Cardiologia Flashcards

1
Q

Qual a conduta da fibrilação atrial (instável e estável)?

A

Tratamento: ABC
- Anticoagulação: CHA2DS2VASC
- Bem estar sintomático: instável (dor torácica, dispneia, diminuição do nível de consciência, diminuição da PA) deve fazer cardioconversão elétrica (100-200J)
Se estável, controle da FC cardíaca com betabloqueadores (metoprolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (verapamil e diltiazem)

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2
Q

Defina CHA2DS2VASC.
Qual o valor para anticoagular em homens e mulheres?

A

C. ICC
H. HAS
A2. idade ≥ 75 anos
D. DM
S2. AVC ou AIT prévio
V. Doença vascular
A. idade ≥ 65 anos
S. Sexo feminino
Anticoagular se ≥ 3 em mulheres e ≥ 2 em homens

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3
Q

Qual a conduta se fibrilação atrial > 48 horas?

A

FA > 48 h ou indeterminado há risco tromboembólico, deve adotar a anticoagulação pré reversão (3-4 semanas), pode omitir a anticoagulação se eco transesofágico negativo. Quando cardioversão deve coagular pós reversão por 4 semanas ou pra sempre se alto risco

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4
Q

Qual a conduta de taquicardia supraventricular (estável e instável)?

A

-Estável: manobra vagal (valsalva / compressão carotídeo), adenosina 6mg IV em bolus e repetir 12 mg se não reverter (pode dar uma sensação de morte iminente). Inibidores do nó AV (BB ou BCC)
- Instável: cardioversão elétrica (50-100J), pode tentar adenosina também

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5
Q

Qual a conduta de taquicardia ventricular não sustentada?

A

Tratamento conservador (betabloqueador se necessário) em não cardiopata. Se cardiopata holter 24horas ou estudo eletrofisiológico

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6
Q

Qual a conduta de taquicardia ventricular sustentada (instável e estável)?

A
  • Instável: cardioversão em monomórfica (100J)
  • Estável: amiodarona, procainamida, sotalol
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7
Q

Qual a conduta para torsades point (instável e estável)?

A
  • Instável: desfibrilação
  • Estável: sulfato de magnésio 1-2g IV
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8
Q

Quando suspeitar de bloqueio de ramo?

A

QRS alargado (≥ 120ms, mais de 3 quadradinhos) e precedido de onda p, alteração da repolarização ventricular (inversão de ST-T)

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9
Q

Defina BAV e seus graus.

A
  • BAV 1° grau (supra hissianos): intervalo PR > 200ms, nunca bloqueia
  • BAV 2° grau - Mobitz I (supra hissianos): alargamento progressivo do intervalo PR e p bloqueia as vezes (fenômeno de wenckebach)
  • BAV 2° grau - Mobitz II: intervalo pr constante e p bloqueia “do nada” (fenômeno de hay)
  • BAV 3° grau (BAVT): dissociação entre p e qrs, onda p bloqueada. O intervalo PP é constante
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10
Q

Qual a conduta para BAV?

A
  • Atropina 1mg a cada 3-5min (máx. 3g)
  • Se não responde a atropina, deve realizar marca passo: provisório (transcutâneo/transvenoso) ou definitivo
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11
Q

Qual a classificação da hipertensão pulmonar?

A
  1. Hipertensão arterial pulmonar: idiopática, colagenoses, HIV, anorexígenos, hipertensão pulmonar
  2. Doença cardíaca esquerda: doença ventricular, atrial ou valvar esquerda
  3. Doença pulmonar ou hipoxemia: DPOC, pneumopatia intersticial difusa, doenças do sono, hipoventilação alveolar crônica
  4. Doença trombótica ou embolia crônica: obstrução das artérias proximais/distais, trombótica ou não
  5. Miscelânea: sarcoidose, doenças hematológicas, compressão extrínseca de vaso
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12
Q

Como realizar o diagnóstico da hipertensão pulmonar? (padrão ouro)

A

Cateterismo cardíaco direito

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13
Q

Quais as principais causas da cardiomiopatia dilatada e as condutas de cada?

A
  • Cardiomiopatia idiopática: uma das principais causas de IC (isquêmica e hipertensiva). Não apresenta tratamento exclusivo (igual de ICC)
  • Cardiomiopatia alcoólica: consumo de álcool + defeito na metabolização do álcool. A conduta é repor tiamina + abstinência alcoólica
  • Cardimiopatia chagásica: agente é o trypanossoma cruzi e o vetor é a triatomíneo (barbeiro). Conduta igual ICC
  • Cardiomiopatia periparto: surge entre o último mês de gestação e o 6° mês pós parto. O fator de risco é fração de ejeção < 40% antes da gestação. A conduta é b-bloqueador + nitrato e diuréticos se congestão. Lembra que IECA/BRA é contraindicado na gestação
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14
Q

Qual a causa da Cardiomiopatia hipertrófica?

A

Distúrbio autossômico dominante (genética)

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15
Q

Qual o quadro clínico da cardiomiopatia hipertrófica?

A

Dispneia aos esforços, angina pectoris, sinais de baixo débito
- Sopro sistólico: aumenta com a manobra de valsalva e diminui com manobra de handgrip e cócoras

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16
Q

Qual a conduta da cardiomiopatia hipertrófica?

A

A conduta é b-bloqueador ou bcc não di-hidropiridínicos. Deve realizar em parentes de 1° grau triagem com ecocardiograma a cada 1-2 anos entre 12-20 anos

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17
Q

Qual a causa da cardiomiopatia de estresse (síndrome de takotsubo)?

A

Estresse físico ou emocional

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18
Q

Qual o quadro clínico da cardiomiopatia de estresse (síndrome de takotsubo)?

A

Dor precordial + supra ST e inversão de T nas precordiais + troponina discretamente elevada

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19
Q

Como realizar o diagnóstico da cardiomiopatia de estresse (síndrome de takotsubo)?

A

Cateterismo sem obstrução de coronária,

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20
Q

Quais as causas da pericardite?

A
  • Viral (mais comum): coxsackie B, echovírus, CMV, HIV
  • Bacteriana: tuberculosa, fungos
  • Metabólica: ureia, hipotireoidismo
  • Pós IAM
  • Neoplásica, colagenose, actínica (radioterapia)
  • Trauma
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21
Q

Quais as manifestações clínicas da pericardite?

A

Dor torácica precordial, pleurítica (piora ao respirar), melhora ao inclincar para frente

22
Q

Como realizar o diagnóstico da pericardite?

A

ECG: supra do segmento ST difuso poupa V1 e avR;

23
Q

Qual a conduta da pericardite?

A

AINE (ex. ibuprofeno) manter até melhora dos sintomas + colchicina 0,5 1-2x por dia por 3 meses. Se contraindicação ou refrataridade ao AINE pode ser usado corticoterapia

24
Q

Quando internar paciente com pericardite?

A

Febre, instabilidade, derrame pericárdico grande, imunossupressão, uso de anticoagulante, troponina elevada (miopericardite)

25
Quais as complicacões da pericardite ?
Tamponamento cardíaco (aguda), pericardite constritiva (crônica)
26
Quais as manifestações clínicas do tamponamento cardíaco?
Tríade de beck: hipotensão, hipofonese de bulhas, turgência jugular
27
Como realizar o diagnóstico do tamponamento cardíaco?
- ECG com baixa voltagem do QRS (amplitude baixa, menos de 2 quadradões), alternância elétrica (diferença de tamanho do QRS) - Ecocardiograma: líquido
28
Qual a conduta do tamponamento cardíaco?
Pericardiocentese guiada pelo ECO
29
Qual a causa principal da pericardite restritiva?
É a fibrose crônica do pericárdio (endurecido). A causa mais comum é tuberculose
30
Como realizar o diagnóstico da pericardite restritiva?
- RX de tórax: calcificação pericárdica - Ecocardiograma: espessamento pericárdico, restrição ventricular - Alternativa: TC ou RM cardíaca
31
Qual a conduta da pericardite restritiva?
Pericardiectomia e tratar a causa base
32
Qual o sopro presente na insuficiência aórtica?
Sopro sistólico
33
Quais as manifestações clínicas da insuficiência aórtica?
Tríade - angina + síncope + dispneia
34
Como realizar o diagnóstico de HAS?
* Média de 2 consultas: ≥140 x 90 mmHg * Medida isolada: ≥ 180 x 110 mmHg e/ou lesão por órgão alvo
35
Qual a conduta para HAS?
* Estágio 1: uma droga IECA, BRA, tiazídicos, bloqueador de cálcio * Estágio 1 + fatores de risco ou E2-3: duas drogas IECA ou BRA + outra classe
36
Qual é a avaliação inicial (exames) para um paciente com HAS?
* Análise de urina * Creatinina plasmática * Glicemia de jejum e HbA1c * Colesterol total, HDL colesterol e triglicerídeo * Dosagem de potássio * ECG * Ácido úrico
37
Quais os alvos para pacientes com HAS?
* Alvos: < 140 x 90 mmHg * Alto risco (DM, lesão de orgão alvo, ≥ 3 fatores de risco): < 130 x 80 mmHg
38
Defina as crises hipertensivas e suas condutas
* Emergência hipertensiva: com lesão de órgão alvo - Medicamentos IV: nitroprussiato, nitroglicerina (IAM), betabloqueador (dissecção) * Urgência hipertensiva: sem lesão de órgão alvo - Medicamentos VO: captopril, furosemida, clonidina * Pseudocrise hipertensiva: ansiedade e/ou dor - Ansiolítico e/ou analgesia
38
Quando suspeitar de HAS secundária?
< 30 ou > 55 anos, resistente, lesão de órgão alvo desproporcional
39
Quais as classificações de fração de ejeção na ICC?
* FE preservada: ≥ 50% * Entre 41-49% é levemente reduzida * FE reduzida: < 40%
40
Quais as principais causas da ICC?
* Doença coronariana * HAS
41
Quais as manifestações clínicas na ICC pelos critérios de Framingham?
* Critérios maiores: dispneia paroxística noturna, turgência jugular patológica, estertores pulmonar, cardiomegalia no RX, edema agudo de pulmão, bulha cardiomegalia no RX, edema agudo de pulmão, bulha acessória (B3), PVC > 16 cm H2O, refluxo abdominojugular, perda > 4,5kg com diuréticos * Critérios menores: edema maleolar bilateral, tosse noturna, dispneia aos esforços, hepatomegalia, derrame pleural, redução da capacidade funcional, FC > 120 bpm * 2 maiores OU 1 maior + 2 menores
42
Quais os exames complementares para pedir na ICC?
* Rotina de sangue: hemograma, lipidograma, função renal, glicemia, eletrólitos, T4L + TSH * Eletrocardiograma * Radiografia de tórax * Ecocardiograma: avalia fração de ejeção * BNP ≥ 35 pg/dl e NT-proBNP > 125 pg/dl: dúvida (pulmonar x cardíaco), acompanhamento e valor prognóstico
42
Quais os medicamentos que melhoram a sobrevida na ICC?
* IECA/BRA * Antagonista da aldosterona (espironolactona) * Betabloqueador (succinato de metoprolol, carvedilol, bisoprolol): * Nitrato + hidralazina: paciente com sintomas refratários ou com contraindicação ao uso de IECA ou BRA 2
43
Quais medicamentos que só melhoram sintomas na ICC?
* Diurético * Digital
44
Quais as condutas na ICC?
* A. Assintomático + fatores de risco Dieta + atividade física + imunização Se diabetes + doença coronariana: glifozina * B. Assintomático + disfunção de ventrículo esquerdo + aumento de BNP (lesão cardíaca) IECA e B-bloqueador * C. Sintomático + alteração estrutural IECA ou BRA + B-bloq + espironolactona Glifozina +/- diuréticos (congestão) * D. IC avançada - sintomas mesmo otimizado Igual ao C, mas acrescentar Hidralazina com nitrato + ivabradina + digitálico
45
Quais os perfis da ICC aguda e quais suas condutas?
* A: quente e seco - Investigar outras causas * B: quente e úmido - Diurético (furosemida) e vasodilatador (nitroprussiato) * C: frio e úmido - Inotrópico, diurético, vasodilatador * L: frio e seco - Hidratação venosa cautelosa
46
Quais exames solicitados para síndrome coronariana crônica?
Testes provocativos de isquemia 1. Consegue fazer exercício: - ECG basal normal: teste ergométrico - ECG basal anormal (BRE, HVE): cintilografia ou eco de esforço 2. Não consegue fazer exercício: testes com “stress” farmacológico - Cintilografia com dipiridamol (cuidado com asmáticos), adenosina; - Eco com dobutamina 3. Outros testes: se negativos, afastam - Angio tc de coronárias + score de cálcio - RM: cardioressonância
47
Qual o tratamento para síndrome coronariana crônica?
- Não farmacológico: exercício, para de fumar, perder peso, controlar comorbidade - Farmacológico: reduz risco cardiovascular* Antianginoso: b-bloqueador*, bloqueadores do canal de cálcio* (alternativa ou adicionar ao b-bloqueador), nitrato de longa duração, IECA* (HAS, DM, DRC, FE < 40%), glifozina* OU análogo de GLP-1 (DM2) Vasculoprotetores: AAS*, estatinas* Resgate em caso de dor: nitrato SL Vacinação: influenza e pneumococo
48
48
Quando pedir cateterismo para síndrome coronariana crônica?
Alto risco, refratário, angina + IC ou pós PCR