Geral Flashcards
Dor
Qual é o decálogo da dor?
- Localização
- Irradiação
- Caráter/qualidade
- Intensidade
- Duração
- Frequência/evolução
- Fatores desencadeantes ou agravantes
- Fatores atenuantes
- Sintomas concomitantes
- Relação com funções orgânicas
Sinais vitais
Quais são os sinais vitais?
- Pressão arterial
- Frequência cardíaca
- Frequência respiratória
- Temperatura
Sinais vitais
Pressão arterial (definição):
É a medida da força exercida pelo sangue na parede dos vasos sanguíneos.
PA = DC x RVP
Sinais vitais
O que determina a pressão diastólica?
resistência vascular periférica
Sinais vitais
Pressão de pulso ou diferencial:
PA sistólica - PA diastólica = 30 à 60mmHg
Sinais vitais
Pressão convergente:
Conceito e causas:
Menor que 30mmHg
- Causas: insuficiência cardíaca, pericardite constritiva, estenose aórtica, tamponamento cardíaco, hipotensão arterial aguda.
Sinais vitais
Pressão divergente:
Conceito e causas
Maior que 60mmHg
- Causas: insuficiência aórtica, síndromes hipercinéticas, fibrose senil dos grandes vasos
Sinais vitais
Como é a pressão arterial dos MMII?
Mais elevada que a dos MMSS em até 20mmHg na PA sistólica, e 10mmHg na PA diastólica
Sinais vitais
Índice tornozelo-braquial:
ITB = PA sistólica tornozelo/PA sistólica do braço
- O índice é calculado em cada lado
Sinais vitais
Para que serve o ITB?
É um marcador de doença arterial periférica (aterosclerótica, p.ex) nos MMII.
Sinais vitais
Pressão arterial média:
Fórmula
PAM = PAD + PP/3
ou
PAM = (PAS + 2PAD)/3
Sinais vitais
Qual a diferença entre a PA dos dois braços?
Menor ou igual a 10mmHg.
- Se for maior, indica alterações do arco aórtico: dissecção da aorta, persistência do canal arterial, coarctação da aorta, etc
Sinais vitais
Hipotensão postural:
Após 3 minutos na posição ortostática, queda da PAS em mais de 20mmHg, e da PAD em mais de 10mmHg em relação à posição sentada.
Sinais vitais
Causas de hipotensão postural:
5 Ds e 3 Gs:
- Disautonomias
- Diabetes mellitus
- Desidratação
- Desnutrição/anemia
- Drogas vasodilatadoras
- Geriatria
- Grandes hemorragias
- Gravidez
Sinais vitais
Sintomas associados à hipotensão postural (4):
Tontura
Turvação visual
Desmaio
Taquicardia postural
Sinais vitais
Em quais posições mede-se a pressão arterial do paciente?
Deitado, sentado e de pé e, em uma delas, nos dois braços
Sinais vitais
Qual é o padrão ouro do exame físico da pressão arterial?
O método direto (com catéter - invasivo)
Sinais vitais
Quais os métodos utilizados na aferição da pressão arterial?
O método palpatório (PAS) e o método auscultatório (PAS e PAD)
Sinais vitais
Qual o tamanho ideal do manguito para aferir a pressão arterial?
Comprimento até 80% da circunferência do braço do paciente, e 2/3 do comprimento do mesmo braço
Sinais vitais
Cuidados a ser tomados antes de aferir a pressão (8):
- Descruze as pernas e as deixe apoiadas no chão
- Braço na altura do coração (4º EIC) e apoiado em superfície firme
- Repouso há pelo menos 5 minutos
- Após tomar café, esperar 30min
- Após fumar, esperar 30min
- Após ingerir álcool, esperar 30min
- Após atividade física, esperar 30-60min
- Bexiga vazia
Sinais vitais
O que acontece se o manguito for muito largo ou muito apertado?
- Se largo: pode subestimar a PA
- Se apertado: pode superestimar a PA
Sinais vitais
Passo a passo do método palpatório de aferição da PA:
- Localizar o pulso da artéria braquial (medial ao tendão do bíceps braquial);
- Colocar o manguito com a seta alinhada a essa artéria, 2 dedos acima da fossa cubital e com folga para passar 2 dedos entre manguito e braço;
- Palpar o pulso radial (entre o processo estilóide do rádio e o retináculo dos extensores);
- Insuflar o manguito de 10 em 10mmHg até o pulso desaparecer, identificando a pressão de desaparecimento de pulso (PAS).
- Insuflar mais 20-30mmHg e depois desinfluflar de 2 em 2mmHg até voltar a sentir o pulso (confirmando o passo anterior, a PAS), e então esvaziar completamente o manguito.
- Aguardar 1min para iniciar o método auscultatório
Sinais vitais
Sons de Korotkoff:
- Fase 1: aparecimento dos sons (som forte e definido) - PAS;
- Fase 2: batimento com murmúrio (sons soprosos e suaves)
- Fase 3: desaparecimento dos murmúrios (sons nítidos, parecidos com os 1ºs);
- Fase 4: abafamento dos sons (mais suaves e mais abafados);
- Fase 5: desaparecimento dos sons - PAD.
Sinais vitais
Passo a passo do método auscultatório de aferição da PA:
- Após fazer o método palpatório e identificar a PAS, insuflar o manguito 20-30mmHg acima da PAS;
- Desinsuflar à razão de 2-3mmHg/s, auscultando os sons de Korotkoff;
- Primeiro som: PAS
- Quinto e último (desaparecimento): PAD
Sinais vitais
Qual a importância do método palpatório?
- Conforto do paciente (não precisa inflar muito o manguito no método auscultatório);
- Evitar cair no hiato auscultatório
Sinais vitais
Hiato auscultatório:
Com a idade, as artérias perdem sua complascência, o que pode levar ao desaparecimento dos sons de Korotkoff na fase II ou na fase I. Isso faz com que superestimemos a PAD ou subestimemos a PAS no método auscultatório.
Sinais vitais
Como evitar o hiato auscultatório?
Fazendo o método palpatório
Sinais vitais
O que é pseudo-hipertensão arterial?
Ocorre em idosos, por rigidez vascular, indicando um aumento da PA de forma falsa (os valores reais, medidos pelo método direto, são menores).
Sinais vitais
Manobra que indica a possibilidade de pseudo-hipertensão arterial:
Manobra de Osler
Sinais vitais
Manobra de Osler:
Insuflar o manguito até cessar o pulso da artéria radial (ou 30mmHg acima da PAS) - se a parede da artéria permanecer palpável, mesmo sem pulso, tem-se o sinal de Osler positivo, indicando pseudo-hipertensão arterial.
Sinais vitais
Fase IV de Korotkoff prolongada:
Conceito e causas
Ocorre quando ausculta-se sons até 0mmHg.
- Causas: doença aterosclerótica, insuficiência aórtica e insuficiência cardíaca.
Sinais vitais
Como determinar a PA diastólica em pacientes com sístole persistente (fase IV prolongada)?
Deve-se subtrair 10mmHg do ponto onde começaram os sons da fase IV (abafamento dos sons).
Sinais vitais
Hipertensão arterial sistêmica:
Conceito
Condição clínica e multifatorial caracterizada por elevação sustentada (2 ou mais medidas, medidas fora do consultório) dos níveis pressóricos - maior ou igual a 140mmHg na PAS, e/ou que 90mHg na PAD.
Sinais vitais
Classificação da pressão arterial a partir de 18 anos (6):
- PA ótima: PAS menor que 120 e PAD menor que 80;
- PA normal: PAS 120-129 e/ou PAD 80-84
- Pré-hipertensão: PAS 130-139 e/ou PAD 85-89
- Hipertensão estágio 1: PAS 140-159 e/ou PAD 90-99
- Hipertensão estágio 2: PAS 160-179 e/ou PAD 100-109
- Hipertensão estágio 3: PAS maior que 180 e/ou PAD maior que 110
Sinais vitais
Quais são os órgãos-alvo que sofrem alterações estruturais e funcionais com a HAS? (4)
- Cérebro
- Coração
- Rins
- Olhos
Sinais vitais
Valores normais de frequência cardíaca:
De 60bpm a 100 bpm
Sinais vitais
Taquicardia:
Valores
FC acima de 100bpm
Sinais vitais
Bradicardia
Valores
FC abaixo de 60bpm
Sinais vitais
Déficit de pulso:
Conceito e causas
Quando o número de batimentos cardíacos auscultados no ictus cordis é maior que o número de pulsações da artéria radial, denotando que algumas contrações estão sendo ineficazes, não impulsionando sangue para a aorta.
- Causas: extra-sístoles, fibrilação atrial
Sinais vitais
Pulsos palpáveis (8):
- Temporal
- Carotídeo
- Braquial
- Radial
- Femoral
- Poplíteo
- Tibial posterior
- Pedioso
Sinais vitais
Pulso:
Definição
Onda resultante da expansão repentina da parede da artéria em função da ejeção de sangue na aorta que foi transmitida ao longo do sistema arterial
Sinais vitais
Quais são as características do pulso (o que avaliar)?
FRATECSS
- Frequência
- Ritmo
- Amplitude
- Tensão
- Estado da parede arterial
- Contorno
- Simetria
- Sopros e frêmitos
Sinais vitais
Como avaliar o ritmo ao examinar o pulso?
Regular ou irregular.
- O irregular pode ainda se irregularmente irregular, caracterizando fibrilação atrial, ou regularmente irregular, onde há um padrão de irregularidade, caracterizando bigeminismo.
Sinais vitais
Como avaliar a frequência ao examinar o pulso?
- Normal
- Taquisfigmia (mais de 100 ppm)
- Bradisfigmia (menos de 60 ppm).
- Avaliar se há presença de déficit de pulso
Sinais vitais
Como avaliar a tensão ao examinar o pulso?
Tensão é determinada pelo nível de pressão que o examinador tem que exercer para fazer cessar a pulsação. Pode estar:
1. Mole
2. Médio/normal
3. Duro
Sinais vitais
Como avaliar a amplitude ao examinar o pulso?
Amplitude é o grau de enchimento/esvaziamento da artéria na sístole/diástole respectivamente. Pode estar:
- Normal/média
- Diminuída/pequena (estenose aórtica, hipotensão);
- Aumentada/ampla: (insuficiência aórtica, síndromes hipercinéticas)
Sinais vitais
Como avaliar o estado da parede da artéria no exame do pulso?
Em condições normais, a parede não apresenta tortuosidades e é facilmente depressível (elasticidade). Parede endurecida, irregular e tortuosa (traqueia de passarinho) é sinal de arteriosclerose.
Sinais vitais
Como avaliar o contorno ao examinar o pulso? (10)
Existem vários tipos de contorno:
1. Onda de pulso normal
2. Pulso em martelo d’água
3. Pulso anacrótico
4. Pulso dicrótico
5. Pulso bisferiens
6. Pulso alternante
7. Pulso filiforme
8. Pulso paradoxal
9. Pulso bigeminado
10. Pulso parvus et tardus
Sinais vitais - contorno do pulso
Que contorno é esse
Onda de pulso normal
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso martelo d’água (célere): aparece e some com rapidez, pelo aumento da pressão de pulso.
- Causas: insuficiência aórtica, síndromes hipercinéticas.
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso anacrótico: pequena onda inscrita no ramo ascendente da onda pulsátil. Se eleva em platô.
- Causas: estenose aórtica
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causa
Pulso dicrótico: dupla onda a cada pulsação - a primeira mais intensa e nítida, e a segunda de menor intensidade, imediatamente após (pico diastólico).
- Causa: doenças que cursam com febre;
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causa:
Pulso bisferiens: também se percebe uma dupla sensação, mas nesse caso as 2 ondulações aparecem no ápice da onda de pulso (duplo pico sistólico).
- Causas: dupla lesão aórtica
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso alternante: percebe-se sucessivamente uma onda ampla seguida de uma mais fraca - amplitude alternante entre um batimento e outro.
- Causas: insuficiência cardíaca, insuficiência de VE e IAM.
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causa:
Pulso filiforme: amplitude pequena, mole (tensão), mas rápido.
- Causas: choque hipovolêmico, hipotensão grave
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso paradoxal arterial: diminuição exacerbada da amplitude das pulsações ou desaparecimento delas durante a inspiração forçada (exacerbação do fenômeno fisiológico).
- Causas: podem ser dinâmicas (enfisema, asma, fibrose pulmonar) ou mecânicas (tamponamento cardíaco, pericardite constritiva).
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso bigeminado: dois batimentos consecutivos; extrassístole após cada pulsação normal.
- Causas: hipertensão pulmonar, estenose tricúspide, hipertrofia de VD.
Sinais vitais - contorno do pulso
Nome, características e causas:
Pulso parvus et tardus: onda de baixo volume e amplitude, refletindo baixo DC (hipovolemia).
- Causas: estenose aórtica, insuficiência cardíaca, hipovolemia.
Sinais vitais
Como diferenciar o pulso bisferiens do dicrótico?
Os dois são dupla onda, mas o bisferiens é uma dupla onda sistólica, e o dicrótico é uma dupla onda, sendo uma delas diastólica.
- Para diferenciar, basta aumentar a compressão da artéria: o bisferiens torna-se mais nítido, enquanto o dicrótico perde a característica de sensação dupla.
Sinais vitais
Como avaliar a simetria ao examinar o pulso?
Verificar a simetria e sincronia dos pulsos homólogos, com exceção do pulso carotídeo, que não deve ser palpado dos dois lados simultaneamente.
- Afecções do arco aórtico refletem-se em assimetria dos pulsos radiais.
Sinais vitais
Como avaliar a presença de sopros e frêmitos ao examinar o pulso?
Palpar e auscultar as artérias. Auscultamos, rotineiramente, carótida, femoral e aorta abdominal.
Sinais vitais
Qual é a frequência respiratória normal?
De 12 a 20 irpm
Sinais vitais
Bradipneia
Menos de 12 irpm (hipotermia)
Sinais vitais
Ausência de respiração:
Apneia
Sinais vitais
Taquipneia
Mais de 20 irpm (hipoxemia, acidose)
Sinais vitais
Dificuldade em respirar (falta de ar)
Dispneia
Sinais vitais
Relação inspiração/expiração:
A expiração tende a ser mais prolongada por ser uma fase passiva, mas é muito sutil
Sinais vitais
Doenças que cursam com uma expiração prolongada:
Asma, DPOC
Sinais vitais
Variações da profundidade da respiração:
Hiperpneia: respiração suspirosa e profunda, aumenta-se o volume corrente.
Hipopneia: respiração superficial, baixo volume corrente.
Sinais vitais
Ritmos respiratórios (6):
- Atípico ou normal
- Ritmo de Cheyne-Stokes
- Ritmo de Kussmaul
- Ritmo de Biot
- Respiração suspirosa
- Gasping
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Nome, características e causas:
Ritmo de Kussmaul: inspiração profunda - apneia - expiração curta - apneia.
É uma forma de hiperventilação, um mecanismo compensatório.
- Causas: acidose metabólica
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Que ritmo respiratório é esse?
Normal ou atípico
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Nome, características e causas:
Ritmo de Cheyne-Stokes: movimentos respiratórios cada vez mais rápidos e profundos, atingindo uma amplitude máxima, e depois diminuindo gradativamente a frequência e amplitude, até chegar num período de apneia.
Indica mau prognóstico.
- Causas: lesões no centro respiratório (AVE, HIC, TCE, neoplasias), insuficiência cardíaca grave.
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Nome, características e causas:
Respiração suspirosa: quando, interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias, aparece uma inspiração profunda seguida de uma expiração mais demorada.
- Causas: ansiedade
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Nome, características e causas:
Ritmo de Biot: não há padrão - uma fase de apneia, seguida por movimentos inspiratórios e expiratórios totalmente anárquicos quanto à ritmo e amplitude.
Quase sempre indica grave comprometimento cerebral.
- Causas: lesões no centro respiratório (AVE, IC, TCE, neoplasias, meningite).
Sinais vitais - ritmos respiratórios
Gasping:
Ritmo pré-parada: antes de o paciente parar de respirar, ele inspira profundamente.
Sinais vitais
Temperatura corporal normal:
- Axilar: 35,5 a 37 ºC
- Boca: 36 a 37,4 ºC
- Retal: 36 a 37,5 ºC
Sinais vitais
Como pode ser o início de uma febre?
Súbito ou gradual
Sinais vitais
Características semiológicas da febre (5):
InTenDu Evol Terminar
- Início
- Intensidade
- Duração
- Evolução
- Término
Sinais vitais
Sinal de Lenander
Temperatura retal maior que a axilar em 1ºC ou mais.
Causas: doença inflamatória pélvica, apendicite aguda
Sinais vitais
Sinal de Lenander negativo
Temperatura retal menor em 1ºC ou mais que a axilar.
Causa: infarto mesentérico
Sinais vitais
Como a febre pode ser classificada de acordo com a sua intensidade?
- Leve (febrícula): até 37,5ºC
- Moderada: de 37,6 a 38,5ºC
- Grave: maior que 38,6ºC
Sinais vitais
Como classificar a febre de acordo com a sua duração?
- Curta: até uma semana
- Prolongada: mais de uma semana, contínua ou não
Sinais vitais
Como classificar a febre de acordo com a sua evolução (tipo de febre) (5)?
a) Contínua: constante, não varia mais que 1ºC, sem períodos de apirexia.
b) Remitente: constante, com variações de mais de 1ºC, sem períodos de apirexia.
c) Intermitente: picos de febre ciclicamente intercalados com períodos de apirexia. Pode ser cotidiana (febre à noite e não de dia), terçã (um dia com febre, dois sem), ou quartã (um dia com febre, 3 sem).
d) Recorrente: períodos de apirexia que duram dias ou semanas, interrompidos por períodos de febre.
e) Irregular: sem caráter cíclico, totalmente imprevisível.
Sinais vitais
Como classificar a febre quanto ao seu término?
- Crise: desaparecimento súbito - associação com sudorese profusa e prostração;
- Lise: desaparecimento gradual.
Sinais vitais
Febre de origem obscura:
Febre acima de 37,8ºC, com duração maior que 14 dias e mais de uma semana de investigação.
Sinais vitais
Febre com sudorese noturna: (5)
Exemplos
- Tuberculose
- Linfoma de Hodgkin
- Neoplasias
- HIV
- Lúpus
Sinais vitais
Febre com calafrios está associada a quê?
Infecções
Sinais vitais
Hipertermia:
Conceito e causas
Elevação da temperatura corporal quando se produz ou absorve mais calor do que se consegue dissipar.
- Causas: fármacos, atividade física
Sinais vitais
Sinal de Faget:
Dissociação pulso-temperatura. Em condições fisiológicas, o aumento da temperatura em 1ºC é acompanhado do aumento de 10bpm na FC. Se isso não ocorre, o sinal de Faget é positivo.
Pressão arterial
Pós-carga:
É a resistência que o sangue precisa vencer para que ele possa ser ejetado (RVP grande = maior pós-carga)
Pré-carga:
É a tensão na parede do ventrículo exatamente no início da contração sistólica - tem relação direta com o volume de sangue que chega à cavidade
Pressão arterial
O que aumenta a pré-carga?
Hipervolemia, insuficiência valvar, inspiração profunda
Pressão arterial
O que aumenta a pós-carga?
- Aumento da pressão arterial
- Estenose aórtica e pulmonar
Pressão arterial
Síndrome do desfiladeiro torácico:
Plexo braquial e estruturas vasculares são comprimidos pelas estruturas do tórax, fazendo com que a pressão diminua
Pressão arterial
Por que a pressão arterial medida nos MMII é maior que a medida nos MMSS?
Devido ao fenômeno de amplificação do pulso distal: quanto mais distante do coração, mais a onda anterógrada encontra ondas retrógradas, amplificando esse pulso distal»_space; maior a PAS.
Pressão arterial
O que a pressão arterial média indica?
Indica a perfusão coronariana e tecidual
Pressão arterial
Valores normais de pressão arterial média:
Entre 70 e 100mmHg
Pressão arterial
O que significa as letras de A a D no gráfico da onda de pulso arterial?
- A: início da onda = Pressão arterial diastólica
- B: pico da onda = Pressão arterial sistólica
- C: inflexão
- D: fechamento da valva aórtica = nó dicrótico
Pressão arterial e pulso
Pulso hipocinético:
Conceito e causas:
É o pulso de baixo volume/amplitude, diminuída graças ao baixo débito cardíaco.
- Causas: tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, estenose valvar, IAM
Pressão arterial e pulso
Pulso hipercinético:
Conceito e causas:
Pulsos fortes e de grande amplitude/volume, graças ao grande volume de ejeção do VE.
- Causas: síndromes hipercinéticas
Dor
Dor visceral:
Dor profunda, difusa, localização surda e vaga, podendo acentuar-se com a solicitação funcional do órgão acometido. Pode ser verdadeira ou referida
Dor somática:
Superficial ou profunda.
- Superficial: estímulo de nociceptores do tegumento, bem localizada e de qualidade distinta. Em geral por traumatismo, queimadura e processo inflamatório.
- Profunda: ativação de nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos, etc. Mais difusa, localização imprecisa, dolorimento, dor surda, profunda ou cãimbra.
Edema
Fisiopatologia do edema (5):
- Diminuição da pressão osmótica do plasma;
- Aumento da pressão hidrostática;
- Aumento da permeabilidade capilar;
- Retenção de sódio e água;
- Obstrução dos vasos linfáticos
Edema
Hiperaldosteronismo secundário:
É a retenção de sódio e água pelo mecanismo renina-angiotensina-aldosterona.
- Praticamente todo edema generalizado tem isso participando do mecanismo primário do edema.
Edema
Mecanismo renina-angiotensina-aldosterona:
Mecanismo de regulação da pressão arterial - aumenta a PA quando ela cai.
1. Quando a PA cai, os rins liberam renina, que cliva o angiotensinogênio produzido no fígado e forma a angiotensina I;
2. A enzima ECA, produzida nos pulmões, cliva a angiotensina I e forma a angiotensina II;
3. Angiotensina II atua nas arteríolas, provocando vasoconstrição, e estimula a secreção de aldosterona;
4. Aldosterona promove reabsorção de sódio e água pelos túbulos renais.
Edema
Principais causas de edema (11):
- Síndromes nefrítica e nefrótica
- Insuficiência cardíaca
- Pielonefrite
- Cirrose hepática
- Hepatite crônica
- Desnutrição proteica
- Edema alérgico
- Hipotireoidismo
- Medicamentos
- Obesidade
- Gravidez
Edema
Características do edema (7):
- Localização
- Temperatura
- Intensidade (1 a 4 cruzes)
- Consistência (mole ou duro)
- Sensibilidade
- Elasticidade (se volta rápido - não tem cacifo; ou não - tem cacifo);
- Pele sobre o edema
Edema
Outros 2 nomes para cacifo:
Sinal de Godet ou sinal da fóvea
Edema
Como acompanhar o edema? (3)
- Pela intensidade do cacifo
- Variações de peso durante o dia
- Comparação bilateral do diâmetro da área edemaciada
Edema
Síndrome nefrítica x nefrótica:
-
Síndrome nefrítica:
- Proteinúria < 3,5g/dia;
- Hipertensão
- Hematúria micro ou macroscópica -
Síndrome nefrótica:
- Proteinúria > 3,5g/dia
- Hipoalbuminemia
- Edema
- Hiperlipidemia
Edema
Por que uma doença hepática, como a cirrose, pode culminar em edema?
Porque na cirrose, por exemplo, o fígado vai perdendo sua função, sendo uma delas a síntese proteica. Assim, a pressão coloidosmótica cai, levando a edema.
Edema
Mixedema:
Não é edema propriamente dito, mas acúmulo de polissacarídeos.
- É generalizado, ou localizado nas pálpebras, face, dorso da mão, língua, pleura e pericárdio.
- Principal causa: hipotireoidismo