Cabeça e Pescoço Flashcards
Qual é a ordem do exame de cabeça e pescoço?
- Crânio
- Face
- Olhos
- Nariz
- Ouvido
- Cavidade oral
- Pescoço
Quais as etapas do exame do crânio?
- Tamanho e forma do crânio
- Superfície e couro cabeludo
Dismorfias no tamanho e forma do crânio (8):
- Macrocefalia
- Microcefalia
- Plagiocefalia
- Braquicefalia
- Escafocefalia
- Dolicocefalia
- Acrocefalia
- Fronte olímpica
Macrocefalia:
Conceito e causas:
Perímetro cefálico maior que 38,6cm.
Causas:
- Hidrocefalia, raquitismo, doença de Paget
Microcefalia
Conceito e causas:
Perímetro cefálico menor que 33cm.
Causas:
- Infecções congênitas (zika, toxoplasmose, HIV)
Craniossinostose:
Fusão prematura das suturas
Acrocefalia:
Deformação craniana que resulta em um formato cônico (pontudo) da cabeça.
- Fechamento prematuro das suturas coronal e lambdoide
Escafocefalia
Fechamento prematuro da sutura sagital
- Cranio alongado
Plagiocefalia
Achatamento da cabeça em uma ou mais áreas, gerando um formato irregular
Braquicefalia
Crânio largo e curto, achatado na parte de trás
- Fusão prematura da sutura coronal
Como examinar o crânio quanto à superfície e couro cabeludo?
- Inspeção: avaliar a implantação, distribuição e qualidade do cabelo; buscar lesões (psoríase e pediculose)
- Palpação: buscar reentrâncias, cicatrizes, hematomas, nódulos, cistos, lesões e pontos dolorosos.
Nos bebês, como avaliar a superfície e couro cabeludo?
Avaliar o fechamento das fontanelas.
- Fontanela hipertensa: hipertensão intracraniana, tumores, infecções;
- Fontanela flácida: desidratação
Como descrever o exame físico do crânio normal?
crânio normocefálico, com ausência de assimetrias, abaulamentos, retrações ou hematomas. Cabelo com implantação simétrica, brilho, espessura e consistência normais. Couro cabeludo sem lesões, cicatrizes ou tumorações.
Hirsutismo:
Aumento de pêlos por hormônios androgenéticos - ocorre em mulheres, e os pêlos crescem em regiões comuns em homens
Hipertricose
Aumento de pêlos sem relação com hormônios androgenéticos - crescem em regiões do corpo que não são comuns, como bochechas
Prognatismo
Protrusão exagerada dos maxilares
Protrusão exagerada dos maxilares
Prognatismo
Retração exagerada dos maxilares
Retrognatismo
Anormalidades da face (5):
- Assimetrias
- Crescimento de parótida
- Edema
- Tumores
- Lesões de pele (acne, rash malar, nevus, micoses, herpes, etc)
Madarose:
perda de cílios ou pêlos da sobrancelha.
Causas: hipotireoidismo, senilidade, hanseníase, esclerodermia.
Nome e causas:
Edema periorbital
Causas: renal, inflamatório, mixedema
Nome do sinal, o que é, e causas:
Sinal de Romaña: edema bipalpebral unilateral.
- Característico da fase aguda da Doença de Chagas
Calázio x hordéolo:
- **Hordéolo**: é o terçol - inflamação infecciosa das glândulas ciliares palpebrais, com dor, hiperemia e edema. Há um abscesso superficial na margem da pálpebra.
- **Calázio**: nodulação não infecciosa, indolor, subaguda, das glândulas meibomianas. Mais profundo.
Blefarite
Inflamação da pálpebra que afeta os cílios ou a produção de lágrimas. Pode ser infecciosa ou seborreica.
Xantelasma
Placas de gordura na pálpebra. Sugerem dislipidemia
Entrópio x ectrópio:
- Entrópio: pálpebra se dobra para dentro;
- Ectrópio: pálpebra se dobra para fora.
Ptose palpebral
Nome e causa
Sinal do guaxinim: fratura de ossos da face, geralmente pós trauma, indicando trauma direto
Síndrome de Claude-Bernard-Horner:
- Ptose unilateral
- Miose
- Enoftalmia
- Anidrose
- Associação clássica com tumor de Pancoast (ápice pulmonar)
Nome e conceito
Lagoftalmia: incapacidade de fechar completamente as pálpebras
Epicanto: pregas de pele da pálpebra superior, observada em indivíduos asiáticos e na síndrome de Down.
Nome e conceito
Sinal de Bell: incapacidade de fechar as pálpebras, com o deslocamento do globo ocular para cima, aparecendo somente a esclera.
- Indicativo de paralisia facial periférica
Heliotropo: mácula eritematosa periorbital - dermatomiosite
Dacrioadenite x dacriocistite:
- Dacrioadenite: inflamação da glândula lacrimal.
- Dacriocistite: inflamação do saco lacrimal
Equimose retroauricular, indicando TCE:
Sinal de Battle
Xeroftalmia
Olho seco
Nome, conceito e causas
Exoftalmia: protrusão do globo ocular
- Causas: hipertireoidismo, neoplasia retro-orbitária)
Afundamento do globo ocular na órbita:
Enoftalmia
Nome e conceito
Buftalmia: distensão do globo ocular secundária ao aumento da pressão intraocular, como no glaucoma congênito
Nistagmo:
Movimentos repetitivos rítmicos e involuntários dos olhos, podendo ser congênito ou adquirido
Hiperemia ocular
Hemorragia subconjuntival
Nome e causas:
Petéquias subconjuntivais: leucemia, embolia gordurosa, arboviroses, vasculites
Nome e conceito
Quemose: inflamação da conjuntiva, com edema e derrame sanguíneo
Pterígio x pinguécula
- Pterígio: camada de tecido fibroso triangular, que cresce desde a esclera nasal, podendo sobrepor a córnea.
- Pinguécula: nódulo amarelado na conjuntiva, que poupa a córnea
Halo senil
Nome e causa:
Anel de Kayser-Fleischer: halo escuro que circunda a íris. Intoxicação por cobre.
Nome, conceito e causas:
Manchas de Brushfield: pontos brancos presentes na periferia da íris, por agregação de tecido conjuntivo - Síndrome de Down
Nome e conceito:
Hifema: sangramento na câmara anterior do olho
Nome e conceito
Hipópio: pus na câmara anterior do olho
Catarata: opacidade do cristalino
Contração e dilatação da pupila, respectivamente:
Miose e midríase
Assimetria das pupilas:
Anisocoria
Visão dupla:
Diplopia
Síndrome de Adie:
Transtorno neurológico que afeta a pupila e o SNA. Há midríase unilateral fixa.
Perda de metade do campo visual:
Hemianopsia
Cegueira:
Amaurose
Ametropias:
- Miopia
- Hipermetropia
- Presbiopia
- Astigmatismo
Amaurose fugaz:
Perda transitória da visão
Como descrever o exame físico normal dos olhos? (9)
- Abertura ocular normal;
- Fechamento palpebral normal;
- Ausência de edema palpebral;
- Distribuição dos cílios e sobrancelhas preservada e normal
- Conjuntiva corada;
- Escleras anictérias;
- Acuidade visual normal;
- Pupilas isocóricas;
- Aparelho lacrimal sem alterações aparentes.
Como fazer o exame físico dos seios da face?
Palpar os seios frontais, etmoidais e maxilares. Se o paciente referir dor, suspeita-se de sinusite aguda.
Diminuição, perda e aumento do olfato:
- Hiposmia
- Anosmia
- Hiperosmia
Como fazer o exame físico do nariz?
Elevar a ponta do nariz e iluminar com uma lanterna
Alterações encontradas na inspeção do nariz (6):
- Desvio de septo
- Nariz em sela
- Pólipos
- Lesões cutâneas
- Rinofima
- Epistaxe
Nome, conceito e causas:
Rinofima: hipertrofia e hiperplasia das glândulas sebáceas e do tecido conjuntivo do nariz - uso abusivo de álcool.
Nariz em sela
Teste de Cottle:
Manobra que avalia se há obstrução nasal por problemas estruturais.
- Examinador faz uma tração lateral na altura do nariz do paciente, abrindo temporariamente a válvula nasal e ampliando o espaço dentro das narinas. Se positivo, o paciente relata melhora na respiração, sugerindo que a obstrução é feita por colapso na válvula nasal.
Sinal de Ewing:
Dor à compressão do arco supraciliar, indicativo de sinusite frontal
Sinal de Grunwald:
Dor à compressão da parede medial da órbita, indicativo de sinusite etmoidal
Como descrever o exame físico do nariz normal? (4)
- Estrutura nasal preservada
- Septo nasal íntegro
- Ausência de lesões, cicatrizes, tumorações ou cianose
- Seios frontais, etmoidais e maxilares indolores
Como se avalia a implantação da orelha
Olhando. O normal é que esteja no plano que passa pelos olhos
Dor à palpação do tragus ou à movimentação do pavilhão auricular:
Provável otite externa
Sinal de Frank:
“Rachado” no lobo da orelha. Relacionado a um maior risco cardiovascular.
Perda parcial da audição:
Hipoacusia
Como descrever um exame físico normal de ouvidos?
- Implantação auricular normal
- Ausência de lesões, cicatrizes ou tumores
- Tragus indolor à palpação
- Capacidade auditiva normal (só se testar)
Angioedema de Quincke labial
- A causa é alérgica
Nome, conceito e causas
Queilite angular: fissura no canto da boca com infecção secundária.
- Causas: deficiência de B12 e ferro, herpes labial, estados carenciais
Lábio leporino
Síndrome de Peutz-Jeghers:
Manchas hipercrômicas nos lábios e em outras regiões. Doença hereditária; asssociada à polipose intestinal.
Herpes labial
Cancro sifilítico
Carcinoma
Nome e causa
Queilite actínica - causada pela exposição prolongada à radiação UV
Síndrome de Osler-Weber-Rendu:
Manchas vermelhas nos lábios, língua, face, mãos e mucosa oral, que correspondem a vasos dilatados e podem sangrar se traumatizados. As pessoas acometidas apresentam a tríade: telangiectasias, epistaxe e hemorragia digestiva
Sinal patognomônico de sarampo:
Manchas de Koplik
Processos inflamatórios da mucosa bucal:
Estomatite - o mais comum é a afta
Monilíase (candidíase oral)
Sinal de Muller:
Pulsações sistólicas da úvula, sinal de insuficiência aórtica
Nome e conceito
Sarcoma de Kaposi: tumor maligno que afeta cavidade oral, clássico de herpes-vírus tipo 8, e está associado ao HIV
Síndrome de Stevens Johnson:
Lesões descamativas ou esfoliativas, extensas. Reação de hipersensibilidade aos antibióticos, sulfonamidas, bactérias e vírus
Como fazer o exame físico da lingua?
Pedir ao paciente para colocar a língua para fora e avaliar com uma lanterna
Língua lisa:
Conceito e causas:
Sem papilas.
- glossite, anemias carenciais
Língua saburrosa:
Conceito e causas
Acúmulo de substância branca acinzentada na superfície - pode ser placa bacteriana.
- Causas: infecção bacteriana, tabagistas, febre, desidratação.
Nome e causas
Língua geográfica: glossite migratória benigna
Nome e conceito
Língua negra pilosa: papilas gustativas alongadas, que parecem pêlos.
Nome e causa:
Língua em framboesa: escarlatina (doença bacteriana que se desenvolve em algumas pessoas que têm faringite estreptocócica).
Correlação da boca com anemia (2):
- Queilite angular
- Palidez
Correlação da boca com amiloidose:
Macroglossia
Correlação da boca com deficiência de vitaminas (3):
- Glossite
- Estomatite
- Queilite angular
Correlação da boca com insuficiência renal/diabetes:
- Hálito urêmico e cetônico
Nome e conceito
Toro palatino: crescimento ósseo benigno na linha média do palato duro
Epúlide:
Tumor de gengiva
Como identificar um bócio à inspeção?
Pede para o paciente jogar a cabeça para trás e deglutir
Espasmo da musculatura do pescoço:
Torcicolo
A inspeção do pescoço recolhe dados a respeito de (8):
- Pele
- Forma e volume
- Posição
- Mobilidade
- Jugulares
- Gânglios
- Tireoide
- Batimentos arteriais e venosos
Característica fenotípica da síndrome de Turner:
Pescoço alado
A palpação do pescoço recolhe dados a respeito de (7):
- Músculos e tecido subcutâneo
- Carótidas
- Glândulas salivares
- Traqueia e laringe
- Tireoide
- Linfonodos
- Articulação temporomandibular
Nome, conceito e causas:
Acantose nigricans: hiperqueratose e hiperpigmentação nas regiões de dobras.
- Causas: DM, síndrome de Cushing
Principais glândulas salivares:
Parótidas, submandibulares e sublinguais
Semiotécnica da palpação de linfonodos cervicais:
Palpar com os dedos indicador e médio, deslocando a pele sobre os tecidos subjacentes com movimentos rotatórios suaves.
Como caracterizar um linfonodo à sua palpação? (7)
- Quantidade
- Localização
- Tamanho
- Superfície/formato
- Consistência
- Mobilidade
- Sinais flogísticos
Como é a caracterização da palpação de linfonosos num exame normal?
Linfonodos pequenos, móveis, isolados, indolores e de consistência fibroelástica
Linfonodos inflamatórios (7):
- Evolução: rápida
- Sensibilidade: dolorosa
- Superfície: lisa
- Contorno: regular
- Consistência: fibroelástica
- Tamanho: menor que 2cm
- Mobilidade: móvel
Linfonodos neoplásicos (7):
- Evolução: lenta
- Sensibilidade: normal/indolor
- Superfície: rugosa
- Contorno: irregular
- Consistência: pétrea
- Tamanho: maior que 2cm
- Mobilidade: imóvel
Causas de linfonodomegalia (6):
- Infecções bacterianas
- Infecções virais
- Neoplasias dos linfonodos
- Invasão por metástase
- Invasão por fungos
- Invasão por parasitos
Cadeias de linfonodos palpáveis (11):
- Occipitais
- Retroauriculares
- Pré-auriculares
- Amigdalianos/tonsilares
- Submandibulares
- Submentonianos
- Cervicais posteriores
- Cervicais superficiais
- Cervicais anteriores
- Cervicais profundos (não é rotina palpar)
- Supraclaviculares
Linfonodo na fossa supraclavicular esquerda, e o que indica:
Linfonodo de Virchow - solitário: Sinal de Troisier: indica neoplasias abdominais (TGI).
O que indica a presença de linfonodo na fossa supraclavicular direita?
Se houver, pensa-se em câncer de pulmão ou mama
Linfadenomegalia generalizada (o que indica (3)):
- Doença de Hodgkin
- AIDS
- Imunossupressão grave
O que indica a presença de linfonodo axilar esquerdo?
Linfonodo de Irish - indica adenocarcinoma gástrico
Linfonodo na cicatriz umbilical, e o que indica:
Nódulo irmã Maria José - indica neoplasia intra-abdominal disseminada
Localização da glândula tireóide:
Abaixo da cartilagem cricoide, se estendendo lateralmente à traqueia e à cartilagem tireóidea
Tamanho normal da tireóide:
3 a 5cm cada lobo, e 0,5cm o istmo
Exame físico da tireoide:
- Inspeção: pedir ao pct para inclinar a cabeça para tras e deglutir, para avaliar possível bócio e mobilidade do istmo;
- Palpação: Há uma abordagem posterior e uma anterior;
O que avaliar à palpação da glândula tireóide?
“Tá CoM Bócio? TeN que SoFrer”
- Tamanho: normal é do tamanho da ponta do hálux;
- Consistência: fibroelástica (normal);
- Mobilidade: móvel à deglutição é o normal;
- Bordos
- Temperatura
- Nódulos
- Sensibilidade: normal é indolor
- Frêmito/sopro: normal é não ter
Como fazer a palpação da glândula tireóide?
Palpar a incisura da cartilagem tireoidea»_space; sentir a membrana cricotireoidea»_space; palpar cartialgem cricóide»_space; o istmo da tireoide está logo abaixo.
Manobra de Pemberton, e o que indica se for positiva:
Pct eleva os braços acima da cabeça.
Se referir dispneia/tontura/desconforto e apresentar distensão das veias do pescoço e pletora facial a manobra é positiva - Sinal de Pemberton.
- Indica aumento da pressão na porção superior do tórax, como no bócio mergulhante, tumores de mediastino e bócio multinodular.
Como descrever o exame físico normal do pescoço? (7)
- Pescoço sem lesões, cicatrizes ou tumores visíveis;
- Mobilidade ativa e passiva normal;
- Ausência de turgência de jugulares a 45º;
- Gânglios impalpáveis;
- Tireoide de tamanho e consistência normais;
- Mobilização da ATM preservada e não dolorosa;
- Glândulas parótidas e submandibulares sem alterações.