Lei 8112/90 Flashcards
1
Q
- (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição.
A
- Correto. Somente por lei pode-se sujeitar candidato a limite de idade para habilitação a cargo público. A fixação de tal limite via edital não tem o condão de suprir a exigência constitucional de que o requisito analisado seja estabelecido por lei. Nos termos da Súmula 683 do STF, “o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
2
Q
- (CESPE/MS/Analista/2010) O edital do concurso público é o instrumento idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade para a inscrição no concurso.
A
- Errado. Costuma-se dizer que “o edital é a lei do concurso”. Mas é importante entender adequadamente o que essa expressão significa. Ela quer dizer que é no edital que estão postas as diversas regras que regem o certame. Como hierarquicamente está subordinada à lei, não pode contar nada que esteja em desacordo com ela, sob pena de, em face de sua ilegalidade, contaminar todo o concurso. De outro lado, cabe à lei a fixação dos requisitos para investidura em cargo público (Lei nº 8.112/90, art. 5º, caput e § 1º). Entende-se que é possível a fixação de limite mínimo de idade, mas isso deve ser feito sempre, repita-se, através de lei (STF, (AI-AgR 589.906/DF, DJ 23/05/2008). Ademais, segundo o enunciado 683 da Súmula do STF, “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.
3
Q
- (CESPE/ABIN/2008) Conforme entendimento do STF, o exame psicotécnico, para ser admitido em concursos públicos, deve estar previsto em lei e conter critérios objetivos de reconhecido caráter científico, sendo prescindível a possibilidade de reexame na esfera administrativa.
A
- Errado. Nos termos da Súmula 686 do STF, “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.” Assim, somente com autorização de lei em sentido estrito pode-se se sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. O erro da questão está em afirmar que é prescindível a possibilidade de reexame na esfera administrativa, uma vez que essa análise é possível, não só administrativamente, mas também judicialmente.
4
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2009) As regras sobre aposentadoria e estabilidade, constantes dos artigos 40 e 41 da CF, se aplicam ao pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade econômica
A
- Errado. A estabilidade dos servidores públicos não se aplica aos funcionários de sociedade de economia mista. Estes são regidos por legislação específica (CLT), que contém normas próprias de proteção ao trabalhador no caso de dispensa imotivada. A norma do art. 41 da CF, conferidora de estabilidade, tem como destinatário o servidor público estatutário exercente de cargo público. Nos termos da Súmula 390, II, do TST, “ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/88.” CF/88, art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
5
Q
- (CESPE/PC-RN/2009) Os três anos de atividade jurídica exigidos pela CF ao candidato para inscrição definitiva em concurso de ingresso na carreira do MP contam-se da data da colação de grau e não da conclusão do curso superior de direito, e incluem o tempo de curso de pós-graduação na área jurídica concluído com êxito pelo candidato.
A
- Errado. Os três anos de atividade jurídica contam-se da data da conclusão do curso de Direito e o fraseado “atividade jurídica” é significante de atividade para cujo desempenho se faz imprescindível a conclusão de curso de bacharelado em Direito. O momento da comprovação desses requisitos deve ocorrer na data da inscrição no concurso, de molde a promover maior segurança jurídica tanto da sociedade quanto dos candidatos. Vale ressaltar também que, segundo o art. 90 da Resolução 75, de 12/05/2009, do CNJ, não mais se incluem tempo de curso de pós-graduação na área jurídica iniciados após a publicação de tal Resolução.
6
Q
- (CESPE/TCU/2007) Nos termos da lei federal que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, a conduta do administrador público no sentido de fraudar a licitação e desviar dinheiro público sujeita-o à pena de demissão, a ser aplicada pelo presidente da República, sendo pacífica a jurisprudência do STF no sentido da indelegabilidade dessa atribuição.
A
- Errado. É do Presidente da República a competência para prover cargos públicos (CF, art. 84, XXV, primeira parte), que abrange a de desprovê-los, a qual, portanto é susceptível de delegação a Ministro de Estado (CF, art. 84, parágrafo único).
7
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2009) Conforme entendimento do STF, o presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuição de demitir, no âmbito das suas respectivas pastas, servidores públicos federais.
A
- Correto. Ao Presidente da República é dada competência para prover cargos públicos (CF, art. 84, XXV, primeira parte), que abrange a de desprovê-los, a qual, portanto é susceptível de delegação a Ministro de Estado (CF, art. 84, parágrafo único). Um exemplo de tal delegação é a validade de uma Portaria do Ministro de Estado que, no uso de competência delegada, aplica a pena de demissão a determinado servidor.
8
Q
- (CESPE/DPU/Defensor/2007) A justiça do trabalho é competente para julgar todas as controvérsias decorrentes das relações de trabalho, inclusive, de acordo com a jurisprudência, as resultantes da relação estatutária com o servidor público.
A
- Errado. É da competência da Justiça do Trabalho somente no caso de trabalhador ou empregado da Administração Pública estar sujeito às normas da CLT. Todos os outros casos devem ser submetidos à Justiça Comum (federal ou estadual).
9
Q
- (CESPE/TRT-5/Analista/2008) Caso um servidor público federal regido pela Lei n. 8.112/90, em exercício em TRE, tenha ajuizado reclamação trabalhista contra a União, com o objetivo de condená-la ao pagamento de gratificação suprimida de seus vencimentos, a ação deverá ser julgada por uma das varas da Justiça do Trabalho da capital onde se encontre o referido tribunal.
A
- Errado. Compete à Justiça do Trabalho julgar as causas de trabalhador ou empregado da Administração Pública, quando este estiver sujeito às normas da CLT. Os demais casos devem ser submetidos à Justiça Comum (federal ou estadual). Assim, a apreciação das causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base o vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativo, deverá ser feita pela justiça comum.
10
Q
- (CESPE/TRT-1/Analista/2008) As ações oriundas da discussão de relação de trabalho de servidores públicos federais, após a Emenda Constitucional nº 45/2004, serão julgadas pela justiça trabalhista.
A
- Errado. O STF suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a “(…) apreciação … de causas que … sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”. Assim, apreciação das causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base o vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativo, deverá ser feita pela justiça comum.
11
Q
- (CESPE/TRT-1/Analista/2008) O STF entende que, enquanto não houver a regulamentação do direito de greve para os servidores públicos, é possivel a aplicação, no que couber, da lei que disciplina a matéria para empregados privados.
A
- Correto. Por meio de Mandado de Injunção, o STF removeu o obstáculo decorrente da omissão legislativa e, supletivamente, tornou viável o exercício do direito consagrado no artigo 37, VII, da CF, admitindo a aplicação aos servidores públicos da Lei nº 7.783/89, que disciplina a matéria para os empregados privados.
12
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) A matéria acerca dos efeitos da decisão no mandado de injunção não está solucionada em definitivo no âmbito do STF. Controverte-se a possibilidade de a prestação jurisdicional não se limitar à declaração da mora legislativa, mas de assegurar, no caso concreto, o exercício do direito pleiteado, bem assim de fixar prazo ao órgão do qual emana a omissão
A
- Correto. Em razão da evolução jurisprudencial sobre o tema da interpretação da omissão legislativa do direito de greve dos servidores públicos civis e em respeito aos ditames de segurança jurídica, o STF fixou um prazo de 60 (sessenta) dias para que o Congresso Nacional legisle sobre a matéria objeto do mandado de injunção. Em 2007, ocasião em que tal questão foi cobrada, ainda não havia o novo posicionamento do STF acerca dessa matéria, hoje pacificada, entre outros, no bojo do MI 670.
13
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) A EC nº 45/2004 mitigou a garantia da vitaliciedade dos magistrados, uma vez que previu a possibilidade de perda do cargo de magistrado por decisão da maioria absoluta dos membros do Conselho Nacional de Justiça.
A
- Errado. O Conselho Nacional de Justiça é órgão responsável pelo controle da atividade administrativa e financeira do Poder Judiciário e o controle ético-disciplinar de seus membros. A criação do Conselho não é tendente a abolir a separação de poderes porque o Conselho não exerce controle externo, não exerce função jurisdicional e não pode determinar a pena de perda do cargo aos magistrados, embora disponha de competência para aplicar sanções como disponibilidade, remoção e aposentadoria por interesse público (CF/88, art. 93, VIII).
14
Q
- (CESPE/TJ-CE/Analista/2008) É inconstitucional a norma que conceda aumento aos servidores do Poder Executivo, mas que não o estenda aos integrantes dos demais poderes.
A
- Errado. Normas que concedem aumentos para determinados grupos, desde que tais reajustes sejam devidamente compensados, se for o caso, não afrontam o princípio da isonomia. Vale ressaltar também que o Poder Judiciário – que não dispõe de função legislativa – não pode conceder, a servidores públicos, sob fundamento de isonomia, mesmo que se trate de hipótese de exclusão de benefício, a extensão, por via jurisdicional, de vantagens pecuniárias que foram outorgadas, por lei, a determinada categoria de agentes estatais.
15
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) O STF já decidiu que a competência do Conselho Nacional de Justiça não compreende o poder normativo para estabelecer, em caráter geral e abstrato, proibição de nepotismo, pois essa vedação não consta da Constituição Federal ou de leis, sendo impróprio ao órgão de controle suprir a vontade do legislador
A
- Errado. A Resolução nº 07/05 do CNJ reveste-se dos atributos da generalidade (os dispositivos dela constantes veiculam normas proibitivas de ações administrativas de logo padronizadas), impessoalidade (ausência de indicação nominal ou patronímica de quem quer que seja) e abstratividade (trata-se de um modelo normativo com âmbito temporal de vigência em aberto, pois claramente vocacionado para renovar de forma contínua o liame que prende suas hipóteses de incidência aos respectivos mandamentos). A Resolução nº 07/05 se dota, ainda, de caráter normativo primário, dado que arranca diretamente do § 4º do art. 103-B da Carta-cidadã e tem como finalidade debulhar os próprios conteúdos lógicos dos princípios constitucionais de centrada regência de toda a atividade administrativa do Estado, especialmente o da impessoalidade, o da eficiência, o da igualdade e o da moralidade. Dessa forma, compreende-se que o CNJ tem, sim, poder normativo para estabelecer em caráter geral e abstrato, proibição de nepotismo.
16
Q
- (CESPE/TCU/2009) Os princípios constitucionais, assim como as regras, são dotados de força normativa. Com base nesse entendimento doutrinário, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que o princípio da moralidade, por exemplo, carece de lei formal que regule sua aplicação, não podendo a administração disciplinar, por meio de atos infralegais, os casos em que reste violado esse princípio, sob pena de desrespeito ao princípio da legalidade.
A
- Errado. O princípio da moralidade independe de lei formal que regule a sua aplicação. Porém, a administração pode disciplinar, por meio de atos infralegais, os casos em que reste violado esse princípio.
17
Q
- (CESPE/MP-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário
A
- Correto. O Conselho Nacional de Justiça é órgão do Poder Judiciário (CF/88, art. 92, I-A).
18
Q
- (CESPE/DPU/Defensor/2007) Antônio, ex-servidor público federal, foi punido com a pena de cassação de aposentadoria por meio de portaria do ministro de Estado competente, publicada no dia 10/2/2007. Nessa situação, conforme jurisprudência do STF, essa punição não poderia ser aplicada, já que, com a EC nº 20/1998, o regime previdenciário próprio dos servidores públicos passou a ser contributivo, o que afastou a relação jurídica estatutária da relação jurídica previdenciária dos servidores públicos
A
- Errado. O direito da Administração Pública Federal de punir seus servidores prescreve em cinco anos quanto às infrações passíveis de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão, contados a partir da data em que o fato tornouse conhecido (Lei nº 8.112/90, art. 142, I e § 2º). O fato do servidor público ter atendido aos requisitos para a concessão de aposentadoria não impede a instauração de processo administrativo para apurar a existência de falta eventualmente praticada no exercício do cargo. Não obstante o caráter contributivo de que se reveste o benefício previdenciário, é possível a aplicabilidade da pena de cassação de aposentadoria.
19
Q
- (CESPE/ABIN/2008) A sindicância investigativa é uma fase necessária do processo administrativo disciplinar
A
- Errado. A sindicância administrativa – como simples procedimento de caráter preparatório – não se reveste de finalidade punitiva, achando-se instrumentalmente vocacionada a subsidiar, com elementos idôneos, a instauração, pela Administração Pública, de procedimento disciplinar contra o servidor estatal. Nada impede, contudo, que a Administração Pública, dispondo de elementos probatórios idôneos, faça instaurar, desde logo, contra determinado servidor estatal, independentemente de prévia abertura de sindicância, processo administrativo-disciplinar destinado a viabilizar a imposição da sanção legal pertinente, observadas, necessariamente, em tal contexto, as garantias de ordem jurídica decorrentes da cláusula constitucional do due process of law.
20
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) As hipóteses definidoras da competência do STF resultam de disciplina constitucional, razão por que é defeso à atividade legislativa ordinária ampliá-las de forma a abarcar ações penais que envolvam ex-autoridades e ações de improbidade.
A
- Correto. A extensão da competência especial por lei de competência originária não prevista na Constituição é inconstitucional. Assim, não é possível que lei estabeleça competência originária do Supremo Tribunal, uma vez que esta é disciplina constitucional.
21
Q
- (CESPE/STF/Técnico/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.
A
- Correto. Não é possível que lei estabeleça competência originária do Supremo Tribunal, uma vez que esta é disciplina constitucional.
22
Q
- (CESPE/ABIN/2008) As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal
A
- Correto. A Lei nº 8.429/92 é uma lei de natureza civil, ela não dispõe acerca de crimes, mas de atos administrativos.
23
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2009) As funções de magistério limitam-se ao trabalho em sala de aula, excluindo-se as demais atividades extraclasse, de forma que, para efeitos de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado em atividades como as de coordenação e assessoramento pedagógico.
A
- Errado. A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 4º, e 201, § 1º, da CF/88
24
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2009) Aos servidores vitalícios, ao contrário do que ocorre com os notários, registradores e demais servidores dos ofícios extrajudiciais, aplica-se a aposentadoria compulsória por idade, sendo extensivas aos inativos, desde que mediante lei específica, as vantagens de caráter geral outorgadas aos servidores em atividade.
A
- Errado. A aposentadoria compulsória aos setenta anos só se aplica aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações. Os notários e registradores, ainda que considerados servidores públicos em sentido amplo, não são, por exercerem suas atividades em caráter privado por delegação do Poder Público, titulares dos cargos efetivos acima referidos. Apenas as vantagens de caráter geral podem ser estendidas aos inativos.
25
Q
- (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) O STF sufragou entendimento segundo o qual lei ordinária pode equiparar certos cargos de natureza especial ao de ministro de Estado e, assim, garantir aos seus ocupantes a mesma prerrogativa de foro criminal prevista para este.
A
- Correto. Inexiste, no texto constitucional de 1988, argumento normativo contrário à regulamentação infraconstitucional de equiparar certos cargos de natureza especial ao de Ministro de Estado. Segundo o STF, são sistemas singulares criados com o objetivo de garantir independência para cargos importantes da República, tais como Advogado-Geral da União; Comandantes das Forças Armadas; Chefes de Missões Diplomáticas.
26
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) As pessoas que, nos termos da CF, são contratadas para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, por se constituírem em categoria especial de agentes públicos, não podem ser consideradas servidores públicos em sentido amplo.
A
- Errado. Os servidores temporários são considerados agentes administrativos, ou seja, servidores públicos em sentido amplo.
27
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) As funções de confiança podem ser exercidas tanto por servidores efetivos quanto por aqueles que, mesmo não detendo vínculo permanente com a administração, trabalham no serviço público e percebem vantagem pecuniária extra, paga em virtude do tipo especial de atribuição que desempenham.
A
- Errado. As funções de confiança só podem ser exercidas por servidores de carreira, ou seja, servidores ocupantes de cargo efetivo.
28
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) Cargo público é o lugar dentro da organização funcional da administração direta, de suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem funções e remuneração fixadas em lei ou diploma a ela equivalente.
A
- Errado. Nas empresas públicas e sociedades de economia mista o regime de pessoal é o celetista, não há cargo, mas emprego regido pela CLT. Nas fundações podemos encontrar servidores ou empregados, a depender da natureza dela, se for fundação pública de direito público, o regime será o estatutário, se for fundação pública de direito privado, o regime será o celetista.
29
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) Os ocupantes de empregos públicos são designados empregados públicos, contratados sob o regime da legislação trabalhista, ainda que submetidos a todas as normas constitucionais referentes a requisitos para investidura, acumulação de cargos e vencimentos.
A
- Correto. Apesar de o empregado estar submetido a uma relação contratual, requisitos, direitos e sujeições estabelecidos constitucionalmente aplicáveis a cargos, empregos ou funções, tal como acumulação, acessibilidade e investidura e vencimentos. Vale lembrar também que, apesar de ser um regime contratual e esses empregados não gozarem da estabilidade contida no art. 41 da Carta Magna, há a exigência de prévia aprovação em concurso público.
30
Q
- (CESPE/TJ-CE/Técnico/2008) O ocupante de cargo em comissão submete-se ao regime de dedicação integral ao serviço público.
A
- Correto. Conforme estabelece a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 19, § 1º, o ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o tratamento dado à acumulação ilícita de cargos, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.
31
Q
- (CESPE/TJ-CE/Técnico/2008) Das vagas de qualquer concurso público, 20% delas devem sempre ser asseguradas aos portadores de necessidades especiais.
A
- Errado. A Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, § 3º, estabelece que até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso será reservada aos portadores de necessidades especiais.
32
Q
- (CESPE/TST/Técnico/2007) A posse é o contrato por meio do qual os servidores públicos vinculam-se ao Estado.
A
- Errado. A posse não é um contrato, é o ato de investidura do nomeado em um cargo público.
33
Q
- (CESPE/TRT-5/Analista/2008) Na impossibilidade de o candidato comparecer à entrada em exercício de cargo para o qual tenha sido nomeado, é admissível que ele outorgue procuração para que, em seu lugar, terceiro entre em exercício.
A
- Errado. A Lei nº 8.112/90 dispõe ser possível a outorga de poderes a terceiro para que tome posse em nome do nomeado (art.13, § 3º). No entanto, a entrada em exercício é ato exclusivo e personalíssimo, uma vez que aqui já se configura a execução das atribuições do cargo.
34
Q
- (CESPE/TJ-CE/Técnico/2008) Caso um candidato, aprovado em concurso público, esteja realizando tratamento de saúde no exterior e, por isso, não possa comparecer ao órgão no dia marcado para a posse, ele poderá outorgar procuração pública a seu irmão com poderes tanto para tomar posse quanto para entrar para exercício.
A
- Errado. A entrada em exercício é ato exclusivo do empossado (ato personalíssimo), não podendo ser realizado por terceiro, pois é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público.
35
Q
- (CESPE/ABIN/2008) A nomeação é forma originária de provimento de cargo público.
A
- Correto. A Lei nº 8.112/90 traz várias formas de provimento: a) nomeação; b) promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f) reintegração; e, g) recondução. No entanto, a nomeação é a única forma de provimento originário, sendo que todas as demais são provimentos derivados.
36
Q
- (CESPE/ABIN/2008) O cidadão que, tendo sido nomeado para ocupar cargo público efetivo no prazo de 30 dias e que, passado esse prazo, não tenha tomado posse, será exonerado do cargo, para que se possa nomear o próximo candidato.
A
- Errado. Após a nomeação, ato de provimento originário, a Lei nº 8.112/90 estabelece um prazo de 30 (trinta) dias para tomar posse. Caso essa não ocorra, será a nomeação tornada sem efeito, a fim de que se possa nomear outro candidato, se houver interesse da Administração.
37
Q
- (CESPE/ABIN/2008) Será reconduzido ao cargo de origem o servidor cuja demissão tenha sido anulada por decisão judicial ou ato administrativo.
A
- Errado. É caso de reintegração. Dispõe a Lei nº 8.112/90 que o servidor estável, cuja demissão foi anulada administrativa ou judicialmente, será reintegrado, com todas as vantagens que deixou de receber.
38
Q
- (CESPE/STF/Técnico/2008) Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável deve ser imediatamente redistribuído, sendo vedada sua colocação em disponibilidade, já que tal opção feriria o interesse público.
A
- Errado. Conforme estabelece o art. 37, § 3º, da Lei nº 8.112/90, o servidor estável, em caso de reorganização administrativa ou extinção de órgão ou entidade, com extinção de cargo ou declarada sua desnecessidade será redistribuído; se não for redistribuído, será colocado em disponibilidade até em integral aproveitamento.
39
Q
- (CESPE/STJ/Técnico/2008) A Lei 8.112/90 estabeleceu, para algumas carreiras específicas, denominadas carreiras de Estado, o direito à vitaliciedade e à inamovibilidade.
A
- Errado. A Lei nº 8.112/90 não estabeleceu qualquer garantia de vitaliciedade ou inamovibilidade para os servidores públicos. Tais garantias estão previstas constitucionalmente para algumas carreiras, consideradas típicas de Estado, tal como a magistratura e membros do Ministério Público. Para os servidores públicos a Lei nº 8.112/90 trouxe, em conformidade com a Carta Magna em seu art. 41, a estabilidade. Guarde que as três principais diferenças entre este e o cargo efetivo são a) a Carta Magna estabeleceu os cargos que devem assim ser providos, não cabendo à legislação infraconstitucional ampliar esse rol; b) a aquisição da vitaliciedade dá-se, na primeira instância, após 02 (dois) anos de exercício; c) a perda do cargo só se dará por sentença judicial transitada em julgado.
40
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) A vitaliciedade é a prerrogativa conferida a agentes públicos de determinadas categorias funcionais, em razão da especificidade das funções que lhes são cometidas, e cuja perda só pode se dar por sentença judicial transitada em julgado.
A
- Correto. Apenas determinados cargos têm a garantia da vitaliciedade, devido à natureza de suas atribuições, da necessidade de maior segurança e para que tais atribuições sejam exercidas com independência funcional.
41
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) São formas de provimento derivado a ascensão, a transferência, a readaptação, a reversão e a reintegração.
A
- Errado. A ascensão, extinta do nosso ordenamento jurídico, era a investidura de um servidor ocupante de um cargo efetivo para outro cargo efetivo e de nível de escolaridade maior, dentro do mesmo quadro, sem concurso público. A ascensão violava a exigência constitucional do prévio concurso público para a ocupação de cargo efetivo. Já a transferência, também extinta, ocorria quando um servidor ingressava em um cargo e era colocado em outro, de outra estrutura administrativa.
42
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) O provimento em cargo em comissão pressupõe que o indivíduo a ser nomeado, além de integrar o quadro de servidores efetivos, seja estável no serviço público.
A
- Errado. Os cargos comissionados são de livre nomeação e exoneração. Portanto, a investidura em tais cargos, que também ocorre por nomeação, não pressupõe que seja servidor de cargo efetivo, tampouco estável.
43
Q
- (CESPE/ANTAQ/2009) A redistribuição caracteriza-se quando o servidor é deslocado de lugar, o que pode ocorrer a pedido ou de ofício.
A
- Errado. A redistribuição é o deslocamento de cargo, e não do servidor, de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.
44
Q
- (CESPE/ANTAQ/2009) Os cargos públicos em comissão não poderão ser providos segundo as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho.
A
- Correto. Os cargos em comissão, apesar de livre nomeação e livre exoneração, não são regidos pelas regras trabalhistas, mas pelo regime do estatuto que, na esfera federal, é a Lei nº 8.112/90. Porém, os ocupantes de cargo em comissão estarão submetidos ao mesmo regime de previdência, ou seja, ao regime geral de previdência social, já que os comissionados não contribuem para o regime de previdência dos servidores (CF/88, art. 40, § 13).
45
Q
- (CESPE/TJ-DFT/Técnico/2008) A promoção é a movimentação do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe seguinte, observado o interstício de um ano em relação à progressão funcional imediatamente anterior, dependendo, cumulativamente, do resultado de avaliação formal de desempenho e da participação em curso de aperfeiçoamento.
A
- Correto. A progressão é a mudança de padrão de uma determinada classe (por exemplo, da A1 para a A2), já a promoção é a mudança de classe ou categoria dentro de uma carreira (por exemplo, da segunda classe para a primeira classe).
46
Q
- (CESPE/ANTAQ/2009) A exoneração não se caracteriza como uma penalidade administrativa disciplinar aplicável aos servidores públicos.
A
- Correto. A exoneração é forma de vacância de cargo público, não ocorrendo por razões de falta disciplinar, ou seja, não se trata de punição. Em se tratando de punição, há a chamada demissão.
47
Q
- (CESPE/TST/Técnico/2007) Considere que servidor estável do TST, que nunca solicitou qualquer licença, teve indeferido pedido de licença para tratar de interesses particulares porque a administração considerou que o seu afastamento seria incompatível com o interesse público. Nessa situação, o indeferimento é inválido porque o motivo apresentado pela administração está em desacordo com o regime jurídico dos servidores civis da União.
A
- Errado. A licença para tratar de assuntos particulares é discricionária da Administração Pública, que avaliará a conveniência e oportunidade em concedê-la. Dessa forma, o seu indeferimento não é considerado um ato ilegal (Lei nº 8.112/90, art. 91).
48
Q
- (CESPE/STJ/Analista/2008) Uma vez cassada a decisão judicial concedida em favor de Maria, a administração pública poderá promover, desde que Maria seja comunicada do fato, de ofício, o desconto dos valores devidos da remuneração da citada servidora, visando à satisfação desse crédito.
A
- Correto. Como regra, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento do servidor, salvo por imposição legal ou ordem judicial (Lei nº 8.112/90, art. 45).
49
Q
- (CESPE/STJ/Analista/2008) Diante do deslocamento de Pedro, servidor público, por remoção no interesse da Administração, Maria poderá ter exercício provisório em órgão ou entidade da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, desde que exerça atividade compatível com seu cargo, bem como fará jus Pedro a ajuda de custo.
A
- Correto. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. A licença, por motivo de afastamento de cônjuge, será concedida por prazo indeterminado e sem remuneração (Lei nº 8.112/90, art. 84).
50
Q
- (CESPE/STJ/Técnico/2008) Um servidor público ocupante de função de direção no Ministério das Comunicações, ao tirar férias regulamentares, somente receberá o adicional de um terço também sobre a função que exerce se fizer solicitação formal nesse sentido ao setor de recursos humanos.
A
- Errado. A Lei nº 8.112/90, art. 76, dispõe que independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. Assim, não é necessária a solicitação formal no sentido de que seja pago o adicional de férias sobre toda a remuneração.
51
Q
- (CESPE/TJ-CE/Técnico/2008) O pagamento da remuneração referente ao período de férias de servidor deve ser realizado até dois dias antes do início do respectivo período.
A
- Correto. A Lei nº 8.112/90, art. 78, preceitua que o pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1º deste artigo.
52
Q
- (CESPE/TRT-1/Técnico/2008) O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 25% em relação à hora normal de trabalho.
A
- Errado. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho, sendo que somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
53
Q
- (CESPE/TRT-1/Técnico/2008) O servidor tem direito a adicional de tempo de serviço, devido à razão de 5% para cada período de 5 anos de serviço público efetivo.
A
- Errado. A Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, revogou o art. 67 da Lei nº 8.112/90, retirando referido adicional do rol de direitos dos servidores públicos.
54
Q
- (CESPE/TRT-1/Técnico/2008) A realização de trabalhos, com habitualidade, em locais em contato permanente com substâncias tóxicas autoriza a percepção cumulativa dos adicionais de insalubridade e de periculosidade.
A
- Errado. A Lei nº 8.112/90 estabelece que os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida fazem jus a um adicional, de insalubridade ou periculosidade, sobre o vencimento do cargo efetivo. Todavia, ainda que o servidor exerça atividade que seja insalubre e perigosa ao mesmo tempo, os adicionais de insalubridade e de periculosidade não poderão ser cumulados, devendo o servidor fazer opção por um deles.
55
Q
- (CESPE/TRT-1/Técnico/2008) A realização de serviço noturno autoriza a majoração em 50% do valor-hora de trabalho, incidente sobre os vencimentos.
A
- Errado. O serviço noturno é aquele prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte. O adicional por valor-hora acrescido será de 25% (vinte e cinco por cento), sobre a hora trabalhada, computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. Com isso, ao trabalhar das 22 horas às 5 horas da manhã seguinte (ou seja, 7 horas), computar-se-ão 8 horas de trabalho (8h x 52’30’’ = 7h).
56
Q
- (CESPE/TRT-1/Técnico/2008) O adicional extraordinário está limitado a duas horas semanais.
A
- Errado. O serviço extraordinário, que somente será permitido para atender a situações excepcionais e temporárias, deverá respeitar o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada, ou seja, somente poderá ser realizada duas horas por dia de trabalho, e não por semana como assevera a questão.
57
Q
- (CESPE/TRT-19/Analista/2009) Conforme entendimento do STJ, sendo o ato de nomeação um ato discricionário, Sônia não teria direito subjetivo à nomeação, mas mera expectativa de direito, caso a administração resolvesse não contratar nenhum dos candidatos aprovados.
A
- Errado. É entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que o candidato classificado dentro do número de vagas previsto no edital do certame, e dentro do prazo de validade, tem direito subjetivo a nomeação e não mera expectativa de direito.
58
Q
- (CESPE/STF/Técnico/2008) O servidor substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
A
- Correto. De acordo com o art. 38, §1°, da Lei nº 8.112/90, o substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
59
Q
- (CESPE/TRF-5/Técnico/2008) A responsabilidade administrativa de servidor acusado será afastada, caso ele seja absolvido criminalmente por falta de provas.
A
- Errado. Como regra, as instâncias civil, penal e administrativa não se comunicam, ou seja, podem cumular-se, sendo independentes entre si. Dessa forma, em razão de infração cometida, pode o servidor ser responsabilizado na esfera criminal, civil e administrativa. No entanto, a responsabilidade administrativa será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
60
Q
- (CESPE/TRF-5/Técnico/2008) Na hipótese de um servidor ser acusado de irregularidade, a fim de que ele não venha a influir na apuração dos fatos, poderá ser determinado pela autoridade instauradora do processo disciplinar, como medida cautelar, o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração.
A
- Correto. Verificando-se que o servidor indiciado em processo administrativo disciplinar possa, de algum modo, influir na apuração dos fatos, poderá a autoridade instauradora do processo disciplinar determinar, como medida cautelar, o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração, nos termos do art. 147 da Lei nº 8.112/90.
61
Q
- (CESPE/ABIN/2008) A denúncia anônima poderia justificar a instauração da sindicância investigativa sigilosa, com vistas a identificar a fato ilícito, mas não poderia, por si só, justificar a imediata abertura de processo administrativo disciplinar, dado o princípio constitucional que veda o anonimato.
A
- Correto. Estabelece o art. 144 da Lei nº 8.112/90 que as denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Dessa forma, fica vedada a denúncia anônima.
62
Q
- (CESPE/TRF-5/Técnico/2008) O presidente da comissão de processo disciplinar deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
A
- Correto. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três membros, todos servidores estáveis, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente. O presidente da comissão deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
63
Q
- (CESPE/ABIN/2008) A sindicância investigativa é uma fase necessária do processo administrativo disciplinar.
A
- Errado. A sindicância investigativa é aquela utilizada para simples apuração dos fatos e não é fase necessária do processo administrativo disciplinar. O art. 145 da Lei nº 8.112/90 estabelece que da sindicância poderá resultar:
a) arquivamento do processo;
b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
c) instauração de processo disciplinar.
64
Q
- (CESPE/ABIN/2008) No âmbito do processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação.
A
- Errado. O processo disciplinar ordinário se desenvolve na seguinte seqüência: instauração (com a publicação do ato que constituir a comissão); inquérito administrativo (que compreende instrução, defesa e relatório); julgamento. O interrogatório do acusado será realizado após a conclusão da inquirição das testemunhas.
65
Q
- (CESPE/ABIN/2008) Na fase do inquérito, a comissão de processo administrativo disciplinar promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, sendo assegurados ao acusado o contraditório e a ampla defesa.
A
- Correto. Na fase do inquérito administrativo haverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Nessa fase também será assegurado ao servidor acusado o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
66
Q
- (CESPE/ABIN/2008) Qualquer pessoa da família de servidor falecido poderá, a qualquer tempo, requerer a revisão de decisão punitiva que tenha a ele sido aplicada, quando houver fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou a inadequação da penalidade aplicada.
A
- Correto. Estabelece o art. 174 da Lei nº 8.112/90 que o processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Portanto, a revisão poderá ser proposta a qualquer momento, inclusive de ofício. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
67
Q
- (CESPE/AGU/Advogado/2009) O regime previdenciário do servidor público é de caráter contributivo e solidário e constituído por recursos decorrentes, exclusivamente, da contribuição dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.
A
- Errado. Conforme dispõe o artigo 40 da Constituição Federal, aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas. Assim, haverá contribuição:
a) dos entes públicos;
b) dos servidores ativos;
c) dos servidores inativos;
d) dos pensionistas.
68
Q
- (CESPE/AGU/Advogado/2009) Não pode o TCU, sob fundamento ou pretexto algum, anular aposentadoria que tenha julgado legal há mais de 05 anos.
A
- Correto. Deve-se aplicar a Lei nº 9.784/99 também ao Tribunal de Contas da União (TCU), a qual estabelece o prazo de cinco anos para a Administração Pública anular seus atos ilegais. Uma vez aperfeiçoado o ato complexo alusivo à aposentadoria, com a homologação pelo Tribunal de Contas e decorrido o prazo de 05 anos, salvo má-fé do servidor, não poderá a aposentadoria ser anulada pela Administração Pública, caso contrário, haveria violação aos princípios da razoabilidade e da segurança jurídica.
69
Q
- (CESPE/ANTAQ/2009) A aposentadoria compulsória se dará, em qualquer caso, com proventos integrais do cargo em que se encontra o servidor.
A
- Errado. De acordo com o art. 40, § 1º, II, da CF/88, a aposentadoria é compulsória aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
70
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) A CF admite que um servidor aposentado possa acumular os proventos que percebe com a remuneração de um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração.
A
- Correto. O art. 37, § 10, da Carta Magna ressalva os cargos acumuláveis, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. De acordo com o referido dispositivo é possível acumular os proventos da aposentadoria com a remuneração de cargo, nos casos de:
a) cumulação lícita de cargos (dois cargos de professor, dois cargos de profissional de saúde, cargo de professor e outro técnico ou científico, e demais hipóteses constitucionais);
b) cumulação de cargos eletivos (vereador e cargo ou emprego público) e
c) cargos em comissão.
71
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) Na aposentadoria por invalidez permanente, o servidor aposentado receberá proventos proporcionais ao tempo de serviço, salvo se a invalidez resultar de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei, casos em que os proventos serão integrais.
A
- Correto. Estabelece a Lei nº 8.112/90, no seu art. 186, I, que o servidor será aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei. Nos demais casos, será proporcional ao tempo de contribuição.
72
Q
- (CESPE/TRE-GO/2008) O servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão e os que ocupam cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, bem como de suas autarquias e fundações, submetem-se ao regime previdenciário próprio do servidor público.
A
- Errado. De acordo com o art. 183, § 1º, da Lei nº 8.112/90, o servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social para o servidor - PSS, com exceção da assistência à saúde. Significa dizer que aquele que for exclusivamente ocupante de cargo comissionado, estará submetido ao RGPS (regime geral do INSS) e não PSS.
73
Q
- (CESPE/MP-RO/2008) O ato inicial de concessão de aposentadoria não será considerado ilegal, por falta de motivação, se apenas fizer referência a anterior parecer jurídico que fundamente esse entendimento.
A
- Correto. Estabelece o artigo 50, § 1º, da Lei nº 9.784/99 que “a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato”.
74
Q
- (CESPE/MP-RO/2008) O ato de aposentadoria é considerado, conforme entendimento do STF, como ato composto, visto que o TCU apenas atua homologando o que já foi feito, não participando da formação do ato.
A
- Errado. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal a aposentadoria é um ato complexo, pois necessita da manifestação de dois órgãos, entre eles o TCU.
75
Q
- (CESPE/TCU/2009) Conforme recente entendimento do STJ, o prazo do estágio probatório dos servidores públicos é de 24 meses, visto que tal prazo não foi alterado pela Emenda Constitucional n.º 19/1998, que trata apenas da estabilidade dos referidos servidores.
A
- Errado. Segundo o STJ (MS 12.523/DF, 22/4/2009), o estágio probatório dos servidores públicos é de três anos.
76
Q
- (CESPE/TJ-DFT/Técnico/2008) Um servidor que tenha tomado posse no dia 10 de novembro de 2006 pode ter gozado o primeiro período de férias no período de 1.º a 30 de dezembro de 2007 e um novo período de férias em janeiro de 2008.
A
- Correto. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses de exercício (Lei nº 8.112/90, art. 77, § 1º).
77
Q
- (CESPE/ABIN/2008) A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na administração pública não é autoaplicável.
A
- Errado. A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na administração pública é auto-aplicável (art. 8º da EC nº 41/2003).
78
Q
- (CESPE/TRF-1/Juiz/2009) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.
A
- Correto. Assertiva fundamentada no art. 24, caput, da Lei nº 8.112/90.
79
Q
- (CESPE/TRF-1/Juiz/2009) O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de trinta dias, contados da data da posse.
A
- Errado. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse (Lei nº 8.112/90, art. 15, § 1º). Tal prazo é improrrogável.
80
Q
- (CESPE/TRF-1/Juiz/2009) Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor sujeito à readaptação será aposentado.
A
- Errado. A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga (Lei nº 8.112/90, art. 24, § 2º). Esse cargo “excedente” seria uma espécie de cargo virtual, que, a rigor, não existe. Assim que surgir uma vaga, ela será preenchida pelo servidor readaptado, desaparecendo a figura do excedente.