Incontinência urinária Flashcards

1
Q

Por quê a incontinência urinária têm mais incidência nas mulheres?

A
  • 15 a 30% mulheres > 60 anos na comunidade;
  • 50% dos pacientes inconstitucionalizados terão queixa;
  • Quanto mais idoso, mais fácil de acontecer
  • Incidência: 1 a cada 4 mulheres – devido à uretra mais curta e presença de 3 hiatos na pelve, tornando sua pelve mais fraca;
  • Incidência: 1 a cada 8 homens – o homem só possui 2 hiatos na pelve;
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2
Q

Quais são as duas funções Vesicais?

A

Duas funções básicas:

• Armazenar urina – pela ação do plexo hipogástrico inferior através do SNP, (T10 a L3) → são responsáveis pelo relaxamento no musculo detrusor e da contração da primeira parte da musculatura da uretra, o colo vesical.

• Esvaziar todo seu conteúdosistema nervoso parassimpático (S2 a S4) → são responsáveis pela contração da musculatura do detrusor e relaxamento do colo vesical.

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3
Q

Como é o funcionamento normal da contração/relaxamento da bexiga/uretra?

A

A imagem acima mostra o funcionamento normal. Já a imagem abaixo, mostra um novo quadro, que encontramos em várias pessoas idosas. É possível que essa alteração se deva a um efeito colateral de medicações usadas.

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4
Q

Quais medicações participam da contração e relaxamento da bexiga/uretra?

A
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5
Q

Quais são os fatores condicionantes da continência? (8)

A

• Esfíncter uretral. • Topografia intra-abdominal do colo vesical. • Coaptação e dobras da mucosa uretral. • Coxim vascular periuretral. • Diafragmas pélvicos e urogenital. • Ângulos de inclinação uretral e uretrovesical posterior. • Fibras elásticas e colágenas periuretrais. • Inervação intacta

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6
Q

Fatores condicionantes da continência – Anatomia

A

Toda vez que a pessoa tosse ou pega peso é feita uma pressão sobre a bexiga, como a uretra não está na mesma angulação que a bexiga ocorre uma quebra da linha força entre a uretra e bexiga, permitindo a continência. Com o passar dos anos_, ocorre o enfraquecimento das fibras colágenas e elásticas que formam as fácies e ligamentos pélvicos e com isso a bexiga e uretra podem descer, perdendo a pressão da bexiga dentro da uretra_. As mulheres que passaram pelo parto normal podem ter sofrido ruptura dos ligamentos, ocasionando uma cistocele

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7
Q

Quais são as duas causas de incontinência urinária de esforço?

A

A IU de esforço, ocorre decorrente ao aumento de pressão do abdome, acontece, pois, as estruturas de suporte que mantem o colo vesical intraperitoneal se perdem. Também existem os defeitos intrínsecos e extrínsecos da uretra.

  1. Defeitos na estrutura de suporte: • Ligamentos pubouretrais; • Rede vaginal suburetral (fáscia endopélvica); • Tecido conectivo (fibras colágenas); • Músculos elevadores do ânus.
  2. Defeitos na função uretral intrínseca e extrínseca: • Denervação (infecção, lesão, trauma, envelhecimento); • Desvascularização (envelhecimento causa hipotrofia vascular, ocasionado a perda de pressão do fechamento da uretra); • Envelhecimento
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8
Q

Fatores predisponentes de Incontinência Urinária. (4)

A

Todo fator que aumenta a pressão abdominal leva a IU. • Obesidade central. • Constipação crônica. • Tosse crônica (Ex. DPOC). • Esforço físico.

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9
Q

Qual a propedêutica em casos de incontinência urinária?

A

• Anamnese – existe um questionário específico para IU; • Exame físico; • EAS, urocultura, teste de sensibilidade a antibiótico (TSA) – para afastar uma possível infecção urinária. • Estudo urodinâmico – padrão ouro, consegue mostrar se a musculatura da uretra está enfraquecida e como está a atividade do detrusor. Utilizado para averiguar a necessidade cirúrgica.

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10
Q

Por quê não dá pra fechar diagnóstico de IU apenas com exame físico e Anamnese?

A

Não dá para fechar diagnóstico apenas com anamnese e exame físico, pois o detrusor pode apresentar um quadro de hiperatividade, e por isso, uma simples tosse_, estimula a contração desse músculo, e isso não caracteriza IU de esforço por lesão anatômica_.

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11
Q

Qual a fisiopatologia da IU de esforço? (2)

A

Hipermobilidade do colo vesical: • Suporte uretral comprometido → as estruturas que mantém a continência estão lesadas. Quando isso acontece, a função uretral ainda está preservada • Pressão de perda em manobras de esforço (VLPP) > 90 cm H2O → precisa de muita força para perder urina.

Deficiência esfincteriana intrínseca: • Função uretral comprometida. • VLPP < 60 cmH2O → com o mínimo de esforço a pessoa que tem perda de urina.

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12
Q

Quais são os tipos de Incontinência Urinária?

A
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13
Q

Caracterize urgência Miccional.

A

Urgência miccional

HDA: Tenesmo vesical, urgência, nictúria, polaciúria, sem disúria.

  • Exame ginecológico normal ou distopia.
  • EAS/urocultura normais.
  • Urodinâmica: CNI +, PPV -. CNI = Contrações não inibidas. PPV = Manobra de Valsalva.
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14
Q

Defina urgeincontinência

A

Queixas da urgência miccional (tenesmo vesical, urgência, nictúria, polaciúria, sem disúria) associado a perda urinária – a pessoa urina na roupa, ou não percebe que está fazendo xixi.

  • Exame ginecológico normal ou distopia.
  • EAS/urocultura normais.
  • Urodinâmica: CNI +, PPV - → hiperatividade do detrusor = presença de contrações não inibidas. Encontrada em homens com hiperplasia prostática, CA de próstata, prostatite, uretrite.
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15
Q

Conceitue incontinência urinária de esforço

A

HDA: Perda de urina aos esforços, ausência de tenesmo, urgência, polaciúria ou disúria.

  • Exame ginecológico: Distopia ou não/hipotonia ou não.
  • Exame complementar: EAS/urocultura normais.
  • Urodinâmica: CNI -, PPV + → presença de lesão anatômica (seja do períneo, do m. levantador do ânus, fáscias musculares ou ainda dos ligamentos), relaxamento/alongamento das estruturas ou perda da força

Quase sempre é causada por lesões anatômicas, que é uma causa definitiva, mas pode ser de causa transitória pelo uso de medicamentos.

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16
Q

Como ocorre a incontinência urinária de esforço?

A

Como ocorre? conforme a urina vai enchendo, o músculo detrusor terá sua contração inibida (= toda vez que a bexiga enche, ela contrai e relaxa), possibilitando que a bexiga chegue até o seu limite, entretanto, quando a pessoa tosse e a urina chega ao seu limite de esforço, há perda urinária. Ou seja, é necessário um esforço para que haja perca urinária.

17
Q

O que é a incontinência Mista?

A

Esse paciente terá uma instabilidade do músculos detrusor e uma pressão de perda muito baixa, mostrando que além da instabilidade do músculos, ocorre perda urinaria com pressões abaixo do normal para uma pessoa sem lesões anatômicas. Lesão muscular + lesão anatômica + hiperatividade do musculo detrusor.

HDA: Perda de urina aos esforços associada a tenesmo vesical, urgência, polaciúria ou disúria. • Exame ginecológico: Distopia ou não e/ou hipotonia ou não. • Exame complementar: EAS/urocultura normais. • Urodinâmica: CNI -, PPV +.

18
Q

Defina incontinência neurogênica, paradoxal ou por transbordamento.

A

O paciente possui uma lesão neurológica, em que o tônus do detrusor está hipotônico ou atônico. Isso mostra que o SNP (plexo sacral), não está funcionando. Lesão neurológica que causa atonia vesical.

Atonia vesical = a bexiga enche sem que haja contração (não há tenesmo vesical), a bexiga enche até o seu máximo de distensão e em seguida ocorre perda urinária

HDA: Perda de urina sem esforço, tem tenesmo, disúria, urgência ou polaciúria. HPP: Wertheim Meigs +/- RT, mieloma, lesão raquimedular, AVC. • Exame ginecológico: Sem distopias. • Exame complementar: EAS: Nitrito -, piuria. Urocultura -. • Urodinâmica: CNI -, PPV -, atonia

19
Q

Defina incontinência funcional.

A

Característica do idoso senil, o idoso sente a vontade de urinar (ele pode demorar para reconhecer o estímulo nervoso que gera essa vontade, mas uma hora ele irá sentir), mas quando ele vai se levantar ele se depara com vários empecilhos, como falta de força, falta de equilíbrio, não acha o óculos, de forma que não dá tempo para esse idoso chegar ao banheiro, então esse idoso acaba tendo perda urinária por uma dificuldade de mobilização

HDA: Perda de urina sem esforço ou urgência. HPP: Artrose, sarcopenia, presbiopia, glaucoma. • Exame ginecológico: Distopias ou não. • Exame complementar: EAS/urocultura normais.

20
Q

Qual a fisiopatologia da IU em casos de Hiperplasia Prostática?

A

Aumento prostático = o homem possui urgência, Urgeincontinência, chega a um ponto que ele pode ter a incontinência por transbordamento e se ele não for tratado, por conta da pressão do tumor, a uretra irá se fechar por completo e a pessoa para de urinar, sendo necessário realizar uma cistostomia

21
Q

Como é o tratamento medicamentoso da IU em pcts sem alterações anatômicas? (3)

A

Medicamentoso:

o TH – casos de hipoestrogenismo

o Anticolinérgico – usado nos casos de urgeincontinência, incontinência com o objetivo de diminuir as contrações não inibidas, bloqueando o SNP.

o Alfa-adrenérgicos – casos de perda de força da uretra

obs: Mulher na menopausa que, quando jovem, nunca teve queixa de incontinência, mas agora começou apresentar um quadro característico de IU, muito provavelmente a causa dessa queixa é o hipoestrogenismo, então a primeira opção de tratamento é a terapia hormonal tópica, que terá como objetivo melhorar o tônus vesical, espessura da uretra, espessura bexiga, melhorar essa urgência

22
Q

Como é o tratamento fisioterápico da IU em pcts sem alterações anatômicas? (5)

A

• Fisioterapia (casos de IUE): o Cinésioterapia (exercício de Kegel) → pompoarismo. o Eletroestimulação endovaginal. o Cones vaginais. o Biofeedback manométrico. o Biofeedback eletromiográfico.

23
Q

Qual o tratamento cirúrgico para pcts com IU de causas anatômicas? (2)

A

Tratamento cirúrgico por meio da suspensão da uretra, pode ser feita de duas maneiras:

  • TVT = faixa de tensão livre vaginal – supri a falta dos ligamentos que foram perdidos ou alongados pela falta de colágeno (tension-free vaginal tape)
  • TVTO(TRANSVERSAL) = menor risco de perfurar a bexiga. (