Hanseníase Flashcards
Características do bacilo Mycobacterium leprae
Alta infectividade Baixa patogenicidade (nem sempre gera sintomas)
BAAR, faz globias (agrupa-se), tropismo por pele e nervos periféricos
Fluxo de abordagem
diagnosticar
notificar
tratar
prevenir e pesquisar (contatos)
Classificação operacional (OMS) vs. classificação de Madri
Operacional - paucibacilar até 5 lesões, multibacilar com 6 ou mais lesões (ou mais de 1 nervo acometido)
Madri - indeterminada e tuberculoide (equivalem a pauci), Virchowiana e dimorfa (equivalem a multi)
Apresentação da forma indeterminada
Mancha hipocrômica, bordas mal delimitadas, sem sudorese e sem pelo, alteração de sensibilidade
Apresentação da forma tuberculoide
Placa eritematosa, bem delimitada, hipopigmentada, centro atrófico
Pode haver perda sensibilidade significativa (apesar de ser apenas um nervo acometido) pela resposta celular forte (th1)
Apresentação da forma virchowiana
Nódulos mal delimitados e infiltrações (mais palpa do que vê). Mais nervos acometidos
Na evolução, pápulas endurecidas e escuras, madarose, fácies leonina, pavilhão auricular espessado, suor reduzido de forma generalizada, cãimbras, parestesias, artralgias…
*forma mais contagiosa da doença, predomina resposta th2
Apresentação das formas dimorfas
Várias manchas mal delimitadas na periferia e borda interna bem definida (lesão foveolar ou em queijo suíço)
Pode haver vários nervos acometidos
Reação de Mitsuda
Prognóstica - mede imunidade Th1
Positiva na paucibacilar (indica sistema imune competente contra o bacilo)
Baciloscopia
Diagnóstica
Negativa principalmente na pauci (negativo n significa que n tem hanseníase)
Ordem da perda de sensibilidade
Térmica, dolorosa, tátil
Esquemas tratamento por forma (tempo e drogas)
Entre as formas, só muda a duração do tratamento
pauci - 6 meses (até 9)
multi - 12 meses (até 18)
Para ambas as formas, doses diárias autoadministradas de dapsona e clofazimina, doses mensais supervisionadas de rifampicina, dapsona e clofazimina
Drogas usadas no tratamento
rifampicina - ATB (mensal)
dapsona - ATB (diária e mensal)
clofazimina - pigmento antibacteriano (diária e mensal)
Face leonina
Facie infiltrada, com múltiplos hansenomas, que ocorre na forma virchowiana
Reação vs recidiva – pp forma diferenciar
Recidivas são lentas, reações são agudas
Vale lembrar que a reação não é o retorno da doença, mas uma exacerbação quando do início do tratamento
Profilaxia contactantes - como fazer
Independe se paciente pauci ou multi
- Quimioprofilaxia com rifampicina (em desuso)
- Vacinação BCG, nunca junto com a rifampicina (pois mata o bacilo):
- Maiores de um ano com ou sem cicatriz - 1 dose
- Maiores de 1 ano com 2 cicatrizes - nenhuma dose
*paciente com lesão recebe tratamento, e não profilaxia
Fenômeno de Lucio
Variante da reação hansênica tipo 2 - fenômeno vaso oclusivo com necrose de lesões cutâneas. Lesões ricas em BAAR, dolorosas, enegrecidas e necróticas, com bordas talhadas a pique, consequente a processo trombótico-oclusivo de vasos superficiais.
Lepra de Lúcio
Subtipo de forma virchowiana (lepra bonita) - difusa mas sem nódulos, com a pele esticada
Reação hansênica tipo 2 - nome, apresentação, formas que predomina e tratamento
Eritema nodoso hansênico
Novas lesões membros (principalmente nas pernas) após início do tratamento, nodulares, palpáveis, eritematosas, disseminadas, dolorosos e que podem ulcerar
Apenas formas multibacilares (virchowiana principalmente)
Tratar com talidomida
Reação hansênica tipo 1 - nome, apresentação, formas que predomina e tratamento
Reversa
Liberação de antígenos após destruição bacilar faz paciente piorar das lesões cutâneas (edema e eritema) e da função neural após melhora com início do tratamento
Ocorre em pauci e em multibacilares, principalmente dimorfos e tuberculoides
Tratamento com corticoterapia (prednisona) - prevenir incapacidades e sequelas