Gastro 2 - Intestinos parte 1 Flashcards

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1
Q

Definição diarreia (3)

A

Aumento do conteúdo líquido
> 3 evacuações por dia
> 200 g por dia

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Q

Diarreia alta

_ volume
_ a _ x/dia
Característica das fezes:

A

↑ volume
3-5x/dia
Característica das fezes: restos alimentares

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Q

Diarreia baixa

_ volume
_ a _x/dia
Reto:

A

↓ volume
8 a 10x/dia
Reto: tenesmo, urgência

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4
Q

Causas de diarreia invasiva (2)

A

Infecção

Inflamação intestinal

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Q

Diarreia aguda: < _ semanas
Diarreia subaguda ou protraída ou persistente: entre _ e _ semanas
Diarreia crônica: > _ semanas

A

Diarreia aguda: < 2 semanas
Diarreia subaguda ou protraída: entre 2 e 4 semanas
Diarreia crônica: > 4 semanas

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6
Q

Causa mais comum de diarreia crônica

A

Deficiência de lactase

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7
Q

Mecanismo da diarreia osmótica

A

Substância osmoticamente ativa e não absorvível pelo epitélio intestinal

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8
Q

Exemplos de diarreia osmótica

A

Lactulose
Deficiência de lactase
Diarreia dos antibióticos (sobra carboidrato por ↓ flora)

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9
Q

Cálculo do gap osmolar fecal

A

290 - 2 x (Na + K)

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10
Q

Como está o gap osmolar fecal na diarreia osmótica?

A

Alto (> 125 mOsm/L)

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11
Q

Mecanismo da diarreia secretória não invasiva

A

Algum fator (ex: toxina, droga, substância neuro-hormonal) estimula a secreção ou inibe a absorção hidroeletrolítica pelo epitélio intestinal. Pode ser alta, baixa ou as duas.

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12
Q

Exemplos de diarreia secretória não invasiva

A

Laxativos (fenoftaleína, bisacodil)
Bactérias produtoras de toxina (cólera)
Diarreia dos ácidos biliares
Diarreia dos ácidos graxos

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13
Q

Como está o gap osmolar fecal na diarreia secretória?

A

Baixo (< 50 mOsm/L)

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14
Q

Mecanismo da diarreia invasiva ou inflamatória ou disenteria

A

Decorrente da liberação de citocinas e mediadores inflamatórios por lesão direta da mucosa intestinal, o que estimula a secreção intestinal e o aumento da motilidade.

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15
Q

Marco da diarreia invasiva / inflamatória

A

Presença de sangue, pus e muco

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16
Q

Qual tipo de diarreia cessa com o jejum?

A

Osmótica

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17
Q

Qual exame avalia a presença de sangue/pus/muco nas fezes?

A

EAF (elementos anormais nas fezes)

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18
Q

Que substância está alta nas fezes da disenteria?

A

Lactoferrina fecal

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19
Q

Qual é a porção intestinal de origem da síndrome disabsortiva?

A

Delgado

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20
Q

Mecanismo da diarreia na síndrome disabsortiva

A

Mecanismo secretório (diarreia dos ácidos graxos) + mecanismo osmótico (deficiência secundária de lactase) + massa lipídica fecal

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21
Q

Exemplos de síndrome disabsortiva

A
Doença celíaca
Espru tropical
Doença de Crohn
Doença de Whipple
Giardíase
Estrongiloidíase
Linfangiectasia
Linfoma intestinal
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22
Q

Mecanismo da diarreia funcional

A

Hipermotilidade intestinal

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23
Q

Exemplos de diarreia funcional

A

Síndrome do intestino irritável

Diarreia diabética

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24
Q

Síndrome da gastroenterite aguda

A

Náuseas, vômitos, dor abdominal difusa, diarreia aguda

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25
Q

Principal causador de intoxicação alimentar

A

Staphylococcus aureus

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26
Q

Principais causadores de gastroenterite aguda em adultos

A

Norovirus

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27
Q

Principais causadores de gastroenterite aguda em crianças

A

Rotavirus

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28
Q

Quando solicitar exames para esclarecer a etiologia de uma diarreia aguda?

A
> 7-10 dias, piora progressiva
≥ 6x/dia
Idoso frágil
Imunodeprimido
Adquirida no hospital
Sinais de comprometimento sistêmico
Sinais de diarreia inflamatória/invasiva
Febre
Dor abdominal muito intensa
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29
Q

Quais exames solicitar para o diagnóstico etiológico?

A
EAF
Coprocultura
Pesquisa de toxina A e B (C. difficile) - se internação ou uso recente de ATB
EPF + pesquisa fecal de Ag de Giardia e ameba se:
      - > 10 dias
      - região endêmica
      - origem em fonte comum de água
      - HIV
      - sexo anal
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30
Q

Contraindicação aos antidiarreicos

A

Diarreia inflamatória / invasiva - aumenta risco de SHU

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31
Q

Indicações de ATB empírico

A
Leucócitos no EAF
Disenteria + febre + dor abdominal intensa
Desidratação importante
≥ 8 evacuações/dia
Imunodeprimido
Necessidade de hospitalização
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32
Q

ATB empírico de escolha

A

Fluoroquinolonas - cipro ou levo

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33
Q

Gorduras

Absorção por:
Local:
Disabsorção:

A

Absorção por: lipase + sais biliares
Local: delgado proximal
Disabsorção: esteatorreia

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34
Q

Carboidratos

Absorção por:
Local:
Disabsorção:

A

Absorção por: amilase + dissacaridases
Local: delgado proximal e médio
Disabsorção: flatulência, fezes ácidas

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35
Q

Proteínas

Absorção por:
Local:
Disabsorção:

A

Absorção por: pepsina + tripsina
Local: delgado médio
Disabsorção: edema

36
Q

Vitamina B12

Absorção por:
Local:
Disabsorção:

A

Absorção por: ligante R + fator intrínseco
Local: íleo distal
Disabsorção: anemia megaloblástica + alteração neurológica

37
Q

Vitaminas lipossolúveis

Absorção:
Local:
Disabsorção:

A

Absorção: dependentes da gordura
Local: delgado / linfáticos
Disabsorção: cegueira noturna, doença óssea, ataxia, coagulopatia

38
Q

Ferro

Local:
Disabsorção:

A

Local: duodeno / jejuno

Disabsorção: anemia ferropriva

39
Q

Ácido fólico

Local:
Disabsorção:

A

Local: duodeno / jejuno

Disabsorção: anemia megaloblástica

40
Q

Sais biliares

Local:
Disabsorção:

A

Local: íleo distal

Disabsorção: esteatorreia

41
Q

Como confirmar se existe mesmo disabsorção?

A

Teste quantitativo da gordura fecal
Teste qualitativo de gordura fecal com Sudan III
Teste semiquantitativo: esteatócrito

42
Q

Qual é o melhor teste para avaliar se há disabsorção?

A

Teste quantitativo da gordura fecal

43
Q

Qual é o resultado do teste quantitativo da gordura fecal que mostra que há disabsorção?

A

> 7 g/dia

44
Q

A partir do resultado positivo para disabsorção, o que deve ser feito?

A

Checar se o problema está na absorção ou na digestão

D-xilose urinária

45
Q

Quais são as possíveis interpretações do teste da D-xilose urinária?

A

> 5 g: problema na digestão ⟶ pâncreas

< 5 g: lesão na mucosa (delgado proximal) ou supercrescimento bacteriano

46
Q

Para avaliar a doença pancreática, quais exames podem ser feitos?

A

Teste da secretina

Elastase fecal

47
Q

Para avaliar lesão na mucosa, quais exames são feitos?

A

Exames de imagem + biópsia

48
Q

Para avaliar supercrescimento bacteriano, quais exames são feitos?

A

Aspirado + cultura

49
Q

Para avaliar deficiência da lactase, qual exame é feito?

A

Exalação de hidrogênio

50
Q

Qual é o agente da doença de Whipple?

A

Tropheryma whipplei

51
Q

Epidemiologia da doença de Whipple

A

Homens, ± 50 anos

Zona rural ou história de exposição ao solo/animais

52
Q

Quadro clássico da doença de Whipple

A

Síndrome disabsortiva
Artralgia/artrite
Miorritmia oculomastigatória

53
Q

Qual é o sinal patognomônico da doença de Whipple?

A

Miorritmia oculomastigatória

54
Q

Como é feito o diagnóstico da doença de Whipple?

A

Biópsia de delgado com macrófagos PAS +

55
Q

Tratamento da doença de Whipple

A

Ceftriaxona 2 semanas

SMZ/TMP 1 ano

56
Q

Qual é o gatilho da doença celíaca?

A

Gliadina

57
Q

Quais são os autoanticorpos da doença celíaca?

A

Antitransglutaminase IgA/IgG
Antigliadina IgA/IgG
Antiendomísio IgA

58
Q

Quadro clínico clássico da doença celíaca

A

Diarreia alta

Esteatorreia

59
Q

Quadro clínico oligossintomático da doença celíaca

A

Osteopenia + emagrecimento

Anemia ferropriva refratária

60
Q

Distúrbios autoimunes associados à doença celíaca

A

DM1
Tireoidite autoimune (Hashimoto)
Deficiência de IgA
Dermatite herpetiforme

61
Q

Tratamento da dermatite herpetiforme

A

Dapsona

62
Q

Diagnóstico da doença celíaca

A

Antitransglutaminase IgA ⟶ biópsia duodenal ⟶ melhora com dieta sem glúten

63
Q

Tratamento da doença celíaca

A

Dieta sem glúten

64
Q

Doença celíaca: risco de que tipo de neoplasia?

A

Linfoma intestinal

65
Q

Resultado da biópsia típico de doença celíaca

A

Atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas

66
Q

Cigarro é fator de risco para DC ou RCU?

A

DC

67
Q

RCU

Limitada ao \_\_\_\_\_\_\_
Limitada à \_\_\_\_\_\_\_\_
Progressão:
Localização:
Alterações patológicas:
A
Limitada ao retocólon
Limitada à mucosa
Progressão ascendente e contínua
Localização: retossigmoide 50%
                     colite E 30%
                     pancolite 20%
Alterações patológicas:
     - erosões
     - perda de haustrações
     - pseudopólipos
     - criptite
68
Q

DC

Acomete \_\_\_\_\_\_
Padrão \_\_\_\_\_\_
Acometimento: 
Localização:
Alterações patológicas:
A
Acomete todo o TGI (boca ao ânus)
Padrão transmural
Acometimento salteado / descontínuo
Localização: ileocolite > 50%
                     doença anal: 33%
Alterações patológicas:
     - úlceras aftoides
     - estenoses
     - pedras de calçamento
     - fístulas
     - fissuras perianais
     - granulomas não caseosos
69
Q

Em qual das DII é mais comum hematoquezia?

A

RCU

70
Q

Em qual das DII é mais comum o megacólon tóxico?

A

RCU

71
Q

Mnemônico para manifestações extraintestinais das DII

A

Resposta imune
Colangite esclerosante
Uveíte

Eritema nodoso e pioderma gangrenoso

Doença articular / espondilite anquilosante
Cálculos renais e biliares

72
Q

Quais manifestações extraintestinais não estão associadas à atividade da doença? (PRA PROVA, não pra prática)

A

Uveíte
Pioderma gangrenoso
Espondilite anquilosante

73
Q

Diagnóstico das DII

A

Exame endoscópico + biópsia

RCU: retossigmoidoscopia
DC: ileocolonoscopia

74
Q

ASCA ——

p-ANCA ——

A

ASCA —— DC

p-ANCA —— RCU

75
Q

Qual porção do intestino é mais acometida no megacólon tóxico?

A

Transverso

76
Q

Diagnóstico do megacólon tóxico

A

Distensão + dor + febre + leucocitose + hipotensão

Rx: cólon > 6 cm

77
Q

Tratamento megacólon tóxico

A

ATB
Corticoide
Ciclosporina s/n

78
Q

Tratamento megacólon tóxico refratário

A

Proctocolectomia + Hartmann

79
Q

Fatores de risco de CCR nas DII

A

Extensão e duração da doença

80
Q

Vigilância de CCR nas DII

A

8-10 anos de doença: colono com biópsia anual

81
Q

Fístulas mais comuns da DC

A
Enteroentéricas
Enterovesicais
Enteromesentéricas
Enterocutâneas
Retovaginais
Perianais
82
Q

Tratamento das DII: melhor estratégica

A

Step up ou top down (mesma eficácia): step up preferido pelo menor custo

83
Q

Tratamento das DII: ataque ou indução da remissão

A

Leve a moderada: aminossalicilato (mesalazina, sulfassalazina) ± corticoide

Grave: corticoides? ± imunossupressor (MTX, azatioprina, ciclosporina) ± inibidor TNF-alfa (infliximabe, adalimumabe)

84
Q

Tratamento das DII: manutenção

A

Aminossalicilato ou imunossupressor

Evitar corticoide

85
Q

Indicações de tratamento cirúrgico nas DII

A
Displasia de alto grau
CCR
Fístulas / fissuras refratárias
Obstrução intestinal
Hemorragia
Megacólon tóxico refratário
86
Q

Cirurgias comumente realizadas na RCU

A

Proctocolectomia + ileostomia (urgência)
Colectomia + anastomose entre bolsa ileal e reto (J)
Colectomia + anastomose entre bolsa ileal e ânus - ESCOLHA

87
Q

Cirurgias comumente realizadas na DC

A

Ressecção do segmento doente

Estricturoplastia / estenoplastia