Hemorragia digestiva Flashcards
Paciente 45 anos, etilista crônico admitido com história de vômitos intensos com sangue, qual a primeira conduta que deve ser tomada?
1) Monitorizar esse paciente: observar sinais de choque
2) Garantir acesso IV
3) Estabilização hemodinâmica:
I- Infusão de cristalóides;
II- Transfusão de hemácias (perdas>30% ou hipotensão);
III-Plasma caso INR>1,5
IV: Transfusão de plaqueta se >50.000
Qual a diferença por definição da hemorragia digestiva alta para a baixa? Qual a mais frequente?
Hemorragia digestiva alta é aquela que ocorre acima do ângulo de Treitz (ângulo na junção duodenojejunal). A hemorragia alta é mais comum (80% dos casos) e mais grave também!
Paciente com quadro de hemorragia digestiva alta pode apresentar hematoquezia?
Sim! A hemorragia tende a acelerar o trânsito intestinal então o sangue digerido (melena) nem sempre aparecerá.
Paciente com hematêmese foi submetido a passagem de sonda nasogástrica para diferenciação entre hemorragia digestiva alta ou baixa? Explique o achado esperado e porque essa não é conduta mais indicada:
O catéter nasogástrico é inserido até o duodeno, se ele voltar com bile seria a indicação que ele chegou até o duodeno sem encontrar sangue, então o sangramento seria baixo. O problema é que pode haver uma estenose de piloro pelo sangramento e também os sangramentos podem ser autolimitados não sendo evidenciados na sonda.
Quais as principais causas de hemorragia digestiva alta:
1) Úlcera péptica (gástrica ou duodenal)
2) Varizes esofágicas
3) LÇaceração de MalloryWeiss (hiperemese)
Paciente com quadro de HDA submetido a EDA na qual foi identificada uma úlcera péptica, qual o tratamento clínico indicado:
1) Suspender AINE (caso esteja em uso)
2) Inibidor de bomba de próton Pantoprazol 40mg
3) Tratar H. Pylori se presente.
Na EDA do paciente foi identificada lesão classificada como Forrest IIb, o que isso diz sobre a lesão?
Lesão II indica lesão visível e IIb aponta para presença de coágulo visível que tem risco de sangramento classificado como intermediário. A conduta pode ou não ser o tratamento de alto risco qye é IBP IV+ 2 métodos de coagulação (epinefrina e eletrocoagulação)
Paciente submetido a EDA, foi observado a presença de uma úlcera com presença de hematina, classifique essa lesão e o risco de sangramento dela:
Forrest IIC, indica risco de coagulação 10% (baixo).
Paciente com forrest IA submetivo a IBP IV + eletrocoagulação e infusão de epinefrina, mas continua apresentando hematêmese incorcível, qual conduta de seguimento?
Tentar EDA mais uma vez. Se continuar refratário o tratamento cirúrgico é indicado. Se a úlcera for duodenal é indicada pilorotomia e ulcerorrafia, já se a úlcera for gástrica é necessária biópsia da lesão e gastrectomia.
Paciente com hematêmese passa a apresentar pele fria e úmida, taquicardia 132 e pulso 90/60. Qual a conduta definitiva após estabilização clínica:
Paciente com choque tentar EDA, se for refratário partir para tratamento cirúrgico. Pilorotomia+ulcerorrafia ou gastrectomia+ biópisa
O que deve ser um cuidado nos pacientes com varizes esofágicas?
Risco de hipertensão portam >12mmHg.
Qual a conduta para um paciente que tem varizes esofágicas sangrando?
1) Estabilização hemodinâmica: cristaloides
2) Uso de vasconstrictores esplâncnicos. Somatostatina, terlipressina ou octreotide.
3) EDA (faz depois!)
Paciente com hematêmese e história de varizes esofágicas, procedemos com a EDA?
Após as medicações! Já que já tem varizes conhecidas. Administrar antes IV terlipressina, somatostatina ou octreotide.
Paciente sem sinais de sangramento mas com identificação de varizes esofágicas como proceder
1) Cuidado com hipertensão portal
2) Fazer profilaxia primária que pode ser uso de bebtabloqueador (propanolol) ou ligadura
Entre as causas mais comuns de hemorragias digestiva alta estáo as lacerações de Mallory-Weiss, qual a fisiopatologia dessa condição?
Pacientes com hêmese crônica, como etilistas e gestantes apresentam aumento da pressão intra-abdominal e mobilização da mucosa estomacal essa movimentação intensa e contínua promove a laceração mecânica do esôfago.