Gastroenterologia Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

Qual a fisiopatologia da acalasia ?

A

Destruição do plexo de Auerbach, leva a perda de peristaltismo esofágico e falha no relaxamento do esfíncter esofágico inferior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais as etiologias da acalasia ?

A

Primária - idiopática (mais comum) e secundária - chagásica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais as manifestações clínicas da acalasia?

A

Disfagia e perda de peso (lenta)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como realizar o diagnóstico da acalasia ?

A
  • Esofagomanometria: aperistalse do corpo do esôfago, esfíncter esofágico inferior hipertônico, não relaxamento
  • Endoscopia digestiva alta
  • Esofagografia baritada: bico de pássaro
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a classificação de mascarenhas ?

A

Grau 1: < 4 cm
Grau 2: 4 a 7 cm
Grau 3: 7 a 10 cm
Grau 4: > 10cm ou dolicomegaesofago

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual a conduta da acalasia?

A

Grau 1: medicamento (nifedipino/nitrato) ou dilatação EDA (repetir 2 em 2 anos)
Grau 2/3: cardiomiotomia a Heller-Pinotti ou POEM para jovens. Idosos e alto risco fazer dilatação EDA
Grau 4: esofagectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a fisiopatologia da DRGE?

A

Relaxamento transitório OU hipotonia do esfíncter esofágico inferior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais as manifestações clínicas da DRGE?

A
  • Típico: pirose + regurgitação (esofágicos)
  • Atípicos: tosse, rouquidão, brocoespasmo (extra)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Como realizar o diagnóstico da DRGE? Quando é indicado EDA?

A
  • Padrão (típicos): prova terapêutica
  • Dúvida (atípicas ou refratário): pHmetria 24 horas
  • Alarme (idade ≥ 40 anos, vômitos, disfagia, perda de peso, sangramento): EDA
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a conduta da DRGE?

A
  • Dieta, elevar cabeceira, perda de peso
  • Medicamentosos: IBP 1x por dia por 8 semanas (ex: omeprazol 20mg, em jejum e esperar 30min)
    Falha 1: dobrar dose na 2° semana
    Falha 2: refratário
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quando indicar tratamento cirúrgico na DRGE?

A

Indicado em casos refratários (não responde a IBP), recorrente (não vive sem IBP), complicações (estenose e úlcera)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que é o esôfago de Barret ?

A

Metaplasia intestinal (escamoso para colunar)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como fazer o diagnóstico do esôfago de Barret?

A

EDA (vermelho salmão) + biópsia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual a conduta do do esôfago de Barret? E como é realizado o seguimento da EDA?

A

IBP + seguimento EDA +/- cirurgia
Sem displasia: EDA 3-5 anos
Displasia baixo grau: EDA 6-12 meses
Displasia alto grau: ressecção endoscópica ou esofagectomia
Câncer esôfago: esofagectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Como realizar o diagnóstico da esofagite eosinofilica ?

A

EDA (anéis circulares (traqueização), sulcos linares, estenoses) + biópsia esofágica (≥ 15 eosinófilo / campo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual a conduta para esofagite eosinofilica?

A
  • Dieta: retirar principais gatilhos imunológicos - leite, ovo, soja, trigo, nozes, frutos do mar
  • Supressão ácida: IBP em dose plena
  • Corticoide tópico: spray inalatório - aplicar na boca e engolir (fluticasona 220 mcg/dose 4x/ dia )
  • Dilatação endoscópica: para estenoses refratárias
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quais os agentes causadores da esofagite infecciosa e as condutas?

A
  • Candida albicans: placas brancas, hifas e leveduras, tratar com fluconazol VO 7-14 dias
  • Herpes vírus: úlcerações em vulção, inclusão viral A de cowdry, tratar com aciclovir VO 14-21 dias
  • Citomegalovírus: úlceração lineares e profundas, inclusão viral em olho de coruja, tratar com ganciclovir IV 14-21 dias
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual a conduta para esofagite caústica ?

A
  • Avaliar lesão de via aérea: IOT se necessário
  • Hidratação IV, analgesia, IBP
  • Dieta zero, não passar SNG as cegas
  • TC de tórax e abdome: se perfuração, esofagectomia + antibiótico; se não perfurou EDA (classificação de zargar)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a conduta para hérnia de hiato ?

A
  • Tipo 1 (deslizamento): conservador (indicação conforme DRGE)
  • Tipo 2, 3, 4: cirúrgica se grande e/ou sintomática
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

O que é o divertículo de zenker?

A

Hérniação de mucosa e submucosa (falsa) pelo trígono de killian (M. tireofaríngeo, M. cricofaríngeo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quais as manifestações clínicas da divertículo de zenker?

A

Idoso com halitose, disfagia e broncoaspiração, massa palpável (alivia com compressão)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Como fazer o diagnóstico do divertículo de zenker?

A

Esofagografia baritada (sacular, posteior ao esôfago), EDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual a conduta para o divertículo de zenker?

A

< 2cm: miotomia do cricofaríngeo
> 2 cm: miotomia + pexia (até 5cm) ou diverticulectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais os fatores de risco para desenvolvar carcinoma escamoso e adenocarcinoma do esôfago?

A
  • Carcinoma escamoso (externo): tabagismo, etilismo, HPV, acalásia, bebidas quentes, tilose palmoplantar. Mais comum no proximal
  • Adenocarcinoma (interno): DRGE, barret, obesidade. Mais comum no distal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Quais as manifestações clínicas do CA de esôfago?

A

Disfagia e perda de peso (meses)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Como realizar o diagnóstico do CA de esôfago ?

A

EDA + biópsia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Qual a conduta para ingestão de corpo estranho?

A
  • RX de pescoço, tórax e abdome (AP e perfil) para localizar e confirmar o objeto. Se inconclusivo, deve pedir TC
  • Remoção endoscópica (em até 2 horas): sintomas obstrutivos ou respiratórios, objeto de alto risco no esôfago ou estômago, qualquer objeto que fique no esôfago após 24 horas
  • Acompanhamento: sem critérios anteriores, objetos que já ultrapassaram o bulbo duodenal
    Deve monitorizar as fezes, radiografia seriada semanal. Objeto não eliminado após 4 semanas ou sintomas, deve fazer remoção
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Quais as etiologias da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?

A

Lesão iatrogênica durante endoscopia, perfuração espontânea, corpo estranho, trauma, neoplasias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Quais as manifestações clínicas da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?

A

Tríade de mackler - vômitos, dor torácica, enfisema subcutâneo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Como realizar o diagnóstico da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?

A

TC com contraste

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Qual a conduta da perfuração esofágica - Síndrome de boerhave?

A

Rafia ou reconstrução
- Controle da contaminação: antibiótico/antifúngico
- Controle da perfuração: < 24h - rafia em 2 planos + retalho; > 24h - esofagostomia; Stent EDA - limitação cirúrgica ou perfuração pequena
- Drenagem: dreno de tórax +/- toracotomia
- Nutrição enteral: gastrostomia ou jejunostomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Quais os agentes da doença ulcerosa péptica ?

A

Helicobacter pylori e AINE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Quais as manifestações clínicas da doença ulcerosa péptica ?

A
  • Dispepsia (azia, plenitude, saciedade precoce),
  • Dor: gástrica piora com alimentação e duodenal 2-3 horas após a alimentação
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Como realizar o diagnóstico da doença ulcerosa péptica ?

A
  • Jovem e sem alarme: presunção
  • > 45 anos ou alarme: EDA, se gástrica deve fazer biópsia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Quais os exames para diagnosticas H. pylori?

A

EDA urease na biópsia, histologia ou cultura; ureia respiratória, antígeno fecal, sorologia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Quando é indicado irradicar H. pylori ?

A

Úlcera péptica, dispesia, linfoma MALT

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Qual o tratamento do H. pylori?

A

Claritromicina 500mg 12/12 horas, amoxicilina 1g 12/12 horas, omeprazol 20 mg 12/12 horas, todos por 14 dias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Quais os fatores de risco para adenocarcinoma de estômago ?

A

H. pylori, gastrite crônica atrófica,
Epstein Barr, história familiar, tabagismo,
obesidade, sangue A, diminuição da ingesta de
frutas, vegetais, proteínas e gordura animais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Qual a classificação histológica do adenocarcinoma gástrico ?

A

Classificação de Lauren
- Intestinal: bem diferenciada, 55-60 anos, gastrite
crônica atrófica, estômago distal, instabilidade de
microssatélites

  • Difuso: células em anel de sinete, pouco
    diferenciado, pior prognóstico, estômago proximal,
    pode estar associado a padrão hereditário (diminui
    a expressão da E caderina), sangue A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Qual o nome da classificação macroscópica (EDA) do adenocarcinoma gástrico?

A

• Classificação de Borrmann:
I polipoide
II ulcerado bordas nítidas
III ulcerado e infiltrado (mais comum)
IV infiltrativo difuso,
“linite plástica)
V nenhum dos demais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Quais são os sinais clínicos que indicam adenocarcinoma gástrico está em estágio avançado (linfonodos à distância) ?

A

supraclavicular E (virchow), umbilical (irmã maria
josé), axilar E (irish), prateleira retal (blumer),
ovário (metástase; krukemberg)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Como realizar o diagnóstico de adenocarcinoma gástrico ?

A

EDA + biópsia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma gástrico ?

A

Ressecção com margem 6cm (8cm em difuso) + linfadenectomia a D2 (retirar ≥ 16 linfonodos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

O que é um câncer gástrico precoce ?

A

Acomete mucosa e/ou
submucosa com ou sem linfonodo acometido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Qual células são acometidas na GIST gástrica ?

A

Tumor estromal gastrointestinal, se origina nas células
intersticial de cajal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Como realizar o diagnóstico do GIST gástrico ?

A

EDA, biópsia apenas se irressecavel
ou metástase

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

O que é a Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?

A

Tumor neuroendócrino secretor de gastrina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Quais as manifestação da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?

A

Doença ulcerosa péptica grave e
refratária

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Como realizar o diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?

A

Dosagem de gastrina (> 1000 pg/ml) + pH gástrico (< 2).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Como realizar o tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)?

A

IBP em doses altas + cirúrgia
(preferencial é enucleacão tumoral)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Como realizar o diagnóstico do linfoma gástrico e quais os tipos ?

A

EDA com avaliação histopatológica
- Linfoma MALT
- Linfoma difuso de grandes células B

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Qual o tratamento do linfoma gástrico de acordo com o padrão histológico ?

A
  • Linfoma MALT: erradicação do H. Pylori (cura em até 80%) + IBP; EDA seriada de controle semestral por 2 anos; depois desse período, se duas negativas,
    pode parar. Se doença avançada, adicionar rituximabe (quimioterapia)
  • Linfoma difuso de grandes células B:
    quimioterapia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Definição de hemorragia digestiva alta

A

Alta: antes do ângulo de treitz (esôfago, estômago, duodeno)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

Quais as manifestações da hemorragia digestiva alta ?

A

• Hematêmse (vômitos de sangue)
• Melena (evacuação escura e fétida)
• Hipovolemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Quais as etiologias da hemorragia digestiva alta ?

A

• Doença ulcerosa péptica: parede posterior do duodeno - artéria gastroduodenal
• Síndrome de mallory weiss: laceração da mucosa e submucosa na JEG, fator de risco vômito vigoroso
• Lesão de dieulafoy: má formação vascular no fundo gástrico, próximo a JEG
• Hemobilia: sangramento da via biliar, causada por trauma, procedimento
Tríade de sandblom - HDA + icterícia + dor em hipocondrio direito
• Ectasia vascular antral gástrica: dilatação de vênilas no antro”em melancia”
• Fístula aortoentérica: comunicação entre aorta abdominal e delgado. Tratamento com reparo cirúrgico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
55
Q

Qual a abordagem da hemorragia digestiva alta ?

A

• Estabilização: monitorar, punção de 2 veias periféricas calibrosas, coletar amostra de sangue
- Fluido inicial: solução cristaloide (SF 0,9% ou ringer lactato)
- Transfusão: choque refratário, Hb < 7-8 g/dl
• Dieta zero
• Drogas:
- IBP: pantoprazol 80mg ataque IV + 8 mg/h manutenção
- Procinético: eritromicina 30 min antes da EDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
56
Q

Qual a classificação de forrest e o que ela avalia ?

A

Avalia o risco de ressangramento da úlcera péptica
IA em jato (alto) IB babação (alto)
IIA vaso visivel (alto) IIB coágulo (médio)
IIC hematina (baixa) III base clara e limpa (baixa)

57
Q

Defina síndrome absortiva

A

Dificuldade em absorver os nutrientes
(intestino delgado) e/ ou dificuldade em digerir os
nutrientes para absorver (pâncreas)

58
Q

Quais as manifestações clínicas da síndrome desabsortiva ?

A
  • Diarreia: alta, esteatorreia
  • Deficiência de micronutrientes: anemia ferropriva,
    anemia megaloblástica, deficiência de vitamina A,
    D, E, K
59
Q

Qual a etiologia da Doença de Whipple?

A

Tropheryma whipplei

60
Q

Quais as manifestações clínicas da Doença de Whipple?

A

Síndrome desabsortiva, artralgia
ou artrite, miarritmia oculomastigatória

61
Q

Como realizar diagnóstico da doença de Whipple?

A

EDA + biópsia do dueodeno

62
Q

Qual o tratamento para doença de whipple?

A

ceftriaxona IV (2 semanas) +
sulfametoxazol e trimetoprim (1 ano)

63
Q

O que é a doença celíaca ?

A

Reação autoimune contra o glúten

64
Q

Quais as consequências da doença celíaca ?

A

Inflamação e atrofia das
vilosidades do intestino grosso

65
Q

Como realizar o diagnóstico da doença celíaca ?

A

1) Rastreamento com anticorpo:
antitransglutaminase tecidual IgA: dosar IgA total, se estiver alta, deve pedir anti-TGT IgG / antigladina IgG.

2) Biópsia duodenal (EDA)

66
Q

Qual a conduta para doença celíaca ?

A

Dieta sem glúten por toda a vida

67
Q

Quais são as doenças que abrangem a doença inflamatória intestinal e suas características?

A

• Retocolite ulcerativa: acomete mucosa e submucosa, afeta reto e cólon, com progressão continua
• Doença de crohn: acometimento transmural, pode afetar todo o TGI, local mais comum é o delgado, progressão salteada e descontinua. Pode complicar com fístula, abscesso e estenose

68
Q

Como realizar o diagnóstico da doença intestinal inflamatória ?

A

Ileocolonoscopia
- RCU: pseudopólipos. Na biópsia, possui criptite e microabscesso
- DC: úlceras aftoides e profundas, pedra em calçamento. Na biópsia, possui granulomas não caseosos

69
Q

Quais são as sorologias para doenças inflamatórias intestinais ?

A

p ANCA - RCU, ASCA - DC

70
Q

Qual a conduta para doença inflamatória intestinal ?

A
  • Retocolite ulcerativa:
    Leve a moderada: mesalazina (remissão + manutenção), se não responder deve realizar corticoide oral (remissão) + azatioprina (manutenção)
  • Grave: corticoide IV +/- infliximabe (remissão)
  • Doença de crohn:
    Leva a moderada: prednisona oral / budesonida (remissão) + azatioprina/metrotexate (manutenção)
    Grave: tratar igual RCU, se fístula + cipro ou metronidazol
71
Q

Quando o tratamento cirúrgico é indicado na doença inflamatória intestinal ?

A

Fístula/fissura refrátia, obstrução intestinal, hemorragia / megacólon tóxico refratários, câncer colorretal / displasia de alto grau

72
Q

Cite duas complicações da doença inflamatória intestinal?

A
  • Megacólon tóxico
  • Câncer colorretal: os fatores de risco incluem doença extensa e com longa duração. Deve ser realizado
    a vigilância após 8 anos da doença através de colonoscopia anual. O tratamento é colectomia
73
Q

Qual a etiologia da colite pseudomembranosa ?

A

Diarreia infecciosa causada pelo Clostridioides difficie, transmissão fecal-oral + alteração da flora

74
Q

Qual a fisiopatologia da colite pseudomembranosa?

A

Uso de antibiótico (qualquer via)
leva alteração da flora intestinal, facilitando a proliferação da bactéria, a qual produz toxinas A/B.

75
Q

Quais as manifestações clínicas da colite pseudomembranosa ?

A

Diarreia (até 10 semanas após o
uso de antibiótico), dor abdominal difusa, febre

76
Q

Como realizar o diagnóstico da colite pseudomembranosa ?

A

Pesquisa de toxinas A e B nas fezes
TC de abdome para descartar
complicações e colonoscopia se dúvida diagnóstica (pseudomembrana)

77
Q

Qual o tratamento da colite pseudomembranosa ?

A

Suspender o antibiótico causador,
isolamento
- Antibioticoterapia: para casos leves a graves deve ser vancomicina 125mg VO 6/6 horas por 10 dias

78
Q

Quais as manifestações clínicas da síndrome do intestino irritável ?

A
  • Dor abdominal crônica: pode melhorar ou piorar
    com a defecação, piora com estresse e refeições
  • Diarreia: pode ter muco e tenesmo. Não tem
    despertar noturno, sangue, esteatorreia
  • Constipação
79
Q

Quais são os critérios de Roma e qual o diagnóstico ele da ?

A

dor abdominal recorrente, pelo menos um dia por semana nos últimos 3 meses, associada 2 ou mais dos seguintes:
- Relação com evacuação
- Mudança na frequência das evacuações
- Mudança na forma (consistência) das fezes

80
Q

Qual o tratamento para síndrome do intestino irritável ?

A

Reduzir gatilhos alimentares, praticar
atividade física. Antiespasmódico (escopolamina), antidiarreico (loperamida) ou laxante (psyllium,
polietilenoglicol). Para refratários antidepressivos tricíclicos

81
Q

Quais as manifestações clínicas da obstrução intestinal ?

A

Parada de eliminação de gases e
fezes, dor abdominal

82
Q

Como realizar o diagnóstico da obstrução intestinal ?

A

Rx - tórax em AP, abdome em pé
(ortostático) e deitado (decúbito).

No delgado ocorre uma distensão central (empilhamento de
moedas) e no cólon uma distensão periférica (haustrações)

83
Q

Qual a conduta para obstrução intestinal ?

A

• Dieta zero
• Hidratação venosa
• Sonda nasogástrica
• Obstrução mecânica:
- Não complicada: conservador
- Complicada: cirurgia
• Obstrução funcional: conservador

84
Q

Quais as etiologias da obstrução intestinal e as condutas específicas ?

A
  • Delgado: brida, crohn, neoplasias, hérnias, íleo biliar
  • Cólon: neoplasia, volvo, doença diverticular
  • Infância: intussuscepção, áscaris, hérnia, bezoar
85
Q

Quais as etiologias da isquemia mesenterica ?

A

Embolia (fibrilação atrial), trombose
arterial (aterosclerose), vasoconstrição (choque, cocaina), trombose venosa (hipercoagulabilidade)

86
Q

Como realizar o diagnóstico de isquemia mesenterica aguda ?

A

Angiotc evidenciando falha no
enchimento de contraste. Embora o padrão ouro
seja angiografia mesentérica.

87
Q

Qual a conduta da isquemia mesenterica aguda ?

A

Suporte (dieta zero, hidratação venosa,
antibiótico) e medidas específicas

88
Q

Qual etiologia de isquemia mesenterica crônica ?

A

Aterosclerose

89
Q

Quais as manifestações clínicas da isquemia mesenterica crônica ?

A

Angina mesentérica (comeu doeu),

90
Q

Qual a conduta da isquemia mesenterica crônica?

A

Revascularização

91
Q

Qual a etiologia da colite isquemica?

A

Pequena circulação, cólon, área de transição vascular, afeta a mucosa

92
Q

Quais as manifestações clínicas da colite isquemica?

A

Dor, diarreia mucossanguinolenta,
febre, distensão

93
Q

Qual a conduta da colite isquemica?

A

Suporte. Cirurgia (colectomia parcial
ou total) se peritonite, hemorragia, refratário, colite
fulminante

94
Q

Qual a fisiopatologia da apendicite ?

A

Obstrução da luz do apêndice por fecalito, hiperplasia linfoide, tumor, entre outros. Leva a distensão que progride para isquemia

95
Q

Quais as manifestações clínicas do apendicite ?

A

Dor periumbilical (peritônio visceral) que migra para fossa ilíaca direita (peritônio parietal), anorexia, náuseas, vômitos, febre

96
Q

Quais os sinais clínicos da apendicite?

A
  • Blumberg: descompressão súbita dolorosa em
    McBurney
  • Rovsing: pressão FIE e dor em FID
  • Dunphy: dor FID que piora com a tosse
  • Lenander: Tretal > Taxilar em pelo menos 1°C
97
Q

Como realizar o diagnóstico da apendicite ?

A

O diagnóstico é clínico. Se dúvida ou complicação deve fazer exame de imagem
- USG: gestante ou criança - espessamento, aumento da vascularização. Se inconclusivo, RM em gestante
- TC: espessamento, borramento de gordura perpendicular

98
Q

Qual a conduta na apendicite?

A

• Simples e precoce ou não complicada:
apendicectomia + antibiótico profilático
• Peritonite difusa: cirurgia de urgência +
antibioticoterapia

99
Q

Como realizar o diagnóstico da doença diverticular dos colons?

A

Colonoscopia

100
Q

Quais as complicações da doença diverticular dos colons?

A

Hemorragia e diverticulite

101
Q

Quais as manifestações clínicas da diverticulite ?

A

Dor em fossa ilíaca esquerda

102
Q

Como realizar o diagnóstico da diverticulite ?

A

• Classificação de hinchey: através da TC
0. ausência de complicação
1. abcesso pericólico
2. abscesso pélvico
3. peritonite purulenta
4. peritonite fecal

103
Q

Qual a conduta da diverticulite?

A

• Tratamento ambulatorial: dieta líquida + analgesia oral, avaliar antibiótico oral
• Tratamento hospitalar: antibiótico (cefalosporina 3° geração + metronidazol) + hidratação venosa +
analgesia + dieta zero

104
Q

Quais os tipos histológicos do pólipos adenomatosos ?

A

Tubular (melhor prognóstico), viloso
(pior prognóstico), tubuloviloso

105
Q

Qual a conduta para pólipo adenomatoso e acompanhamento ?

A

Polipectomia

• Acompanhamento:
- Repetir colonoscopia após 3 anos
- Séssil ou fragmentação: colonoscopia em 3-6 m
- ≥10 adenomas ou câncer in situ: colonoscopia em 1 ano

106
Q

Qual a etiologia Polipose adenomatose familiar (PAF) e a manifestação clínica ?

A

Mutação no gene APC, apresentando > 100 pólipos adenomatoso

107
Q

Qual o risco da polipose adenomatose familiar?

A

Risco de câncer colorretal é de 100%, sendo necessária a colectomia profilática. Sendo assim, deve realizar rastreio com colonoscopia anual de 10-12 anos

108
Q

Quais as variantes da polipose adenomatose familiar ?

A
  • Síndrome de garner: osteomas (mandíbulas e cranianos), tumores de tecidos moles (lipoma, cistos), dentes supranumerários
  • Sindrome de turcot: tumor no snc (glioblastoma, meduloblastoma)
    • Síndrome de peutz jeghers : pólipos
    hamartomatoso em todo TGI, manchas melanóticas, sangramento, intussuscepção, aumento chance de
    câncer.
  • Rastreamento com colonoscopia de 2 em 2 anos
109
Q

Qual a etiologia do câncer de colorretal - adenocarcinoma ?

A
  • Esporádico: é o mais comum, devido idade,tabagismo, alcoolismo, DII, história familiar
  • Síndrome de polipose: PAF e variantes
  • Hereditário não polipose: síndrome de lynch
110
Q

Como realizar o diagnóstico de câncer de colorretal - adenocarcinoma ?

A

Colonoscopia + biópsia

111
Q

Como realizar o rastreamento do câncer de cólon - adenocarcinoma?

A

• Rastreio: colonoscopia de 10/10 anos
- > 50 anos (ACS 45 anos)
- > 40 anos ou 10 anos antes se historia familiar +
- PAF aos 10-12 anos anual
- Lynch 21-40 anos 2/2 anos, após 40 anos é anual

112
Q

Como realizar o rastreamento do câncer de cólon - adenocarcinoma?

A

• Rastreio: colonoscopia de 10/10 anos
- > 50 anos (ACS 45 anos)
- > 40 anos ou 10 anos antes se historia familiar +
- PAF aos 10-12 anos anual
- Lynch 21-40 anos 2/2 anos, após 40 anos é anual

113
Q

Definição de hemorragia digestiva baixa

A

Depois do ângulo de treitz (jejuno, íleo,
cólon, reto, ânus)

114
Q

Quais as manifestações clínicas da hemorragia digestiva baixa ?

A

• Hematoquezia (sangue vermelho vivo no reto)
• Melena (evacuação escura e fétida)
• Hipovolemia

115
Q

Quais as etiologias da hemorragia digestiva baixa?

A

• Diverticulose colônica: ruptura arteriolar sob alta pressão (mais comum no cólon direito). Sangramento indolor e volumoso
• Angiodisplasia: má formação venosa (mais comum no cólon direito). Sangramento pouco volumoso e
recorrente
• Outras: colite (DII, isquemia, infecciosa), câncer colorretal, doença hemorroidária

116
Q

Qual a abordagem da hemorragia digestiva baixa?

A

• Estabilização: monitorar e pesquisar sinais de instabilidade, punção de 2 veias periféricas calibrosas, coletar amostra de sangue
- Fluido inicial: solução cristaloide (SF 0,9% ou ringer lactato)
- Transfusão: choque refratário, Hb < 7-8 g/dl
• Dieta zero
• Endoscopia digestiva alta, apenas se houver suspeita de HDA.

117
Q

Quais as etiologias da pancreatite aguda ?

A

Litíase biliar, álcool, drogas,
trigliceridemia (>1000)

118
Q

Quais as manifestações clínicas da pancreatite aguda ?

A

Dor abdominal alta, irradiação
para o dorso e vômitos

119
Q

Como realiza o diagnóstico de pancreatite aguda ?

A

2 dos 3 seguintes
- Clínica sugestiva
- Amilase e lipase (mais específica): 3x ou mais acima do valor da normalidade. Não indicam gravidade ou prognóstico
- Imagem sugestivo: inicialmente é solicitado USG de vias biliares (avaliar etiologia), mas o principal
exame é TC com contraste

120
Q

Qual a conduta na pancreatite aguda ?

A
  • Medidas iniciais: internação, dieta zero, hidratação com ringer lactato, controle eletrolítico (principalmente cálcio), analgesia
  • Reiniciar dieta: PA leve e sem dor dentro de 24-72 horas, se não tolerar VO, cateter NG/NJ
    • Direcionamento do tratamento:
  • Pancreatite biliar: colecistectomia por vídeo
  • Pancreatite biliar com colangite ou obstrução: CPRE + papilotomia endoscópica depois
    colecistectomia por vídeo
121
Q

Quais as complicações da pancreatite aguda e as condutas ?

A
  • Pseudocisto: intervir se complicar com
    compressão estruturais (principalmente estômago, com plenitude pós prandial, náuseas, vômitos). A conduta é drenagem endoscópica
  • Necrose: intervir se complicar com infecção. A conduta é imipenem, se não resolver deve fazer drenagem endoscópica ou percutânea. Se mesmo
    assim não resolver, cirurgia (necrosectomia) após 3-4 semanas do ínicio do quadro
122
Q

Quais as etiologias da pancreatite crônica ?

A

Ácool (80%) e fibrose cística (criança)

123
Q

Quais as manifestações clínicas da pancreatite crônica ?

A

Dor abdominal, esteatorreia,
diabetes mellitus

124
Q

Qual o tratamento da pancreatite crônica ?

A
  • Fator causal: cessar etilismo e tabagismo
  • Esteatorreia: fracionar refeições + IBP + enzimas pancreáticas
  • Diabetes: hipoglicemiante oral +/- insulinoterapia
  • Dor: analgesia escalonada (dose fixa e intervalo regular). Dor clinicamente não tratavável deve realizar esfincterotomia ou cirurgia
125
Q

Quais as manifestações clínicas do câncer de pâncreas ?

A

Icterícia colestática verdínica,
perda ponderal, dor abdominal, linfonodo supraclavicular
Sinal de Courvoisier - Terrier: vesícula indolor e palpável

126
Q

Como realizar o diagnóstico do câncer de pâncreas ?

A

• Marcador tumoral: CA 19.9 (positivo acima de 37)
Tc

127
Q

Qual a manifestação clínica do insulinoma?

A

Hipoglicemia, tríade de whipple

128
Q

Como realizar o diagnóstico do insulinoma?

A

Teste de jejum de 72 horas
Glicemia ≤ 40 mg/dl
Insulina ≥ 6 u/ml
Peptideo C ≥ 200 pmol/ml
Imagem: pequeno (<2 cm), solitário e benigno

129
Q

Como realizar o diagnóstico do insulinoma?

A

Teste de jejum de 72 horas
Glicemia ≤ 40 mg/dl
Insulina ≥ 6 u/ml
Peptideo C ≥ 200 pmol/ml
Imagem: pequeno (<2 cm), solitário e benigno

130
Q

Qual a conduta para o insulinoma ?

A

Cirurgia. Enucleação (< 2 cm, longe do ducto pancreato principal), pancreatectomia corpo cauda, whipple
(cabeça)

131
Q

Quais as manifestações clínicas do gastrinoma ?

A

Hipersecreção de gastrina, levando a múltiplas úlceras pépticas (síndrome de zollinger-ellison)

132
Q

Quais as manifestações clínicas do glucagonoma ?

A

Diabetes (hiperglicemia), diarreia,
dermatite (eritema necrolítico migrarório), TVP (4D)

133
Q

Como realizar o diagnóstico do glucagonoma ?

A

Dosagem sérica de glucagon (>500-
1000 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos

134
Q

Quais as manifestações clínicas da Somatostatinoma?

A

Hiperglicemia, esteatorreia, colelitiase

135
Q

Como realizar o diagnóstico da Somatostatinoma?

A

Dosagem sérica de somatostatina (>
160 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos

136
Q

Como realizar o diagnóstico da Somatostatinoma?

A

Dosagem sérica de somatostatina (>
160 ng/L)
• Imagem: grandes (>3 cm), solitários e geralmente
malignos

137
Q

Quais as manifestações clínicas do vipoma?

A

Síndrome de verner morrison: diarreia secretória, hipocloridria, hipocalcemia

138
Q

Quais as manifestações clínicas do vipoma?

A

Síndrome de verner morrison: diarreia secretória, hipocloridria, hipocalcemia

139
Q

Como realizar o diagnóstico do vipoma ?

A

Diarreia secretória (gap osmolar fecal
baixo), dosagem de vip plasmático
• Imagem: Grandes (>3 cm) e geralmente malignos

140
Q

Como realizar o diagnóstico do vipoma ?

A

Diarreia secretória (gap osmolar fecal
baixo), dosagem de vip plasmático
• Imagem: Grandes (>3 cm) e geralmente malignos