Infecto Flashcards
Dengue
- clínica 7
1 febre,
2 mialgia intensa,
3 cefaleia intensa
4 dor retroorbitária
5 sangramentos de mucosas
6 rash com petequias (não denota gravidade)
7 dor abdominal de leve intensidade.
Dengue
- sinais de alarme [6 + 1]
1 Dor adominal intensa,
2 sangramentos de mucosa,
3 vomitos persistentes
4 diminuição da diurese
5 síncope
6 dispneia
Hemograma
- Aumento progressivo do hematocrito (mais de 10% do anterior ou Hto maior a 50 homem 44 mulher 42 criança)
Dengue
- grave
Dengue grave é sepse: infecção + disfunção orgânica. A forma grave costuma aparecer a partir do 3/4 dia, quando a febre já sumiu
Disfunção costuma ser
- hematológica: hemorragia
- cardiocirculatoria: choque
Não necessáriamente há hipotensão e hipoperfusão
Dengue
- exames complementários [3]
1 Hemograma
-
Prova do laço: menos de 20 em adulto ou 10 criança
- quadrado de 2,5cm depois de deixar esfigmo 5 min
- se já tiver petequia não precisa fazer a prova
-Técnica: verificar a pressão arterial do paciente e calcular o valor médio pela fórmula (PAS+PAD/2); insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos; desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de petéquias formado dentro dele; teste positivo em adultos de houver 20 ou mais petéquias. - Sorologia a partir de 6 dias ou identificação do vírus ou antigeno INS1 nos primeiros idas
Dengue
- grupo A
(padrão)
sem sangramento e sem sinais de alarme
Tto ambulatorio com sintomáticos antitérmico e analgesia, reidratação oral
Dengue
- grupo B
(padrão com alguma disfx organica/comorbilidade)
Sangramentos espontaneos ou prova de laço +
- Deixar paciente em observação,
- Hidratação oral com 60 ml/kg/dia
- Hemograma
Dengue
- grupo C
(com sinais de alarme como o aumento de hematocrito)
- Internar
- Hidratação venosa com SF0,9% com 10 ml/kg na primeira hora por 2 horas (até 3 vezes).
- Hemograma, mais coisas
- Reavaliar Hto com novo hemograma
- Iniciar fase de manutenção (25ml/kg em 6h)
Orienta o paciente que ele continuará internado mesmo com a melhora dos exames laboratoriais, pois necessita de hidratação de manutenção, manter-se afebril e com hematócrito estável por, pelo menos, 24 horas.
Dengue
- grupo D
(grave)
presença de choque (taquicardia, hipotensão, pele fria e pegajosa) com ou sem hemorragia
- Internar
- Hidratação venosa em leito de internação com SF0,9% com 20ml/kg na primeira hora
- Hemograma, mais coisas, reavaliando
Notificar
Resfriado/Gripe/Covid19
- diferenças
COVID 19
- exame complementário
- RT-PCR SARS-Cov-2 ou teste de antígeno
- se vier negativo igualmente tomar precauções
COVID 19
- manejo [2]
- retorno ao trabalho
1 Acompanhamento ambulatorial e uso de sintomáticos
2 Corticoide somente se necessidade de oxigênio suplementar, não importa o quanto % do pulmão ta afetado
Retorno ao trabalho
- 7 dias após o início dos sinomas, contanto que esteja sem febre e sintomas respiratórios a pelo menos 24hs
- 5 dias se retestado
- casos graves 20 dias
Erisipela
- agente causal
- como é
- fatores de risco [2]
- diagnóstico diferenciais [2]
Streptococcus pyogenes
Bordos bem definidos, dor local intensa, cor vermelha “viva”, acometimento superficial da pele
FR: Diabetes e obesidade
Erisipela
- exames complementários [2]
1 Laboratorio
- leucocitose com desvio à esquerda
Proporção maior de neutrófilos imaturos (bastonetes) em relação aos neutrófilos maduros (segmentados)
- Em condições normais: proporção de 0,5 a 1.
- Em desvio à esquerda: proporção maior que 1, podendo chegar a 2 ou mais.
- VHS e PCR aumentados
2 Hemocultura x2: seguir tto mesmo se vier negativo
Erisipela
- manejo
- Internar se manifestações sistêmicas ou evolução com muita rapidez: Ceftriaxone 1g 12/12h
- Se paciente tiver bem: Amoxicilina
Pode dar GNPE depois
Hanseníase: Lepra
- tramissão
- tipos [2]
Transmissão por via inalatória, imensa maioria das pessoas gera resposta adequada (principalmente celular)
### 1 Hanseníase paucibacilar (forma tuberculoide):
- Mancha (placa hipocrômica arredondada/única/com bordas eritematosas bem delimitadas) há 8 meses, que foi evoluindo com o tempo, apesar de ter usado cetoconazol tópico por conta própria
- Alteração de sensibilidade: normalmente perda. Exame dermatoneurológico com alteração na sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, além de espessamento de nervo ulnar à palpação
- até 5 lesões e 1 tronco afetado
- muita inflamação mas pouco bicho
### 2 Hanseníase multibacilar (forma virchowiana):
- Infiltração difusa da pele, mais troncos afetados
- fascies leonina
### 3 Forma dimorfa
- mescla ambos, mais perto da multi
Hanseníase: Lepra
- Diagnóstico
- Exames complementários [2]
Diagnóstico clínico
- Baciloscopia
- Biopsia de nervo
Somente encontramos nas formas mais disseminadas. Encontrar = multibacilar
Hanseníase: Lepra
- Manejo
1 Clofazemina e Dapsona diario
2 Rifampicina mensal supervisionada
Paucibacilar: 6 meses
Multibacilar: 12 meses
Hanseníase: Lepra
- Estado reacional [2]
Celular Tipo 1 ou Reversa (normalmente nos paucibacilar):
- despertar da reação imune.
- Lesões pioram, novas lesões em outras regiões, neurite.
- Mantém tratamento e da corticoide oral
Humoral Tipo 2 (normalmente na multibacilar):
- só faz anticorpo, não ajuda.
- Pode dar febre, indisposição, artralgia, paniculite (ERITEMA NODOSO - nódulos subcutâneos palpaveis, dolorosos, eritematosos, nas panturrilhas ou outras áreas, nas superficies extensoras, costumam sumir sem deixar sequela)
- Pode acontecer antes, durante ou depois do tratamento.
- Mantém o tratamento e da talidomida (certificar que nao está gravida e usa 2 métodos incluindo barreira) ou pentoxifilina, considerar corticoide oral se muita neurite.
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Avaliar contatos domiciliares/sociais do trabalho
Se não tiver doença, considerar aplicar BCG
Hepatites
- por que nos preocupamos
- clínica
No geral nos preocupamos mais pelo quadro crônico, não tanto pelo agudo (pode haver fulminante, raro): Cirrose, hepatocarcinoma
Clínica: dor abdominal, nausea/vomito, ictericia, diarreia
Hepatites
- quais tem transmissão fecal/oral
Hepatite A, Hepatite E
Hepatites
- quais cronificam
Hepatite B, Hepatite C, Hepatite D
Hepatite B
- transmissão
Contato com fluidos corporais infectados (sangue, sêmen, fluidos vaginais); pode ocorrer via vertical (mãe para filho).
Hepatite C
- transmissão
Principalmente através do contato com sangue contaminado; menos comum por relações sexuais.
Hepatite D
- necessita da presença de que outra
Hepatite B
Hepatite A
- serologia
- tem vacina?
- Anti-HAV
- IgM: indica infecção aguda.
- IgG: indica imunidade (após infecção ou vacinação).
Hepatite B
- serologia
- tem vacina?
-
HBsAg: antígeno de superfície
- indica infecção activa
- :tem o virus, é agudo ou crônico
-
Anti-HBs: exterminador de vírus da hepatite B
- indica recuperação ou imunização (maior a 10)
- destrói o virus
- ((Anti-HBc((: anticorpo contra antigeno do core
- IgM e IgG
- só circula, não destroi
- todos que tiverem contato com o virus vai ter esse, não a vacinada
Janela imunológica: período entre a ausencia do AgHBs e a aparição do Anti-HBs: podemos achar o Anti-HBc do core. Esse não destrói o vírus, só circula Não vemos o antígeno S e o anticorpo ao mesmo tempo, porque ele mata
- HBeAg:
- serve para ver se está replicando na hepatite crônica
- Anti-HBe
Hepatite C
- serologia
Serologia positiva quer dizer que teve contato, para saber cronicidade se deve buscar o vírus
- Anti-HCV: indica exposição ao vírus
- HCV RNA: confirma infecção ativa e quantifica o vírus.
Hepatite D
- serologia
- Anti-HDV: indica exposição ao vírus.
- HBsAg: deve estar presente, pois o HDV não pode infectar sem o HBV.
Hepatite E
- serologia
- Anti-HEV
- IgM: indica infecção aguda.
- IgG: infecção passada ou imunidade.
HIV
- manejo candidíase esofágica
- manejo pneumocistose
Candidiase esofágica: Fluconazol por 14 dias
Pneumocistose:
- Sulfametoxazol-trimetoprima + corticoide (se hipoxemia)
- Início de terapia antirretroviral 2 semanas após o início do tratamento da pneumocistose
Leishmaniose
- o que indagar 4
(1) residência em área de provável transmissão da doença;
(2) existência de coabitantes, colegas de trabalho e vizinhos com lesão semelhante;
(3) presença de animais no domicílio, local de trabalho e no peridomicílio;
(4) viagem recente a áreas endêmicas.
(5) Perguntar sobre lesão em mucosas (boca ou nariz)
Leishmaniose
- clínica
- Lesão única, úlcera, bordas elevadas e indolor
- Febre 2 meses
- Hepatoesplenomegalia febril
Pancitopenia:
- manchas na pele,
- sangramento ao escovar os dentes
- anemia
Hipoproteinemia: albumina cai muito
Leishmaniose
- exames complementários [3]
- Imunofluorescência indireta (serologia) para leishmaniose
- Hemograma: pancitopenia
- Se não encontro na serologia, poderia buscar formas amastigotas no tecido (medula óssea)
Leishmaniose
- manejo [3]
- Antimonial pentavalente (glucantime)
- Monitorizar ECG, fx renal, fx hepatica, lesão pancreática - Abordagem comunitária
- avaliação de novos casos pelo agente comunitário de saúde (ACS);
- atuação do agente de combate de endemias (ACE)/zoonose.
3 Notificar
Leishmaniose
- diagnóstico diferencial [2]
Leishmaniose tegumentar:
- úlcera assintomática, em regiões expostas onde o mosquito picou
Leucemia:
- pode dar febre, hepatoesplenomegalia, pancitopenia
- Presença de Blastos no sangue periférico, pensar em leucemia (confirmação com bx na medula)
Leishmaniose
- outras medidas [4]
(1) usar repelentes; mosquiteros
(2) evitar a exposição ao mosquito no anoitecer e à noite;
(3) limpar quintais e terrenos; abrigo de animais domésticos
(4) fazer a destinação correta do lixo
Leptospirose
- principais lesõs [3]
Maioria das vezes brando, as vezes a resposta imune anormal pode dar manifestações graves
1 Lesões hepática
Aumento de bilirrubina (Na hepatite viral aumenta muito transaminase)
Ictericia mais alaranjada (rubínica, mistura amarelo da bilirrubina com o vermelho da vasodilatação/hemorragia), não tanto amarelo
2 Lesão renal
Hipokalemia (é estranho porque na lesão renal aguda normalmente aumenta o potássio)
Injuria renal aguda não oligoanurica
3 Lesão pulmonar
Por capilarite, hemorragia alveolar
Leptospirose
- como chega o paciente
Sindrome icterica febril, mialgia nas panturrilhas
1 febre, calafrios,
2 muita dor no corpo, principalmente em membros inferiores,
3 pele amarelada,
4 náuseas e vômitos
Leptospirose
- exame complementário
Serologia: hoje e repetindo depois para ver título
Leptospirose
- manejo
Ceftriaxone se suspeita
Notificar
Meningite
- aguda vs cronica
Meningite aguda: vírus ou bacteria
Meningite crônica (mais de 10 dias): fungo ou micobacteria
Meningite
- clínica [2]
Sindrome febril + sindrome de irritação meníngea (cefaleia)
Meningite
- exame físico [2]
- Rigidez de nuca, Kernig, Brudzinski
- Manchas pelo corpo
Meningite
- exame complementário específico
Punção lombar e análise do líquior
1Celularidade: linfocitosis viral, neutrofilo bacteriana
2 Glicose: do liquor normal é 2/3 da sérica, na bacteriana cai muito
3 Proteínas: aumenta > 40, na bacteriana um pouco mais, mas como não temos bem o valor se costuma desprezar
4 Microscopia
- Cocos grampositivos: pneumococo
- Diplococos gramnegativos: meningococo
- Bacilo gramnegativo: haemophilus influenza
Meningite
- manejo [5]
1 Antitérmico, analgésico
2 Ceftriaxona EV
3 Prednisona: haemophilus/pneumococo
4 Profilaxia: haemophis/meningocóccica. Ceftriaxona IM
5 Isolamento
Indica isolamento da criança por 24h após o início da antibioticoterapia endovenosa.
Pneumonia
- frequencia respiratoria na pneumonia
- até 2 meses ≥ 60
- 2-12 meses ≥S 50
- 12 meses - 5 anos ≥ 40
Sepse
- definição
- SOFA
Infecção confirmada ou suspeita com algum grau de disfunção orgânica. Nem sempre se ve o sofa
QuickSofa +2 (cuidado que não serve para diagnóstico de sepse, serva pra priorizar um paciente sobre o outro)
- alteração da pressão arterial
- frequencia respiratoria maior a 22
- alteração consciencia
Sepse
- exames complementários [2]
- Coleta de culturas (hemo e urocultura x2)
- Gasometria arterial para análise de lactato (microperfusao, 1-1,5 mmol/L ou 18)
Sepse
- manejo
- Hidratação vigorosa com cristaloides (Ringer) 30ml/kg
- Início precoce de antimicrobianos baseado no foco
- Pulmonar: ceftriaxone e macrolideo (claritromicina) ou quinolona respi
- Urina: ceftriaxone - Se não responde (manutenção da hipotensão + lactato > 2mmol/l ou 18mg/dl), trata-se de CHOQUE SÉPTICO e a conduta é iniciar noradrenalina mesmo em acesso periférico enquanto se providencia um central
Sepse
- fórmula de compensação da acidose metabólica
CO2 = Bicarbonato x 1,5 + 8
erro de +-2
De onde vem essa acidose metabolica? Vemos pelo Anion GAP
Sódio - (Bicarbonato + Cloro): normal é menor que 12
Se vier maior quer dizer que tem um anion no corpo, pode ser uma cetoacidose diabética assim como um ac lático da sepse
Tuberculose
- clínica [6]
Tosse há mais de 3 semanas
Febre
Sudorese noturna
Perda de peso
Dispneia
Hemoptises
Tuberculose
- Exame complementário [4]
- Solicitar TRM-TB (molecular, uma amostra) ou Baciloscopia (uma amostra na consulta e otra na manhã seguinte, acumulado)
- o teste molecular não serve para o acompanhamento porque demora pra negativizar - Radiografia de tórax
+
-
Cultura, Teste de sensibilidade
- a cultura pode demorar até 2 meses, mas se suspeitamos muito é bom fazer caso não melhora o tratamento - Testagem para HIV
Tuberculose
- manejo
- Tratamento ambulatorial
- Internar se
- disfunção orgânica/grave/vulnerabilidade social
Tuberculose
- comunicantes, o que fazer
0 verificar se realmente está assintomático
1 Fazer PPD (não serve pra diagnóstico!!)
se < 5mm
-n ão reator, repetir a PPD em 6-8 semanas. Avaliar a variação de PPD se maior a 10mm da anterior, tratar tbc latente
se >= 5mm (ou 10mm em diabete ou alto tabagismo)
- fazer raio x e se vier normal o diagnóstico é tuberculose latente (explica que não tem tuberculose ativa e que não está transmitindo a doença)
Fazer o tratamento com:
Isoniazida 300mg/dia
- 270 doses em 9-12 meses
- 180 doses em 6-9 meses
Rifampicina 600mg/dia
- por 4 meses
Isoniazida E Rifapentina 900mg/semana
- por 12 semanas