Exames de Imagem do Paciente Crítico Flashcards
Incidência ideal do Raio-X do paciente crítico internado?
AP no leito
Incidência ideal do Raio-X do paciente não crítico?
PA e Perfil
Linha de contato pleural anterior:
Linha de contato que é possível ver na região do mediastino anterior na radiografia torácica
Patologia que desvia a linha de contato pleural anterior ipsilateral:
Atelectasia
Linha de contato pleural posterior:
Responsável por ajudar a mostrar algumas patologias quando deslocada ou apagada, como: massas de mediastino posterior, massa esofágicas e massas paravertebrais na radiografia torácica
Linhas paratraqueais:
Responsável por ajudar a mostrar algumas patologias quando é deslocada ou apagada, como: adenomegalias paratraqueais, tumores de pulmão, tumores de mediastino, carcinoma de paratireoide ectópica, tumor de tireoide
Linha aortopulmonar:
Formada pelo contato da aorta mediastinal e da pleura anterior do pulmão esquerdo
Patologias que alteram a linha aortopulmonar:
Massas mediastinais, como Teratoma com deslocamento e apagamento da linha
Linhas paravertebrais:
Linhas que podem ser visualizadas atrás do coração. A radiografia deverá estar um pouco mais penetrada do que o normal para visualizá-las.
Patologias que acometem as linhas paravertebrais:
→ Massas paravertebrais → Paragangliomas e gangliomas → Neurinomas → Fratura de vértebras com hematomas → Adenomegalias → Tumores primários
Linha traqueal posterior:
Só vista no perfil na radiografia torácica
Patologias que causam apagamento ou desvio da linha traqueal posterior:
Patologias da parede posterior da traqueia, do esôfago (acalasia)
Recesso azigoesofageano:
Linha mais difícil de visualizar, situando-se entre as linhas paravertebrais
Patologias que causam apagamento ou desvio do recesso azigoesofageano:
Tumores paravertebrais (schwannomas e gangliomas), hérnia de hiato.
Paciente 35 anos, febre e tosse há 3 dias com estertores crepitantes em base direita à ausculta. Raio-x de tórax mostrando opacidade no terço inferior do hemitórax direito (não chega a ser uma consolidação total, mas existe uma opacidade, um infiltrado). Qual provável diagnóstico?
PNEUMONIA
Alterações radiográficas da Pneumonia:
→ Consolidação
→ Derrame pleural parapneumônico
→ Cavitação (em casos de estafilococos/tuberculose)
Paciente 70 anos, tosse, hemoptoicos e perda ponderal já 2 meses. Tabagista e afebril. Raio-x de tórax mostrando uma grande opacidade e área de consolidação em terço médio, superior e ápice direito com uma redução volumétrica desse pulmão (redução dos espaços intercostais próximas a essa consolidação) e hemicúpula diafragmática direita um pouco mais elevada. Qual provável diagnóstico?
ATELECTASIA
Alterações radiográficas da Atelectasia (colabamento de um lobo ou segmento pulmonar):
→ Redução do volume pulmonar
→ Redução do espaço intercostal
→ Elevação da hemicúpula diafragmática
Paciente 23 anos, feminino. Dor torácica súbita a esquerda e dispneia. Raio-x de tórax mostrando atelectasia compressiva do parênquima pulmonar (redução volumétrica pulmonar) a esquerda com grande área hipertransparente ao seu redor, deslocamento de todo mediastino para a direita e retificação da hemicúpula diafragmática esquerda. Qual provável diagnóstico?
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Quando saber, ao analisar a radiografia de tórax, que o Pneumotórax é HIPERTENSIVO?
Quando ele deslocar todo o mediastino contralateralmente e retificar a hemicúpula diafragmática ipsilateralmente
Quando saber, ao analisar a radiografia de tórax, que o Pneumotórax NÃO é HIPERTENSIVO?
Quando ele NÃO deslocar o mediastino contralateralmente
Alterações radiográficas do Pneumotórax:
→ Aumento da atenuação pulmonar (hipertransparência)
→ Desvio do mediastino/Retificação da hemicúpula diafragmática (em casos de pneumotórax hipertensivo)
→ Atelectasia compressiva do parênquima pulmonar.
Paciente 30 anos, dor retroesternal súbita e odinofagia após ingestão acidental de espinha de peixe. Raio-x de tórax mostrando hipertransparência margeando a linha aortopulmonar, o bordo cardíaco esquerdo e subindo a linha paratraqueal e paravertebral esquerda. Qual o provável diagnóstico?
PNEUMOMEDIASTINO
Sempre que um paciente relatar dor retroesternal e odinofagia após ingestão acidental de espinha de peixe, deve-se pensar em:
Perfuração esofágica e/ou traqueal
Causas mais comuns de Pneumomediastino:
Perfuração esofágica/traqueal e Trauma
Alterações radiográficas do Pneumomediastino:
Sinal do diafragma único e Sinal do V
→ O que é o Sinal do diafragma único presente na radiografia torácica do Pneumomediastino:
É uma linha contínua delimitando o diafragma direito e esquerdo, sendo um sinal indireto de pneumomediastino
O que é o Sinal do V presente na radiografia torácica do Pneumomediastino:
É quando, ao invés da linha contínua como visto no sinal do diafragma único, observa-se uma depressão no meio das duas linhas paravertebrais, parecendo um “V”
Qual complicação o Pneumomediastino pode causar nas artérias carótidas e jugulares?
O ar pode dissecar esses vasos e as partes moles, podendo ser mostrado na TC uma hipertransparência (gás) ao redor deles
Paciente 53 anos, não tabagista, apresentando febre, dispneia e tosse produtiva há 3 dias. À ausculta apresenta redução do murmúrio vesicular na base direita. O raio-x de tórax mostra uma grande hipotransparência pegando terço médio e inferior do hemitórax direito com presença do sinal da parábola (sinal de Damoiseau) no limite superior dessa hipotransparência. Qual o provável diagnóstico e o principal diagnóstico diferencial?
DERRAME PLEURAL. Poderia ser atelectasia, mas a radiografia não mostra a redução dos espaços intercostais e nem desvio ipsilateral do mediastino.
Alterações radiográficas do Derrame Pleural:
Apagamento dos seios costofrênicos lateral (das incidências AP ou PA), posteriores (na incidência Perfil) e Sinal da Parábola (Sinal de Damoiseau).
Quais dos seios costofrênicos (laterais ou posteriores) apagam primeiro na radiografia torácica com Derrame Pleural?
Os posteriores apagam primeiro, por serem mais baixos em relação ao seio costofrênico lateral
Qual incidência ajuda a identificar o Derrame Pleural?
Incidência de Laurell, que consiste em colocar o paciente em decúbito dorsal com o lado do derrame encostado na chapa e radiografar com raios horizontais. Quando fizer isso, o líquido irá percorrer horizontalmente o hemitórax acometido, visualizando-o melhor no raio-x
Paciente 75 anos, queixando-se de tosse e febre alta por 3 dias. À ausculta apresenta murmúrio vesicular reduzido a direita com macicez a percussão. Raio-x de tórax mostrando hemitórax opaco à direita (não visualizar ar no hemitórax). Quais os prováveis diagnósticos (diagnósticos diferenciais)?
→ Volumoso derrame pleural
→ Volumoso Hemotórax
→ Atelectasia total
→ Coleção/Abscesso/Empiema Pleural.
Paciente 75 anos, queixando-se de tosse e febre alta por 3 dias. À ausculta apresenta murmúrio vesicular reduzido a direita com macicez a percussão. Raio-x de tórax mostrando hemitórax opaco à direita (não visualizar ar no hemitórax). Por que descartar Atelectasia?
Porque os espaços intercostais abaixo da grande opacidade não estão reduzidos e o mediastino está centrado, confirmando que não há redução volumétrica desse pulmão.
Alterações radiográficas de um Empiema Pleural:
Muito difícil ser visualizado no Raio-x, devendo ser feito outros exames melhores para visualizá-lo
Qual exame radiológico é melhor visualizado o Empiema Pleural?
TC de tórax
Alterações tomográficas de um Empiema Pleural?
Espessamento e realce pleural, delimitando a coleção, com densidade variando de 20 a 30 Unidades de Hounsfield (UH)
Como diferenciar um hemotórax de um empiema pleural na tomografia de tórax?
A densidade do sangue no hemotórax é maior do que do pus no empiema pleural!
Paciente 53 anos diabético, queixando-se de febre, tosse e calafrios. A tosse apresenta escarro com aspecto purulento há 3 dias. Nos exames laboratoriais, evidencia leucocitose e aumento da PCR. Sem melhoras após o uso de antibioticoterapia por 3 dias. Raio-x de tórax mostra uma opacidade com nível líquido e uma cavitação com uma cápsula espessada contornando-a. A TC de tórax mostra cavitação com paredes espessas, gás permeando e contorno mais denso do que o habitual. Qual provável diagnóstico?
ABSCESSO PULMONAR
O que é Abscesso Pulmonar?
É uma coleção parenquimatosa com nível hidroaéreo.
Qual melhor exame radiológico para avaliar o Abscesso Pulmonar?
TC de tórax
Características tomográficas do Abscesso Pulmonar:
Paredes da cavitação espessadas, com realce pós-contraste.
Paciente 47 anos, feminino. Cirurgia plástica há 5 dias. Dispneia súbita e dor torácica. Laboratório sem alterações significativas. Raio-x de tórax normal. Qual o provável diagnóstico?
Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Qual melhor exame para avaliar TEP?
Angiotomografia (Angio-TC) de tórax
Alterações radiográficas indiretas do TEP:
→ Aumento do calibre da artéria pulmonar (Corcova de Humpton)
→ Oligoemia (sinal de Westmark)
→ Dilatação da artéria pulmonar (Sinal de Palla)
→ Consolidação periférica em cunha (em casos de infarto pulmonar).
Paciente 65 anos, masculino, Hipertenso, queixando-se de dispneia aos esforços progressiva no último mês. Raio-x de tórax mostra aumento da área cardíaca (com aumento do índice cardiotorácico), infiltrado acima da artéria pulmonar direita e opacidade no terço médio do hemitórax direito. Qual provável diagnóstico?
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), com cardiomegalia, infiltrado perihilar e com derrame pleural cisural (que parece uma consolidação na descrição radiográfica)
Alterações radiográficas da ICC:
→ Vidro fosco (opacidade) perihilares bilateral
→ Espessamento septal (Linha B de Kerley)
→ Inversão da trama vascular
Linha B de Kerley (Espessamento septal):
Espessamento dos septos interlobulares vistos na radiografia torácica como pequenas linhas que vem da superfície pleural e são melhores vistas perifericamente. Nada mais são do que ingurgitamento das veias pela congestão pulmonar.