Exames de Imagem do Paciente Crítico Flashcards

1
Q

Incidência ideal do Raio-X do paciente crítico internado?

A

AP no leito

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2
Q

Incidência ideal do Raio-X do paciente não crítico?

A

PA e Perfil

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3
Q

Linha de contato pleural anterior:

A

Linha de contato que é possível ver na região do mediastino anterior na radiografia torácica

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4
Q

Patologia que desvia a linha de contato pleural anterior ipsilateral:

A

Atelectasia

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5
Q

Linha de contato pleural posterior:

A

Responsável por ajudar a mostrar algumas patologias quando deslocada ou apagada, como: massas de mediastino posterior, massa esofágicas e massas paravertebrais na radiografia torácica

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6
Q

Linhas paratraqueais:

A

Responsável por ajudar a mostrar algumas patologias quando é deslocada ou apagada, como: adenomegalias paratraqueais, tumores de pulmão, tumores de mediastino, carcinoma de paratireoide ectópica, tumor de tireoide

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7
Q

Linha aortopulmonar:

A

Formada pelo contato da aorta mediastinal e da pleura anterior do pulmão esquerdo

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8
Q

Patologias que alteram a linha aortopulmonar:

A

Massas mediastinais, como Teratoma com deslocamento e apagamento da linha

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9
Q

Linhas paravertebrais:

A

Linhas que podem ser visualizadas atrás do coração. A radiografia deverá estar um pouco mais penetrada do que o normal para visualizá-las.

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10
Q

Patologias que acometem as linhas paravertebrais:

A
→ Massas paravertebrais
→ Paragangliomas e gangliomas
→ Neurinomas
→ Fratura de vértebras com hematomas
→ Adenomegalias
→ Tumores primários
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11
Q

Linha traqueal posterior:

A

Só vista no perfil na radiografia torácica

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12
Q

Patologias que causam apagamento ou desvio da linha traqueal posterior:

A

Patologias da parede posterior da traqueia, do esôfago (acalasia)

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13
Q

Recesso azigoesofageano:

A

Linha mais difícil de visualizar, situando-se entre as linhas paravertebrais

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14
Q

Patologias que causam apagamento ou desvio do recesso azigoesofageano:

A

Tumores paravertebrais (schwannomas e gangliomas), hérnia de hiato.

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15
Q

Paciente 35 anos, febre e tosse há 3 dias com estertores crepitantes em base direita à ausculta. Raio-x de tórax mostrando opacidade no terço inferior do hemitórax direito (não chega a ser uma consolidação total, mas existe uma opacidade, um infiltrado). Qual provável diagnóstico?

A

PNEUMONIA

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16
Q

Alterações radiográficas da Pneumonia:

A

→ Consolidação
→ Derrame pleural parapneumônico
→ Cavitação (em casos de estafilococos/tuberculose)

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17
Q

Paciente 70 anos, tosse, hemoptoicos e perda ponderal já 2 meses. Tabagista e afebril. Raio-x de tórax mostrando uma grande opacidade e área de consolidação em terço médio, superior e ápice direito com uma redução volumétrica desse pulmão (redução dos espaços intercostais próximas a essa consolidação) e hemicúpula diafragmática direita um pouco mais elevada. Qual provável diagnóstico?

A

ATELECTASIA

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18
Q

Alterações radiográficas da Atelectasia (colabamento de um lobo ou segmento pulmonar):

A

→ Redução do volume pulmonar
→ Redução do espaço intercostal
→ Elevação da hemicúpula diafragmática

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19
Q

Paciente 23 anos, feminino. Dor torácica súbita a esquerda e dispneia. Raio-x de tórax mostrando atelectasia compressiva do parênquima pulmonar (redução volumétrica pulmonar) a esquerda com grande área hipertransparente ao seu redor, deslocamento de todo mediastino para a direita e retificação da hemicúpula diafragmática esquerda. Qual provável diagnóstico?

A

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

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20
Q

Quando saber, ao analisar a radiografia de tórax, que o Pneumotórax é HIPERTENSIVO?

A

Quando ele deslocar todo o mediastino contralateralmente e retificar a hemicúpula diafragmática ipsilateralmente

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21
Q

Quando saber, ao analisar a radiografia de tórax, que o Pneumotórax NÃO é HIPERTENSIVO?

A

Quando ele NÃO deslocar o mediastino contralateralmente

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22
Q

Alterações radiográficas do Pneumotórax:

A

→ Aumento da atenuação pulmonar (hipertransparência)
→ Desvio do mediastino/Retificação da hemicúpula diafragmática (em casos de pneumotórax hipertensivo)
→ Atelectasia compressiva do parênquima pulmonar.

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23
Q

Paciente 30 anos, dor retroesternal súbita e odinofagia após ingestão acidental de espinha de peixe. Raio-x de tórax mostrando hipertransparência margeando a linha aortopulmonar, o bordo cardíaco esquerdo e subindo a linha paratraqueal e paravertebral esquerda. Qual o provável diagnóstico?

A

PNEUMOMEDIASTINO

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24
Q

Sempre que um paciente relatar dor retroesternal e odinofagia após ingestão acidental de espinha de peixe, deve-se pensar em:

A

Perfuração esofágica e/ou traqueal

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25
Q

Causas mais comuns de Pneumomediastino:

A

Perfuração esofágica/traqueal e Trauma

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26
Q

Alterações radiográficas do Pneumomediastino:

A

Sinal do diafragma único e Sinal do V

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27
Q

→ O que é o Sinal do diafragma único presente na radiografia torácica do Pneumomediastino:

A

É uma linha contínua delimitando o diafragma direito e esquerdo, sendo um sinal indireto de pneumomediastino

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28
Q

O que é o Sinal do V presente na radiografia torácica do Pneumomediastino:

A

É quando, ao invés da linha contínua como visto no sinal do diafragma único, observa-se uma depressão no meio das duas linhas paravertebrais, parecendo um “V”

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29
Q

Qual complicação o Pneumomediastino pode causar nas artérias carótidas e jugulares?

A

O ar pode dissecar esses vasos e as partes moles, podendo ser mostrado na TC uma hipertransparência (gás) ao redor deles

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30
Q

Paciente 53 anos, não tabagista, apresentando febre, dispneia e tosse produtiva há 3 dias. À ausculta apresenta redução do murmúrio vesicular na base direita. O raio-x de tórax mostra uma grande hipotransparência pegando terço médio e inferior do hemitórax direito com presença do sinal da parábola (sinal de Damoiseau) no limite superior dessa hipotransparência. Qual o provável diagnóstico e o principal diagnóstico diferencial?

A

DERRAME PLEURAL. Poderia ser atelectasia, mas a radiografia não mostra a redução dos espaços intercostais e nem desvio ipsilateral do mediastino.

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31
Q

Alterações radiográficas do Derrame Pleural:

A

Apagamento dos seios costofrênicos lateral (das incidências AP ou PA), posteriores (na incidência Perfil) e Sinal da Parábola (Sinal de Damoiseau).

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32
Q

Quais dos seios costofrênicos (laterais ou posteriores) apagam primeiro na radiografia torácica com Derrame Pleural?

A

Os posteriores apagam primeiro, por serem mais baixos em relação ao seio costofrênico lateral

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33
Q

Qual incidência ajuda a identificar o Derrame Pleural?

A

Incidência de Laurell, que consiste em colocar o paciente em decúbito dorsal com o lado do derrame encostado na chapa e radiografar com raios horizontais. Quando fizer isso, o líquido irá percorrer horizontalmente o hemitórax acometido, visualizando-o melhor no raio-x

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34
Q

Paciente 75 anos, queixando-se de tosse e febre alta por 3 dias. À ausculta apresenta murmúrio vesicular reduzido a direita com macicez a percussão. Raio-x de tórax mostrando hemitórax opaco à direita (não visualizar ar no hemitórax). Quais os prováveis diagnósticos (diagnósticos diferenciais)?

A

→ Volumoso derrame pleural
→ Volumoso Hemotórax
→ Atelectasia total
→ Coleção/Abscesso/Empiema Pleural.

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35
Q

Paciente 75 anos, queixando-se de tosse e febre alta por 3 dias. À ausculta apresenta murmúrio vesicular reduzido a direita com macicez a percussão. Raio-x de tórax mostrando hemitórax opaco à direita (não visualizar ar no hemitórax). Por que descartar Atelectasia?

A

Porque os espaços intercostais abaixo da grande opacidade não estão reduzidos e o mediastino está centrado, confirmando que não há redução volumétrica desse pulmão.

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36
Q

Alterações radiográficas de um Empiema Pleural:

A

Muito difícil ser visualizado no Raio-x, devendo ser feito outros exames melhores para visualizá-lo

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37
Q

Qual exame radiológico é melhor visualizado o Empiema Pleural?

A

TC de tórax

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38
Q

Alterações tomográficas de um Empiema Pleural?

A

Espessamento e realce pleural, delimitando a coleção, com densidade variando de 20 a 30 Unidades de Hounsfield (UH)

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39
Q

Como diferenciar um hemotórax de um empiema pleural na tomografia de tórax?

A

A densidade do sangue no hemotórax é maior do que do pus no empiema pleural!

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40
Q

Paciente 53 anos diabético, queixando-se de febre, tosse e calafrios. A tosse apresenta escarro com aspecto purulento há 3 dias. Nos exames laboratoriais, evidencia leucocitose e aumento da PCR. Sem melhoras após o uso de antibioticoterapia por 3 dias. Raio-x de tórax mostra uma opacidade com nível líquido e uma cavitação com uma cápsula espessada contornando-a. A TC de tórax mostra cavitação com paredes espessas, gás permeando e contorno mais denso do que o habitual. Qual provável diagnóstico?

A

ABSCESSO PULMONAR

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41
Q

O que é Abscesso Pulmonar?

A

É uma coleção parenquimatosa com nível hidroaéreo.

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42
Q

Qual melhor exame radiológico para avaliar o Abscesso Pulmonar?

A

TC de tórax

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43
Q

Características tomográficas do Abscesso Pulmonar:

A

Paredes da cavitação espessadas, com realce pós-contraste.

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44
Q

Paciente 47 anos, feminino. Cirurgia plástica há 5 dias. Dispneia súbita e dor torácica. Laboratório sem alterações significativas. Raio-x de tórax normal. Qual o provável diagnóstico?

A

Tromboembolismo Pulmonar (TEP)

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45
Q

Qual melhor exame para avaliar TEP?

A

Angiotomografia (Angio-TC) de tórax

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46
Q

Alterações radiográficas indiretas do TEP:

A

→ Aumento do calibre da artéria pulmonar (Corcova de Humpton)
→ Oligoemia (sinal de Westmark)
→ Dilatação da artéria pulmonar (Sinal de Palla)
→ Consolidação periférica em cunha (em casos de infarto pulmonar).

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47
Q

Paciente 65 anos, masculino, Hipertenso, queixando-se de dispneia aos esforços progressiva no último mês. Raio-x de tórax mostra aumento da área cardíaca (com aumento do índice cardiotorácico), infiltrado acima da artéria pulmonar direita e opacidade no terço médio do hemitórax direito. Qual provável diagnóstico?

A

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), com cardiomegalia, infiltrado perihilar e com derrame pleural cisural (que parece uma consolidação na descrição radiográfica)

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48
Q

Alterações radiográficas da ICC:

A

→ Vidro fosco (opacidade) perihilares bilateral
→ Espessamento septal (Linha B de Kerley)
→ Inversão da trama vascular

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49
Q

Linha B de Kerley (Espessamento septal):

A

Espessamento dos septos interlobulares vistos na radiografia torácica como pequenas linhas que vem da superfície pleural e são melhores vistas perifericamente. Nada mais são do que ingurgitamento das veias pela congestão pulmonar.

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50
Q

O que é a Inversão da trama vascular?

A

Visualização melhor da trama vascular em ápice do que na base, sendo uma consequência da congestão pulmonar. Normalmente temos mais vasos na base do que no ápice pelo fator gravitacional.

51
Q

Paciente 55 anos, masculino, com perda de consciência após cefaleia intensa. Glasgow 6/15 com pressão arterial 190/120. TC de crânio mostra hiperdensidade em sulcos corticais (e não nos giros corticais) e volumoso hemoventrículo na esquerda e na direita (formando nível). Qual provável diagnóstico?

A

HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA

52
Q

Por que geralmente os pacientes com Hemorragia Subaracnoidea chegam hipertensos na emergência?

A

É uma forma do organismo de manter a perfusão cerebral. Lembrando que a pressão de perfusão cerebral (PPC) = PAM (pressão arterial média) – PIC (pressão intracraniana).

53
Q

Principais causas de Hemorragia Subaracnodiea:

A

→ Aneurismas (90%)
→ Malformalções Arteriovenosas (MAV)
→ Trauma
→ Distúrbios de Coagulação

54
Q

Geralmente os aneurismas que rompem, originando a Hemorragia subaracnóidea, são de qual artéria?

A

Artéria Cerebral Média (ACM)

55
Q

Características angiotomográficas das MAV’s:

A

Realce precoce das veias na fase arterial:

56
Q

Criança de 10 anos, com relato de TCE sem perda de consciência. Evoluiu com cefaleia intensa e sonolência. TC de crânio sem contraste mostra volumoso hematoma bicônvexo hiperdenso que comprime o parênquima cerebral contralateralmente com desvio da linha média e compressão do ventrículo lateral direito. Qual provável diagnóstico?

A

HEMATOMA EXTRADURAL (OU EPIDURAL)

57
Q

Principal causa dos Hematomas Epidurais:

A

Habitualmente associado a uma fratura

58
Q

Principal artéria que se rompe originando o Hematoma Epidural?

A

Artéria meníngea

59
Q

Qual vaso (arterial ou venoso) é mais comum romper, originando o Hematoma Epidural)?

A

Artéria (90%), enquando que a veia corresponde a 10%.

60
Q

Por que o Hematoma Epidural tem formato de meia lua (biconvexo)?

A

Porque uma parte do hematoma é formado pela tábua óssea interna da calota craniana e a outra parte é formada pela dura-máter. Como sangue não escorre para nenhum lugar, ele tende a ficar acumulado tendendo a fazer efeito de massa e volume se continuar a sangrar.

61
Q

Qual o nome do formato que o Hematoma Epidural pode fazer na TC de crânio sem contraste?

A

Coleção LENTIFORME

62
Q

Paciente 73 anos, queixando-se de cefaleia, tonteira e vômitos. Relata quedas frequentes. Piora progressão do status mental. TC de crânio mostra duas coleções (hematomas) bilateral adjacente a calota craniana. Qual provável diagnóstico?

A

HEMATOMA SUBDURAL

63
Q

Por que o Hematoma Epidural faz efeito de massa e o Subdural não?

A

Por que o hematoma subdural consegue escoar para o espaço subdural. Se ele não for muito volumoso, não fará efeito de massa.

64
Q

Por que o Hematoma Subdural é mais comum em idosos?

A

Porque os idosos apresentam atrofia do cortical cerebral, possuindo dessa forma espaço subdural maior. Isso favorece a formação de coleção hemática no local.

65
Q

Causas de Hematoma Subdural:

A

Lacerações venosas no espaço subdural, sendo frequentes em idosos (pela atrofia cortical).

66
Q

Qual a diferença dos Hematomas Subdurais comparados aos Hematomas Epidurais em relação a fraturas?

A

Os Epidurais estão associados a fraturas, os Subdurais não.

67
Q

Como diferenciar o Hematoma Subdural Agudo do Crônico?

A

O hematoma subdural agudo é visto na TC de crânio como uma lente côncavo-convexa hiperdenso (branco), enquanto que o crônico é visto como uma lente côncavo-convexa hipodenso (escuro).

68
Q

Criança, 5 anos, queixando-se de cefaleia há 1 mês. Apresentando vômitos e ataxia de marcha. Papiledema bilateral à fundoscopia. TC de crânio mostra formação expansiva em topografia próxima ao 4º ventrículo, comprimindo vermis e hemisférios cerebelares, mesencéfalo interiormente com apagamento da cisterna pré-pontina. Em corte sagital visualiza-se uma grande massa comprimindo o aqueduto de sylvius, 4º ventrículo e cisterna pré-pontina, com deslocamento da ponte para frente. Em corte coronal observa-se uma hidrocefalia do tipo obstrutiva devido a uma massa na fossa posterior. Qual o provável diagnóstico?

A

HIDROCEFALIA OBSTRUTIVA POR MASSA NA FOSSA POSTERIOR

69
Q

Paciente com cefaleia associado a vômitos e, principalmente, ataxia de marcha, deve-se sempre pensar em:

A

Lesões de fossa posterior, como lesões cerebelares (lesão do Vermis cerebelar, para ser mais específico)

70
Q

Compressão do 4º ventrículo e do aqueduto de Sylvius por uma massa de fossa posterior terá como consequência:

A

HIDROCEFALIA!

71
Q

Causas de Hidrocefalia obstrutiva:

A

→ Compressão extrínseca (principalmente por tumores)
→ Estenoses Aqueductais
→ Malformações congênitas (Como Chiari e Dandy-Walkers)

72
Q

Malformação de Chiari:

A

Paciente com uma malformação congênita em que há uma fossa posterior muito pequena, levando a compressão do Aqueducto de Sylvius, do Foramen de Magendie ou então do 4º ventrículo

73
Q

Malformação de Dandy-Walkers:

A

Paciente com uma malformação congênita em que há uma alteração da fossa posterior levando a alteração do Aqueducto de Sylvius, do Foramen de Magendie ou do 4º ventrículo, que são estruturas que comunicam o sistema ventricular supratentorial com a fossa posterior e com o canal medular.

74
Q

Causas de Hidrocefalias Comunicantes:

A

→ Hemorragias
→ Meningites
→ Carcinomatoses

75
Q

Por que hemorragias causam hidrocefalias comunicantes?

A

Porque hemorragias formam coágulo que dificultam a absorção do líquor

76
Q

Por que meningites causam hidrocefalias comunicantes?

A

Porque o pus e o processo inflamatório dificultam a absorção do líquor

77
Q

Causas de Hidrocefalia de pressão normal (Normobárica):

A

Não é muito bem compreendido, mas parece que algumas condições podem causar inflamação e subsequente fibrose na base do cérebro e/ou nas granulações aracnoides, prejudicando a reabsorção liquórica e levando ao seu acúmulo gradual. Não há aumento de pressão quando aferido pela punção lombar, mas acredita-se que haja aumento de pressão localmente nos tratos periventriculares, levando as condições clínicas observadas.

78
Q

Como é feito o diagnóstico de hidrocefalia de pressão normal?

A

Através da RNM com estudo do fluxo liquórico, conseguindo avaliar tanto a velocidade quanto o volume de fluxo ao nível do Aqueduto de Sylvius. Se houver hiperfluxo no Aqueduto de Sylvius, fecha o diagnóstico de Hidrocefalia de pressão normal.

79
Q

Tríade clínica clássica em pacientes com Hidrocefalia de Pressão Normal:

A

→ Confusão mental
→ Ataxia de marcha
→ Incontinência urinária

80
Q

Quais exames de imagem podem ser realizados para avaliar se o paciente apresenta Hidrocefalia normobárica?

A

Uma TC de crânio sem contraste consegue ver aumento dos ventrículos supratentoriais sem uma causa obstrutiva visível. Após isso, aprofunda-se o estudo com uma RNM de crânio, fechando o diagnóstico.

81
Q

Além dos exames de imagem, como avaliar se o paciente apresenta Hidrocefalia normobárica?

A

Através do TAP-TEST

82
Q

O que é TAP-TEST?

A

É uma punção lombar (liquórica) onde tira-se o líquor, conseguindo avaliar a abertura de pressão do líquor (se está aumentada ou não). Depois da drenagem liquórica, observa-se se o paciente teve melhora clínica súbita ou não. SE o paciente melhorar a confusão menta, a ataxia de marcha ou a incontinência urinária imediatamente após a punção liquórica, é um grande sinal de que se trata de uma Hidrocefalia de pressão normal.

83
Q

Paciente 44 anos, masculino, apresentando cefalia e sonolência. Usuário de drogas injetável. Relata cefaleia e febre a 3 dias. TC de crânio mostra sem contraste mostrando uma área com formação expansiva hipodenso (com realce periférico anelar após contraste) e uma área hipodensa perilesional (podendo ser apenas um edema perilesional por compressão ou por reação inflamatória da massa). A massa desvia a linha média anteriormente contralaterlamente para esquerda e uma compressão do corno anterior do ventrículo lateral ipsilateral. Qual provável diagnóstico?

A

ABSCESSO CEREBRAL

84
Q

Causas de Abscesso Cerebral:

A

→ Disseminação hematogênica

→ Contaminação adjacente

85
Q

Causas de Abscesso Cerebral por disseminação hematogenica:

A

→ Endocardite
→ Drogas injetável
→ Infecção pulmonar
→ Shunt direita-esquerda (facilitando a circulação sistêmica venosa para a circulação cerebral)

86
Q

Causas de Abscesso Cerebral por contaminação adjacente:

A

→ Sinusite
→ Mastoidite
→ Trauma

87
Q

Diagnósticos diferenciais de lesões que apresentam realce periférico anelar em TC de crânio com contraste:

A

→ Abscesso cerebral

→ TUMORES

88
Q

Tumor mais comum que faz realce periférico anelar com necrose central na TC de crânio com contraste:

A

Glioblastomas Multiformes

89
Q

Paciente 77 anos, sexo feminino, com história de câncer de mama apresentando cefaleia e sonolência. TC de crânio com contraste mostra algumas massas com hipercaptação do contraste e hiperdensas com extenso edema perilesional e importante efeito de massa com desvio da linha média e compressão importante do ventrículo lateral ipsilateral. Além disso, mostra duas pequenas lesões com hipercaptação do contraste em região parietal e na fossa posterior, no hemisfério cerebelar esquerdo. Qual o provável diagnóstico?

A

METÁSTASE CEREBRAL

90
Q

Causas de Metástases cerebrais:

A

Disseminação hematogânica (causas mais comuns)

91
Q

Tumores primários mais comuns que causam metástase cerebral:

A
→ Pulmão
→ Mama
→ Cólon
→ Rim
→ Melanoma
→ Linfoma
92
Q

Causas comuns de lesões expansivas cerebrais com sangramento:

A
→ Melanoma
→ Carcinoma renal
→ Coriocarcinoma
→ Carcinoma de tireoide
Pois são lesões hipervasculares que cursam com sangramento
93
Q

As topografias cerebrais mais comuns de serem acometidas por metástases são:

A

→ Junção cortiço-medular
→ Cerebelo
→ Tronco cerebral

94
Q

Característica típica da Metástase cerebral na TC de crânio com contraste:

A

Edema perilesional muito desproporcional (maior) do que a lesão expansiva com realce pelo contraste

95
Q

As metástases cerebrais podem calcificar?

A

SIM

96
Q

Como saber que uma lesão expansiva cerebral cursa com sangramento na TC de crânio?

A

Ao realizar a TC de crânio sem contraste, haverá hiperdensidade espontânea nas lesões, correspondendo ao sangramento

97
Q

Paciente 72 anos, HAS e DM. Apresentando perda de consciência e hemiparesia braquio-crural a esquerda com PA de 210/120 mmHg. Tc de crânio mostra uma hipodensidade pegando praticamente todo o hemisfério direito com efeito de massa desviando toda a linha média contralateralmente, não conseguindo ver o ventrículo lateral ipsilateral por estar colapsado. Qual provável diagnóstico?

A

Acidente Vascular Encefálico

98
Q

Tipos de AVE:

A

→ Trombótico

→ Encefálico

99
Q

A TC de crânio sem contraste pode ser normal até 72h nos AVE?

A

SIM

100
Q

Se a TC de crânio sem contraste de um paciente com AVE pode ser normal até 72 horas, qual a utilidade desse exame?

A

Avaliar se há hemorragia, em casos de AVE hemorrágico, ou se há transformação hemorrágica (em casos de AVEi extenso). Ambos aparecerão precocemente na TC de crânio s/ contraste.

101
Q

Protocolo de AVE realizado até 3h (ou 7h) em que o paciente procurou a emergência:

A

TC de crânio sem contraste, Perfusão cerebral, Angiotomografia e crânio e pescoço e uma TC de crânio pós-contraste

102
Q

O que é perfusão cerebral por TC?

A

Apesar de habitualmente não ser feito, é um exame que ajuda bastante o neurocirurgião e neuro avaliar a possibilidade e viabilidade do tecido encefálico de fazer uma trombólise química e mecânica para tentar salvar essas áreas isquêmica

103
Q

O que é MISMATCH?

A

Avalia a diferença do tecido que já infartou/necrosou daquele tecido que ainda é viável e que está apenas hipoperfundido mas que ainda pode ser salvo.

104
Q

Até quando deve-se realizar o protocolo de AVE, pensando em trombólise química:

A

3 horas!

105
Q

Até quando deve-se realizar o protocolo de AVE, pensando em trombólise mecânica:

A

7 horas!

106
Q

O que é avaliado na TC sem contraste realizado em um paciente com suspeita de AVE?

A

→ Áreas hipodensas (se elas existirem)
→ Excluir sangramento
→ Avaliar o ASPECTS

107
Q

O que é a Escala ASPECTS:

A

Escala onde se faz uma contagem das áreas do cérebro que estão hipodensas ou não. Começa-se com um valor de 10 e, a cada área que se vê uma hipodensidade, subtrai-se 1 ponto. Também serve para avaliar se ainda é viável ou não realizar uma trombólise química.

108
Q

Quais são as variáveis da Perfusão cerebral por TC?

A

→ CBV
→ CBF
→ MTT
→ Tmax

109
Q

O que é CBV na perfusão cerebral por TC?

A

Avalia o volume de contraste e do sangue cerebral

110
Q

O que é CBF na perfusão cerebral por TC?

A

Avalia o fluxo do contraste e sanguíneo cerebral

111
Q

O que é MTT na perfusão cerebral por TC?

A

Avalia o tempo médio de trânsito do contraste no cérebro

112
Q

O que é Tmax na perfusão cerebral por TC?

A

Avalia o tempo que leva até fazer o pico máximo (hiperdensidade máxima) pelo contraste dentro dos vasos

113
Q

No AVE, qual variável é melhor de se avaliar no exame de perfusão cerebral por TC?

A

O MTT. No AVE o paciente terá uma oclusão de algum vaso e, obviamente, terá uma redução da perfusão cerebral naquela região. Sendo assim, o MTT estará lentificado, aumentando o tempo naquela região.

114
Q

Como estará o CBF na perfusão cerebral por TC em pacientes com AVE?

A

Estará reduzido na área cerebral isquemiada pelo AVE

115
Q

Como estará o CBV na perfusão cerebral por TC em pacientes com AVE?

A

→ Se o Infarto cerebral for agudo: CBV é normal ou aumentado pelo edema cerebral
→ Se o infarto cerebral for antigo, com área necrosada (área de encefalomalácia): CBV é reduzido

116
Q

Características tomográficas de crânio em paciente com AVE:

A

Perda da diferenciação cortico-medular (geralmente subcortical) com áreas hipodensas (geramente causada por edema geral),

117
Q

Quando há edema de substância branca em pacientes com AVE?

A

Quando a área infartada é maior, relacionado a hipoperfusão

118
Q

O que é o Sinal da artéria hiperdensa na TC sem contraste em um paciente com AVE?

A

É um sinal que indica que existe um trombo naquela artéria

119
Q

A RNM é um bom exame para avaliar o AVE e avaliar se há MISMATCH, com objetivo de analisar a viabilidade de realizar a trombólise química ou mecânica?

A

SIM. O ideal é a perfusão cerebral por TC, mas caso não haja disponibilidade de realizar esse exame, a RNM é indicada.

120
Q

Paciente 67 anos, HAS e DM, com perda de consciência. Apresentando hemiparesia braquio-crural a esquerda. Hipertensa na admissão. TC de crânio sem contraste mostra uma hiperdensidade espontânea, indicando sangramento, em topografia do núcleo da base (intraparenquimatosa) a direita com hemoventrículo associado. Qual provável diagnóstico?

A

Hemorragia intraparenquimatosa com hemorragia subaracnóidea (HSA) associada

121
Q

Sempre que houver presença de hemoventrículo na TC de crânio, deve-se pensar em:

A

Hemorragia subaracnóidea. Se houver sangue no ventrículo, há sangue no espaço subaracnóideo.

122
Q

Causas de Hemorragia intracraniana:

A
→ Hipertensão (mais comum)
→ Rotura de aneurisma/MAV
→ Trauma
→ Tumor
→ AVE hemorrágico
→ Coagulopatias
123
Q

Locais mais comuns de hemorragia intracraniana por Hipertensão?

A

→ Núcleos da base
→ Tronco cerebral
→ Cerebelo

124
Q

Por que os núcleos da base são os locais em que observa-se com mais frequência hemorragia intracraniana em pacientes hipertensos?

A

Porque os núcleos da base apresentam pequenas artérias nos ventrículos e no estriado que sofrem rotura (pelo aumento da pressão arterial), levando ao sangramento intraparenquimatoso.