1- Doenças das culturas Flashcards

1
Q

Algodão
* Mancha-de-ramulária
(Ramularia areola):

A

provoca manchas de coloração esbranquiçada com formato irregular e bordas angulosas nas folhas.

O patógeno sobrevive nos restos de cultura.

A infestação é favorecida por condições de elevada umidade e plantios mais adensados.

Controle cultural pela eliminação dos restos culturais, rotação de culturas e pelo aumento do espaçamento entre plantas.

Controle químico com fungicidas.

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2
Q

Algodão
* Ramulose
(Colletotrichum gossypii):

A

provoca nanismo, superbrotamento e encurvamento das folhas com manchas que evoluem para necrose.

O patógeno sobrevive no sobrevive no solo e é disseminado por sementes, sendo favorecido por condições de alta umidade e solos de maior fertilidade.

Controle pelo emprego de cultivares resistentes, emprego de sementes sadias (inspeção periódica em campos de produção de sementes), tratamento de sementes e controle químico.

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3
Q

Algodão
* Murchas
(Fusarium, Verticillium):

A

a murcha-de-fusarium é uma das doenças mais importantes do algodão, sendo favorecida em solos ácidos e de baixa fertilidade, enquanto a murcha-de-verticillium é mais comum em baixadas úmidas.

Controle pelo emprego de cultivares resistentes, sementes isentas do patógeno
e tratamento de sementes.

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4
Q

Algodão
* Tombamento de plântulas:

A

diversos patógenos de solo e sementes descritos anteriormente. Ocorre nas primeiras semanas após a germinação.

Controle por tratamento de sementes e pela menor profundidade de semeadura, o que favorece a emergência mais rápida das plântulas.

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5
Q

Algodão
* Mancha-de-alternária
(Alternaria sp.):

A

manchas foliares escuras de formato arredondado e com anéis concêntricos característicos.

Controle cultural pelo emprego de cultivares resistentes, controle químico com fungicidas.

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6
Q

Arroz
* Brusone
(Pyricularia grisea):

A

principal doença da cultura, ocorrendo desde a fase de plântula até a maturação dos grãos e atingindo todas as partes da planta. Ataca também o trigo. Lesões foliares de formato elíptico alongado, com bordas amarronzadas mais escuras e centro acinzentado mais claro.

A coalescência das lesões leva à morte das folhas e até mesmo das plantas jovens, também provoca chochamento de grãos
(panículas com coloração esbranquiçada
).

A doença é especialmente importante nas lavouras de terras altas ou de sequeiro, sendo favorecida por desequilíbrios nutricionais, plantio adensado, alta umidade (molhamento foliar) e temperaturas amenas.

Controle pelo emprego de cultivares resistentes, sementes sadias, tratamento de sementes, adubação equilibrada (evitar crescimento vegetativo exagerado) e controle químico com fungicidas, principalmente no início do desenvolvimento das panículas (emborrachamento e emissão das panículas).

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7
Q

Arroz
* Mancha de grãos:
complexo de patógenos (Bipolaris oryzae, Pyricularia oryzae, dentre outros).

A

que atacam os grãos de arroz, sendo uma importante doença na cultura por afetar a qualidade dos grãos e seu peso.

Os patógenos atacam as panículas desde sua emissão até o amadurecimento.

A doença é favorecida pela ocorrência de chuvas durante o desenvolvimento das panículas, acamamento de plantas e ataque de percevejos (chupão-do-arroz) que favorecem a entrada dos patógenos nos grãos.

Controle pelo tratamento
de sementes e emprego de fungicidas sistêmicos durante a formação das panículas.

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8
Q

Arroz
* Mancha-parda (Bipolaris oryzae):

A

o patógeno presente nos restos de cultura e nas sementes afeta a germinação e a emergência das plântulas.

As lesões nas folhas são ovaladas, com bordas avermelhadas e centro acinzentado.

A doença é favorecida por alta umidade, baixa fertilidade do solo e deficiência hídrica (qualquer condição desfavorável à planta).

Controle pelo emprego de sementes sadias, tratamento de sementes e aplicação de fungicidas sistêmicos durante a formação das panículas (prevenir a mancha de
grãos).

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9
Q

Arroz
* Escaldadura
(Monographella albescens):

A

o patógeno encontra-se presente nos restos culturais ou nas sementes.

A doença é favorecida por altas umidades, períodos prolongados de molhamento foliar, plantios adensados e adubação nitrogenada excessiva.

As lesões características aparecem na porção apical ou nas bordas das folhas e têm coloração amarronzada, com formação de faixas alternadas claras e escuras.

Controle principalmente pelo emprego de sementes sadias e tratamento de sementes.

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10
Q

Cafeeiro
* Ferrugem do cafeeiro
(Hemileia vastatrix):

A

principal doença que acomete o cafeeiro em todas as regiões produtoras.

No Brasil, foi constatada pela primeira vez em 1970 na Bahia, se espalhando rapidamente para todas as regiões produtoras.

As lesões nas folhas caracterizam-se por manchas cloróticas na face superior, correspondendo às áreas tomadas pelo patógeno na superfície inferior, onde se encontram as massas pulverulentas de esporos de coloração amarelada.

O patógeno é biotrófico e seus danos decorrem da redução da atividade fotossintética e da desfolha intensa que provoca.

Controle principalmente pela aplicação de fungicidas sistêmicos, porém fungicidas protetores cúpricos também podem ser utilizados, demandando maior número de aplicações.

A doença evolui mais lentamente no início do período chuvoso, mas aumenta rapidamente a partir de dezembro e janeiro.

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11
Q

Cafeeiro
* Cercosporiose
(Cercospora coffeicola):

A

lesões foliares na forma de manchas arredondadas de coloração pardacenta a amarronzada com cento mais claro acinzentado.

Provoca desfolha intensa, queda na produtividade e depreciação da qualidade do café, já que também ataca os frutos.

A doença é favorecida por alta umidade, temperaturas amenas e deficiência nutricional.

O controle químico deve ser bastante criterioso na fase de produção das mudas em viveiro.

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12
Q

Cafeeiro
* Antracnose
(Colletotrichum coffeanum):

A

a doença é especialmente importante pelos danos causados aos frutos.

O patógeno pode infectar flores, frutos verdes ou maduros, além de folhas e ramos.

As flores afetadas são rapidamente destruídas pela progressão da doença.

Os frutos verdes exibem manchas
necróticas e os grãos se tornam enegrecidos e totalmente destruídos, enquanto nos frutos maduros os grãos
tornam-se mumificados e enegrecidos
.

As lesões nas folhas ocorrem como manchas necróticas acinzentadas de formato irregular com anéis concêntricos característicos. A doença é favorecida por maior umidade e temperaturas amenas, sendo sua incidência maior em regiões de maior altitude.

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13
Q

Cana-de-açúcar
* Ferrugem
(Puccinia melanocephala):

A

a doença chegou ao Brasil em 1986, mas a maioria das cultivares empregadas no país já era resistente.

As pústulas com esporos de coloração alaranjada na face inferior das folhas são sinais característicos do patógeno, que provoca necrose dos tecidos foliares e crescimento retardado em cultivares muito suscetíveis.

A doença é favorecida por umidade elevada e solos de baixa fertilidade. Controle principalmente pelo emprego de variedades resistentes.

Por volta de 2010 foi detectada no Brasil a ferrugem-alaranjada (Puccinia kuehnii) que ataca algumas cultivares suscetíveis, produzindo pústulas alaranjadas que não escurecem com o tempo.

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14
Q

Cana-de-açúcar
* Mancha ocular
(Bipolaris sacchari):

A

doença de importância secundária, sendo mais importante em locais com invernos chuvosos.

As lesões nas folhas têm formato elíptico e coloração marrom-avermelhada.

Pode atingir as folhas mais novas do ponteiro, levando à morte do meristema apical.

Controle pelo emprego de variedades resistentes.

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15
Q

Cana-de-açúcar
* Podridão-abacaxi
(Thielaviopsis paradoxa):

A

o patógeno ataca os toletes recém-plantados, penetrando pelos ferimentos abertos durante o corte dos mesmos.

Os toletes apodrecem (exalando cheiro característico de abacaxi), comprometendo a germinação das plantas.

A incidência da doença é pequena nos plantios realizados durante o verão e quando a germinação rápida das mudas é favorecida (bom preparo do solo, plantio raso).

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16
Q

Cana-de-açúcar
* Podridão-vermelha
(Colletotrichum falcatum):

A

importante doença da cana pelos prejuízos que gera decorrentes da inversão da sacarose (redução no rendimento de açúcar e álcool). As nervuras das folhas
infectadas exibem coloração avermelhada.

Os colmos afetados apresentam internamente podridão de
coloração avermelhada
característica da doença. A incidência é favorecida pela ocorrência da broca-dacana,
que abre locais de infecção
para o fungo.

O controle da broca é uma das formas de controle da doença, assim como o emprego de variedades resistentes.

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17
Q

Cana-de-açúcar
* Carvão
(Ustilago scitominea):

A

a doença provoca o sintoma muito característico de “chicote”, uma
deformação do meristema apical do colmo induzida pelo fungo que se torna estrito e recoberto por uma película prateada que reveste a massa de esporos pretos. As perdas podem ser severas em cultivares suscetíveis.

O controle do carvão se dá principalmente pelo emprego de variedades resistentes e de mudas
isentas do patógeno (controle químico nos viveiros, eliminação de mudas doentes e tratamento térmico das mudas)
.

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18
Q

Feijão
* Antracnose
(Colletotrichum lindemuthianum):

A

é a doença mais importante na cultura do feijoeiro, sendo favorecida por condições de elevada umidade tanto em clima tropical quanto subtropial.

Pode provocar morte de plântulas, lesões foliares enegrecidas e lesões escuras e deprimidas nas vagens
circundadas por anel avermelhado. Infecta as sementes
e sobrevive em restos de cultura.

Controle pelo emprego de cultivares resistentes, sementes sadias, tratamento de sementes, rotação de culturas e
aplicação de fungicidas.

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19
Q

Feijão
* Mancha-angular
(Pseudocercospora griseola):

A

doença que ataca caule, folhas e vagens, sendo favorecida por condições de elevada umidade e temperaturas amenas associadas à presença de inóculo na área.

As lesões nas folhas têm formato angular (limitadas pelas nervuras), coloração amarronzada e podem apresentar clorose ao redor.

As manchas foliares coalescem e levam à necrose da folha.

As vagens apresentam lesões arredondadas e de coloração marrom (mas não são deprimidas como na antracnose).

Controle pelo emprego de cultivares resistentes, rotação de culturas e eliminação de restos culturais
infectados por queima ou aração profunda.

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20
Q

Feijão
* Ferrugem
(Uredo appendiculata):

A

os danos são mais intensos quando o ataque se inicia nas plantas ainda jovens, sendo a doença favorecida por temperaturas mais amenas.

As folhas apresentam pústulas de
coloração amarronzada com halo clorótico
ao redor. Controle principalmente pelo emprego de cultivares
resistentes.

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21
Q

Milho
* Ferrugens
(branca, comum e polissora):

A

fungos biotróficos que provocam lesões nas folhas. A ferrugem polissora (Puccinia polysora) é a principal doença do milho nas regiões mais quentes, como no Brasil Central e locais de baixa altitude.

As pústulas, localizadas na parte superior das folhas, nas bainhas foliares e nas brácteas das espigas, são pequenas, arredondadas e de coloração amarelada que se torna marrom com o tempo.

Já a ferrugem comum (Puccinia sorghi) é favorecida também em condições de elevada umidade, mas com temperaturas amenas. As pústulas são maiores, de coloração marrom e formam
lesões ao longo das nervuras. O controle é feito principalmente com o uso de cultivares resistentes, o que é
especialmente importante em condições que favorecem o patógeno, como em altitudes mais baixas.

Já a ferrugem branca (Physopella zeae) é caracterizada pela presença de pústulas de coloração clara em ambas
as faces das folhas
, que podem morrer quando as pústulas coalescem. A doença é favorecida em ambiente úmido e quente, podendo causar grandes prejuízos quando se instala antes do florescimento.

Controle principalmente pelo uso de cultivares resistentes, evitando semeaduras tardias principalmente em locais de baixas latitudes.

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22
Q

Milho
* Helmintosporiose
(Helminthosporium turcicum, H. maydis, H. carbonum):

A

doença importante, especialmente quando as condições são favoráveis (alta umidade, temperaturas amenas, plantio de
safrinha
) e as plantas são suscetíveis, que é o caso principalmente das cultivares de milho pipoca.

As folhas afetadas apresentam grandes lesões necróticas alongadas, inicialmente nas folhas mais basais.

Controle principalmente pelo uso de cultivares resistentes. Para cultivares suscetíveis, podem ser empregadas
práticas culturais como escolha adequada da época de plantio (evitar épocas com possibilidade de baixas temperaturas), adubação nitrogenada equilibrada, rotação de culturas, além do controle químico com
fungicidas.

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23
Q

Milho
* Mancha-cinzenta ou mancha-de-cercóspora
(Cercospora zeae-maydis, Cercospora sorghi var. maydis, C. zeina):

A

patógeno necrotrófico que sobrevive em restos de cultura e provoca lesões necróticas alongadas (decorrentes da ação da toxina cercosporina), com extremidades retangulares, limitadas pelas nervuras secundárias das folhas e que não coalescem. A doença é favorecida pela ocorrência de dias nublados, orvalho e temperaturas noturnas amenas.

Controle pelo uso de cultivares resistentes,
espaçamentos adequados, rotação de culturas e controle químico com fungicidas

24
Q

Milho
* Pinta-branca ou mancha-de-feosféria (Phaeosphaeria maydis):

A

pode levar a perdas significativas quando a infecção se instala nas plantas jovens e quando as condições ambientais são favoráveis (elevada umidade).

As lesões foliares são manchas necróticas arredondadas, de coloração clara e bordas escuras, que coalescem com o tempo.

Controle pelo emprego de cultivares resistentes e controle químico com fungicidas.

25
Q

Milho
* Podridão-branca-da-espiga
(Stenocarpella maydis):

A

doença caracterizada pelo crescimento micelial esbranquiçado entre as fileiras de grãos na espiga. Quando a infecção se instala no começo do desenvolvimento das espigas, pode apodrecê-las completamente.

A ocorrência de lagartas que atacam as espigas (Helicoverpa sp.) favorece a incidência de podridões. Também ocorre podridão das espigas causada por Fusarium moniliforme, caracterizada por crescimento micelial avermelhado.

26
Q

Milho
* Podridão de colmo:

A

apodrecimento do colmo, principalmente na sua porção mais basal, provocada por diversos fungos. Podem provocar tombamento de plantas.

As podridões causadas por Stenocarpella e Fusarium são favorecidas por períodos secos durante o florescimento seguidos de chuvas abundantes.

A principal característica é a despigmentação e alteração na cor da medula do colmo.

Já a podridão causada por Colletotrichum graminicola (antracnose) pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento da planta, sendo favorecida por condições de elevada temperatura e umidade. O interior do colmo torna-se escurecido e destruído.

A podridão de colmo por Pythium é pouco comum, provocando podridão úmida (lesões encharcadas) na base dos colmos. O controle das podridões de colmo é feito principalmente pelo emprego
de cultivares resistentes aliado a práticas culturais como adubação equilibrada, manejo da irrigação, espaçamentos e épocas de plantio adequados.

27
Q

Soja
* Ferrugem asiática
(Phakopsora pachirhizi):

A

a doença pode se desenvolver durante qualquer fase do ciclo da cultura, provocando desfolha.

Inicialmente se manifesta como pequenas lesões pontuais de coloração mais escura, correspondendo a protuberâncias na face inferior da folha.

O molhamento foliar é essencial para a germinação dos esporos e aumento da incidência da doença.

O grande número de raças do
patógeno
dificulta a obtenção de cultivares resistentes, sendo o controle feito principalmente com fungicidas sistêmicos.

Controle legislativo pela aplicação de vazio cultural (proibição do plantio em
determinadas épocas do ano).

28
Q

Soja
* Mancha-parda ou septoriose
(Septoria glycines):

A

o patógeno é transmitido por sementes e o primeiro surto da doença pode provocar desfolha intensa.

Ao final do enchimento de grãos e sob condições de alta temperatura e umidade, pode ocorrer um novo surto, com manchas foliares de coloração pardacenta na superfície superior e rósea na superfície inferior circundadas por halo clorótico, provocando maturação prematura e redução do rendimento.

Controle cultural pelo emprego de sementes sadias, rotação de cultura e adubação equilibrada.

Controle químico por tratamento de sementes e aplicação de fungicidas durante a granação.

29
Q

Soja
* Crestamento foliar
(Cercospora kikuchii):

A

doença de final de ciclo, sendo o patógeno disseminado por sementes. Provoca manchas escuras nas folhas que coalescem para grandes lesões necróticas enegrecidas (crestamento).

As vagens atacadas exibem manchas marrom-avermelhadas, enquanto nas sementes provoca a mancha púrpura no tegumento.

Controle pelo emprego de sementes sadias, tratamento de sementes e fungicidas sistêmicos.

30
Q

Soja
* Antracnose
(Colletotrichum dematium):

A

doença que pode provocar grandes perdas por atacar as vagens e grãos, sendo favorecida por condições de elevada umidade e temperatura e colheita tardia.

Quando infectadas no início do seu desenvolvimento, as vagens se tornam retorcidas e enegrecidas.
Durante o enchimento de grãos, as vagens infectadas desenvolvem manchas enegrecidas.

O patógeno é disseminado por sementes, sobrevivendo também nos restos culturais. Controle pelo emprego de sementes sadias e tratamento de sementes. Práticas culturais como maiores espaçamentos, plantios menos adensados, adubação equilibrada e rotação de culturas também são importantes para o manejo da doença.

31
Q

Soja
* Cancro da haste
(Phomopsis phaseopoli):

A

formação de pequenos pontos negros ao longo da haste, que evoluem para lesões necróticas que avançam para o interior da haste.

As folhas desenvolvem sintoma característico de “folha carijó”, com nervuras verdes e o limbo necrosado entre as nervuras.

Controle pelo emprego de variedades resistentes, tratamento de sementes e rotação de culturas.

32
Q

Soja
* Mofo branco
(Sclerotinia sclerotiorum):

A

a doenças se inicia por podridão úmida das hastes, que são rapidamente tomadas por abundante crescimento micelial esbranquiçado.

O micélio se transforma em massas escuras e endurecidas, os escleródios, tanto na superfície quanto no interior das hastes e das vagens.

A infestação é mais intensa durante o florescimento e sob condições de elevada umidade e temperaturas amenas. A disseminação pode se dar tanto por infecções interna às sementes quanto por escleródios misturados às sementes. Depois de introduzido na área, é de difícil erradicação.

Controle principalmente pelo emprego de sementes sadias e pelo tratamento de sementes. Em locais já afetados, realizar rotação de culturas com plantas mais resistentes, como milho.

33
Q

Frutíferas tropicais
* Antracnose
(Colletotrichum spp., principalmente C. gloesporioides):

A

é a mais importante doença
das frutíferas tropicais
, como manga, abacate, dentre muitas outras.

A doença provoca lesões necróticas enegrecidas nas folhas e também ataca as inflorescências, provocando queda prematura dos frutos, e os próprios frutos, comprometendo a sua comercialização.

A doença é favorecida por alta pluviosidade (12-18 h de molhamento foliar) durante a época de florescimento.

As práticas de controle cultural incluem o emprego de cultivares mais resistentes, maiores espaçamentos entre plantas e podas de formação e limpeza que melhorem a insolação na copa e reduzam o molhamento foliar.

O controle químico é feito geralmente por aplicações quinzenais de fungicidas sistêmicos em mistura ou rotação com outros princípios ativos para evitar a seleção de raças resistentes do patógeno.

As pulverizações iniciam-se durante o
florescimento
e prosseguem até o desenvolvimento dos frutos.

34
Q

Frutíferas tropicais
* Sigatoka:

A

a sigatoka-amarela (Mycosphaerella musae) é a principal doença que afeta a bananicultura no país. Inicialmente forma pequenas estrias descoloridas paralelas às nervuras secundárias principalmente nas folhas mais jovens. As manchas evoluem para necrose e aumentam de tamanho, com grandes manchas de clorose ao redor.

A sigatoka-negra (Pseudocercospora fijiensis, Mycosphaerella fijiensis) é a doença mais destrutiva da bananeira. Foi constatada no Brasil em 1998 e hoje já está bastante disseminada nas regiões produtoras. Provoca lesões pardacentas que evoluem para necrose enegrecida.
Controle pelo emprego de variedades resistentes e controle químico com fungicidas + óleo mineral direcionado às folhas mais novas.

35
Q

Frutíferas tropicais
* Vassoura-de-bruxa
(Crinipellis perniciosa):

A

mais importante doença da lavoura cacaueira, sendo uma grande ameaça para o seu desenvolvimento.

Acarreta superbrotamento das gemas laterais nos ramos infectados, com evolução para necrose e formação do sintoma característico que dá nome à doença.

A produção é grandemente comprometida, enquanto plantas novas podem morrer.

O controle se dá pela remoção dos ramos e frutos infectados (poda fitossanitária) e seu enterrio e aplicação de fungicidas.

36
Q

Citros
* Gomose (Phytophthora sp.):

A

principal doença fúngica dos citros no Brasil, especialmente em pomares novos quando as mudas já vêm infectadas.

Nos viveiros de produção de mudas, provoca (dampingoff) nas sementeiras e lesões de caule que exsudam goma, principalmente nos ferimentos resultantes das operações de enxertia, que são portas de entrada para o fungo.

No campo, a doença se manifesta como podridão de raízes e de tronco em porta-enxertos suscetíveis.

A exsudação de goma por ferimentos no tronco é a principal característica da doença.

O comprometimento do fluxo vascular produz sintomas correspondentes na parte aérea, como amarelecimento de folhas, murcha, seca e morte de ramos, podendo levar a planta à morte.

A principal forma de controle é pelo emprego de porta-enxertos resistentes, como citrumelo e trifoliata.

Outras práticas incluem a escolha do local de plantio (evitar solos com drenagem deficiente ou encharcados), emprego de mudas sadias e isentas do patógeno, evitar ferimentos no tronco durante os tratos culturais (roçada), evitar que a irrigação por microaspersão seja dirigida ao tronco, erradicação de plantas doentes.

37
Q

Citros
* Verrugose
(Elsinoë fawcetti, E. australis):

A

doença especialmente importante na produção de laranja de mesa, ou seja, para consumo in natura, pois sua ocorrência deprecia os frutos para comercialização.

Afeta os frutos no início do desenvolvimento, provocando lesões irregulares, salientes, corticosas e de coloração amarronzada.

Controle químico com fungicidas para proteção dos frutos novos, devendo ser iniciada ao final do florescimento.

38
Q

Citros
* Pinta-preta
(Guignardia citricarpa):

A

a doença torna os frutos impróprios para a comercialização como fruta fresca devido às lesões que provoca.

As lesões são deprimidas, envoltas por halo clorótico com bordas bem definidas amarronzadas.

Controle pela remoção de frutos extemporâneos infectados formados antes da floração principal e pulverização para proteção dos frutos começando ao final da floração (fungicidas protetores ou sistêmicos misturados com óleo mineral).

39
Q

Citros
* Rubelose
(Phanerochaete salmonicolor):

A

doença que afeta principalmente galhos e ramos, podendo levar as plantas à morte quando a infecção avança para o tronco.

Os ramos infectados ficam cobertos por micélio branco que depois se torna róseo. Esse micélio desaparece e permanecem nos ramos longos filamentos esbranquiçados que são o sinal mais característico da doença. As lesões exsudam goma e podem levar ao anelamento do galho quando avançam para os tecidos mais internos.

Controle pela execução de poda fitossanitária, removendo ramos doentes, improdutivos e mal posicionados. Controle químico preventivo com fungicidas protetores.

40
Q

Citros
* Mancha graxa
(Mycosphaerella citri):

A

doença que afeta principalmente folhas, favorecida por condições de elevada umidade e temperatura.

Manchas cloróticas nas folhas evoluem para manchas enegrecidas de aspecto brilhante.

Controle cultural pela eliminação das folhas caídas da área do pomar.

Controle químico com a aplicação de fungicidas em mistura com óleo mineral dirigida à face inferior das
folhas.

41
Q

Frutíferas de clima temperado
* Podridão-parda
(Monilinia fructicola):

A

principal doença das rosáceas de caroço, como pêssego e ameixa.

Quando o ataque se dá nas flores, os botões florais ficam cobertos pelo micélio fúngico pardacento que pode avançar pelo interior do ramo, provocando cancros (principal fonte de inóculo), anelamento e morte dos ponteiros.

O ataque nos frutos próximos à maturação leva à sua mumificação (rápida desidratação).

Controle pela remoção de ramos infectados e frutos mumificados durante a poda de limpeza de inverno.

Controle químico com fungicidas concentrado nas fases de maior suscetibilidade, no início do florescimento prosseguindo até a pré-colheita se as condições são favoráveis à doença (alta umidade).

42
Q

Doenças fúngicas das plantas hortícolas
* Mancha-de-alternária:

A

manchas foliares causadas por fungos do gênero Alternaria são bastante comuns em hortaliças e outras plantas cultivadas anuais. Além de folhas, afetam também ramos, flores e frutos. Provoca principalmente manchas foliares e necrose de tecidos de folhas (crestamento), frutos e ramos. As manchas são escuras e apresentam anéis concêntricos característicos. As folhas afetadas sofrem amarelecimento e caem ou secam.

O ataque em caules novos provoca cancros (lesões endurecidas e deprimidas) e os frutos atacados apresentam lesões escurecidas e apodrecimento.

Controle cultural pelo uso de variedades resistentes e pela destruição de restos de cultura e plantas daninhas hospedeiras, reduzindo o inóculo disponível.

Controle químico com uso de fungicidas.

43
Q

Doenças fúngicas das plantas hortícolas
* Requeima
(Phytophthora infestans):

A

doença que ataca inúmeras espécies, provocando tombamento de plântulas em viveiros e no campo. Também é uma das principais doenças de culturas hortícolas, como batata e tomate. As plantas podem ser afetadas em qualquer fase do desenvolvimento.

As lesões foliares são enegrecidas (necrose do tecido) e circundadas por um halo encharcado (podridão úmida).

Sob condições de alta umidade e temperaturas amenas, as lesões foliares aumentam rapidamente, sendo perceptível um crescimento esbranquiçado na face inferior da folha (frutificações do fungo).

O patógeno apresenta grande variabilidade genética, o que dificulta grandemente a obtenção de cultivares resistentes.

O controle é feito principalmente com aplicações regulares de fungicidas, especialmente quando as condições ambientais são favoráveis à disseminação do patógeno.

Algumas práticas de controle
cultural incluem o plantio em solos mais bem drenados (evitar o plantio em baixadas) e o uso de material de
propagação sadio.

44
Q

Doenças fúngicas das plantas hortícolas
* Rizoctoniose
(Rhizoctonia solani):

A

esse fungo de solo ataca diversas culturas hortícolas, sendo especialmente importante na produção de batata e tomate em áreas onde não se aplica a rotação de culturas.

Ataca brotações e plântulas, retardando a emergência e causando a morte de plantas. Sua ocorrência é favorecida por alta umidade e temperaturas amenas.

Além do controle químico, devem ser empregadas práticas culturais como material de propagação sadio, rotação de culturas, preparo do solo para acelerar a decomposição dos resíduos.

45
Q

Doenças fúngicas das plantas hortícolas
* Murchas e podridões
(Fusarium, Sclerotinia, Sclerotium, Verticillium):

A

a podridão de Sclerotinia ou mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) é favorecida em condições de elevada umidade e temperaturas
amenas
.

Toda a planta pode ser afetada, mas a incidência se dá principalmente no caule. A lesão leva ao anelamento do caule, com ocorrência característica de micélio esbranquiçado e escleródios pretos externa ou internamente.

Controle principalmente por rotação de culturas com gramíneas.

Já a podridão de Sclerotium (Sclerotium rolfsii) é favorecida por condições de alta umidade e temperatura. As plantas afetadas exibem sintoma de murcha e crescimento retardado pelo ataque aos tecidos na região do colo da planta. Também forma abundante crescimento micelial esbranquiçado, porém com formação de pequenos escleródios arredondados de coloração que passa de branca a pardacenta.

A murcha de Fusarium (Fusarium
oxysporum
) se caracteriza pelo amarelecimento das folhas mais velhas, que murcham e morrem, afetando
geralmente apenas um lado da planta. Os vasos do xilema apresentam coloração pardacenta característica.
Controle pelo emprego de variedades resistentes.

A murcha de Verticillium (Verticillium dahliae) provoca manchas amareladas nas folhas mais novas, com pequena alteração na coloração dos tecidos do sistema vascular.

Assim como na murcha de Fusarium, o fungo penetra pelas raízes. Controle principalmente pelo emprego de cultivares resistentes.

46
Q

Batata
* Sarna prateada e sarna pulverulenta:

A

são doenças importantes por depreciarem a qualidade dos tubérculos, favorecidas por condições de alta umidade e baixas temperaturas.

A sarna prateada (Helminthosporium solani) é mais importante quando se emprega batata-semente importada, pois é pouco comum nas regiões produtoras do país. Provoca manchas nos tubérculos que apresentam um brilho prateado.

Já a sarna pulverulenta (Spongospora subterranea) provoca lesões nos tubérculos semelhantes a verrugas, que podem romper a epiderme, expondo a massa pulverulenta de esporos escuros do fungo.

Controle pelo emprego de material de propagação sadio, rotação de culturas, desinfecção das caixas empregadas para transporte (doenças também de pós-colheita).

47
Q

Tomate
* Septoriose
(Septoria lycopersici):

A

doença importante sob condições de elevada umidade e temperaturas amenas que provoca desfolha e exposição dos frutos à luz. As lesões foliares são circulares, com bordas amarronzadas e centro acinzentado. Ao coalescerem, provocam morte das folhas e intensa desfolha. Controle pelo emprego de sementes e mudas sadias, rotação de cultura, destruição de restos
culturais infectados e controle químico com fungicidas protetores e sistêmicos (curativos).

48
Q

Cucurbitáceas
* Crestamento gomoso
(Didymella bryoniae):

A

importante doença das cucurbitáceas, especialmente em regiões de clima úmido, onde chega a ser limitante para o desenvolvimento de algumas culturas (como melão). A doença afeta toda a planta e em qualquer fase do desenvolvimento.

Os caules afetados apresentam lesões encharcadas (podridão úmida) com exsudação de goma e ramos secos. Nas folhas, provoca manchas pardas circulares.

O fungo sobrevive em restos de culturas, sementes e como esporos.

Controle pelo emprego de sementes e mudas sadias, tratamento de sementes e rotação de culturas.

49
Q

Cucurbitáceas
* Míldio
(Pseudoperonospora cubensis):

A

doença importante das cucurbitáceas, favorecida por condições de alta umidade e temperaturas amenas.

As lesões foliares são angulosas, com manchas cloróticas na face superior das folhas e lesões encharcadas com corpos de frutificação do fungo na face
inferior
.

Controle pelo uso de cultivares resistentes e controle químico com fungicidas protetores ou sistêmicos.

50
Q

Crucíferas
* Hérnia das crucíferas
(Plasmodiophora brasicae):

A

doença causada por um patógeno de solo biotrófico, sendo favorecida por condições de alta umidade e temperaturas amenas.

Tradicionalemnte considerada de etiologia fúngica, atualmente sabe-se que Plasmodiophora brasicae é na verdade um protozoário.

A infecção leva ao desenvolvimento de galhas nas raízes e os sintomas se manifestam na parte
aérea como murcha e subdesenvolvimento.

Controle pela rotação de culturas, eliminação de plantas daninhas hospedeiras, uso de cultivares resistentes.

51
Q

Doenças fúngicas de florestas
* Tombamento de mudas:

A

as condições de alta umidade características dos viveiros de produção de
mudas favorecem a ocorrência de patógenos que provocam damping-off ou tombamento de mudas.

São diversos os patógenos que podem provocar o tombamento de mudas de eucalipto e pinus, como Cylindrocladium, Rhizontonia, Pythium, Botrytis e Fusarium.

A prática de roguing (remoção de plantas doentes) e o desbaste reduzem a incidência da doença.

O Cylindrocladium acompanha as mudas do viveiro para o campo, onde provoca manchas foliares com desfolha e podridão de raízes.

A podridão de raízes por
(Cylindrocladium) se caracteriza pela murcha e morte das plantas decorrente da destruição do sistema radicular ou anelamento do colo da planta. A região da casca dos locais afetados apresenta lesões necróticas
com resina e encharcamento

52
Q

Eucalipto
* Murcha de Ceratocystis:

A

patógeno que ataca o sistema vascular, provocando necrose nos vasos do xilema, sendo necessário o corte do caule para verificar a incidência. Controle pela eliminação das plantas
doentes e evitar ferimentos nas árvores.

53
Q

Eucalipito
* Mal rosado ou rubelose
(Corticium salmonicolor):

A

doença caracterizada pelo crescimento micelial róseo na superfície dos galhos. O fungo ataca os tecidos do câmbio e do lenho, provocando anelamento do
galho e morte do ramo. Controle pela execução de poda fitossanitária e com fungicidas protetores.

54
Q

Eucalipito
* Ferrugem das mirtáceas
(Puccinia psidii):

A

ocorre principalmente em brotações novas, sendo favorecida por condições de elevada umidade e temperaturas amenas.

O controle químico com aplicação de fungicidas sistêmicos pode não ser economicamente compensador.

55
Q

Pinus
* Podridão de raízes por Armillaria:

A

a manifestação na copa se caracteriza pela murcha, amarelecimento e bronzeamento (seca) das acículas.

Caracteriza-se pela intensa exsudação de resina nas raízes e ao redor do tronco, formando uma crosta endurecida. Provoca apodrecimento dos tecidos da casca e do colmo.

O fungo produz corpos de frutificação do tipo cogumelo próximos aos troncos.

56
Q

Pinus
* Seca de ponteiros
(Sphaeropsis sapinea):

A

forma lesões deprimidas em ramos que exsudam goma, provocando a morte dos ponteiros. Controle pelo emprego de espécies resistentes, como Pinus taeda e P. elliottii.