Hipercalemia Flashcards
Definição de hipercalemia
Níveis séricos de potássio superiores a 5,5 mEq/L
Hipercalemia leve
K+: 5,5-6,0 mEq/L
Hipercalemia moderada
K+: 6,0-6,5 mEq/L
Hipercalemia grave (MEMORIZAR COM CARINHO)
K+: >6,5 mEq/L
Fatores de risco para hipercalemia
1) IECA (inibidor da enzima conversora de angiotensina. No fim, acaba inibindo a ação da aldosterona)
2) Espironolactona (antagonista da aldosterona)
3) Clearance de creatinina <40 mL/min (função renal prejudicada, o que diminui a capacidade dos rins de espoliar potássio)
4) Diabetes Mellitus
Alguns motivos pelos quais diabetes mellitus aumenta o risco de hipercalemia
1) Problemas relacionados à insulina, a qual possui um papel importante para a entrada de K+ para o interior das células
2) Insuficiência renal que pode ser causada pela diabetes
3) Lesões vasculares que podem afetar os vasos renais e causar hipoaldosteronismo
4) Cetoacidose: Um dos sistemas para compensar a acidose envolve a entrada de um íon H+ para o interior da célula em troca de um íon K+
Causas de hipercalemia
1- Troca celular
- Aumento do fluxo intracelular para extracelular —> acidose metabólica (tampão) e succinilcolina (despolarização)
- Redução do fluxo extracelular para intracelular —> hiperglicemia, suplementação K+, B bloqueadores e digitálicos
- Lise celular/ rabdomiólise —> trauma, lise tumoral ou hipertermia
2- Insuficiência renal ( aguda ou crônica)
Incapacidade de excreção renal K+
3- Hipoaldosteronismo
- Drogas: espironolactona ou amilorida
- Drogas: IECA e BRA II
- Insuficiência adrenal
Bloqueador neuromuscular
A despolarização, realizada por esse tipo de fármaco, envolve o impedimento da entrada de íons K+ para o interior das células
Manifestação clínica da hipercalemia
1) Paralisia flácida aguda, ascendente, progressiva (começa nos membros inferiores e vai subindo para o resto do corpo)
2) Arritmias cardíacas (como FV e TV)
Alterações no ECG de um paciente com hipercalemia
Onda T apiculada (simétrica, em tenda) —-> onda P plana —-> QRS alargado —-> alterações grosseiras do segmento QRS, segmento ST e onda T —-> ritmo sinusoidal
Emergência hipercalêmica
1) Paciente com K>6,5 E/OU com sintomas musculares E/OU alterações no ECG
2) Hipercalemia moderada (>5,5) + lesão renal grave E/OU lise tumoral E/OU E/OU rabdomiólise E/OU acidose metabólica
Tratamento da hipercalemia
1- controle K+ a cada 2 h / dextro a cada hora / ECG e monitor = 6 horas
2- cálcio —> potencial de membrana/ efeito protetor, não reduz K+ e ação dura de 30 a 60 min = urgência hipercalêmica
- Gluconato de cálcio 10%- 10 ml em 100 ml SG5% em 3 min – repetir após 5min se persistir alteração ECG
3- Insulina —> ativa bomba Na/K ATPase 50g glicose/10U insulina R (5:1) infusão 30 a 60 min repetir até 2/2h ou 4/4 horas
Inicio de ação em 20 a 30 min e dura cerca de 4 a 6horas.
4- Diuréticos alça —> ação em 30 a 60 min, dose inicial 40 mg
5- resina de troca —> poliestirenossulfonato de cálcio, 30 a 60g 8/8 a 4/4 horas —> inicio de ação 1 a 2 horas manitol VO/VR
6- Beta-agonista- fenoterol estimula bomba de Na/K ATPase – inicia de ação 30min e pico de 90 min – atenção efeitos adversos
7- Hemodiálise- disfunção renal grave ou refratário
8- Bicarbonato de sódio —> correção do pH para realizar o influxo do K+ para o intracelular durante a acidose metabólica
Inicio de ação – 15 a 30 min
Soro bicarbonatado SG5% 850 ml + Bic.Na+ 150 ml – 2 a 4 horas
9- Zircônio —>10 g 3x/dia (impede a absorção intestinal de potássio). Diminuir para 1 sachê/dia na fase de manutenção
Fazer o tratamento em 6 horas se for emergência.
Fazer em 12 horas se não for emergência