Gastroenterologia Flashcards
Qual a fisiopatologia da acalasia ?
Destruição do plexo de Auerbach, leva a perda de peristaltismo esofágico e falha no relaxamento do esfíncter esofágico inferior
Quais as etiologias da acalasia ?
Primária - idiopática (mais comum) e secundária - chagásica
Quais as manifestações clínicas da acalasia?
Disfagia e perda de peso (lenta)
Como realizar o diagnóstico da acalasia ?
- Esofagomanometria: aperistalse do corpo do esôfago, esfíncter esofágico inferior hipertônico, não relaxamento
- Endoscopia digestiva alta
- Esofagografia baritada: bico de pássaro
Qual a classificação de mascarenhas ?
Grau 1: < 4 cm
Grau 2: 4 a 7 cm
Grau 3: 7 a 10 cm
Grau 4: > 10cm ou dolicomegaesofago
Qual a conduta da acalasia?
Grau 1: medicamento (nifedipino/nitrato) ou dilatação EDA (repetir 2 em 2 anos)
Grau 2/3: cardiomiotomia a Heller-Pinotti ou POEM para jovens. Idosos e alto risco fazer dilatação EDA
Grau 4: esofagectomia
Qual a fisiopatologia da DRGE?
Relaxamento transitório OU hipotonia do esfíncter esofágico inferior
Quais as manifestações clínicas da DRGE?
- Típico: pirose + regurgitação (esofágicos)
- Atípicos: tosse, rouquidão, brocoespasmo (extra)
Como realizar o diagnóstico da DRGE? Quando é indicado EDA?
- Padrão (típicos): prova terapêutica
- Dúvida (atípicas ou refratário): pHmetria 24 horas
- Alarme (idade ≥ 40 anos, vômitos, disfagia, perda de peso, sangramento): EDA
Qual a conduta da DRGE?
- Dieta, elevar cabeceira, perda de peso
- Medicamentosos: IBP 1x por dia por 8 semanas (ex: omeprazol 20mg, em jejum e esperar 30min)
Falha 1: dobrar dose na 2° semana
Falha 2: refratário
Quando indicar tratamento cirúrgico na DRGE?
Indicado em casos refratários (não responde a IBP), recorrente (não vive sem IBP), complicações (estenose e úlcera)
O que é o esôfago de Barret ?
Metaplasia intestinal (escamoso para colunar)
Como fazer o diagnóstico do esôfago de Barret?
EDA (vermelho salmão) + biópsia
Qual a conduta do do esôfago de Barret? E como é realizado o seguimento da EDA?
IBP + seguimento EDA +/- cirurgia
Sem displasia: EDA 3-5 anos
Displasia baixo grau: EDA 6-12 meses
Displasia alto grau: ressecção endoscópica ou esofagectomia
Câncer esôfago: esofagectomia
Como realizar o diagnóstico da esofagite eosinofilica ?
EDA (anéis circulares (traqueização), sulcos linares, estenoses) + biópsia esofágica (≥ 15 eosinófilo / campo)
Qual a conduta para esofagite eosinofilica?
- Dieta: retirar principais gatilhos imunológicos - leite, ovo, soja, trigo, nozes, frutos do mar
- Supressão ácida: IBP em dose plena
- Corticoide tópico: spray inalatório - aplicar na boca e engolir (fluticasona 220 mcg/dose 4x/ dia )
- Dilatação endoscópica: para estenoses refratárias
Quais os agentes causadores da esofagite infecciosa e as condutas?
- Candida albicans: placas brancas, hifas e leveduras, tratar com fluconazol VO 7-14 dias
- Herpes vírus: úlcerações em vulção, inclusão viral A de cowdry, tratar com aciclovir VO 14-21 dias
- Citomegalovírus: úlceração lineares e profundas, inclusão viral em olho de coruja, tratar com ganciclovir IV 14-21 dias
Qual a conduta para esofagite caústica ?
- Avaliar lesão de via aérea: IOT se necessário
- Hidratação IV, analgesia, IBP
- Dieta zero, não passar SNG as cegas
- TC de tórax e abdome: se perfuração, esofagectomia + antibiótico; se não perfurou EDA (classificação de zargar)
Qual a conduta para hérnia de hiato ?
- Tipo 1 (deslizamento): conservador (indicação conforme DRGE)
- Tipo 2, 3, 4: cirúrgica se grande e/ou sintomática
O que é o divertículo de zenker?
Hérniação de mucosa e submucosa (falsa) pelo trígono de killian (M. tireofaríngeo, M. cricofaríngeo)
Quais as manifestações clínicas da divertículo de zenker?
Idoso com halitose, disfagia e broncoaspiração, massa palpável (alivia com compressão)
Como fazer o diagnóstico do divertículo de zenker?
Esofagografia baritada (sacular, posteior ao esôfago), EDA
Qual a conduta para o divertículo de zenker?
< 2cm: miotomia do cricofaríngeo
> 2 cm: miotomia + pexia (até 5cm) ou diverticulectomia
Quais os fatores de risco para desenvolvar carcinoma escamoso e adenocarcinoma do esôfago?
- Carcinoma escamoso (externo): tabagismo, etilismo, HPV, acalásia, bebidas quentes, tilose palmoplantar. Mais comum no proximal
- Adenocarcinoma (interno): DRGE, barret, obesidade. Mais comum no distal
Quais as manifestações clínicas do CA de esôfago?
Disfagia e perda de peso (meses)
Como realizar o diagnóstico do CA de esôfago ?
EDA + biópsia
Qual a conduta para ingestão de corpo estranho?
- RX de pescoço, tórax e abdome (AP e perfil) para localizar e confirmar o objeto. Se inconclusivo, deve pedir TC
- Remoção endoscópica (em até 2 horas): sintomas obstrutivos ou respiratórios, objeto de alto risco no esôfago ou estômago, qualquer objeto que fique no esôfago após 24 horas
- Acompanhamento: sem critérios anteriores, objetos que já ultrapassaram o bulbo duodenal
Deve monitorizar as fezes, radiografia seriada semanal. Objeto não eliminado após 4 semanas ou sintomas, deve fazer remoção
Quais as etiologias da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?
Lesão iatrogênica durante endoscopia, perfuração espontânea, corpo estranho, trauma, neoplasias
Quais as manifestações clínicas da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?
Tríade de mackler - vômitos, dor torácica, enfisema subcutâneo
Como realizar o diagnóstico da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?
TC com contraste
Qual a conduta da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?
Rafia ou reconstrução
- Controle da contaminação: antibiótico/antifúngico
- Controle da perfuração: < 24h - rafia em 2 planos + retalho; > 24h - esofagostomia; Stent EDA - limitação cirúrgica ou perfuração pequena
- Drenagem: dreno de tórax +/- toracotomia
- Nutrição enteral: gastrostomia ou jejunostomia
Quais os agentes da doença ulcerosa péptica ?
Helicobacter pylori e AINE
Quais as manifestações clínicas da doença ulcerosa péptica ?
- Dispepsia (azia, plenitude, saciedade precoce),
- Dor: gástrica piora com alimentação e duodenal 2-3 horas após a alimentação
Como realizar o diagnóstico da doença ulcerosa péptica ?
- Jovem e sem alarme: presunção
- > 45 anos ou alarme: EDA, se gástrica deve fazer biópsia
Quais os exames para diagnosticas H. pylori?
EDA urease na biópsia, histologia ou cultura; ureia respiratória, antígeno fecal, sorologia
Quando é indicado irradicar H. pylori ?
Úlcera péptica, dispesia, linfoma MALT
Qual o tratamento do H. pylori?
Claritromicina 500mg 12/12 horas, amoxicilina 1g 12/12 horas, omeprazol 20 mg 12/12 horas, todos por 14 dias
Quais os fatores de risco para adenocarcinoma de estômago ?
H. pylori, gastrite crônica atrófica,
Epstein Barr, história familiar, tabagismo,
obesidade, sangue A, diminuição da ingesta de
frutas, vegetais, proteínas e gordura animais
Qual a classificação histológica do adenocarcinoma gástrico ?
Classificação de Lauren
- Intestinal: bem diferenciada, 55-60 anos, gastrite
crônica atrófica, estômago distal, instabilidade de
microssatélites
- Difuso: células em anel de sinete, pouco
diferenciado, pior prognóstico, estômago proximal,
pode estar associado a padrão hereditário (diminui
a expressão da E caderina), sangue A
Qual o nome da classificação macroscópica (EDA) do adenocarcinoma gástrico?
• Classificação de Borrmann:
I polipoide
II ulcerado bordas nítidas
III ulcerado e infiltrado (mais comum)
IV infiltrativo difuso,
“linite plástica)
V nenhum dos demais
Quais são os sinais clínicos que indicam adenocarcinoma gástrico está em estágio avançado (linfonodos à distância) ?
supraclavicular E (virchow), umbilical (irmã maria
josé), axilar E (irish), prateleira retal (blumer),
ovário (metástase; krukemberg)
Como realizar o diagnóstico de adenocarcinoma gástrico ?
EDA + biópsia
Qual o tratamento do adenocarcinoma gástrico ?
Ressecção com margem 6cm (8cm em difuso) + linfadenectomia a D2 (retirar ≥ 16 linfonodos)
O que é um câncer gástrico precoce ?
Acomete mucosa e/ou
submucosa com ou sem linfonodo acometido.
Qual células são acometidas na GIST gástrica ?
Tumor estromal gastrointestinal, se origina nas células
intersticial de cajal
Como realizar o diagnóstico do GIST gástrico ?
EDA, biópsia apenas se irressecavel
ou metástase
O que é a Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?
Tumor neuroendócrino secretor de gastrina
Quais as manifestação da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?
Doença ulcerosa péptica grave e
refratária
Como realizar o diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?
Dosagem de gastrina (> 1000 pg/ml) + pH gástrico (< 2).
Como realizar o tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?
IBP em doses altas + cirúrgia
(preferencial é enucleacão tumoral)
Como realizar o diagnóstico do linfoma gástrico e quais os tipos ?
EDA com avaliação histopatológica
- Linfoma MALT
- Linfoma difuso de grandes células B
Qual o tratamento do linfoma gástrico de acordo com o padrão histológico ?
- Linfoma MALT: erradicação do H. Pylori (cura em até 80%) + IBP; EDA seriada de controle semestral por 2 anos; depois desse período, se duas negativas,
pode parar. Se doença avançada, adicionar rituximabe (quimioterapia) - Linfoma difuso de grandes células B:
quimioterapia
Definição de hemorragia digestiva alta
Alta: antes do ângulo de treitz (esôfago, estômago, duodeno)
Quais as manifestações da hemorragia digestiva alta ?
• Hematêmse (vômitos de sangue)
• Melena (evacuação escura e fétida)
• Hipovolemia
Quais as etiologias da hemorragia digestiva alta ?
• Doença ulcerosa péptica: parede posterior do duodeno - artéria gastroduodenal
• Síndrome de mallory weiss: laceração da mucosa e submucosa na JEG, fator de risco vômito vigoroso
• Lesão de dieulafoy: má formação vascular no fundo gástrico, próximo a JEG
• Hemobilia: sangramento da via biliar, causada por trauma, procedimento
Tríade de sandblom - HDA + icterícia + dor em hipocondrio direito
• Ectasia vascular antral gástrica: dilatação de vênilas no antro”em melancia”
• Fístula aortoentérica: comunicação entre aorta abdominal e delgado. Tratamento com reparo cirúrgico
Qual a abordagem da hemorragia digestiva alta ?
• Estabilização: monitorar, punção de 2 veias periféricas calibrosas, coletar amostra de sangue
- Fluido inicial: solução cristaloide (SF 0,9% ou ringer lactato)
- Transfusão: choque refratário, Hb < 7-8 g/dl
• Dieta zero
• Drogas:
- IBP: pantoprazol 80mg ataque IV + 8 mg/h manutenção
- Procinético: eritromicina 30 min antes da EDA
Qual a classificação de forrest e o que ela avalia ?
Avalia o risco de ressangramento da úlcera péptica
IA em jato (alto) IB babação (alto)
IIA vaso visivel (alto) IIB coágulo (médio)
IIC hematina (baixa) III base clara e limpa (baixa)
Defina síndrome absortiva
Dificuldade em absorver os nutrientes
(intestino delgado) e/ ou dificuldade em digerir os
nutrientes para absorver (pâncreas)
Quais as manifestações clínicas da síndrome desabsortiva ?
- Diarreia: alta, esteatorreia
- Deficiência de micronutrientes: anemia ferropriva,
anemia megaloblástica, deficiência de vitamina A,
D, E, K
Qual a etiologia da Doença de Whipple?
Tropheryma whipplei
Quais as manifestações clínicas da Doença de Whipple?
Síndrome desabsortiva, artralgia
ou artrite, miarritmia oculomastigatória
Como realizar diagnóstico da doença de Whipple?
EDA + biópsia do dueodeno
Qual o tratamento para doença de whipple?
ceftriaxona IV (2 semanas) +
sulfametoxazol e trimetoprim (1 ano)
O que é a doença celíaca ?
Reação autoimune contra o glúten
Quais as consequências da doença celíaca ?
Inflamação e atrofia das
vilosidades do intestino grosso
Como realizar o diagnóstico da doença celíaca ?
1) Rastreamento com anticorpo:
antitransglutaminase tecidual IgA: dosar IgA total, se estiver alta, deve pedir anti-TGT IgG / antigladina IgG.
2) Biópsia duodenal (EDA)
Qual a conduta para doença celíaca ?
Dieta sem glúten por toda a vida
Quais são as doenças que abrangem a doença inflamatória intestinal e suas características?
• Retocolite ulcerativa: acomete mucosa e submucosa, afeta reto e cólon, com progressão continua
• Doença de crohn: acometimento transmural, pode afetar todo o TGI, local mais comum é o delgado, progressão salteada e descontinua. Pode complicar com fístula, abscesso e estenose
Como realizar o diagnóstico da doença intestinal inflamatória ?
Ileocolonoscopia
- RCU: pseudopólipos. Na biópsia, possui criptite e microabscesso
- DC: úlceras aftoides e profundas, pedra em calçamento. Na biópsia, possui granulomas não caseosos
Quais são as sorologias para doenças inflamatórias intestinais ?
p ANCA - RCU, ASCA - DC
Qual a conduta para doença inflamatória intestinal ?
- Retocolite ulcerativa:
Leve a moderada: mesalazina (remissão + manutenção), se não responder deve realizar corticoide oral (remissão) + azatioprina (manutenção) - Grave: corticoide IV +/- infliximabe (remissão)
- Doença de crohn:
Leva a moderada: prednisona oral / budesonida (remissão) + azatioprina/metrotexate (manutenção)
Grave: tratar igual RCU, se fístula + cipro ou metronidazol
Quando o tratamento cirúrgico é indicado na doença inflamatória intestinal ?
Fístula/fissura refrátia, obstrução intestinal, hemorragia / megacólon tóxico refratários, câncer colorretal / displasia de alto grau
Cite duas complicações da doença inflamatória intestinal?
- Megacólon tóxico
- Câncer colorretal: os fatores de risco incluem doença extensa e com longa duração. Deve ser realizado
a vigilância após 8 anos da doença através de colonoscopia anual. O tratamento é colectomia
Qual a etiologia da colite pseudomembranosa ?
Diarreia infecciosa causada pelo Clostridioides difficie, transmissão fecal-oral + alteração da flora
Qual a fisiopatologia da colite pseudomembranosa?
Uso de antibiótico (qualquer via)
leva alteração da flora intestinal, facilitando a proliferação da bactéria, a qual produz toxinas A/B.
Quais as manifestações clínicas da colite pseudomembranosa ?
Diarreia (até 10 semanas após o
uso de antibiótico), dor abdominal difusa, febre
Como realizar o diagnóstico da colite pseudomembranosa ?
Pesquisa de toxinas A e B nas fezes
TC de abdome para descartar
complicações e colonoscopia se dúvida diagnóstica (pseudomembrana)
Qual o tratamento da colite pseudomembranosa ?
Suspender o antibiótico causador,
isolamento
- Antibioticoterapia: para casos leves a graves deve ser vancomicina 125mg VO 6/6 horas por 10 dias
Quais as manifestações clínicas da síndrome do intestino irritável ?
- Dor abdominal crônica: pode melhorar ou piorar
com a defecação, piora com estresse e refeições - Diarreia: pode ter muco e tenesmo. Não tem
despertar noturno, sangue, esteatorreia - Constipação
Quais são os critérios de Roma e qual o diagnóstico ele da ?
dor abdominal recorrente, pelo menos um dia por semana nos últimos 3 meses, associada 2 ou mais dos seguintes:
- Relação com evacuação
- Mudança na frequência das evacuações
- Mudança na forma (consistência) das fezes
Qual o tratamento para síndrome do intestino irritável ?
Reduzir gatilhos alimentares, praticar
atividade física. Antiespasmódico (escopolamina), antidiarreico (loperamida) ou laxante (psyllium,
polietilenoglicol). Para refratários antidepressivos tricíclicos
Quais as manifestações clínicas da obstrução intestinal ?
Parada de eliminação de gases e
fezes, dor abdominal
Como realizar o diagnóstico da obstrução intestinal ?
Rx - tórax em AP, abdome em pé
(ortostático) e deitado (decúbito).
No delgado ocorre uma distensão central (empilhamento de
moedas) e no cólon uma distensão periférica (haustrações)
Qual a conduta para obstrução intestinal ?
• Dieta zero
• Hidratação venosa
• Sonda nasogástrica
• Obstrução mecânica:
- Não complicada: conservador
- Complicada: cirurgia
• Obstrução funcional: conservador
Quais as etiologias da obstrução intestinal e as condutas específicas ?
- Delgado: brida, crohn, neoplasias, hérnias, íleo biliar
- Cólon: neoplasia, volvo, doença diverticular
- Infância: intussuscepção, áscaris, hérnia, bezoar
Quais as etiologias da isquemia mesenterica ?
Embolia (fibrilação atrial), trombose
arterial (aterosclerose), vasoconstrição (choque, cocaina), trombose venosa (hipercoagulabilidade)
Como realizar o diagnóstico de isquemia mesenterica aguda ?
Angiotc evidenciando falha no
enchimento de contraste. Embora o padrão ouro
seja angiografia mesentérica.
Qual a conduta da isquemia mesenterica aguda ?
Suporte (dieta zero, hidratação venosa,
antibiótico) e medidas específicas
Qual etiologia de isquemia mesenterica crônica ?
Aterosclerose
Quais as manifestações clínicas da isquemia mesenterica crônica ?
Angina mesentérica (comeu doeu),
Qual a conduta da isquemia mesenterica crônica?
Revascularização
Qual a etiologia da colite isquemica?
Pequena circulação, cólon, área de transição vascular, afeta a mucosa
Quais as manifestações clínicas da colite isquemica?
Dor, diarreia mucossanguinolenta,
febre, distensão
Qual a conduta da colite isquemica?
Suporte. Cirurgia (colectomia parcial
ou total) se peritonite, hemorragia, refratário, colite
fulminante
Qual a fisiopatologia da apendicite ?
Obstrução da luz do apêndice por fecalito, hiperplasia linfoide, tumor, entre outros. Leva a distensão que progride para isquemia
Quais as manifestações clínicas do apendicite ?
Dor periumbilical (peritônio visceral) que migra para fossa ilíaca direita (peritônio parietal), anorexia, náuseas, vômitos, febre
Quais os sinais clínicos da apendicite?
- Blumberg: descompressão súbita dolorosa em
McBurney - Rovsing: pressão FIE e dor em FID
- Dunphy: dor FID que piora com a tosse
- Lenander: Tretal > Taxilar em pelo menos 1°C
Como realizar o diagnóstico da apendicite ?
O diagnóstico é clínico. Se dúvida ou complicação deve fazer exame de imagem
- USG: gestante ou criança - espessamento, aumento da vascularização. Se inconclusivo, RM em gestante
- TC: espessamento, borramento de gordura perpendicular
Qual a conduta na apendicite?
• Simples e precoce ou não complicada:
apendicectomia + antibiótico profilático
• Peritonite difusa: cirurgia de urgência +
antibioticoterapia
Como realizar o diagnóstico da doença diverticular dos colons?
Colonoscopia
Quais as complicações da doença diverticular dos colons?
Hemorragia e diverticulite
Quais as manifestações clínicas da diverticulite ?
Dor em fossa ilíaca esquerda
Como realizar o diagnóstico da diverticulite ?
• Classificação de hinchey: através da TC
0. ausência de complicação
1. abcesso pericólico
2. abscesso pélvico
3. peritonite purulenta
4. peritonite fecal
Qual a conduta da diverticulite?
• Tratamento ambulatorial: dieta líquida + analgesia oral, avaliar antibiótico oral
• Tratamento hospitalar: antibiótico (cefalosporina 3° geração + metronidazol) + hidratação venosa +
analgesia + dieta zero
Quais os tipos histológicos do pólipos adenomatosos ?
Tubular (melhor prognóstico), viloso
(pior prognóstico), tubuloviloso
Qual a conduta para pólipo adenomatoso e acompanhamento ?
Polipectomia
• Acompanhamento:
- Repetir colonoscopia após 3 anos
- Séssil ou fragmentação: colonoscopia em 3-6 m
- ≥10 adenomas ou câncer in situ: colonoscopia em 1 ano
Qual a etiologia Polipose adenomatose familiar (PAF) e a manifestação clínica ?
Mutação no gene APC, apresentando > 100 pólipos adenomatoso
Qual o risco da polipose adenomatose familiar?
Risco de câncer colorretal é de 100%, sendo necessária a colectomia profilática. Sendo assim, deve realizar rastreio com colonoscopia anual de 10-12 anos
Quais as variantes da polipose adenomatose familiar ?
- Síndrome de garner: osteomas (mandíbulas e cranianos), tumores de tecidos moles (lipoma, cistos), dentes supranumerários
- Sindrome de turcot: tumor no snc (glioblastoma, meduloblastoma)
• Síndrome de peutz jeghers : pólipos
hamartomatoso em todo TGI, manchas melanóticas, sangramento, intussuscepção, aumento chance de
câncer. - Rastreamento com colonoscopia de 2 em 2 anos
Qual a etiologia do câncer de colorretal - adenocarcinoma ?
- Esporádico: é o mais comum, devido idade,tabagismo, alcoolismo, DII, história familiar
- Síndrome de polipose: PAF e variantes
- Hereditário não polipose: síndrome de lynch
Como realizar o diagnóstico de câncer de colorretal - adenocarcinoma ?
Colonoscopia + biópsia
Como realizar o rastreamento do câncer de cólon - adenocarcinoma?
• Rastreio: colonoscopia de 10/10 anos
- > 50 anos (ACS 45 anos)
- > 40 anos ou 10 anos antes se historia familiar +
- PAF aos 10-12 anos anual
- Lynch 21-40 anos 2/2 anos, após 40 anos é anual
Como realizar o rastreamento do câncer de cólon - adenocarcinoma?
• Rastreio: colonoscopia de 10/10 anos
- > 50 anos (ACS 45 anos)
- > 40 anos ou 10 anos antes se historia familiar +
- PAF aos 10-12 anos anual
- Lynch 21-40 anos 2/2 anos, após 40 anos é anual
Definição de hemorragia digestiva baixa
Depois do ângulo de treitz (jejuno, íleo,
cólon, reto, ânus)
Quais as manifestações clínicas da hemorragia digestiva baixa ?
• Hematoquezia (sangue vermelho vivo no reto)
• Melena (evacuação escura e fétida)
• Hipovolemia
Quais as etiologias da hemorragia digestiva baixa?
• Diverticulose colônica: ruptura arteriolar sob alta pressão (mais comum no cólon direito). Sangramento indolor e volumoso
• Angiodisplasia: má formação venosa (mais comum no cólon direito). Sangramento pouco volumoso e
recorrente
• Outras: colite (DII, isquemia, infecciosa), câncer colorretal, doença hemorroidária
Qual a abordagem da hemorragia digestiva baixa?
• Estabilização: monitorar e pesquisar sinais de instabilidade, punção de 2 veias periféricas calibrosas, coletar amostra de sangue
- Fluido inicial: solução cristaloide (SF 0,9% ou ringer lactato)
- Transfusão: choque refratário, Hb < 7-8 g/dl
• Dieta zero
• Endoscopia digestiva alta, apenas se houver suspeita de HDA.
Quais as etiologias da pancreatite aguda ?
Litíase biliar, álcool, drogas,
trigliceridemia (>1000)
Quais as manifestações clínicas da pancreatite aguda ?
Dor abdominal alta, irradiação
para o dorso e vômitos
Como realiza o diagnóstico de pancreatite aguda ?
2 dos 3 seguintes
- Clínica sugestiva
- Amilase e lipase (mais específica): 3x ou mais acima do valor da normalidade. Não indicam gravidade ou prognóstico
- Imagem sugestivo: inicialmente é solicitado USG de vias biliares (avaliar etiologia), mas o principal
exame é TC com contraste
Qual a conduta na pancreatite aguda ?
- Medidas iniciais: internação, dieta zero, hidratação com ringer lactato, controle eletrolítico (principalmente cálcio), analgesia
- Reiniciar dieta: PA leve e sem dor dentro de 24-72 horas, se não tolerar VO, cateter NG/NJ
• Direcionamento do tratamento: - Pancreatite biliar: colecistectomia por vídeo
- Pancreatite biliar com colangite ou obstrução: CPRE + papilotomia endoscópica depois
colecistectomia por vídeo
Quais as complicações da pancreatite aguda e as condutas ?
- Pseudocisto: intervir se complicar com
compressão estruturais (principalmente estômago, com plenitude pós prandial, náuseas, vômitos). A conduta é drenagem endoscópica - Necrose: intervir se complicar com infecção. A conduta é imipenem, se não resolver deve fazer drenagem endoscópica ou percutânea. Se mesmo
assim não resolver, cirurgia (necrosectomia) após 3-4 semanas do ínicio do quadro
Quais as etiologias da pancreatite crônica ?
Ácool (80%) e fibrose cística (criança)
Quais as manifestações clínicas da pancreatite crônica ?
Dor abdominal, esteatorreia,
diabetes mellitus
Qual o tratamento da pancreatite crônica ?
- Fator causal: cessar etilismo e tabagismo
- Esteatorreia: fracionar refeições + IBP + enzimas pancreáticas
- Diabetes: hipoglicemiante oral +/- insulinoterapia
- Dor: analgesia escalonada (dose fixa e intervalo regular). Dor clinicamente não tratavável deve realizar esfincterotomia ou cirurgia
Quais as manifestações clínicas do câncer de pâncreas ?
Icterícia colestática verdínica,
perda ponderal, dor abdominal, linfonodo supraclavicular
Sinal de Courvoisier - Terrier: vesícula indolor e palpável
Como realizar o diagnóstico do câncer de pâncreas ?
• Marcador tumoral: CA 19.9 (positivo acima de 37)
Tc
Qual a manifestação clínica do insulinoma?
Hipoglicemia, tríade de whipple
Como realizar o diagnóstico do insulinoma?
Teste de jejum de 72 horas
Glicemia ≤ 40 mg/dl
Insulina ≥ 6 u/ml
Peptideo C ≥ 200 pmol/ml
Imagem: pequeno (<2 cm), solitário e benigno
Como realizar o diagnóstico do insulinoma?
Teste de jejum de 72 horas
Glicemia ≤ 40 mg/dl
Insulina ≥ 6 u/ml
Peptideo C ≥ 200 pmol/ml
Imagem: pequeno (<2 cm), solitário e benigno
Qual a conduta para o insulinoma ?
Cirurgia. Enucleação (< 2 cm, longe do ducto pancreato principal), pancreatectomia corpo cauda, whipple
(cabeça)
Quais as manifestações clínicas do gastrinoma ?
Hipersecreção de gastrina, levando a múltiplas úlceras pépticas (síndrome de zollinger-ellison)
Quais as manifestações clínicas do glucagonoma ?
Diabetes (hiperglicemia), diarreia,
dermatite (eritema necrolítico migrarório), TVP (4D)
Como realizar o diagnóstico do glucagonoma ?
Dosagem sérica de glucagon (>500-
1000 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos
Quais as manifestações clínicas da Somatostatinoma?
Hiperglicemia, esteatorreia, colelitiase
Como realizar o diagnóstico da Somatostatinoma?
Dosagem sérica de somatostatina (>
160 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos
Como realizar o diagnóstico da Somatostatinoma?
Dosagem sérica de somatostatina (>
160 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos
Quais as manifestações clínicas do vipoma?
Síndrome de verner morrison: diarreia secretória, hipocloridria, hipocalcemia
Quais as manifestações clínicas do vipoma?
Síndrome de verner morrison: diarreia secretória, hipocloridria, hipocalcemia
Como realizar o diagnóstico do vipoma ?
Diarreia secretória (gap osmolar fecal
baixo), dosagem de vip plasmático
• Imagem: Grandes (>3 cm) e geralmente malignos
Como realizar o diagnóstico do vipoma ?
Diarreia secretória (gap osmolar fecal
baixo), dosagem de vip plasmático
• Imagem: Grandes (>3 cm) e geralmente malignos