Infecções congênitas - TORCHS - parte 1 Flashcards
Toxoplasmose - como se apresenta no adulto e como se transmite ao feto
Infecção aguda assintomática
Transmissão transplacentária, por infecção aguda na gestante, por reativação nas imunossuprimidas ou por reinfecção
TORCHS - em qual trimestre é mais comum de haver transmissão e em qual é mais grave (e por quê?)
Mais comum no 3º trimestre (maior vascularização)
*Mais grave no 1º tri (afeta organogenese), embora menos frequente
Toxoplasmose congênita - tríade clássica
Tríade de Sabin:
Hidrocefalia
Calcificações cerebrais difusas
Coriorretinite
Toxoplasmose congênita - sequelas tardias
Coriorretinite, atraso intelectual, surdez, distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, deficiência de GH, diabetes insipidus, puberdade precoce)
Toxoplasmose congênita - diagnóstico no RN
Sorologia - IgG (pode ser da mãe, apenas após 6 meses é do filho), Igm e IgA
Toxoplasmose congênita - exames no RN
Sorologias, LCR, TC crânio, função hepática, fundo de olho e PEATE
Toxoplasmose mãe/feto/RN - tratamento
Gestacional:
Espiramicina (evitar infecção fetal)
Fetal (PCR positivo em LA ou alterações em US obstétrica):
Sulfadiazina, pirimetamina (causa neutropenia) e ácido folínico (trata neutropenia)
Congênita - mesmo tratamento da fetal, após nascimento do bebê, durante 12 meses
*Prednisona se hiperproteinorraquia ou coriorretinite
Toxoplasmose - indicação de tratamento no RN
toxo congenita confirmada ou toxo gestacional comprobada ou provavel
CMV -
Congênita - infecção primária ou reativação (que independe da imunocompetência), ocorrendo menos transmissao na reativação
Perinatal - intraparto ou pós-natal precoce (leite materno ou heotransfusão)
CMV - triagem
Controversa - infecção fetal pode ocorrer também por reativação, além de não haver tratamento para evitar infecção fetal
CMV congênito - clínica
90% dos congênitos assintomáticos, podendo haver sequelas
10% sintomáticos - icterícia colestática, trombocitopenia, microcefalia, convulsões, coriorretinite, surdez neurossensorial (“cemeve” mas não me ouve) - fazer BERA (PEATE) seriado - calcificações cerebrais
CMV perinatal - clínica
Maioria assintomático
Sintomáticos são principalmente os RNPT < 32 semanas ou < 1,5kg - síndromes sepsis-like, pneumonite, colestase, plaquetopenia, neutropenia
CMV - diagnóstico
Isolamento viral em cultura de fibroblastos - padrão ouro (mas demora a ficar pronto)
PCR em urina ou saliva - o mais usado (a excreção do virus na urina ocorre por mais de 3 meses)
Sorologia - baixas sensibilidade e especificidade (IgG não confirma, pois pode ser da mãe)
CMV - tratamento no congênito e no perinatal
Ganciclovir EV ou valganciclovir VO
No congênito por 6 semanas, apenas se infecção confirmada e criança sintomática (alteração SNC, auditiva ou coriorretinite)
No perinatal por 2 a 3 semanas apenas se infecção grave
CMV vs Toxo - calcificações cerebrais
No CMV são periventriculares (Circundam o Meu Ventrículo), enquanto na toxoplasmose são difusas
Toxoplasmose materna - diagnóstico na mãe no pré-natal
- IgM- IgG-: susceptível
- IgM+ IgG-: infecção recente
- IgM+ IgG+: infecção recente / antiga
- IgM- IgG+: infecção antiga
Se IgM+ e IgG+, tem que pedir índice de avidez de IgG
- < 30%, baixa avidez, infecção recente
- > 60%, alta avidez, infecção antiga
Toxoplasmose materna - quando e como investigar toxoplasmose fetal
Com PCR de líquido amniótico. Solicitar se infecção recente ou alterações ultrassonográficas sugestivas de toxoplasmose
IgM e IgG na toxoplasmose - propriedades
IgM indica caso agudo e não ultrapassa barreira
IgG indica caso crônico e ultrapassa