebraço
Lesões imobilizadas com gesso ou curativo apertados
Lesões graves por esmagamento
Queimaduras (principalmente circunferenciais)
Pressão externa prolongada e localizada em uma extremidade
Exercícios excessivos

32
Q

A partir de quantas horas a lesão muscular começa a ocorrer na síndrome compartimental? Depois de quanto tempo existe uma probabilidade maior de a lesão ser irreversível

A

A lesão muscular geral inicia após 4h de isquema e a probabilide dessa lesão ser irreversível é muito maior após 8h de isquemia

33
Q

Quadro clínico de síndrome compartimental

A

Dor desproporcional aos achados clínicos
Dor à movimentação passiva do membro
Dor à palpação do compartimento
Edema tenso do compartimento
6 Ps clássicos (pain, pressão, parestesia, paralisia, palidez e pulseless
Pressão intracompartimental > 30mmHg

34
Q

Contraindicação relativa para fasciotomia

A

Síndrome compartimental diagnosticada tardiamente

Avaliar viabilidade do membro: coloração, pulso e paralisia

35
Q

Contraindicações absolutas para fasciotomias

A

Não há

36
Q

Complicações de fasciotomias

A
Infecção pós-operatória 
Sepse
Contratura
Amputação do membro 
Lesão de nervos ou vasos
Mioglobinúria -> insuficiência renal
Síndrome de reperfusão