Gestação - Sífilis Flashcards

1
Q

Sífilis

- Variação histórica

A

Epidemiologia: Incidência caiu na década de 40 com o surgimento da penicilina, ressurgindo nas décadas de 80-90 pela coinfecção HIV.

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2
Q

Sífilis

Incidência geral e na gestação

A

Incidência

  • 4% na população geral
  • 2% na gravidez (Brasil)
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3
Q

Sífilis

Período de incubação

A

Período de incubação: 10-90 dias, com média de 20dias

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4
Q

Sífilis

Transmissão: contato sexual.

A

Contato sexual, com risco de 40-60%.

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5
Q
Sífilis
Cancro duro (6)
A

Cancro duro:

  • Úlcera, geralmente única,
  • Indolor,
  • Bordos duros
  • Fundo limpo,
  • Altamente infectante
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6
Q

SÍFILIS PRIMÁRIA

- Clínica

A
  • Surge de 2-3 semanas após infecção
  • Cancro duro
  • Linfonodomegalia generalizada 50%
  • Desaparece espontaneamente
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7
Q

Sífilis primária

  • Diagnóstico Definitivo
  • Diagnóstico Presuntivo
A

Diagnóstico:

  • Definitivo: treponema no campo escuro
  • Presuntivo: lesão e VDRL e/ou > 4x no título FTA-bs +
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8
Q

Sífilis secundária

A

SÍFILIS SECUNDÁRIA
Roséola sifilítica, doença sistêmica disseminada que surge de 1-2 meses depois do cancro duro
- Lesões: exantema macropapular róseo, limites imprecisos, que acomete tronco e raízes dos membros, região palmar e plantar.
- Sintomas inespecíficos (febre, cefaleia, fadiga, faringite, adenopatia, perda de peso e artralgia)
- O Rash cutâneo desaparece espontaneamente em 2-6 semanas

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9
Q

Sífilis secundária

- Outras formas de manifestação:

A

Outras formas de manifestação:

  • Lesões hipertróficas (condiloma plano) em genitália e regiões de dobras e atrito
  • Alopecia do couro cabeludo e sobrancelhas
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10
Q

SÍFILIS LATENTE

- Conceito

A
  • Período assintomático entre a secundária e a terciária
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11
Q

SÍFILIS LATENTE
- Divisão
. Recente
. Tardia

A
  • Recente
    : Dentro de 1 ano dps da secundária
  • Tardia
    : Dentro de 1 ano dps da secundária
    : Quando gestante desconhece tempo desde a secundária
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12
Q

Sífilis terciária

- Sistemas acometidos (4)

A
  • Nódulos cutâneos ou gomas sifilíticas
  • Acometimento articular
  • Cardiovascular
  • Neurológico
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13
Q

Sífilis terciária

- Sistemas cardiovascular acometido (aortite sifilítica)

A

Cardiovascular (aortite sifilítica):

  • Aneurisma de aorta
  • Insuficiência aórtica
  • Estenose do óstio coronariano
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14
Q

Sífilis terciária

- Esquelético

A

Esquelético:

  • Artrite
  • Periostite
  • Osteocondrite (Charcot)
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15
Q

Sífilis terciária

- Neurossífilis clínica: (5)

A
  • Neurossífilis: Invasão da espiroqueta no líquor.
  • Tabes dorsalis
  • Pupilas de Argyll Robertson,
  • Paresias
  • Convulsões
  • Demência
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16
Q

Sífilis terciária

- Neurossífilis conceito

A
  • Neurossífilis: Invasão da espiroqueta no líquor.
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17
Q

Sífilis, diagnósticos por pesquisa direta do agente na lesão primária ou secundária (2)

A
  • Exame microscópico de campo escuro

- Imunofluorescência em fragmento de biópsia de tecido

18
Q

VDRL e sua titulação a depender da fase da doença

A

Apresenta títulos elevados

  • Infecção aguda
  • Segunda fase da doença.

Baixos títulos

  • Latentes
  • Terciária
19
Q

Doenças que causam falsos positivos do VDRL (2)

A

Falsos-positivos:

  • Tuberculose
  • Doenças do colágeno (LES).

Nesses casos o VDRL é persistentemente baixo (1:4) em paciente tratado adequadamente e assintomático

20
Q
  • Cicatriz sorológica do VDRL
A
  • Cicatriz sorológica: geralmente negativa após 6-12 meses do tratamento,
  • Mas pode se tornar persistentemente positivo com baixa titulação
21
Q

Gestante que teve contato com sífilis nos últimos 3 meses inicia pré natal.
- Solicite VDRL

A
  • Imediatamente (1° consulta)

- Com 30 dias

22
Q

V ou F
VDRL
- Quando positivo, deve ser confirmado com teste treponêmico

A

VERDADEIRO

- Quando positivo, deve ser confirmado com teste treponêmico

23
Q

Como deve ser observado a resposta ao tratamento para pelo acompanhamento da titulação por VDRL

A
  • O VDRL é útil no seguimento terapêutico. Resposta adequada ao tratamento quando ocorre queda dos títulos em 4x (Ex.: de 1x64 para 1x16)
24
Q

O que é o teste FTA-Abs

A

FTA-Abs - Teste treponêmico realizado por meio da imunofluorescência indireta, utilizado para confirmação diagnóstica quando VDRL positivo

25
Q

Como interpretar

- FTA-Abs positivo e VDRL negativo: (3)

A
  • Infecção recente: se nunca tratada, pois os testes
    treponêmicos positivam primeiro
  • Pacientes em fase latente (pode evoluir para fase
    terciária ou permanecer latente)
  • Cicatriz sorológica: após 2 anos do tratamento,
    em paciente assintomática e líquor sem treponema
26
Q

Punção lombar: indicada nos casos com (4)

A

Punção lombar: indicada nos casos com

  • Sintomas neurológicos,
  • Sífilis terciária,
  • Reposta inadequada ao tratamento (aumento dos títulos de VDRL)
  • HIV positivo
27
Q

Repercussões fetais a depender da IG

A
  • IG <16 semanas resulta em aborto

- IG >16 semana: natimorto ou sífilis congênita

28
Q

Transmissão vertical incidência a depender da fase da infecção(3)

A

Transmissão vertical:

  • 50% na sífilis primária e secundária,
  • 40% na sífilis latente recente
  • 10% na latente tardia e terciária
29
Q

Repercussões fetais nos casos transmissão vertical

A
  • 40% para retardo mental
  • 30% de óbito fetal
  • 10% de óbito neonatal
30
Q
  • Sífilis congênita recente (diagnóstico até 2 anos de vida): cursa (5)
A
  • Sífilis congênita recente (diagnóstico até 2 anos de vida): cursa de forma semelhante a sífilis secundária
  • Hepatoesplenomegalia
  • Icterícia
  • Anemia hemolítica
  • Osteocondrite dolorosa
  • Exantema bolhoso
31
Q

Sífilis congênita tardia (diagnóstico após os 2 anos): (5)

A

Sífilis congênita tardia (diagnóstico após os 2 anos):

  • Alterações neurológicas
  • Surdez
  • Periostite dos ossos frontais do crânio,
  • Tíbia em sabre
  • Dentes de Hutchinson
32
Q

Quando deve ser iniciado o tratamento da gestante com base na titulação do VDRL?

A
  • Sempre tratar a gestante a partir de qualquer valor positivo de VDRL
33
Q

Tratamento para sífilis

  • Primária,
  • Secundária
  • Latente recente
A

Sífilis primária, secundária ou latente recente:

- Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI por via intramuscular, em DOSE ÚNICA

34
Q

Tratamento para sífilis

  • Latente tardia,
  • Duração indeterminada
  • Terciária
A

Sífilis latente tardia, duração indeterminada e terciária:

  • Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI por via intramuscular,
  • Uma vez por semana, por 3 semanas
35
Q

Tratamento para neurossífilis

A

Neurossífilis:

  • Penicilina G cristalina de 3 a 4.000.000 UI, IV, a cada 4 horas por 10 a 14 dias,
  • Seguido por penicilina G benzatina 2.400.000 UI por via intramuscular, uma vez por semana, por 3 semanas
36
Q

Tratamento para sífilis + HIV positivo

  • Primária,
  • Secundária
  • Latente recente
A
  • Nas pacientes HIV positivo, o tratamento é penicilina G benzatina, 2.400.000 UI por via intramuscular,
  • Uma vez por semana, por 3 semanas
37
Q

Controle pós-tratamento e pós gestação com VDRL

A

Controle pós-tratamento:

  • Repetir VDRL com
    • 1, 3, 6, 12 e 24 meses após o tratamento.
  • Os títulos devem cair pelo menos 4x (2 diluições) após 6 meses
  • Devem se tornar negativos entre 12-24 meses
38
Q

Controle pós-tratamento na gestação com VDRL

A
  • Na gestação, VDRL mensal.
39
Q

Controle pós-tratamento na gestação com VDRL mensal. Qual a conduta se aumento de duas diluições:

A
  • Se aumento de 2 diluições (Ex.: 1:2 para 1:8), retratar paciente e pesquisar reinfecção com tratamento do parceiro
40
Q

Reação de Jarisch-Herxheimer

A

Reação de Jarisch-Herxheimer:

  • Tremores
  • Taquicardia
  • Hipotensão
  • Mialgia
  • Febre

Ocorre 1-2h após aplicação da penicilina com resolução espontânea em 24horas

41
Q
  • Teste cutâneo para reação a penicilina positivo
A

Positivo:

  • Risco de 67% de apresentar reação alérgica
  • 25-50% delas graves ou fatais