Infecção e cirurgia Flashcards

1
Q

Equilíbrio entre infecção e hospedeiro

A

Dose de contaminação bacteriana x Virulência da bactéria = Risco de infecção do sítio cirúrgico / Resistência do hospedeiro

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2
Q

Qual a fisiopatogenia da infecção?

A

O inóculo de microrganismos na ferida é suficiente para tornar incapaz os mecanismos de defesa locais do hospedeiro (paciente) –> 10^5 microrganismos/g de tecido

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3
Q

Fundamentos da técnica cirúrgica

A
  1. Técnica cirúrgica asséptica: assepsia e antissepsia
  2. Operações fundamentais: hemostasia, diérese e síntese
  3. Metodização cirúrgica (diminuição do tempo de cirurgia, menor exposição a MOs)
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4
Q

Rigorosa técnica cirúrgica deve ser mantida com intuito de…

A

prevenir a contaminação por FLORA EXÓGENA

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5
Q

Epidemiologia da infecção em sítio cirúrgico

A
  • 38% do total das internações hospitalares em pacientes cirúrgicos
  • 16% do total de infecções hospitalares
  • Maiores fontes de morbidade e mortalidade
  • Incidência de 2 a 5 % para as cirurgias consideradas “limpas”
  • Aumento do tempo de internação e custo
    *2x chance de óbito
    *2x permanência em UTI
    *5x readmissão hospitalar
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6
Q

Infecção
Fatores de risco do hospedeiro

A

Diabetes Mellitus
Tabagismo
Obesidade
Desnutrição
Idade avançada
Imunossupressão
Infecções em sítios distantes
Tempo de internação prolongado

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7
Q

Instrumentação: quais instrumentos compõem a DIÉRESE? 5

A

Bisturi de lâmina fria
Tesoura de dissecção de Metzenbaum curva
Tesoura de dissecção de Metzenbaum reta
Tesoura de secção de Mayo curva
Tesoura de secção de Mayo reta

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8
Q

Instrumentação: quais instrumentos compõem a HEMOSTASIA? 6

A

Pinça hemostática de Halsted
Pinça hemostática de Kelly curva
Pinça hemostática de Kelly reta
Pinça hemostática de Crile curva
Pinça hemostática de Crile reta
Pinça hemostática de Mixter

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9
Q

Instrumentação: quais instrumentos compõem a SÍNTESE? 5

A

Pinça vascular de De Bakey
Pinça anatômica
Pinça dente de rato
Porta agulha de Mathieu
Porta agulha de Hegar

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10
Q

Instrumentação: quais instrumentos compõem os AUXILIARES? 12

A

Pinça de preensão de campo de Backhaus
Pinça de Pean + cuba metálica para antissepsia

Pinça de preensão de Babcock
Pinça de preensão de Duval
Pinça de preensão de Collin
Pinça de preensão de Allis
Pinça de preensão aponeurótica de Kocher
Pinça de preensão de tudo de Renault
Pinça coprostática de Kocher curva
Pinça coprostática de Kosher reta
Pinça coprostática de Rochester-Karmault curva
Pinça coprostática de Rochester-Karmault reta

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11
Q

Instrumentação: quais instrumentos compõem os ESPECIAIS? 7

A

Afastador manual de Farabeuf
Afastador manual de Doyen
Afastador autostático de Gosset por paralelismo de barras
Afastador autostático de Finochietto por cremalheira
Rugina reta de Farabeuf
Rugina curva de Doyen
Costótomo de Sauerbrush

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12
Q

Antissepsia: materiais e cuidados necessários

A

Clorexidine e iodóforos (PVPI)
Técnica correta (tricotomia antes)
Antissepsia ampla extensão
Gaze, cuba e pinça de Pean

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13
Q

Campos operatórios: características

A

Tecidos grossos e estéreis
Delimitar e isolar
Inferior

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14
Q

Equipe cirúrgica: cirurgia SUPRAmesocólica e cirurgião DESTRO

A

C1 a direita do paciente
A1 em frente do cirurgião
I ao lado de A1
A2 ao lado do cirurgião

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15
Q

Equipe cirúrgica: cirurgia INFRAmesocólica e cirurgião DESTRO

A

C1 a esquerda do paciente
A1 em frente do cirurgião
I ao lado de A1
A2 ao lado do cirurgião

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16
Q

Equipe cirúrgica: SUPRAmesocólica e cirurgião CANHOTO

A

C1 a esquerda do paciente
A1 em frente do cirurgião
I ao lado de A1
A2 ao lado do cirurgião

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17
Q

Equipe cirúrgica: cirurgia INFRAmesocólica e cirurgião CANHOTO

A

C1 a direita do paciente
A1 em frente do cirurgião
I ao lado de A1
A2 ao lado do cirurgião

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18
Q

Infecção: fatores de risco na cirurgia

A

Tempo intra-operatório prolongado

Técnica cirúrgica: manipulação intensa, abertura inadvertida de víscera, controle inadequado de sangramento, espaço morto, quantidade de tecido desvitalizado

O uso de drenos

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19
Q

Definição de cirurgia limpa

A

Sem sinais de inflamação, sem manipulação do TGI (gastrointestinal), TGU (genito urinário), T Resp.
Risco de infecção: 1,5 a 2%

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20
Q

Definição de cirurgia potencialmente contaminada

A

TGI, T Resp., TGU, orofaringe em condições controladas
Risco de infecção: 2 a 7%

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21
Q

Definição de cirurgia contaminada

A

Inflamação aguda, urina ou bile infectadas, secreção de TGI, quebras de técnica
Risco de infecção: 7 a 15%

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22
Q

Definição de cirurgia suja / infectada

A

Infecção estabelecida
Risco de infecção: 10 a 40%

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23
Q

Conceito de antibioticoPROFILAXIA

A

Administrar antimicrobianos ao paciente antes da contaminação ou infecção terem ocorrido

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24
Q

Conceito de antibioticoTERAPIA

A

Antimicrobianos ao paciente com contaminação ou infecção confirmadas

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25
Q

Objetivo da antibioticoPROFILAXIA

A

Erradicar ou retardar o crescimento de microrganismos para evitar a infecção cirúrgica.

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26
Q

O uso de antibiotico para profilaxia não é…

A

substituto da técnica cirúrgica adequada

27
Q

Quando usar a antibioticoPROFILAXIA?

A

Quando a cirurgia estiver associada a alto risco de infecção ou quando as consequências de infecção forem desastrosas (mesmo que o risco seja baixo)

28
Q

Para profilaxia, quais características o antibiótico precisa ter para que seja o de escolha?

A

Droga única
Intravenoso
Eficaz contra agentes que causam infecção n sítio em questão
Bactericida
Atingir níveis tissulares adequados
Causar mínimos efeitos colaterais
Ser relativamente custo-efetivo (meia-vida longa)
Mínimo “impacto ecológico” na flora local do paciente e na do hospital

29
Q

Flora endógena
Procedimento cutâneo

A

Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis

30
Q

Flora endógena
Procedimento torácico e cardíaco

A

Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis

31
Q

Flora endógena
Procedimento abdominal gastroduodenal

A

Cocos gram +
Bactérias gram -

32
Q

Flora endógena
Procedimento abdominal colorretal

A

Bactérias gram -
Bactérias anaeróbias

33
Q

Flora endógena
Procedimento abdominal biliar

A

Bactérias gram -

34
Q

Flora endógena
Procedimento ginecológico / obstétrico

A

Bactérias gram -
Streptococcus grupo B
Bactérias anaeróbias

35
Q

Flora endógena
Procedimento ortopédico

A

Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis

36
Q

Antibiótico sem cobertura de anaeróbios

A

Cefalosporina 1a geração

37
Q

Antibiótico com cobertura de anaeróbios

A

Cefalosporina 2a geração

38
Q

Para TGI inferior precisamos de antibióticos com cobertura para…

A

Anaeróbios

39
Q

Para TGI superior precisamos de antibióticos com cobertura para…

A

Cocos gram +
Microrganismos gram -

40
Q

Para procedimentos SEM penetração do TGI e TGU precisamos de antibióticos com cobertura para…

A

Cocos gram +

41
Q

Qual antibiótico para colectomia?

A

Cefoxitin, Cefazolina mais Metronidazol ou Trimetoprima Sulfametoxazol

42
Q

Qual antibiótico para outras cirurgias de TGI?

A

Cefazolina, Cefatetan ou Cefoxitina

43
Q

Qual antibiótico para histerectomia?

A

Cefazolina, Cefoxitina ou Cefazolina mais Metronidazol

44
Q

Qual antibiótico para cirurgia vascular e cardíaca?

A

Cefazolina, Oxacilina mais Cloxaciclina ou Vancomicina

45
Q

Qual antibiótico para substituição articular total?

A

Cefazolina ou Penicilina Penicilinase Resistente ou Cefuroxima

46
Q

No que se atentar ao decidir o INÍCIO da antibioticoPROFILAXIA?

A

Os níveis tissulares devem ser máximos quando “o bisturi iniciar seu trabalho”!

47
Q

No que se atentar ao decidir o FIM da antibioticoPROFILAXIA?

A

Apenas no intra-operatório (cuidado com o aumento de microrganismos resistentes)

Repetição de doses durante a cirurgia:
*Tempo cirúrgico prolongado (> 4h)
*Sangramento importante

Manter por no máximo até 24h do pós-operatório

48
Q

40 a 60% das infecções cirúrgicas podem ser…

A

evitadas

49
Q

Uso inadequado do antibiótico profilático ocorre em até…

A

50% das cirurgias

50
Q

Infecção incisional superficial
Acomete…

A

apenas a pele e tecido subcutâneo

51
Q

Infecção incisional superficial
Presença de pelo menos um dos seguintes critérios:

A

1 - Drenagem purulenta da incisão superficial
2 - Isolamento de microrganismo em cultura microbiológica de tecido ou fluido, obtido por técnica asséptica, do sítio da incisão superficial
3 - Dor espontânea, hipersensibilidade à palpação do sítio acometido, edema localizado, rubor, ou calor + cultura e isolamento do microrganismo
4 - O cirurgião ou médico assistente diagnosticou infecção incisional superficial

52
Q

Infecção incisional superficial
Tratamento

A

Antibioticoterapia
Abertura da cicatriz
Retirada do material infectado
Curativos contínuos até a cicatrização por 2a intenção

53
Q

Abscesso subcutâneo
Tratamento

A

Antibioticoterapia
Drenagem cirúrgica (anestesia local, drenagem com agulha, incisão e sutura)
Curativos contínuos até a cicatrização por 2a intenção

54
Q

Infecção incisional profunda
Acomete…

A

tecido mole profundo (fáscia ou músculo)

55
Q

Infecção incisional profunda
Presença de pelo menos um dos seguintes critérios:

A

1 - Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não do componente órgão / cavidade do sítio cirúrgico
2 - Deiscência espontânea da incisão profunda ou o cirurgiã abriu a incisão com um dos seguintes sinais e sintomas: febre, dor espontânea localizada ou hipersensibilidade à palpação + cultura e isolamento do microrganismo
3 - Abscesso ou outra evidência de infecção em outra cirurgia, exame radiológico ou histopatológico
4 - O cirurgião ou médico assistente diagnosticou infecção incisional profunda

56
Q

Infecção de órgão e cavidade
Acomete…

A

qualquer parte do corpo que é aberta ou manipulada durante o procedimento cirúrgico, exceto a incisão da pele, fáscia ou músculo

57
Q

Infecção de órgão e cavidade
Presença de pelo menos um dos seguintes critérios:

A

1 - Drenagem purulenta do dreno inserido no órgão/cavidade por meio de incisão cirúrgica apropriada
2 - Isolamento de microrganismo em cultura microbiológica de tecido ou fluido, obtido por técnica asséptica, do órgão/cavidade
3 - Abscesso ou outra evidência de infecção em outra cirurgia, exame radiológico ou histopatológico
4 - O cirurgião ou médico assistente diagnosticou infecção de órgão/cavidade

58
Q

Dreno laminar
Dreno de Penrose

A

Capilaridade
Saída de secreções através da superfície externa do dreno
Sistema aberto

59
Q

Dreno tubular
Dreno de tórax

A

Gravidade
Drenos de grosso calibre conectados a frascos coletores abaixo do ponto de drenagem da cavidade
Sistema fechado
Selo d’água

60
Q

Dreno tubular
Dreno Pigtail

A

Gravidade
Drenos finos conectados a fracos coletores abaixo do ponto de drenagem da cavidade
Sistema fechado
(fino com um saco amassado na ponta)

61
Q

Dreno tubular
Dreno Portovac ou JVAC

A

Sucção
Grandes volumes
Pressão negativa
Sistema fechado
(fino com uma bexiga cheia na ponta)

62
Q

Vigilância das infecções do sítio cirúrgico

A

Paciente internado: ferida operatória (cuidados locais, drenagem de secreções e curativo diário) e exames complementares

Pós-alta: orientações de cuidados e sinais de alerta (98% cicatrizado dentro de 28 dias)

63
Q

Profilaxia antibiótica: conclusão

A

Estratégia com resultados desde que:
*Droga certa
*Início adequado
*Término adequado
Indicadores e cuidados
Parte de um conjunto de estratégias assépticas
Participação multi profissional