Geral Flashcards
Tratamento de otite média
● Tratamento de acordo com o agente etiológico!
○ Quando dá para observar?
§ Quadros unilaterais e sem sintomas severos em crianças entre 6 meses e
2 anos;
§ Quadros sem sintomas severos em crianças >2 anos (pode ser uni ou
bilateral).
○ Sintomas severos:
§ Toxemia;
§ Otalgia > 48h;
§ Temperatura > 39 ºC;
§ Incerteza sobre reavaliação
○ Amoxicilina é o tratamento inicial!
§ Dose dobrada e prolongar tratamento para 10 dias, se:
● Se uso de antibiótico, no último mês;
● Frequência à creche;
● < 2 anos.
§ Amoxicilina + clavulanato, se suspeita de H. influenzae;
§ Outras opções: Amoxicilina + Clavulanato, cefalosporinas de segunda geração
§ Casos complicados: cefalosporinas de terceira geração (EV ou IM);
§ Macrolídeos para alérgicos é a primeira escolha.
Critérios de Dx de sinusite
§ Sinais de inflamação nos seios da face (tosse, sintomas nasais) + 1 dos
critérios abaixo:
● Rinorreia purulenta por mais de 3 dias;
● Dor à palpação dos seios da face;
● Piora dos sintomas respiratórios;
● Febre ≥ 39ºC, ou retorno da febre após quadro viral;
● Evolução com > 10 dias de um quadro viral sem melhora.
*TC apenas na suspeita de complicações. Dx é clínico!
Definição de febre sem sinais localizatórios
§ É a febre que, sob uso da propedêutica já empregada, não teve sua etiologia determinada;
§ Presença de febre com menos de 7 dias de duração.
Principal infecção bacteriana grave em pediatria que se apresenta com febre sem foco
Infecção do trato urinário
Tratamento de febre sem sinais localizatórios em RNs (<1m)
Antibioticoterapia empírica:
● Ampicilina associada à:
1. Gentamicina;
2. Cefotaxima;
3. Ceftriaxona- evita-se o uso em RN.
*Considerar os agentes etiológicos do canal de parto:
● Streptococcus do grupo B;
● E. coli;
● L. monocytogenes;
● Herpes vírus.
Tratamento de febre sem sinais localizatórios em CRIANÇAS ENTRE 1-3 MESES
● Estratificação de risco de doença bacteriana grave;
○ Escala de Rochester + pesquisa viral;
§ Determina o paciente de BAIXO RISCO;
§ Alto valor preditivo negativo.
Tratamento de febre sem sinais localizatórios em CRIANÇAS ENTRE 3-36 MESES
● Estratificação de risco de doença bacteriana grave:
○ Situação vacinal:
§ É definida como completa quando há 2 doses – pneumococo e
Haemophilus, já aplicadas à criança.
○ Valor da temperatura corporal;
○ Avaliação do risco de infecção urinária
Diagnóstico da DOENÇA DE KAWASAKI
Diagnóstico:
○ CLÍNICO!
§ Febre ≥ 5 dias: critério cardinal (obrigatório);
§ 4-5 dos seguintes:
● Alterações em membros;
● Exantema polimorfo;
● Hiperemia conjuntival sem exsudato;
● Alterações nos lábios e cavidade oral;
● Linfadenopatia cervical.
○ Forma atípica ou incompleta – ocorre em até 20-30% dos pacientes;
§ Febre ≥ 5 dias;
§ 2/3 critérios clínicos;
§ PCR e/ ou VHS elevados;
§ ≥ 3 das alterações propedêuticas:
● Albumina ≤ 3,0 g/dL;
● Anemia;
● Elevação da ALT;
● Plaquetas após 7 dias ≥ 450,000/mm3;
● Leucócitos ≥ 15,000/mm3;
● Leucócitos EAS ≥ 10/campo.
Características da Púrpura de Henoch-Schölein (VASCULITE POR IGA, de pequenos vasos)
○ Maioria dos casos seguem IVAS documentada
● Manifestações clínicas:
○ Dermatológico: púrpura palpável
○ Musculoesquelético: Artrite/artralgias
○ TGI: Dor abdominal, vômitos, diarréia, íleo paralítico e melena;
○ Renal:Ocorre em 10-50 % dos casos; Mais grave, determinante de prognóstico;
● Hematúria microscópica;
● Proteinúria;
● Hipertensão;
● Nefrite franca;
● Síndrome nefrótica;
● Injúria renal aguda ou crônica
○ SNC: § É uma forma rara
● Hemorragia intracerebral;
● Convulsões;
● Cefaleias;
● Alterações de comportamento.
● Diagnóstico:
○ Critérios de classificação do EULAR/PRINTO/PRES para vasculite por
IgA: Púrpura palpável (na ausência de coagulopatia ou trombocitopenia) e um ou mais dos outros (dor abdominal, histopatologia, artrite/artralgia, nefrite)
Características importantes da Febre Reumática
Dx:
Lembrar dos Critérios de Jones:
○ Episódio inicial;
§ Comprovação de infecção estreptocócica e 2 maiores OU 1 maior + 2 menores.
○ Recorrência:
§ Sem cardite: 2 maiores OU 1 maior + 2 menores OU 3 menores;
§ Com cardite: 2 menores;
§ Evidência de infecção estreptocócica anterior.
○ Situações especiais:
§ Coréia de Sydenham;
● Manifestação única.
§ Cardite indolente:
● Manifestação única.
§ Recidivas da FR aguda em populações de alto risco
Alergia a proteina do leite vaca, características importantes
Os sintomas podem estar presentes desde o nascimento (sensibilização transplacentária) e em crianças em aleitamento materno exclusivo
○ Manifestações clínicas:
§ Gerais: perda de peso, anemia, anorexia;
§ Pele: urticária, dermatite atópica;
§ Respiratório: broncoespasmo, infecções de repetição;
§ Sistêmicas: anafilaxia
● Enterocolite – FPIES (Food Protein-Induces Enterocolitis Syndrome);
1. Idade < 1 ano;
2. Quadro ocorre 1-2h após ingestão;
3. Manifestações: vômitos intratáveis e diarreia com muco e/ou sangue, hipotonia, palidez, apatia;
4. Desidratação e choque hipovolêmico;
5. Não mediado por IgE (uma exceção)
§ Subagudas e crônicas:
● Proctocolite eosinofílica – mais cobram nas provas;
1. Sexo masculino;
2. Primeiros 6 meses de vida;
3. 50% estão em aleitamento materno exclusivo (AME), ocorre mesmo sem uso de fórmula;
4. Sangue nas fezes, com ou sem alteração de consistência;
5. Bom peso e estado geral.
● Esofagite eosinofílica;
1. É diagnóstico diferencial de refluxo!
2. Em geral, manifesta-se com vômitos e refluxo;
3. Em crianças maiores (escolares), podem ocorrer sintomas de impactação esofágica, como disfagia e impactação.
Alergia a proteina do leite vaca, diagnóstico e tratamento
○ Dieta de restrição:
§ Como?
● Aleitamento materno exclusivo: manter aleitamento materno + excluir, da dieta da mãe, leites e derivados;
● Lactentes em uso de fórmula: substituir por fórmula extensamente hidrolisada.
○ Teste de provocação oral;
§ Padrão-ouro;
§ Manter lactente em dieta de restrição, por 2 semanas;
§ Após o período, sob monitorização médica, administrar doses crescentes da PLV para avaliação dos sintomas.
○ Somente nos mediados por IgE;
§ Dosagem de IgE sérica específica;
● Indica sensibilização.
§ Teste cutâneo (prick test);
● Apresenta valor preditivo negativo;
● Pápulas ≥ 3 mm: indica sensibilização.
● Conduta geral:
○ Crianças em aleitamento materno exclusivo:
§ Restrição materna a leite e derivados
○ Crianças que utilizam fórmula:
§ Fórmula extensamente hidrolisada (primeira opção).
○ Indicação da fórmula de aminoácidos:
§ Casos graves – evolução com anafilaxia, enterocolite;
§ Refratariedade às fórmulas extensamente hidrolisadas
Indicação da fórmula de soja:
§ IgE mediada em pacientes > 6 meses;
§ Barreira intestinal íntegra;
● Não é indicado em indivíduos com inflamação intestinal;
● A inflamação é fator de risco para curso com alergia à soja.
○ Não utilizar:
§ Fórmula parcialmente hidrolisada;
§ Leites de outros mamíferos;
● Pela possibilidade de reatividade cruzada
§ Leites de arroz, de amêndoas, de aveia: sem evidência de benefício ou de segurança.
Refluxo fisiológico em ped, caracteristicas importantes
● É importante orientar e tranquilizar os pais;
● O quadro é benigno, mais evidenciado do 2 – 4° mês de vida;
● Dá-se por relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior;
● Em geral, desaparece entre 1 e 2 anos de idade.
Doença do Refluxo em ped, características importantes, tratamento
● Não existe padrão ouro (diagnóstico clínico)
● pHmetria de 24h + impedanciometria: promove a identificação de refluxo ácidos e não-ácidos
Orientações dietéticas:
1. Evitar: refeições volumosas e altamente calóricas; chocolates, refrigerantes, chá e café; ingestão algumas horas antes de dormir;
● Posição:
1. Lactentes – dormir em decúbito dorsal (lateral aumenta o risco de morte súbita);
2. Adolescentes: orientar o decúbito lateral esquerdo, com a cabeceira elevada.
● Troca das fraldas antes das mamadas – para não provocar refluxo por manipulação do abdome;
● Perda de peso, em pacientes obesos.
Medicamentoso:
● Inibidores de bomba de prótons (IBPs);
1. Sintomas típicos (azia, dor retroesternal, pirose, dor epigástrica) em crianças maiores;
2. Esofagite erosiva, estenose péptica ou esôfago de Barrett;
3. Doença respiratória crônica grave;
4. Doenças neurológicas.
§ DRGE em lactentes – esquema terapêutico:
1. Medidas não farmacológicas
2. Exclusão a PLV
3. Gastopediatra
4. Se não conseguir encaminhar, tentar IBP (tto de excessão)
Crianças maiores: Mudanças do estilo de vida, tentar IBP se necessário
Constipação funcional, características importantes, tratamento
● Define-se como:
○ Dor, dificuldade ou esforço ou comportamento de retenção;
○ Com menos que três evacuações por semana ou incontinência fecal secundária à retenção de fezes.
*Critérios de Roma:
○ Presença de 2 ou mais dos seguintes durante, pelo menos, 1 mês:
§ ≤ 2 evacuações/semana;
§ Fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso sanitário (se continência);
§ Evacuações dolorosas ou endurecidas;
§ Postura retentiva ou retenção voluntária excessiva de fezes;
§ Grande massa fecal no reto;
§ ≥ 1 episódios de incontinência fecal/semana (após aquisição da continência).
● Tratamento:
○ Desimpactação;
§ Polietilenoglicol (PEG) 1-1,5 g/kg/dia;
§ Enema, 1x ao dia – por 3-5 dias.
○ Manutenção:
§ Ingesta adequada de fibra e líquidos;
§ Exercício físico;
§ PEG 0,4-0,8 g/kg/dia;
● Manter até normalizar hábito intestinal e evolução assintomática, por 1 mês, para iniciar retirada;
● Como alternativa ao PEG: lactulose 1-2 mL/kg.
§ Educação e orientação;
● Atender o desejo de evacuar;
● Aproveitar o reflexo gastrocólico e tentar evacuar uma vez ao dia, após uma das refeições principais.
Como difereinciar laringite viral de laringotraqueíte bacteriana?
O paciente com traqueíte bacteriana tem sintomas respiratórios mais prolongados que na epiglotite. O desconforto respiratório pode progredir rapidamente, com obstrução total da via aérea.
Não há resposta terapêutica ao tratamento inicial com epinefrina inalatória e corticosteróides, ajudando a diferenciar o crupe bacteriano do viral.
Algumas considerações sobre CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
○ As cardiopatias congênitas (CC) compõem o grupo de defeitos congênitos mais comuns ao nascimento;
○ 20% das CC estão associadas a alguma cromossomopatia: a mais importante é a síndrome de Down;
○ Rastreio: ecografia morfológica no 1° e 2° trimestre;
○ A ecocardiografia fetal deve ser realizada com 20 semanas, se houver suspeita de cardiopatia associada.
● Primeiramente, quando aferir a pressão arterial (PA) em crianças?
○ Rotineiramente para ≥ 3 anos, pelo menos uma vez ao ano
Critérios para Doença de Kawasaki
- Fase aguda: caracterizada obrigatoriamente por febre por pelo menos 5 dias, além de pelo menos 4 entre os 5 critérios a seguir:
* Alterações de cavidade oral (hiperemia, língua em framboesa, ressecamento, fissuras) sem úlceras, aftas ou exsudato;
* Hiperemia conjuntival bilateral não purulenta;
* Linfonodomegalia cervical, unilateral, de pelo menos 1,5cm;
* Alterações de extremidades - hiperemia, edema ou descamação de mãos e pés;
* Exantema polimórfico sem vesículas.
Tratamento: imunoglobulina humana venosa
Pode-se afirmar que a vitamina que é igualmente importante na gênese e no tratamento da desnutrição na fase
emergencial é a:
Vitamina A
Além de ser a única vitamina reposta na fase crítica do tratamento à desnutrição aguda, a deficiência de vitamina A também aumenta o risco de mortalidade por diarreia e representa risco de cegueira para crianças, sendo importante na gênese e no tratamento da desnutrição
Características da síndrome do X-Frágil
face alongada, testa proeminente e orelhas grandes e antevertidas, além de macrorquidia em meninos.
Causa mais frequente de icterícia em RNs, geralmente precoce
Deficiência de G6PD
A tríade clássica de estenose hipertrófica do piloro é:
Palpação de oliva em epigástrio, peristaltismo visível e vômitos não biliosos.
Rajas de sangue em fezes de RN após mudança no leite (para leite de vaca), mantendo bom estado geral
Proctocolite por alergia a proteína do leite de vaca
Síndrome mono-like, sintomas e tratamento
- Febre
- Faringite exsudativa - que pode ser confundida com a faringite pelo S. pyogenes
- Adenomegalia generalizada - acometendo principalmente cadeia cervical
- Sintomas respiratórios - tosse, rinorreia
- Prostração
- Esplenomegalia - até 50%, podendo chegar a 80% em crianças pequenas
- Exantema maculopapular pruriginoso desencadeado pelo uso de ampicilina ou amoxicilina
Tto: Suporte e antitérmicos! Repouso 3 semanas em crianças com esplenomegalia. NÃO RECOMENDADO USAR CORTICOIDE.
Causado pelo EBV
Medicação específica indicada no Sarampo
Vitamina A em 2 doses
*Manchas de Koplik é patognomônico, mas sua ausência não exclui sarampo
Condição relacionada a cardiopatias congênitas críticas do RN
Fechamento do canal arterial
*Teste do coraçãozinho é feito entre 24-48h de vida
*Prostraglandina é a droga utilizada para manter o canal aberto nas cardiopatias congênitas críticas. É importante que seja mentido funcionando!
Cardiopatia genética mais comum na infância
Miocardipatia hipertrófica
*Tratamento com propranolol e bloq do CC
primeiro sinal de puberdade feminina
telarca.
primeiro sinal de puberdade masculina
aumento do volume testicular (> 4 cm°)
Tratamento e características da da Síndrome de Guillain-Barré
Neuropatia perriférica ascendente
O diagnóstico é clínico
- No líquor, a alteração típica é a dissociação albuminocitológica. Isso significa um aumento da proteinorraquia com celularidade normal
- A eletroneuromiografia pode apresentar alterações típicas, relacionadas à anormalidades de condução
- A ressonância magnética com preenchimento com gadolínio pode mostrar padrão de desmielinização
- O tratamento é com imunoglobulina. Não se usa corticoide.
Turmor renal mais comum na infância
Tumor de Wilms
Causas mais comum de massa abdominal na infância
Hidronefrose
Atrofia Muscular Espinhal
uma doença genética neurodegenerativa progressiva, sendo que a forma grave (tipo I) tem apresentação precoce (< 6 meses) e progressão rápida, com disfagia até o 1º ano de vida
A distrofia muscular congênita mais comum
Distrofia de Duchenne. Em sua forma clássica, esse grupo de doenças inicia sua apresentação entre 2-4 anos.
Tumor ósseo maligno mais comum na infância
Osteossarcoma
Manifestações extraintestinais da Doença Celíaca
Baixa estatura, anemia ferropriva refratária, atraso puberal/ irregularidade menstrual, irritabilidade/ fadiga, dermatite herpetiforme.
Exames iniciais para Dx de Doença Celíaca
§ Antitransglutaminase IgA + IgA total (para deficiência de IgA associada);
§ Clínica (Diarreia crônica (esteatorreia), dor, distensão abdominal, desnutrição,
atrofia subcutâneo (principalmente em região glútea). Sintomas iniciam após introdução alimentar;
§ Rastreio de grupos de risco.
○ Biópsia endoscópica duodenal (padrão ouro)
○ Abordagem sem biópsia (2020): possível fazer diagnóstico sem biópsia quando houver níveis muito elevados de antitransglutaminase.
§ Antitransglutaminase IgA (TGA) + IgA total:
● IgA total normal e TGA >10x limite superior:
○ Solicitar antiendomísio IgA:
§ Reagente: confirma Diagnóstico.
● IgA total normal e TGA aumentado, porém <10x limite superior:
○ Necessário realizar biópsia de delgado
Enteropatias perdedoras de proteínas
● Doença celíaca;
● DII;
● Enteropatia alérgica;
● Linfangiectasia: doença rara e congênita
Grau de hidratação na Doença Diarreica Aguda em ped
Quando o paciente sabe o peso prévio em comparação com o peso
atual (pesado no serviço de saúde), é possível mensurar o quão
desidratado o paciente está.
● Perda <5%: desidratação leve.
● Perda 5-10%: desidratação moderada.
● Perda >10%: desidratação grave.
○ Estimativa de perda: 1% = 10ml/Kg; 10%=100ml/kg
Outros sinais:
§ Fontanela deprimida;
§ Saliva espessa;
§ Extremidades frias;
§ Taquicardia.
Contraindicações absolutas ao aleitamento:
HIV, HTLV1 e 2, em uso de fármacos impeditivos, e criança com galactosemia.