fármacos usados na otorrino Flashcards
por que devemos evitar o uso de AAS em infecções virais?
porque podem aumentar a chance da criança desenvolver síndrome de Reye
antitérmico mais seguro para uso infantil
acetaminofeno/paracetamol
terá somente ação antitérmica e analgésica - sua ação anti-inflamatória não é significativa.
-> por mais que ele tenha ação baixa como anti-inflamatório, não justifica o uso de outro AINE, já que não é comprovado que eles diminuem o processo inflamatório associado a infecções respiratórias agudas
reações adversas ocasionadas pelos AINES
-desconforto gástrico, úlceras gástricas e duodenais
-sangramento gastrointestinal
-comprometimento do sistema imune da criança
-reações anafiláticas, como edema, urticária, rinite
-pct atópicos: mais sensíveis à reação adversa pela aspirina. quando se tem reação pelo uso do AAS, evitar uso de outro AINE pela chance de reação cruzada.
causa das diversas reações ocasionadas pelo uso indiscriminado de vasoconstritores de fenilefrina
porque a fenilefrina é um agonista seletivo do receptor adrenérgico alfa 1
associação mais usada em gripe e resfriado
descongestionantes e anti-histamínicos
descongestionantes por via sistêmica
apesar de serem menos prováveis de causarem efeito rebote, podem ter mais efeitos sistêmicos.
estudos mostram melhora de sintomas nasais em adultos, mas em crianças: mais efeitos colaterais, como insônia, irritabilidade, taquicardia, hipertensão, febre, alterações psiquiátricas.
anti-histamínicos
embora possam promover alguma melhora nos sintomas nasais, a relação de riscos é maior que os benefícios: desfavorável usar esses medicamentos em crianças menores que 6 anos.
quando vamos indicar antitussígenos?
somente em casos de tosse seca/irritativa que atrapalha o sono da criança.
preferir xaropes caseiros, como mel com limão.
geralmente, a tosse para, não pelo efeito do remédio, mas porque ela é autolimitada e devido ao efeito da glicose, que faz o paciente deglutir menos e tossir mais, interferindo no reflexo da tosse.
muitos efeitos colaterais. a tosse muitas vezes é um mecanismo de proteção, que não deve ser suprimida.
expectorantes e mucolíticos
fármacos de baixa toxicidiade, mas não tem comprovação científica de melhora nos sintomas em crianças e adultos -> sua ação deve-se ao alto teor de açúcar e efeito placebo.
o uso é contraindicado em crianças -> também contraindicado o uso de iodeto de potássio, já que pode suprimir a ação da tireóide.
vitamina C
não há comprovação de que o aumento da ingestão de vitamina C no momento da gripe reduz sintomas, tem que ser usado a longo prazo nas alimentações.
os riscos são muito mais altos: formação de cálculos renais, escorbuto em fetos de mães que usaram a vit e presença de sinais e sintomas de escorbuto quando interrompe de forma abrupta.
melhor conduta para gripe e resfriado
lavagem com soro fisiológico aquecido a 36,5 graus, manter a criança hidratada e o ar umidificado.
anti-histamínicos de primeira x de segunda geração
eles aliviam prurido nasal, diminuem espirro e rinorreia, mas não aliviam congestão nasal.
primeira geração: lipofílicos, atravessam a barreira hematoencefálica e causam mais sintomas, como sonolência, déficit de atenção. algumas crianças podem ter efeitos contrários, como irritabilidade. -> reações mais comuns em crianças menores de 6 anos.
segunda geração: hidrofílicos, não penetram a barreira hematoencefálica e causam menos efeitos associados ao SNC, mas tem-se menos conhecimento sobre seu efeito em crianças. alguns podem causar arritmias cardíacas, aumento de apetite e ganho de peso.
conduta em caso de congestão nasal muito intensa
anti-histamínico com vasoconstritores sistêmicos
efeitos adversos de fenileprina, fenilpropanolamina e pseudoefrina por VO
não acarreta risco de rebote, mas pode haver estimulação do SNC, com tremores, taquicardia.
efeito causado pelos descongestionantes tópicos
promovem vasoconstrição dentro de 5 a 10 minutos, mas o efeito de vasoconstrição não alivia sintomas de prurido, rinorréia e espirros.
efeitos adversos: ardor, queimação, sensação de mucosa seca. o uso prolongado, mais de 1 semana, leva ao efeito rebote e rinite medicamentosa.
não usar por mais de 7 dias.