Glomerulopatias Flashcards
Sinais e sintomas básicos da síndrome nefrítica (5)
Hematúria (dismorfismo eritrocitário) Proteinúria subnefrótica (<3,5 g/24h) Oligúria HAS Edema
EAS na síndrome nefrítica
Cilindros hemáticos
Pode ter:
Piúria (leucocitúria)
Cilindros leucocitários
A presença de cilindros celulares no EAS indica o que? Quais são eles?
Lesão no parênquima renal (glomérulo ou túbulos)
• epiteliais: lesão tubular
• granulosos: lesão tubular e eventualmente glomerular
• leucocitários: nefrites tubulointersticiais
• hemáticos: lesão glomerular
Quais são os cilindros acelulares e o que indicam?
- Hialinos: saudáveis podem ter. Se muitos: desidratação, diuretico, febre
- Céreos: disfunção renal avançada
- Largos: IR avançada
- Graxos: lipidúria (ex: sind. nefrótica)
Quando é proteinúria?
> 150 mg/dia
O que é GNPE e qual a faixa etária acometida?
Sequela renal tardia de infecção por cepas nefritogênicas do estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S. Pyogenes)
Crianças e adolescentes (2-15 anos)
Qual o risco de GNPE depois de uma piodermite ou faringiamigdalite? Qual o período de incubação?
Piodermite (impetigo crostoso ou erisipela): 25%, 2-4 semanas
Faringoamigdalite: 5%, 1-3 semanas
Diagnóstico da GNPE
Evidenciar infecção pelo estreptococo: cultura pode ser - > dosar anticorpos.
• ASLO/ASO: melhor pra faringite
• Anti-DNAase B: melhor pra pele
Queda do complemento (C3 e CH50): normalizar até 8 sem
Quando indicar biópsia renal na suspeita de GNPE
Curso estranho da doença • oligúria >1sem • Complemento baixo >8sem • proteinúria nefrótica • evidência de doença sistêmica • GNRP: aumento rápido de escórias/anúria • complemento normal • sem evidência do estreptococo
Imunofluorescência na GNPE
Padrão de glomerulonefrite por imunocomplexos: depósitos granulares de IgG/C3 na parede capilar e no mesângio
Microscopia eletrônica na GNPE
Característico: Corcovas de Humps (gibas): nódulos subepiteliais formados por imunocomplexos
• lesa podócitos: proteinúria
Pode ter nódulos subendoteliais (relação direta com clínica)
• atraem leucócitos p/ vasos > entope o lúmen > glomerulite > retenção + hematúria
Tratamento da GNPE
Controlar congestão: refratário segue
• Repouso e restrição hidrossalina (fundamental)
• Furosemida
• vasodilatadores (hidralazina/BCC, IECA)
• diálise (se necessário)
ANTIBIÓTICO: n previne, n melhora nem muda prognóstico mas reduz transmissão
Prazo para melhora dos sintomas na GNPE (5)
Oligúria: até 7 dias HAS e hematúria macro: até 6sem Hipocomplementenemia: até 8sem Hematúria micro: até 1-2 anos Proteinúria subnefrótica: até 2-5 anos
Glomerulopatia primária mais comum
Doença de Berger (nefropatia por IgA)
Histologia na doença de Berger
Depósitos granulares de IgA no mesângio e, em menor escala, C3, IgG.
Aumento de celularidade do mesângio e sua expansão
Apresentação mais comum da doença de Berger
Hematúria macro recorrente: 60%, 2-6 dias, melhor prognóstico. + comum assintomático, mas pode ter sintomas constitucionais leves. Maioria > crises macro são concomitantes (ou logo depois 1-2dias) a infeção respiratória alta. Pode ser outra infecção
2 apresentação mais comum da doença de Berger
Hematúria micro persistente: com ou sem proteinúria subnefrótica. 25% tbm tem hematuria macro. Prognóstico n é tão bom pois há injúria glomerular constante.
Apresentações menos comuns da doença de Berger (2)
10% tem síndrome nefrótica
<5% evolui com GNRP
Como diferenciar Berger de GNPE caso haja apresentação de síndrome nefrítica clássica e uma infeção respiratória alta tenha sido o fator precipitante?
Berger não tem tempo de latência, tem níveis normais de complemento (C3) e ASLO -
Diagnóstico na doença de Berger
Biópsia renal. Indica se: hematúria + proteinúria >1g/dia, sinais de síndrome nefrítica ou IR.
Exceção p/ diagnóstico: IgA sérico alto + depósito de IgA nos vasos da pele do antebraço num paciente com hematúria recorrente > provável depósito mesangial > biópsia vira prognóstica.
Possíveis evolução da doença de Berger (4)
- 60%: fica assintomático com hematúria micro e proteinúria subnefrótica
- 40%: evolui devagar para IR. 20% > rins terminais em 10-20 anos.
- raro: IR terminal em <4 anos (GNRP)
- raro: remissão completa
Tratamento na doença de Berger
Maioria não tem nada específico.
• Corticoide se: proteinúria >1g/dia, HAS moderada, Cr>1,5 ou alterações na biópsia de mau prognóstico (ex: crescentes).
• IECA/BRA se: HAS ou proteinúria >1g/dia
Caracterize a GNRP. O que é visto na biópsia renal?
síndrome nefrítica (independente da causa) > falência renal de modo rápido e fulminante > rim terminal em sem/meses
Biópsia: crescentes >50% dos glomérulos
Clínica na GNRP
Pode começar abrupta, como GNDA, mas é mais comum ser subaguda, acelerando depois.
Oligúria costuma ser marcante > anúria (lesão glomerular grave)
Muitos casos os únicos sintomas são da uremia: encefalopatia, hemorragia, pericardite…
Diferenciar as causas de GNRP pela Imunofluorescência indireta (IFI) a partir da biópsia renal.
- Se GN antimembrana basal: padrão linear
- Se GN por imunocomplexos: padrão granular
- Se GN pauci-imunes: pouco ou nenhum depósito imune, só vê fibrinas nos crescentes
Exames sorológicos que ajudam a diferenciar as causas de GNRP (3)
- Anticorpo anti-MBG alto: Tipo 1 (GN anti-MBG, goodpasture)
- C3 e CH50 baixos: tipo 2 (GN por imunocomplexos)
- Anca +: tipo 3 (GN pauci-imune ou por vasculites sistêmicas)
Diferencie a síndrome de Goodpasture e a GN anti-MBG primária.
Goodpasture: GN anti-MBG + sind hemorrágica pulmonar
GN anti-MBG: GN anti-MBG apenas