Dermatologia Flashcards
Etiologia das verrugas
Infecção por papilomavírus humano (HPV)
Diagnóstico das verrugas
Clínico
Tratamento das verrugas
Ácido salicílico tópico (17%) aplicar 1-2 gotas na(s) área(s) afetada(s) por 14 dias, em cada aplicação cobrir com um curativo oclusivo
Etiologia do Herpes simples
Herpes vírus 1 e 2
Quadro clínico do Herpes simples
Vesículas com evolução para úlceras dolorosas, pode apresentar formigamento e queimação
Diagnóstico do Herpes simples
PCR de HSV-1 e 2, cultura viral
Tratamento do Herpes simples
Aciclovir 400 mg por via oral 8/8horas por 7-10 dias ou fanciclovir 125 mg VO de 12/12 horas por 5 dias
Etiologia do molusco contagioso
Infecção pelo poxvírus
Transmissão do molusco contagioso
Adquirido por contato direto pele a pele ou por meio de fômites
Quadro clínico do molusco contagioso
Lesões cutâneas que aparecem como pápulas lisas, umbilicadas e peroladas
Diagnóstico do molusco contagioso
Clínico
Em adultos com lesões em regiões genitais, deve realizar rastreamento de IST
Tratamento do molusco contagioso
Expectante, devido o quadro ser autolimitado
Etiologia dos nódulo dos ordenhadores
Infecção pelo poxviridae
Transmissão dos nódulo dos ordenhadores
Adquirido pelo contato direto da pele da pessoa com os animais afetados (com lesões ulceradas). Não há transmissão inter-humano
Quadro clínico dos nódulo dos ordenhadores
Nódulo com centro ceratósico com pontos enegrecidos circundado por halo inflamatório intenso
Diagnóstico dos nódulo dos ordenhadores
Clínico
Tratamento dos nódulo dos ordenhadores
Resolve espontaneamente em cerca de seis a oito semanas
Etiologia do impetigo crostoso
Infecção por Streptococcus beta hemolitico grupo A e/ou Staphylococcus aureus
Quadro clínico do impetigo crosotoso
Pústula que se rompe formando crosta melicérica (amareladas e aderidas)
Diagnóstico do impetigo crostoso
Clínico
Tratamento do impetigo crosotoso
Mupirocina - aplicar na área afetada até 3x/dia e por, no máximo, 10 dias e sabão antisséptico
Etiologia do impetigo bolhoso
Staphylococcus aureus
Quadro clínico do impetigo bolhoso
Bolhas que evoluem para crosta melicérica (amareladas e aderidas)
Diagnóstico do impetigo bolhoso
Clínico
Tratamento do impetigo bolhoso
Cefalosporina
cefalexina: crianças: 25-50 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6 horas; adultos: 250-500 mg por via oral a cada 6 horas
Etiologia da síndrome da pele escaldada
Infecção por Staphylococcus aureus. Bactéria produz exotoxino A e B que levam à clivagem intradérmica na camada granulosa por alterarem a desmogleinas tipo I
Quadro clínico da síndrome da pele escaldada
Febre, queda discreta do estado geral, desprendimento de epiderme (sinal de Nikolsky)
Diagnóstico da síndrome da pele escaldada
Clínico, cultura da secreção nasofarínge
Tratamento da síndrome da pele escaldada
Oxacilina ou vancomicina parenteral, na melhora mudar para cefalexina VO
Etiologia da erisipela
Infecção pelo Streptococcus beta hemolitico grupo A - Streptococcus pyogenes
Quadro clínico da erisipela
Área eritematosa com bordas bem definidas, pode apresentar dor local, febre, adenomegalia reacional
Diagnóstico da erisipela
Clínico
Tratamento da erisipela
Repouso, elevar o membro, tratar dermoiftoses
amoxicilina 500mg, 12/12h por 7 dias
Etiologia da celulite
A depender do inicio do sítio (vide resumo)
Quadro clínico da celulite
Eritema e edema de limites e bordas mal delimitadas, dor, limita mobilização. Pode ter necrose com ulcerações e abscessos são frequentes
Diagnóstico da celulite
Clínico
Tratamento da celulite
Internar inicialmente para antibiótico parenteral (IV) e quando apresentar melhora passar para oral
ceftriaxona: 1-2 g por via intravenosa a cada 24 horas
cefalexina: 250-500 mg via oral 6/6h
Etiologia da hanseníase
Infecção pelo Mycobacterium leprae (BAAR), alta infectividade e baixa patogenicidade
Transmissão da hanseníase
Por vias respiratórias
Quadro clínico da hanseníase
Lesão cutânea hipopigmentada ou eritematosa com perda de sensibilidade (térmica, dolorosa e tátil); envolvimento de nervos periféricos
Diagnóstico da hanseníase
Um dos três critérios
Lesão de pele com alteração de sensibilidade
Acometimento de nervo com espessamento neural
Baciloscopia positiva
Classificação da hanseníase
Paucibacilar: até cinco lesões de pele e/ou um nervo acometido
Multibacilar: seis ou mais lesões de pele e/ou dois ou mais nervos acometidos
Tratamento da hanseníase
Paucibacilar por 6 meses e multibacilar por 12 meses
» rifampicina: 600 mg por via oral uma vez ao mês (supervisionada) » clofazimina: 50 mg por via oral uma vez ao dia associados a 300 mg adicionais uma vez ao mês
» dapsona: 100 mg por via oral uma vez ao dia
Efeitos adversos dos medicamentos da hanseníase
Síndrome pseudogripal (rifampicina), pele bronzeada (clofazimina), ictericia (dapsona)
Reação hansênicas
Fenômenos inflamatórios agudos, durante ou após o tratamento. Podem ser desencadeadas por focos infecciosos
Tipo 1: sem comprometimento sistêmico, conduta prednisona 1 mg/kg/dia
Tipo 2 : com comprometimento sistêmico, conduta talidomida 100 a 400 mg/dia via oral
Em ambos fazer profilaxia para Strongiloides stercoralis com albendazol 400mg por 5 dias
Acompanhamento de contatos na hanseníase
Avaliação dermatoneurológica 1 vez ao ano pelo menos 5 anos
Vacina BCG: não realizar em pacientes imunossuprimidos, pessoas com tuberculose ativa, gestantes ou em indivíduos vacinados recentemente (< um ano).
OBS: uma pessoa só pode tomar 2 vezes a vacina na vida, no nascimento e mais uma
Notificação compulsória da hanseníase
Semanal
Transmissão das tinhas
Contato direto com outras pessoas, animais, a solo e com fômites
Quadro clínico da tinha do pé
Descamação interdigital, , podem aparecer vesículas pruriginosas e hiperceratose/ espessamento
Diagnóstico da tinha do pé
Clínico
Tratamento da tinha do pé
Terbinafina tópica: (1%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por 1-3 semanas
Quadro clínico da tinha do corpo
Placas eritematodescamativas com bordas elevadas, bem delimitadas e clareamento central, com aspecto anular
Diagnóstico da tinha do corpo
Clínico
Tratamento da tinha do corpo
Terbinafina tópica: (1%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por 1-3 semanas
Quadro clínico da tinha da unha
Unhas deformadas, com coloração amarela ou branca
Diagnóstico da tinha da unha
Exame micológico direto e cultura fúngica
Tratamento da tinha da unha
Terbinafina 250 mg por via oral uma vez ao dia por 12 semanas (unhas dos pés) ou por 6 semanas (unhas das mãos)
Quadro clínico da tinha do couro cabeludo
Queda de cabelo no couro cabeludo ou áreas circunscritas de descamação e inflamação. Pode apresentar linfonodos aumentados da área occipital ou cervical
Diagnóstico da tinha do couro cabeludo
exame micológico direto e cultura fúngica
Tratamento da tinha do couro cabeludo
Terbinafina 250 mg por via oral uma vez ao dia por 6 semanas
sulfeto de selênio tópico: (xampu a 1% a 2.5%) crianças e adultos: aplicar no couro cabeludo duas vezes por semana por 2 semanas, deixar cada aplicação no couro cabeludo por 2-3 minutos e enxaguar
Etiologia da pitiríase versicolor
Infecção por fungos Malassezia
Transmissão da pitiríase versicolor
Não é contagiosa; apresenta fatores exógenos que contribuem, como alta temperatura, umidade, alta sudorese associada à atividade esportiva e aplicação de loções ou cremes oclusivos na pele
Quadro clínico da pitiríase versicolor
Lesões maculares hipopigmentadas ou hiperpigmentadas em áreas seborreicas do tronco.
Máculas discrômicas, arredondadas a ovais, e manchas confluentes que variam na coloração abrangendo tonalidades hipopigmentadas brancas até tonalidades hiperpigmentadas de coloração rósea.
Sinal de zileri - estiramento cutâneo leva a descamação fina
Tratamento da pitiríase versicolor
Cetoconazol tópico: (2%) aplicar uma ou duas vezes ao dia por 2 semanas
Etiologia da esporotricose
Infecção por fungo dimórfico Sporothrix schenckii
Transmissão da esporotricose
Causada pela inoculação traumática do fungo na pele. Ferimento por plantas e animais contaminados
Fungo encontradono solo, madeira, musgo, espinhos e feno. Animais (gatos, tatus, cães, roedores, insetos) também podem ser a fonte do organismo infeccioso
Quadro clínico da esporotricose
Lesão nodular insensível à palpação, geralmente sofre ulceração, que é seguida pela linfangite nodular ascendente (cordão de nódulos)
Diagnóstico da esporotricose
Cultura do fungo a partir de lesões cutâneas.; histopatologia da lesão cutânea
Tratamento da esporotricose
Itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 dias, seguido por 200 mg uma vez ao dia de 3 a 6 meses
Etiologia do paracoccidioidomicose
Infecção por fungo Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis) e Paracoccidioides lutzii (P. lutzii)
Transmissão do paracoccidioidomicose
Por via inalatória devido a solo contaminado; inicia um foco pulmonar e dissemina pelos linfonodos. Não existe transmissão inter-humana
Quadro clínico do paracoccidioidomicose
Linfadenomegalia, lesões de pele com aspecto granulomatoso ou úlcera
Diagnóstico do paracoccidioidomicose
Exame micológico direto, com característica “roda de leme”; sorologia
Tratamento do paracoccidioidomicose
Itraconazol: 200 mg uma vez ao dia de 6 a 9 meses (leve) e 12 a 18 meses (moderada)
Não há cura
Etiologia da mucormicose
Predominantemente doença de imunocomprometidos
Infecção por fungos Rhizopus spp. e Mucor spp.
Transmissão da mucormicose
Inalação de esporos é o modo mais comum de entrada
Quadro clínico da mucormicose
Cinco tipos: rino-órbito-cerebral (mais comum), pulmonar, cutânea, disseminada e gastrointestinal (rara)
Mucormicose rinocerebral se manifesta com cefaleia, alterações visuais, sinusite e, mais tarde, proptose
Diagnóstico da mucormicose
Biópsia para exame histopatológico; tomografia computadorizada (TC) dos seios nasais e do cérebro; PCR para o fungo
Tratamento da mucormicose
Cirurgia (essencial para remover o tecido necrótico e conter a disseminação da infecção) + anfotericina B: 5-10 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas iniciados no dia
Etiologia da leishmaniose
Infecção por protozoário Leishmania
Transmissão da leishmaniose
Picada do flebotomíneo, mosquito-palha infectado. Ocasionalmente, a infecção ocorre congenitamente, por meio de transfusões sanguíneas ou transplante de órgãos/tecidos
Classificação clinicopatológicas da leishmaniose
Leishmaniose cutânea (LC) e leishmaniose visceral (LV).
Quadro clínico da leishmaniose
LC: lesões cutâneas ulcerativas, nodulares, com bordas em “mordeduras”
LV: febre prolongada, fadiga, perda de peso, distensão abdominal, tosse, diarreia
Diagnóstico da leishmaniose
Histopatologia, hemocultura, PCR do parasita; sorologia
Tratamento da leishmaniose
Glucantine 10-20mg/kg/dia IM ou IV por 20 dias, é necessário o controle periódico com ECG e função renal
Anfotericina b lisossomal por 5-7 dias é indicado para <1 ano, >50 anos, insuficiência renal/ hepática/ cardíaca, HIV, gestante
Notificação compulsória da leishmaniose
Semanal
Etiologia da escabiose
Infecção pelo ectoparasita Sarcoptes scabiei
Quadro clínico da escabiose
Prurido intenso com piora à noite e escavações eritematosas, particularmente nos membros, ou pápulas eritematosas e nódulos em qualquer outro local, como nas axilas ou na área genital.
Diagnóstico da escabiose
Clínico
Tratamento da escabiose
Permetrina tópica: (5%) aplicar e lavar após 8-14 horas; pode ser necessário repetir após 7-10 dias; pode dar anti-histaminico para prurido
OU ivermectina: 200 microgramas/kg por via oral em dose única, seguidos por uma segunda dosagem em 14 dias
Etiologia da pediculose
Infecção por pediculosis capitis
Quadro clínico da pediculose
Intenso prurido no couro cabeludo, pode apresentar linfadenomegalia cervical
Diagnóstico da pediculose
Clínico
Tratamento da pediculose
Permetrina tópica: (1%) aplicar no cabelo e couro cabeludo conforme as instruções, deixar por 10 minutos antes de enxaguar; repetir após 7 dias se houver necessidade
Etiologia da miíase (berne)
Infecção por larvas dípteros (moscas)
Transmissão da miíase (berne)
Larvas depositadas em área de ferimento aberto
Quadro clínico da miíase (berne)
Lesão furuncoloide com pequeno orifício que é possível perceber movimentos da larva e saída de secreção serosa
Diagnóstico da miíase (berne)
Clínico
Tratamento da miíase (berne)
Retirada da larva, pode ser necessároio a obstruição do orifício, para lavar ficar sufocada e sair em região a superfície
Etiologia da tungíase
Infecção por pulgas
Transmissão da tungíase
Contato com solo contaminado
Quadro clínico da tungíase
Nódulo endurecido, ponta enegrecida na superficie
Diagnóstico da tungíase
Clínico
Tratamento da tungíase
Destruição do nódulo com crioterapia, eletrocoagulação ou curetagem simples
Etiologia do bicho geográfico
Infecção por Ancylostoma braziliensis
Transmissão do bicho geográfico
Contato com solo úmido e arenoso, contaminado por fezes caninas ou felinas que contenham ovos de ancilostomídeo
Quadro clínico do bicho geográfico
Rastros serpiginosos pruriginosos intensos ou eritematosos lineares elevado
Diagnóstico do bicho geográfico
Clínico
Tratamento do bicho geográfico
Albendazol 400mg, VO, dose única
Etiologia do pênfigo foliaceo
Doença cutânea bolhosa autoimunes mediada por autoanticorpo anti-desmogleina 1. Acomete a córnea ou granulosa/ espinhosa alta
Formas do pênfigo foliaceo
Endêmica/ fogo salvagem: causada pelo mosquito simuídeo
Não endêmica/cazenave: predisposição genética
Quadro clínico do pênfigo foliaceo
Erosões com crostas são dolorosas e fotossensíveis, ou seja, podem piorar ou surgir com exposição ao sol. Sinal de nikolsky positvo. Não acomete mucosa
Diagnóstico do pênfigo foliaceo
Histopatologia (bolha subcórnea), imunofluorescência direta (IgG intercelular), imunofluorescência indireta (avalia atividade - anticorpo circulante)
Tratamento do pênfigo foliaceo
Prednisona oral (0,5 mg/kg a 1 mg/kg). Em casos graves, plasmaférese e imunoglobulina endovenosa
Etiologia do pênfigo vulgar
Doença cutânea bolhosa autoimunes mediada por autoanticorpo anti-desmogleina 1 e 3
Quadro clínico do pênfigo vulgar
Lesão de mucosa (oral, conjuntiva, genitais e anais) e de pele, com presença de bolhas e erosões. Ocorre queda do estado geral. Sinal de nikolsky positvo, sinal de asboe hansen (quando aperta a bolha, ela expande para o lado)
Diagnóstico do pênfigo vulgar
Histopatologia (bolha subrabasal), imunofluorescência direta (IgG intercelular), imunofluorescência indireta (avalia atividade - anticorpo circulante)
Tratamento do pênfigo vulgar
Prednisona oral (0,5 mg/kg a 1 mg/kg) + poupador de corticoide (azatioprina/ ciclofosfamida / metrotexate)
Etiologia da dermatite herpetiforme
Doença bolhosa autoimune associado a doença celíaca mediada por IgA
Quadro clínico da dermatite herpetiforme
Crise recorrente de prurido e lesão cutânea, se agrupam em padrão herpética, distribuído no tronco, joelho, cotovelo. Apresenta escoriações
Diagnóstico da dermatite herpetiforme
Anatomopatológico (bolhas subepidérmicas + microabscessos em papila), imunofluorescência direta (depósito granular de IgA), anticorpos antitransglutaminase (IgA e IgG), antigliadina (IgA e IgG), antiendomísio (IgA e IgG)
Tratamento da dermatite herpetiforme
Excluir glúten da dieta, antihistamínico
Complicação da dermatite herpetiforme
Maior chance de evoluir para um linfoma do trato gastrointestinal
Etiologia do penfigoide bolhoso
Doença bolhosa autoimune mediada por autoanticorpo BPAG 230 e BPAG 130 (são proteinas transmembrânicas). Idosos são os mais acometidos
Quadro clínico do penfigoide bolhoso
Bolhas tensas com presença de prurido
Diagnóstico do penfigoide bolhoso
Anatomopatológico (bolhas subepidérmicas e eosinófilo), imunofluorescência direta (depósito de C3 na zona de membrana basal)
Tratamento do penfigoide bolhoso
Tetraciclina 2g/ dia + corticoides tópicos; prednisona 1mg/kg/dia caso não tenha resposta