Infecções e Antibioticoterapia em Cirurgia Flashcards
Condições clínicas conhecidas que aumentam o risco de infecção no pós-operatório
- Extremos da idade (neonatos, adultos muito idosos)
- Desnutrição
- Obesidade
- Diabetes melito
- Irradiação anterior do local
- Hipotermia
- Hipoxemia
- Coexistência de infecção remota ao sítio cirúrgico
- Corticoterapia
- Cirurgia recente, sobretudo do tórax ou do abdome
- Inflamação crônica
- Hipocolesterolemia
Fatores de riscos para o desenvolvimento das infecções do sítio cirúrgico: fatores do paciente
- Ascite (para cirurgia abdominal)
- Inflamação crônica
- Terapia com corticosteroides (controversa)
- Obesidade
- Diabetes
- Extremos de idade
- Hipocolesterolemia
- Hipoxemia
- Doença vascular periférica (para cirurgia da extremidade inferior)
- Anemia pós-operatória
- Irradiação anterior do local
- Cirurgia recente
Infecção remota - Colonização cutânea ou nasal de estafilococos
- Doença cutânea na área da infecção (p. ex., psoríase)
- Desnutrição
Fatores de riscos para o desenvolvimento das infecções do sítio cirúrgico: fatores ambientais
- Medicamentos contaminados
- Desinfecção/esterilzação inadequada
- Antissepsia cutânea inadequada
- Ventilação inadequada
Fatores de riscos para o desenvolvimento das infecções do sítio cirúrgico: fatores de tratamento
- Drenos
- Procedimento de emergência
- Hipotermia
- Profilaxia antibiótica inadequada
- Oxigenação (controversa)
- Hospitalização pré-operatória prolongada
- Tempo operatório prolongado
Classificação das cirurgias quanto o grau de contaminação da ferida cirúrgica
Classe I (cirurgia limpa):
* Não traumática, sem inflamação, não há entrada em cavidades, sem quebra da antissepsia e da técnica cirúrgica
* Fechamento deve ser primário com drenagem, quando necessário
Classe II (cirurgia potencialmente contaminada):
* Cirurgias no TGI, TR ou TGU, de maneira controlada, sem extravasamento de conteúdo ou pouco extravasamento
* Pequenas infrações da técnica cirúrgica ou aquelas em áreas de difícil antissepsia
Classe III (cirurgia contaminada):
* Ferida traumática recente (menos de 6h), presença de processos inflamatórios sem a preseça de pus;
* Entrada no TGI, TGU ou TR com extravasamento grosseiro;
* Infecção à distância;
* Quebra da técnica asséptica.
Classe IV (cirurgia infectada/suja):
* Lesões traumáticas com mais de 6 horas, com tecido desvitalizado, corppo estranho, contaminação fecaloide, presença de pus.
Classificação das ISC
- Inciosional superficial: menos de 30 dias após a cirurgia; envolve pele e tecidos SC; drenagem purulenta; sintomas de eritema, dor e edema local
- Incisional profunda: menos de 30 dias após a cirurgia (menos de 1 ano se implante); envolve tecidos moles profundos (fáscias e músculos); drenagem purulenta do espaço profundo; abcesso; febre, dor e sensibilidade, levando à deiscência ou abertura da ferida
- Órgão e espaços: menos de 30 dias após a cirurgia (menos de 1 ano se implante); envolve órgãos e espaços outros que não a incisão; drenagem purulenta; abcesso.
Indicações de antibioticoprofilaxia
Limpa:
• Não precisa
• Exceto: uso de material sintético (próteses), incisões em ossos, cirurgia cardíaca, oftalmológica, neurocirurgia, cirurgia vascular de grandes vasos abdominais e periféricos
Limpa-contaminada
• Indicado
• Exceto: colecistectomia laparoscópica eletiva
Contaminada
• Indicada
Via de administração da antibioticoprofilaxia
Parenteral
Tempo de antibioticoprofilaxia
- Início: de 30-60 minutos antes da incisão cirúrgica.
- Duração: no máximo até 24 horas após o ato operatório, de maneira descontinuada. A dose única usualmente é suficiente. Uso de antibiótico profiláticos por 48 horas em casos de cirurgia cardíaca.
- Reforço durante a cirurgia: 1 a 2 vezes a meia vida do antibiótico.
Patógeno que causa a maioria das ISC
Cocos Gram-positivos
Principais medicações indicadas na antibioticoprofilaxia
• Cefalosporina de primeira geração (cefazolina)
• Clindamicina para alérgicos à beta-lactâmicos
• Necessidade de cobertura de Gram-negativos ou anaeróbicos: cefalosporina de 2ª geração ou a
combinação de um agente de 1ª geração + metronidazol
Indicação de antibioticoterapia
Cirurgia infectada ou suja
Agentes antimicrobianos antipseudomonas
- Piperacilina-tazobactam
- Cefepima, ceftazidima
- Imipenem-cilastatina, meropenem, doripenem
- Ciprofloxacina, levofloxacina (dependendo dos padrões de suscetibilidade locais)
- Aminoglicosídeos
- Polimixinas
Agentes antimicrobianos direcionados à gram-positivos
- Glicopeptídeo (p. ex., vancomicina, telavancina)
- Lipopeptídeo (p. ex., daptomicina; não para pneumonia conhecida ou suspeita)
- Oxazolidinona (p. ex., linezolida)
Agentes antimicrobianos direcionados à gram-negativos
- Cefalosporina de terceira geração (não ceftriaxona)
- Monobactâmicos
- Polimixinas