Avaliação pré-operatória Flashcards
Objetivo da avaliação pré-operatória?
Minimizar riscos e acelerar recuperação perioperatória (durante o procedimento e até 48 horas após a cirurgia) e pós-operatória (até 30 dias após a cirurgia)
Identificar comorbidades que afetam o resultado
Importância do hemograma?
Avaliar anemia, infecção (leucograma), plaquetas.
OBS: existem doenças que não alteram o número de plaquetas, mas sua função (ex.: trombastenia de Glanzmann e síndrome de Bernard Soulier mostram número de plaquetas normal)
Importância da tipagem sanguínea?
Pedir somente em grandes cirurgias.
Em casos de transplantes pedir reserva de sangue.
Importância da ureia e creatinina?
Função renal
Importância de eletrólitos?
Importante na urologia (sódio)
Importância da glicemia em jejum?
Avaliar possível DM, que atrapalha na cicatrização e lesiona órgãos-alvo (rim, coração)
Importância do coagulograma?
Pedir principalmente em cirurgias com alto risco de sangramento
Importância do RX de tórax?
Geralmente em PA, raramente em perfil.
Avaliar campo pulmonar, área cardíaca.
Importância do ECG?
Encaminhar para cardiologista sempre que possível
Importância do beta-HCG?
Realizar em mulheres em idade fértil.
O ideal é não operar grávidas devido aos gases da anestesia, que são teratogênicos.
Importância da urocultura?
Importante em procedimentos que entrem em contato com o trato urinário
Importância da avaliação anestésica?
Paciente conhecer anestesista: mais tranquilidade e confiança;
Discutir a forma da anestesia: tópica, geral, raqui, epidural;
Tratamento da dor pós-operatória: cateter epidural, anestesia local;
Avaliação médica adicional.
Qual a classificação da American Society of Anesthesiologist (ASA)?
Principal causa de morte perioperatório?
Coronariopatia
Parâmetros clínicos e exames complementares cardiológicos?
Índice de Goldman
Índice de Destsky modificado
Critério de Eagle
Sistema responsável pela principal causa de morbidade no perioperatório?
Sistema respiratório
Indicações de avaliação pulmonar?
Cirurgias torácicas e andar superior do abdomên
Tabagismo
Doença pulmonar pré-existente (DPOC, asma)
Obesidade
Idade > 60 anos (sinal de alerta)
Avaliação anatômica do pulmão?
Radiografia PA e perfil
TC
Avaliação funcional do pulmão?
Espirometria
Medidas protetoras do sistema pulmonar?
Cessação do tabagismo de 4 a 8 semanas antes
Terapia broncodilatadora pré-operatória
Esteroides em asmáticos graves
Tratamento de infecções
Anestesia raqui ou peridural
Fisioterapia respiratória
Analgesia
Complicações pulmonares no pós-operatório?
Atelectasia (causa mais comum de febre)
Paciente diabético no pré-operatório. Qual a conduta?
Solicitar dieta específica;
Suspender hipoglicemiantes orais 48 horas antes;
Usuários de NPH: manter 2/3 dose pela manhã e 1/3 dose no jantar;
Esquema de insulina regular.
Paciente diabético no pré-operatório. Glicemia ideal?
De 80 a 150mg%.
- Hiperglicemia: > 250 mg%. Complicações infecciosas e cicatrização.
- Hipoglicemia: 40 mg%. Arritmias e complicações cardíacas.
Por que usar betabloqueador no controle da HAS no pré-operatório?
É um antihipertensivo e antianginoso
Prevenção de IAM e arritmias no PO em pacientes com doença coronariana
Deve ser iniciado até uma semana antes
Paciente com doença renal crônica. Quais desordens são associadas?
Doença coronariana
Anemia (défict de eritropoietina)
Disfunção plaquetária
Distúrbio hidroeletrolítico
Paciente com doença renal crônica fazendo o uso de hemodiálise. Qual a conduta no PO?
Realizar diálise 24h antes sem heparina
Controle do potássio e da volemia
Paciente com cirrose. Qual a conduta?
Avaliação do estado funcional do fígado.
Critérios de avaliação clínica da cirrose?
Child-Pugh
Model of end stage liver disease (MELD)
Child A no paciente com cirrose?
Resposta orgânica quase normal
Child B no paciente com cirrose?
Evitar hepatectomia e cirurgia cardíaca
Child C no paciente com cirrose?
Contraindicado cirurgia eletiva
Cuidados no pré-operatório em pacientes com cirrose?
INR prolongado: vit. K ou plasma fresco congelado
Disfunção plaquetária: crioprecipitado
Trombocitopenia: transfusão plaquetária se < 50 mil/mm2
Encefalopatia hepática
Desnutridos (suporte nutricional)
Ascite (paracentese)
Paciente com encefalopatia na cirrose. Qual a conduta?
Lactulose (laxante)
Metronidazol (ATB para controle da microbiota intestinal)
Manutenção da ingesta proteica
Quais medicamentos devem ser suspendidos no pré-operatório?
Varfarina (5 dias antes)
Heparina não fracionada (HNF)
AAS e clopidogrel (7-10 dias antes)
Ginkgo Biloba, Ginseng, Erva de São João (3-7 dias antes)
Quando suspender a varfarina?
5 dias antes
INR < 1,5
HNF até 6 horas da cirurgia e reiniciar 12 horas após
Plasma fresco (emergência)
Check-list da cirurgia?
Conferir nome do paciente, o que vai ser operado, qual o lado
Verificar se há sangue disponível e reservado
Verificar se o material necessário está correto
Conferir com o anestesista se o carrinho de anestesia está adequado
Após terminar a cirurgia, identificar as peças para mandar a análise patológica
Verificar o número de compressas após a cirurgia
Cuidados com a pele no pré-operatório?
Banho com solução degermante na véspera
Tricotomia
Degermação
Antissepsia
Por que utilizar antibioticoterapia no pré-operatório?
Prevenção de infecção da incisão cirúrgica
Administração de ATB no pré-operatório?
Endovenosa, uma hora antes do procedimento (indução anestésia) para ter uma concentração adequada, limite de 24 horas
Quando a ATB é indicada no pré-operatório?
Cirurgias contaminadas e potencialmente contaminadas
Limpa: controvérsia
O que são cirurgias limpas?
São aquelas que não invadem aparelho respiratório, TGI e trato geniturinário
Exemplos de cirurgias limpas?
Cirurgias vasculares (maioria cardíacas) e algumas ortopédicas
Quais ATB utilizar em cirurgias limpas?
Cefalosporina de 1ª geração (cefazolina, cefalotina) apenas na indução (gram +)
O que são cirurgias potencialmente contaminadas?
São aquelas que invadem TGI, AR e TGU, mas o extravasamento é mínimo
Exemplos de cirugias potencialmente contaminadas?
Colecistectomia, cirurgias urológicas e ginecológicas
Quais ATB utilizar em cirurgias potencialmente contaminadas?
Cefalosporinas de 1ª geração
Cefalosporinas de 3ª geração (ceftriaxona)
Quinolona (ciprofloxacino)
O que são cirurgias contaminadas?
São aquelas que têm extravasamento de conteúdo visceral
Exemplos de cirurgias contaminadas?
Cálculo grande no ureter em cirurgia aberta
Quais ATB utilizar em cirurgias contaminadas?
Ceftriaxona
Ciprofloxacino + metronidazol
Classificação das cirurgias (limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas, infectadas)
Uso de sondagem nasogástrica no pré-operatório?
Esvaziamento gástrico diminuído (estenose pilórica)
Oclusão ou suboclusão intestinal (tumor, brida)
Uso de sondagem vesical de demora no pré-operatório?
Controle do débito urinário (cirurgias com muito sangramento ou que há aumento do volume circulante no corpo)
Cirurgias pélvicas (histerectomia) ou urológicas
Uso de sonda Foley