Fitopatologia Flashcards
A ocorrência de doenças em plantas está associada à combinação de quais fatores?
▪ patógeno virulento;
▪ hospedeiro suscetível;
▪ ambiente favorável.
Quais os fatores ligados ao hospedeiro que afetam a ocorrência de doenças?
nível de resistência,
uniformidade genética,
tipo de lavoura,
idade das plantas.
Quais os fatores ligados ao patógeno que afetam a ocorrência de doenças?
grau de virulência,
quantidade de inóculo,
tipo de reprodução,
ecologia do patógeno.
Quais os fatores ligados ao ambiente que afetam a ocorrência de doenças?
umidade (umidade relativa do ar,
precipitação, período de molhamento foliar),
temperatura,
vento,
luminosidade,
nutrição.
Quais os tipos de danos decorrentes de doenças em plantas?
▪ Dano potencial: aquele que ocorreria sem a aplicação de medidas de controle.
▪ Dano real: inclui dados diretos e indiretos.
▪ Danos diretos: perdas qualitativas e quantitativas da produção atual (dano primário) e perdas na capacidade de produção futura (danos secundários)
▪ Danos indiretos: implicações econômicas, sociais.
▪ Dano potencial:
aquele que ocorreria sem a aplicação de medidas de controle.
▪ Dano real:
inclui dados diretos e indiretos.
▪ Danos diretos:
perdas qualitativas e quantitativas da
produção atual (dano primário) e
perdas na capacidade de produção futura (danos secundários)
▪ Danos indiretos:
implicações econômicas, sociais.
Quais os tipos de patógenos?
● Patógenos necrotróficos
● Patógenos biotróficos
● Patógenos necrotróficos
▪ parasitas não obrigatórios → capazes de sobreviver saprofiticamente em restos de cultura;
▪ provocam destruição dos tecidos → se manifestam como lesões necróticas;
▪ secreção de enzimas → desintegração das células → liberação de nutrientes que são
absorvidos pelo patógeno.
● Patógenos biotróficos
▪ são parasitas obrigatórios → desenvolvem-se em células vivas;
▪ maior especificidade de hospedeiros;
▪ vírus, nematoides, alguns fungos (ferrugens, oídios) e bactérias;
▪ absorvem nutrientes em íntimo contato com o hospedeiro → tecidos vivos.
● Ciclo primário:
inicia a partir de estruturas de resistência do patógeno.
● Ciclo secundário:
sobreposição de ciclos de infecção em uma mesma estação de crescimento.
● Doença monocíclica:
um ciclo de vida do patógeno por ciclo de vida/estação de crescimento do hospedeiro. Inclui fungos necrotróficos com estruturas de resistência, fungos de solo, carvões. A severidade depende da quantidade de inóculo inicial e aumenta ao longo dos anos.
● Doença policíclica:
ciclos primário e secundário em uma mesma estação de crescimento, durante
a qual a severidade da doença aumente. Inclui a maioria dos patógenos. Maior potencial para provocar epidemias.
Quais as fases do ciclo das doenças?
● Sobrevivência
● Disseminação
● Infecção
● Colonização
● Reprodução
● Sobrevivência
▪ sobrevivência do inóculo → inicia ciclo de infecção;
▪ hospedeiro ausente → sobrevivência em estruturas de resistência, atividade saprofítica, hospedeiros alternativos, insetos vetores.
● Disseminação
▪ transporte dos propágulos da fonte de inóculo até o hospedeiro;
▪ sequência remoção → dispersão → deposição;
▪ agentes de disseminação: vento, insetos vetores, água, práticas de manejo, material de propagação, solo contaminado.
● Infecção
▪ reconhecimento do hospedeiro pelo patógeno;
▪ penetração do patógeno nos tecidos do hospedeiro;
▪ estabelecimento da relação parasitária estável.
● Colonização
▪ desenvolvimento do patógeno no hospedeiro → crescimento e multiplicação;
▪ provoca alterações no hospedeiro → desenvolvimento da sintomatologia da doença;
▪ sintomas → manifestações do hospedeiro;
▪ sinais → manifestações do patógeno.
● Reprodução
▪ produção de estruturas de propagação → garante perpetuação;
▪ aumento do inóculo.
Postulados de Koch
Qual o protocolo para confirmar agente etiológico (causador) de uma doença?
▪ Associação constante patógeno-hospedeiro;
▪ Isolamento do patógeno;
▪ Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas específicos da doença;
▪ Reisolamento do patógeno.
Avaliação de doenças de plantas
● Ocorrência:
Relato da doença em algum local.
Avaliação de doenças de plantas
● Métodos diretos: avaliação dos sintomas nas plantas e dos sinais dos patógenos.
▪ Incidência: proporção de plantas ou órgãos (folhas, frutos, ramos) com sintomas ou sinais da doença. Indicado para doenças que afetam toda a planta.
▪ Severidade: proporção da área foliar ou de determinado órgão afetada pela doença.
Indicado para avaliação de doenças foliares.
Avaliação de doenças de plantas
● Métodos indiretos:
indexação, testes sorológicos, testes moleculares, técncias de extração.
Quais os tipos de amostragens de avaliação de doenças em plantas?
● Amostragem ao acaso
● Amostragem sistemática
● Amostragem estratificada
● Amostragem sequencial
● Amostragem ao acaso:
Amostras tomadas aleatoriamente.
● Amostragem sistemática:
amostras tomadas a intervalos regulares.
Amostragem estratificada:
em populações heterogêneas, as amostras são tomadas em subgrupos.
● Amostragem sequencial:
técnica de monitoramento que subsidia a tomada de decisão de aplicar medida de controle ou não.
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas necróticos
provocam degeneração celular, morte de tecidos
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas necróticos
Sintomas plesionecróticos
se manifestam antes da
morte celular
Amarelecimento
Encharcamento
Murcha
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas necróticos
Sintomas holonecróticos
se manifestam depois da
morte celular
Cancro
Crestamento ou
requeima
Damping-off
Escaldadura
Estria
Gomose
Mancha
Morte de ponteiros
Mumificação
Perfuração
Podridão
Pústula
Seca
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas plásticos
anomalias de crescimento e desenvolvimento
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas plásticos
Sintomas hipoplásticos
subdesenvolvimento
Albinismo
Clorose
Estiolamento
Enfezamento
Mosaico
Roseta
Sintomatologia das doenças de plantas
Sintomas plásticos
Sintomas hiperplásticos
superdesenvolvimento
Bronzeamento
Enação
Encarquilhamento
Epinastia
Fasciação
Galha
Superbrotamento
Verrugose
EPIDEMIOLOGIA
Epidemia:
aumento da doença em uma população.
Quais fatores que afetam a ocorrência de epidemias?
● Patógeno virulento
● Hospedeiro suscetível
● Condições ambientais favoráveis
● Ação humana: pode favorecer o limitar o progresso da epidemia.
● Tempo: epidemia se desenvolve ao longo do tempo.
Quais os períodos de interesse epidemiológicos?
▪ Período de incubação: da deposição do propágulo até os primeiros sintomas.
▪ Período de latência: da deposição do propágulo até o desenvolvimento dos primeiros sinais (estruturas reprodutivas).
▪ Período infeccioso: tempo em que as lesões permanecem produzindo estruturas
reprodutivas.
Períodos de interesse epidemiológico:
▪ Período de incubação:
da deposição do propágulo até os primeiros sintomas.
Períodos de interesse epidemiológico:
▪ Período de latência:
da deposição do propágulo até o desenvolvimento dos primeiros sinais
(estruturas reprodutivas).
Períodos de interesse epidemiológico:
▪ Período infeccioso:
tempo em que as lesões permanecem produzindo estruturas
reprodutivas.
● Epidemia explosiva:
rápido aumento da intensidade.
Epidemia tardívaga:
aumento lento da intensidade.
● Epidemia progressiva:
expansão da área de ocorrência.
● Pandemia:
epidemia que atinge escala continental/global.
● Endemia:
doença presente na área, mas que não está em expansão (equilíbrio entre infecção e
remoção).
● Surto epidêmico:
mudança no estado de equilíbrio de doenças endêmicas, por exemplo, pelo
desenvolvimento de condições ambientais favoráveis ao patógeno.
● Epidemias cíclicas:
doenças endêmicas que provocam surtos epidêmicos periodicamente.
● Epidemias poliéticas:
demoram anos para mostrar aumento significativo na intensidade da doença.
Curvas de progresso de doenças:
● Doenças monocíclicas → doenças de juros simples (modelo monomolecular)
● Doenças policíclicas → doenças de juros compostos (modelo logístico)
Controle de doenças de plantas:
● visão econômica e visão biológica
● visão econômica → redução de prejuízos (custo controle < perda);
● visão biológica → redução incidência/severidade.
Princípios do controle de doenças de plantas
princípios de Whetzel
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Quais são?
Exclusão
Erradicação
Proteção
Imunização
Terapia
Regulação
Evasão
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Exclusão
prevenir entrada do patógeno
Patógeno
Sobrevivência
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Erradicação
eliminação do patógeno
Patógeno
Disseminação
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Proteção
imposição de barreiras protetoras
Hospedeiro
Infecção
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Imunização
resistência do hospedeiro
Hospedeiro
Colonização
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Terapia
restabelecer a sanidade após infecção
Hospedeiro
Colonização/reprodução
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Regulação
mudança nas condições ambientais
Ambiente
Princípios do controle de doenças de plantas - princípios de Whetzel
Evasão
transferência do hospedeiro local/época
Ambiente
● Controle legislativo
leis e outras regulamentações que têm como objetivo principal evitar a entrada do patógeno no país ou em determinadas áreas, ou seja, baseia-se no princípio da exclusão.
▪ Serviço quarentenário;
▪ Inspeção e certificação de material de propagação;
▪ Vazio fitossanitário e calendarização do plantio.
● Controle cultural
práticas de manejo das lavouras.
▪ Material de propagação sadio;
▪ Erradicação de hospedeiros - eliminação de plantas doentes, roguing;
▪ Rotação de culturas e pousio - rompe ciclos de infecção;
▪ Alqueive - eliminação das plantas;
▪ Condições desfavoráveis ao patógeno - espaçamento, adubação equilibrada;
▪ Poda fitossanitária;
▪ Emprego de variedades resistentes.
● Controle biológico
controle da população de patógenos por outros organismos.
▪ Solos supressivos, desfavoráveis aos patógenos;
▪ Microrganismos antagonistas, como Trichoderma sp. e Bacillus sp.;
▪ Plantas-isca para controle de nematoides e atração de insetos vetores.
● Controle físico
fatores físicos para erradicação de inóculos.
▪ Solarização de solo e substratos;
▪ Esterilização por calor em canteiros e substratos;
▪ Termoterapia de material de propagação;
▪ Secagem de sementes e produtos;
▪ Refrigeração de material de propagação e produtos em pós-colheita;
▪ Radiação: em alimentos.
● Controle químico
Classificação dos produtos quanto à natureza química.
▪ Inorgânicos: à base de cobre, enxofre, sais de bicarbonato, fosfito, silício.
▪ Orgânicos: desenvolvidos a partir da década de 1930, maioria dos fungicidas, antibióticos e nematicidas.
● Controle químico
Classificação quanto à forma de ação.
▪ Erradicantes
▪ Protetores
▪ Curativos
▪ Promotores de resistência
● Controle químico
▪ Erradicantes
eliminam os patógenos e fontes de inóculo;
● Controle químico
▪ Protetores
formam camada protetora na superfície do hospedeiro;
● Controle químico
▪ Curativos
eliminam patógenos nos tecidos afetados;
● Controle químico
▪ Promotores de resistência
induzem resposta fisiológica na planta (resistência sistêmica adquirida ou induzida).
● Controle químico
Classificação quanto à translocação na planta. Quais são?
▪ Contato
▪ Mesostêmicos ou translaminares
▪ Sistêmicos
● Controle químico
▪ Contato
formam uma camada protetora na superfície da planta, não são translocados.
● Controle químico
▪ Mesostêmicos ou translaminares
penetram nos tecidos, mas não são translocados pelo sistema vascular (ação em profundidade).
● Controle químico
▪ Sistêmicos
absorvidos e translocados no sistema vascular.