ITU, cardiopatias, emergências pediátricas Flashcards

1
Q

Quais mecanismos de ocorrência de ITU e qual prinicpal?

A
  • Ascendente (principal)

- Hematogênico (+ em RN, mas ascendente é principal)

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2
Q

Quais FR para ITU?

A

Qualquer condição de estase/refluxo de urina

  • Ausência de circuncisão = Prepúcio favorece acúmulo de bactérias
  • Sexo feminino
  • Obstrução urinária ex Válcula de uretra posterior
  • Refluxo vesico ureteral
  • Disfunção vesical
  • Gestação
  • Relação sexual
  • Constipação
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3
Q

Qual quadro de válvula de uretra posterior? Qual conduta?

A

Só meninos; uretra prostática
Pode ter bexigoma, hidronefrose bilateral, oligodramnio
Jato fraco/entrecortado logo ao nascer
Dx é uretocistografia miccional
Conduta é cateterização para alívio, ATB profilático e cirurgia transuretral para correção

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4
Q

Quais os picos de incidência de ITU e em qual sexo cada um é mais comum?

A
  • Primeiro ano de vida = sexo masculino
  • Controle de esfíncter = sexo feminino
  • Relação sexual = sexo feminino
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5
Q

Quais principais agentes da ITU?

A
  • E. coli
  • Proteus *cálculos de estruvita
  • Klebsiella, pseudomonas
  • adenovírus = cistite hemorrágica, s. saprophyticus (jovem feminino sexualmente ativa)
  • Enterococcus
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6
Q

Qual quadro de cistite?

A

Urgência, disúria, polaciúria, dor suprapúbica
Crianças pequenas podem ter choro, sinais inespecíficos
Se tinha controle de esfíncter pode perder

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7
Q

Qual quadro de peilonefrite?

A

Dor lombar, febre, calafrios

  • Febre é principal sintoma em lactentes
  • Outros inespecíficos = dor abdominal, náuseas, vômitos…
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8
Q

Como diagnosticar ITU?

A

Sumário de urina sugere, urocultura confirma

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9
Q

Quais alterações observamos no sumário de urina na ITU?

A
  • Esterase leucocitária = sensível mas não específica
  • Nitrito = específico mas não sensível
  • Piúria >=5 leucócitos/campo
  • Gram/bacterioscopia
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10
Q

Quais métodos para coleta de urocultura e quais valores de referência em cada?

A
  • Jato médio: 10^5
  • Saco coletor: mais útil pra descartar quando vem negativo. Algumas fontes consideram 10^5
  • Cateterismo: 50.000
  • Punção supra-púbica = qualquer valor ou 50.000 dependendo da fonte, exceto entre 2000-3000 de estafilo coagulase negativo! (*especialmente indicado se vulvovaginite, balonopostite, dermatite perineal, diarreia…)
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11
Q

Qual definição de bacteriúria assintomática e quando tratar?

A

10^5 sem sintomas em 3 medidas. TTO na gestação, procedimento urológico etc

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12
Q

Qual tto para cistite?

A

Bactrim, nitrofurantoína, amoxacilina

3-5 dias

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13
Q

Qual tratamento para pielonefrite?

A
  • hospitalar = Ceftriaxone, cefotaxima, ampi + genta
  • ambulatorial - ceftriaxone IM, cipro
  • não fazer nitrofurantoína porque não atinge concentração nos rins
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14
Q

Quais possíveis causas de refluxo vesicoureteral?

A
  • Primária: geralmente idiopática por má inserção do ureter (fica mais horizontalizado)
  • Secundário: a aumento de pressão vesical ex cistite, cálculo, válvula de uretra posterior, disfunção neurológica etc
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15
Q

Como graduar o refluxo vesicoureteral?

A

Através da uretrocistografia miccional (UCM). Vai de grau 1-5.

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16
Q

Qual conduta no refluxo vesicoureteral?

A

No grau 1 e 2 podemos só observar, considerar ATB profilático etc. Grau 4 e 5 tem que corrigir (reimplantação do ureter)

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17
Q

Quais exames de imagem temos para avaliar o trato urinário? Qual função de cada um?

A
  • USG = primeiro exame; alterações mais grosseiras como hidronefrose, cálculo etc
  • Cintilografia com DMSA = estática. Células tubulares absorvem. Avalia morfologia. Agudamente vê pielonefrite e cronicamente vê cicatrizes
  • Cintilografia com DTPA = dinâmica. Não é absorvido, avalia filtração e obstruções
  • Uretrocistografia miccional = avalia refluxo vesicoureteral
  • Estudo urodinâmico: avalia disfunção miccional e bexiga neurogênica
  • Urografia excretora = morfologia. usa contraste e radiação
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18
Q

Quais indicações de realização de exame de imagem pelo Nelson e pela SBP?

A

Nelson: 2m-24m = após pielonefrite fazer USG; se alterado fazer UCM. Se pielonefrite de repetição já fazer UCM. Cistite não precisa; considerar se repetição

SBP: <2 anos sempre fazer USG e UCM se ITU.
>2 anos fazer USG e se alterado UCM

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19
Q

Quando esperamos controle de esfíncter? É antes ou depois da evacuação?

A

Esperamos aos 02 anos controle durante dia e aos 05 controle durante noite. É após o controle da evacuação

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20
Q

Qual definição de enurese? Primária ou secundária?

A

Enurese é perda de urina durante sono (dia ou noite). Primária ou secundária (após 06 meses de continência)

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21
Q

Qual quadro de bexiga hiperativa?

A

Urgência, incontinência, posição de segurar urina etc

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22
Q

Como investigar bexiga hiperativa?

A

*avaliar relação com incontinência

Investigar causas orgânicas = HAS, Cr, Ur, sensibilidade, coluna vertebral, EAS, urocultura

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23
Q

Qual conduta na bexiga hiperativa? E na enurese?

A

Diário miccional, restringir cafeína e açúcar, tto constipação, exercícios de controle do assoalho pélvico (kegel)
Anticolinérgico = oxibutinina
*enurese = lavar roupa, sensor com alarme, considerar desmopressina (análogo do ADH)

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24
Q

Qual definição de hipertensão em pediatria?

A
  • PA normal: até P90
  • PA elevada: P90 a P95 ou >120/80
  • HAS estágio 1: P95 a P95 + 12 ou >130/80
  • HAS estágio 2: >P95+ 12 ou >140/90
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25
Q

Quais principais causas de hipertensão em neonato, lactentes e pré-escolares, e adolescentes?

A

Neonato: trombose de artéria renal após cateterização de veia umbilical
Lactente: Coarctação de aorta, doença renal, doenças endócrinas, medicações
Adolescente: essencial

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26
Q

Qual a conduta na hipertensão em pediatria?

A

No geral não medicamentosa
Medicamentosa se: sintomas, lesão de órgão alvo, associação com DM, estágio 2, secundária, não responde ao não farmacológica

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27
Q

A curva de PA varia com quais parâmetros?

A

Idade, sexo e altura

28
Q

Quais possíveis causas de hidronefrose?

A

Fisiológico transitório

Válvula de uretra posterior, estenose da junção ureteropélvica ou em outro ponto do trato, rim multicístico…

29
Q

Qual obstrução do trato urinário mais comum?

A

Obstrução da junção ureteropélvica (pelve renal)

30
Q

Qual conduta na obstrução da junção ureteropélvica?

A

ATB profilático. Se grau III e IV = pieloplastia com ressecção do segmento estenosado e reimplantação do ureter na pelve

31
Q

Qual quadro de rim multicístico?

A

Formação de cistos nos rins visíveis na USG, geralmente unilateral
*nefrectomia unilateral se aumento do cistos ou HAS

32
Q

Qual quadro de doença renal policística da infância?

A

Ocorre formação de cistos não visíveis a USG nos rins, também acomete fígado com cirrose

33
Q

Qual quadro na sínd de prune-belly?

A
  • Problema no músculo reto abdominal
  • Mal formações do trato urinário
  • Criptorquidia
  • 95% meninos
34
Q

Quais são as cardiopatias congênitas cianóticas?

A

Tetralogia de fallot (+ comum) e transposição de grandes artérias

35
Q

Quais as cardiopatias congênitas acianóticas?

A

Comunicação interatrial, comunicação interventricular;, defeito no septo atrioventricular, coarctação de aorta, persistência do canal arterial

36
Q

Qual cardiopatia congênita mais comum?

A

Comunicação interventricular

37
Q

Quais tipos de comunicação interatrial e qual mais comum?

A
  • Ostium primum

- Ostium secundum = mais comum

38
Q

Qual quadro de comunicação interatrial? O que vemos na imagem?

A

Shunt E->D entre os átrios
Sobrecarga do lado direito do coração
Aumento da vasculatura pulmonar
Congestão pulmonar por hiperfluxo e resfriados frequentes
B2 pelo fechamento demorado da valva pulmonar

39
Q

Qual tto de comunicação interatrial?

A

Se sintomáticos ou relação fluxo pulmonar:sistêmico 2:1 fazer após 1 ano de vida

  • hemodinâmico amplatzer (prótese)
  • cirúrgico-patch fechando CIA
40
Q

Quais tipos de comunicação interventricular e qual mais comum?

A

Septo muscular

Septo perimembranoso = mais comum

41
Q

Qual quadro de comunicação interventricular, qual conduta?

A

Shunt E->D pelos ventrículos
Sopro sistólico 3+ ou mais
Frêmito em borda esternal esquerda baixa
Sobrecarga do lado D do coração, aumento da vasculatura etc
Conduta: cirúrgica com patch, medicamentos para IC

42
Q

O que é a síndrome de eisenmanger?

A

Devido a sobrecarga no pulmão ocorre processo de fibrose levando ao aumento da resistência pulmonar e consequentemente inversão do shunt, agora da D->E = portanto aparece cianose. Aparece entre 5-10 anos nos não tratados

43
Q

Qual quadro de defeito no septo atrioventricular?

A
Shunt E -> D por comunicação entre o AE e VD
Desdobradamento fixo de segunda bulha
Hiperfluxo pulmonar
Dispneia, fadiga
Insuf resp recorrente
ICC
44
Q

Qual alteração de imagem do defeito no septo atrioventricular, qual tto?

A

Aumento da área cardíaca, hiperfluxo pulmonar

Sinal goose neck/pescoço de ganso = alongamento da via de saída do VE

45
Q

Qual condição está associada a defeito no septo atrioventricular?

A

Síndrome de down

46
Q

Qual quadro de persistência do canal arterial?

A

Ocorre shunt da circulação sistêmica pra circulação pulmonar E-> D
Ocorre PA por queda da pressão diastólica e aumento da amplitude de pulsos

47
Q

Qual tto da persistência do canal arterial?

A

Indametacina (ant prostaglandina) e ibuprofeno
Cirúrgico
Hemodinâmica com coils

48
Q

Onde geralmente ocorre a coarctação de aorta?

A

A nível do ducto arterial

49
Q

Qual quadro na coarctação de aorta? E imagem?

A

Pulsos aumentados e hipertensão em mmss
Pulsos reduzidos em mmii
Hipertrofia de VE
Pode ter cianose de mmii pelo sangue desoxigenado que chega pelo ducto arterial
Imagem = aumento da vasculatura pulmonar e área cardíaca; aumento do arco aórtico = botão aórtico

50
Q

Qual conduta na coarctação de aorta?

A

Grave = PGE1 para manter canal arterial
Cirurgia
Hemodinâmica = dilatação por balão

51
Q

Quais alterações na tetralogia de fallot?

A

Defeito na anteriorização do septo conal/infundibular

  • Obstrução na saída de VD
  • Hipertrofia de VD
  • Dextroposição da aorta
  • Comunicação interventricular
52
Q

Qual quadro na tetralogia de fallot?

A

Shunt D->E pela comunicação interventricular
Cianose, baqueteamento digital
Ponta do VD levantada e arco médio (da artéria pulmonar) escavado = coração em bota
Pode ter crises cianóticas no exercício/choro/infecção

53
Q

Qual tto na tetralogia de fallot?

A

Prostaglandina
O2, posição genitopeitoral pra aumentar resistência sistêmica e reduzir o shunt, morfina, propanolol pra reduzir FC
Cirúrgico definitivo se >5kg
Paliativo se <5kg canal dependente = blalock taussig (comunica subclávia com artéria pulmonar)

54
Q

Quais complicações na tetralogia de fallot?

A

trombose cerebral pelo aumento do Ht
Abscesso cerebral
Endocardite bacteriana
ICC

55
Q

Qual quadro na transposição de grandes artérias?

A

Quando canal arterial fecha ele choca, incompatível com a vida, logo nas primeiras horas
Coração em ovo pelo posicionamento dos vasos
área cardíaca e fluxo pulmonar normal

56
Q

Qual conduta na transposição de grandes artérias?

A

PGE1
Atrioseptostomia = rasgo septo interatrial pra misturar
Cirurgia de Jatene até 25 dias de vida (2 semanas) = transposição de vasos

57
Q

Qual principal causa de febre sem sinais localizatórios?

A

ITU

58
Q

Qual definição de anafilaxia?

A
  • Provável se início agudo + envolvimento pele/tecido mucoso + comprometimento respiratório ou manifestações cardiovasculares (redução PA ou disfunção órgão)
  • Início agudo + alérgeno provável + 2 alterações = manifestação de pele/mucosas; comprometimento respiratório; cardiovascular; GI persistente (cólicas, vômitos)
  • Início agudo de hipotensão + alérgeno conhecido
59
Q

Qual conduta na anafilaxia?

A
  • Adrenalina 0,01mg/kg IM face anterolateral da coxa. Repetida em 5-15min. (máx de 0,3mg até 12 e 0,5mg após 12 anos)
  • fluido, anti-histamínico, elevar mmii, considerar cortisol e salbutamol
60
Q

Qual choque mais comum na pediatria?

A

Hipovolêmico

61
Q

Qual definição de SIRS, sepse e sepse grave?

A

-SIRS: Inespecífico. 2 ou + dos quatro parâmetros, com os 2 primeiros obrigatórios
o Temperatura central (oral, cateter central, vesical ou retal) > 38,5 ou <36
o Leucometria elevada ou reduzida ou >10% neutrófilos imaturos
o Taquicardia
o Taquipneia
-Sepse: SIRS + etiologia infecciosa suspeita ou comprovada
-Sepse grave: sepse + disfunção CV ou resp ou 2 de outros órgãos

62
Q

Qual conduta na sepse?

A
  • Fluidoterapia: IV ou IO = bolus 10-20 ml/kg até 60ml/kg
  • aminas: choque frio = epinefrina; quente =noradrenalina

ATB na primeira hora:

  • Neonatos = ampicilina +gentamicina/cefotaxima; aciclovir se suspeita herpes;
  • lactentes e crianças = ceftriaxone/cefotaxima; vanco se suspeita MRSA; se doença intra-abdominal cobrir anaeróbios com metronidazol, clinda ou pipe/tazobactam.
  • Nosocomiais com cefa de 3 ou 4 ou pipe/tazobactam. Fungos em imunocomprometidos
63
Q

Qual ritmo de parada mais comum na pediatria?

A

Assistolia

64
Q

Qual relação compressão/ventilação na pediatria? Qual frequência se for só ventilação? Quando devemos iniciar compressão?

A

Compressão se FC<60
Relação ventilação:compressão 15:2
Se só ventilação = 3-5seg ou 12-20/min

65
Q

Qual carga do choque na parada? Qual dose da adrenalina? Pode usar lidocaína e amiodarona?

A

2J/kg até max 10J/kg

  • Adrenalina (1:1000) diluir 1 ml de adrenalina para 10ml água destilada obtendo-se 1:10.000. Realizar 0,1 ml/kg da solução IV, podendo repetir 3-5 minutos
  • Pode lidocaína e amiodarona
66
Q
Quais as principais causas de acidente doméstico:
1 ano
2-5 anos
>5 anos
Quais as principais causas de morte?
A

• Primeiro ano: asfixias -> quedas -> queimaduras
• 2-5 anos: quedas -> asfixia -> queimaduras
• > 5 anos: quedas -> atropelamento -> queimadura
Causas de morte:
• Acidentes de transporte = 1 causa