Infecções congênitas TORCHS - parte 2 Flashcards
Síndrome da Rubéola Congênita - quando ocorre a transmissão e quando ela é mais grave
Ocorre quando a mãe tem uma infecção aguda na gestação
Risco de defeito congênito grave de 90% se infecção antes de 12 semanas de gestação, clínica rara quando infecção após 16 semanas de gestação
Síndrome da Rubéola Congênita - tríade clássica
SRC
Surdez
Reflexo vermelho ausente (catarata)
Cardiopatia (PCA e estenose de artéria pulmonar as mais comuns)
Síndrome da Rubéola Congênita - diagnóstico
Sorologia IgM no RN Isolamento viral (urina ou nasofaringe) - a criança excreta o vírus por 1 a 2 anos*
*importante precaução de contato
Síndrome da Rubéola Congênita - profilaxia
Vacinação das mulheres de idade fértil (tríplice viral)
Imunoglobulina para gestantes - fazer para as expostas não suscetíveis (mas não há comprovação de proteção fetal)
Varicela - duas formas no RN e quando é mais grave
Forma congênita - infecção materna no 1º ou 2º tri, sendo mais grave no primeiro
Forma neonatal - infecção materna no 3º tri ou até 10 dias após o parto, sendo mais grave de 5 dias antes do parto até 2 dias depois do parto*
*ocorre infecção aguda sem tempo de a mãe produzir anticorpo para passar pro bebê
Varicela - principais achados clínicos da forma congênita
Rash cicatricial respeitando dermátomos
Hipoplasia de membros
Encontrados principalmente se a infecção materna ocorreu com IG < 12 semanas
Varicela - principais achados clínicos da forma neonatal
Vesícula, rash hemorrágico, febre, acometimento visceral (semelhante a catapora, mas mais grave, principalmente de -5 a +2 dias do parto)
Varicela congênita - diagnóstico e tratamento
Diagnóstico - histórico gestacional de infecção, estigmas clínicos
Tratamento suportivo (não usa aciclovir, pois é cronico, a infecção já ocorreu e ficou a cicatriz)
Varicela neonatal - diagnóstico e tratamento
Mais grave!
Diagnóstico sorologia ou isolamento viral
Tratamento aciclovir 10 dias
Varicela - profilaxia pôs exposição - como fazer e indicações
Com IGHAVZ, em 2 situações:
Pós-contato em gestantes suscetíveis
ou
Para evitar varicela neonatal grave:
- RN mãe varicela de -5 a +2 dias do parto
- RNPT de 28 a 36 semanas se mãe com historia negativa para varicela ou imunização
- RNPT < 28 semanas ou < 1000g independente da historia materna
*em surtos de berçário, fazer para todos no local
Púrpura neonatal diagnóstico diferencial de duas TORCHS
Rash em Blueberry Muffin (ocorre na rubéola e no CMV)
Varicela - principais características clínicas da embriopatia pelo VZV
Pele - hipopigmentação, lesões cicatriciais
Ocular - microftalmia, catarata, coriorretinite, atrofia óptica
SNC - microcefalia, hidrocefalia, microcalcificações
Hipoplasia de membros (lesão de plexos cervicais e lombossacros
Herpes - principais características clínicas da embriopatia pelo HSV
Tríade:
Vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização
Alterações oculares
Microcefalia ou hidrocefalia
Mnemônico TORCHS
Toxo Rubeola CMV Herpes Sifilis *Varicela
Notificação compulsória TORCHS
Toxoplasmose e rubéola
Quais achados clínicos sugerem TORCHS
CIUR Lesões ósseas Hepatoesplenomegalia Microcefalia Calcificações intracranianas Coriorretinite *catarata, glaucoma, rash, cardiopatias, anormalidades hematológicas também sugerem
Avaliação complementar (exames) TORCHS
Hemograma, radiografia de ossos longos, ultrassom transfontanela, TC crânio, fundo de olho, PEATE, pesquisa agente etiológico (isolamento viral em amostras), sorologia (IgG não é bom para avaliar congenita, preferir IgM ou IgA)