Hérnia de hiato e DRGE Flashcards
Hérnia de hiato
Tipos?
- Hérnia de hiato por deslizamento (tipo 1)
- Hérnia por hiato paraesofágica (tipo 2)
Hérnia de hiato por deslizamento (tipo 1)
Conceito?
- A junção esofagogástrica (EG) não está entre os pilares diafragmáticos
Hérnia de hiato paraesofágica (tipo 2)
Conceito?
- A junção esofagogástrica está no nível correto, mas parte do fundo gástrico migra para parte anterior do tórax
Qual tipo de hérnia de hiato é mais prevalente?
Hérnia por deslizamento (tipo 1), presente em 15% da população geral
Hérnia de hiato por deslizamento (tipo 1)
Mecanismo?
- Enfraquecimento dos ligamentos do esôfago
- Contração longitudinal do esôfago
- Elevação da pressão abdominal
Hérnia de hiato x DRGE?
- Hérnia de hiato não é sinônimo de DRGE
Hérnia de hiato paraesofágica ou por rolamento (tipo 2)
Mecanismo e prevalência?
- Há herniação do fundo do estômago
- Pouco comum e geralmente assintomático
Hérnia de hiato mista (tipo 3)
Conceito?
Tipo 1 (por deslizamento) + tipo 2 (paraesofágica)
Hérnia de hiato
Complicações?
- Mais comum em hérnias de hiato do tipo 2 (paraesofagiana) e tipo 3 (mista)
Complicações hérnia de hiato
Tipo 2 e tipo 3?
-
Estrangulamento:
- Uma porção estômago herniou, podendo encarcerar ou estrangular
- Dor torácica aguda (inflamação ⇒ dor)
- Disfagia
- Sangramento
- Massa mediastínica (métodos de imagem ⇒ opacidade no estômago)
Hérnia de hiato
Tratamento do tipo 2 e tipo 3?
Correção cirúrgica de urgência ⇒ reduzir a hérnia e fechar o hiato que está largo
Doença do refluxo gastroesofágico
Fisiopatologia?
- Afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarretando um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extraesofagianos, associados ou não a lesões teciduais
DRGE
Sintomas típicos?
- Sintomas podem ser esofágicos (mais comuns) e extra-esofágicos (mais atípicos)
- Pirose (queimação retroesternal) é o sintoma mais típico
DRGE
Prevalência?
- 10 a 20% da população geral
- 3H:1M
- Brancos
- Obesidade
- Infância (lactentes, principalmente)
DRGE
Patogênese?
- Relaxamentos transitórios mais frequentes do EEI: quando em maior número e com tempo mais prolongado, geram DRGE
- EEI hipotônico: esfíncter frouxo
DRGE
Caracterize os relaxamentos transitórios mais frequentes do EEI
- Podem ser gerados pelo reflexo vagovagal da distensão do fundo gástrico
- Duradouros (> 10s) e sem peristalse esofagiana associada
- 60 a 70% episódios de refluxo
DRGE
Caracterize o EEI hipotônico
- < 5 mmHg (VR: 10 a 30 mmHg)
- Maioria sem fator causal para a hipotonia
DRGE
Quais fatores contribuem para uma hipotonia no EEI?
- Esclerodermia (doença autoimune)
- Gestação (útero gravídico aumenta a pressão intra-abdominal e hormônios da gravidez causam relaxamento sistêmico, inclusive do EEI)
- Tabagismo
- Substâncias anticolinérgicas ou inibidores da musculatura lisa
- Esofagomiotomia de Heller
- Hérnia de hiato
DRGE
DRGE x hérnia de hiato?
- Hérnia por deslizamento (tipo 1)
- Perda do reforço para EEI
Ter hérnia de hiato contribui para o refluxo, mas não é determinante
Pilares difragmáticos ajudam na contenção do refluxo. Hérnia de hiato atrapalham nesse reforço
Após um refluxo, como o corpo reage à secreção gástrica ou duodenal?
- Fazendo peristalses
- Neutralização do ácido residual pela saliva ou bicarbonato da mucosa
O que pode gerar lesão da mucosa esofágica?
- Ácido gástrico e refluxo duodenal
- Epitélio escamoso frágil a pH < 4
DRGE
Principal exame?
EDA
DRGE
O que a EDA pode nos mostrar?
- Esofagite erosiva: inflamação, edema, erosões (podendo ter perda da mucosa, do epitélio)
- Esôfago de Barrett
DRGE
Esôfago de Barrett?
- É uma metaplasia intestinal ⇒ presença de células caliciformes no meio de epitélio pavimentoso
- Cor vermelho salmão na EDA
DRGE
Quadro clínico esofágico?
- Pirose retroesternal:
- 2x ou mais ao dia
- Duração de minutos a horas
- Geralmente melhora com antiácidos
- Regurgitação ácida para a boca
- Dor subesternal (diagnóstico diferencial de IAM)
Quadro clínico extra-esofágico (atípicos)
Região faríngea?
- Faringite crônica
- Erosão do esmalte dentário por causa do ácido
Quadro clínico extra-esofágico (atípicos)
Laringe?
- Rouquidão
- Granuloma de corda vocal
Quadro clínico extra-esofágico (atípicos)
Rinofaringe?
- Sinusite crônica (acomete seios da face)
- Otite média
Quadro clínico extra-esofágico (atípicos)
Árvore traqueobrônquica?
- Pneumonite aspirativa
- Tosse crônica
- Asma (não melhorada após tratamento pode indicar DRGE)
- Broncoespasmo: reflexo esofagopulmonar
DRGE
Diagnóstico?
-
História clínica na maioria das vezes:
- Pirose > 2x na semana, recorrente e com duração de 4 a 8 semanas
- Teste confirmatório com uso de IBP:
- Melhora dos sintomas após 2 semanas de tratamento
DRGE
Sinais de alarme?
- Disfagia: dificuldade para engolir
- Emagrecimento: pensar em neoplasia
- Odinofagia: dor ao deglutir
- Sangramento gastrointestinal
- Anemia: sangramento desapercebido
- Ausência de resposta ao tratamento com IBP em dose dobrada
- Pirose > 5 a 10 anos: displasia e neoplasia
- Idade > 40 anos: neoplasia
- Náuseas e vômitos
- História familiar de câncer
- Sintomas intensos
EDA
O que podemos observar?
- Esofagite:
- Erosiva: maior recidiva e mais agressiva
- Não erosiva: edema, eritema da mucosa
- Estenose:
- Esofagite erosiva ⇒ Fibrose ⇒ Estenose
- Esôfago de Barrett
- Neoplasia
EDA
Classificações?
- Classificação de Savary-Miller modificada ⇒ estenose, Barrett…
- Classificação de Los Angeles ⇒ erosões